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O documento discute as estratégias reprodutivas de peixes ornamentais, incluindo mecanismos de fecundação, cuidado parental e frequência de desova. É descrito que os peixes apresentam uma grande variedade de estratégias reprodutivas, como oviparidade, ovoviviparidade e viviparidade. Algumas espécies cuidam ativamente de seus ovos e filhotes, enquanto outras não fornecem cuidado parental.
O documento discute as estratégias reprodutivas de peixes ornamentais, incluindo mecanismos de fecundação, cuidado parental e frequência de desova. É descrito que os peixes apresentam uma grande variedade de estratégias reprodutivas, como oviparidade, ovoviviparidade e viviparidade. Algumas espécies cuidam ativamente de seus ovos e filhotes, enquanto outras não fornecem cuidado parental.
O documento discute as estratégias reprodutivas de peixes ornamentais, incluindo mecanismos de fecundação, cuidado parental e frequência de desova. É descrito que os peixes apresentam uma grande variedade de estratégias reprodutivas, como oviparidade, ovoviviparidade e viviparidade. Algumas espécies cuidam ativamente de seus ovos e filhotes, enquanto outras não fornecem cuidado parental.
A reproduo engloba todos os mecanismos relacionados perpetuao da espcie ou
seja, ao desenvolvimento dos vulos e espermatozides, a ovulao, a desova e a fecundao. O termo fecundao refere-se fuso do material gentico da fmea com o material gentico do macho, isto ocorre pela fuso entre o ncleo do vulo e o ncleo do espermatozide. Muitas vezes englobamos a reproduo criao dos peixes recm nascidos (larvas) e passamos a adotar o termo propagao. A reproduo dos peixes uma etapa que desperta muito interesse nos produtores e principalmente nos leigos. Esse interesse deve-se a diversos fatores. No podemos negar que na piscicultura de peixes ornamentais a obteno da reproduo de peixes raros significa um bom rendimento. Entretanto observamos esse interesse mesmo em pessoas que no pretendem se dedicar atividade e isso explicado pela beleza e exotismo que a reproduo natural de algumas espcies e pela mistura de complexa tecnologia com simplicidade, que cerca a reproduo induzida em laboratrios. Algumas espcies possuem estratgias de reproduo to complexas que despertam a curiosidade dos aquaristas e estes acabam por contribuir para o desenvolvimento das tcnicas de manejo destas desovas. A reproduo em cativeiro uma condio muito importante para o desenvolvimento de sistemas produtivos para uma determinada espcie. No caso dos produtores de peixes ornamentais preciso entender que o desenvolvimento de novas linhagens um dos principais objetivos pois representam a possibilidade de maiores lucros, assim no interessante a venda de alevinos. O domnio da reproduo criou outro mercado na piscicultura ornamental, que a venda de matrizes e de reprodutores. Estratgias de Reproduo Os peixes so, seguramente, o grupo de vertebrados que apresenta a maior variedade de estratgias reprodutivas. Todas as espcies de peixes possuem estratgias reprodutivas eficientes, do contrrio teriam sido extintas, porm nem todas conseguem se reproduzir no ambiente de cultivo. As espcies que desovam em ambiente lntico (gua parada) podem apresentar diversos mecanismos reprodutivos em relao ao local de fecundao e de desenvolvimento dos ovos. Mecanismo de Fecundao O mecanismo mais comum apresentado pelos peixes ovulparos. Nestas espcies a fecundao do vulo e o seu posterior desenvolvimento ocorrem na gua. Este
mecanismo adotado, tambm, pelas espcies migratrias. So exemplos de peixes
ovulparos o disco, a melanotenia, os labeos, o kinguio, os barbos e as carpas. No caso dos peixes ovparos a fecundao interna, ou seja, o macho possui um rgo copulador que introduz os espermatozides no corpo da fmea, onde iro fecundar os vulos que sero expelidos para desenvolverem-se no meio externo (na gua). Este processo muito semelhante ao que ocorre com as aves. Poucas espcies possuem este mecanismo, uma delas um pequeno peixe da famlia poecilidae denominado Tomeurus gracilis. A ovoviviparidade ocorre quando a fecundao e o desenvolvimento do embrio ocorrem no interior do corpo da fmea, porm o embrio no se nutre e nem troca metablitos com a fmea. Ao final da gestao o ovo liberado ainda com o embrio dentro da casca que se rompe a seguir. Um exemplo deste mecanismo visto em Sebastes marinus e em poecilideos como o guppy. No caso do embrio possuir dependncia da fmea para nutrio e liberao de metablitos, chamamos o mecanismo de viviparidade, como ocorre em humanos. O grau de dependncia muito variado entre as espcies de peixes, alguns autores consideram que os poecilideos (guppy, molinsia, espada etc.) so vivparos, outros autores os consideram como sendo ovovivparos. Porem alguns peixes sseos como o Zoarces viviparus e algumas espcies de tubares so vivparos tpicos. Os poecilideos apresentam uma peculiaridade chamada superfetao que a fecundao dos vulos por espermatozides armazenados na parede do ovrio da fmea. A fmea pode armazenar os espermatozides por at 10 meses fecundando at 9 desovas consecutivas. Alguns autores citavam a presena de uma estrutura onde os espermatozides se depositariam chamada espermateca, mas hoje percebe-se que tal estrutura no ocorre nestas espcies. Freqncia de Desova A freqncia de desova varia entre as espcies e so reconhecidos quatro modalidades. Os peixes podem desovar uma nica vez na vida como no caso de algumas espcies que habitam poas temporrias. A maioria desova em ciclos. Estes ciclos podem ter durao de um ano e com isso ocorre uma estao bem definida com um nica desova anual como o caso do pacu. O kinguio desova de forma parcelada durante determinada poca do ano e algumas espcies como os paulistinhas e o guppy desovam de forma intermitente, ou seja durante todo o ano. Cuidado Parental Alm da freqncia de desova e dos mecanismos de fecundao e de desenvolvimento do ovo o tipo de desova e o grau de cuidado parental pode ser diversificado, assim podemos agrupar os peixes em vivparos e ovovivparos que produzem filhotes completamente formados chamados de alevinos, e as demais espcies que produzem filhotes cujo desenvolvimento ainda no total. Os recm nascidos destas espcies so chamados de larvas e posteriormente de ps-larvas. Dentre este ltimo grupo existem as espcies que no realizam nenhum tipo de cuidado parental, neste caso os ovos so
abandonados e sua sobrevivncia depende da ocorrncia ou no de predadores e de uma
boa dose de sorte. Dentre estas espcies algumas produzem ovos que apresentam na casca algumas protenas que em contato com a gua tornam-se adesivas. Os ovos ento acabam por fixarem-se em diversos substratos, a maioria destas espcies desova entre plantas e nelas os ovos se fixam. So exemplos deste tipo de desova a carpa e o kinguio. Outras espcies que no possuem cuidado parental produzem ovos sem adesividade que so levados pela correnteza, dentre estas espcies a densidade dos ovos muito varivel, algumas produzem ovos densos que caem ao fundo como o caso dos paulistinhas, outras produzem ovos de baixa densidade que flutuam prximos superfcie da gua. Os ovos dos labeos, possuem uma densidade intermediria e ficam flutuando prximo ao fundo ou a meia tona. As espcies que realizam cuidado parental produzem poucos vulos mas a sobrevivncia destes muito elevada, enquanto nos peixes que no realizam cuidado parental (com exceo dos vivparos e ovovivparos) a sobrevivncia da prole de menos de 1%. As formas de cuidado parental so muito variadas, algumas espcies guardam os ovos ou os encubam, outras os transportam junto ao corpo. Em algumas espcies o cuidado se estende as fases de larva apenas, e em outras vai at a fase de alevino ou quase juvenil. Para melhor esclarecer estes aspectos usaremos algumas espcies como referncia. Algumas espcies da famlia anabantidae (betta, colisa e o peixe de corte gourami gigante) constroem ninhos de bolhas feitas com a secreo das glndulas mucosas presentes na boca e nestes ninhos os ovos so colocados aps a fecundao. Nesta situao a quantidade de oxignio elevada e o macho se encarrega de proteger o ninho e recolocar os ovos que caem, com o nascimento das larvas o macho as mantm no ninho at que passam a nadar com mais desenvoltura (ps-larva), nesta etapa cessa o cuidado parental. Uma frase que citada em vrios livros sobre aquarismo expressa bem o que acontece aps o final do cuidado parental. ...o interesse pela prole deixa de ser paternal e passa a ser meramente gastronmico.... A medaka uma espcie de pequeno porte cujos ovos aps a fecundao ficam aderidos ao ventre (externamente) e so carregados pela fmea at a ecloso, mas no realiza cuidado s larvas. A famlia ciclidae (acars, tilpias etc) apresenta espcies com diversas formas de cuidados parentais. Algumas espcies cavam ninhos no substratos onde os ovos so fecundados e permanecem sob a guarda dos pais at a ecloso, durante esse perodo os pais promovem uma aerao movendo as nadadeiras prximo aos ovos. Comumente o casal vigia a prole at que esta possa se alimentar sozinha, em caso de perigo a prole pode se proteger dentro da boca dos pais. Este comportamento observado no tucunar. O ramiresi, o apaiari e o kribensis colocam seus ovos adesivos em um substrato (em geral pedras) e vigiam a prole.
No caso das tilpias e do auratus os ovos aps a fecundao so incubados na boca de
um dos pais e posteriormente a prole vigiada e pode se abrigar novamente na boca em caso de perigo. O caso mais interessante de cuidado parental ocorre no acar disco, nesta espcie os ovos, adesivos, so colocados em folhas ou troncos submersos e os pais aeram os ovos e retiram queles que apresentam fungos. Aps o nascimento as larvas permanecem aderidas ao substrato e quando passam fase de ps-larva nadam em direo aos pais e ficam juntas ao flanco destes se alimentando do muco secretado pela pele. O cuidado parental cessa quando os alevinos, j bem desenvolvidos, param de se alimentar do muco. Existem ainda as espcies que colocam seus ovos em locais protegidos, a maioria esconde os ovos no substrato, outras entretanto desenvolveram estratgias inusitadas. O bitterling (Rhodeus sericeus) um pequeno peixe ornamental cuja fmea apresenta um prolongamento do oviduto chamado de ovipositor, este inserido na abertura da concha de algumas espcies de moluscos bivalves (tipo a ostra) para que os vulos sejam depositados dentro da concha, em seguida o macho lana o esperma (smen) dentro do molusco onde ocorre a fecundao e o desenvolvimento dos embries e larvas. Outras espcies protegem seus ovos colocando-os fora da gua, a copena deposita os ovos na parte inferior das folhas e pedras que ficam ligeiramente acima da superfcie e o macho borrifa gua sobre eles para manter a umidade. A complexidade e a beleza destas estratgias de reproduo despertam o interesse de aquaristas e pesquisadores mas a maioria das espcies, de corte, no se enquadram nestas descries. So peixes que desovam apenas em ambientes lticos (gua corrente) e que precisam realizar migraes reprodutivas que no Brasil so chamadas de piracema que significa corrida dos peixes. Para que ocorra a desova das espcies migratrias necessrio intervir induzindo a maturao dos vulos por meio intermdio do uso de hormnios ou de manipulaes na temperatura e fotoperodo, mas isso assunto para outro texto. Por: Manuel Vazquez Vidal Jr Prof. do curso Criao de Peixes UOV Fonte: http://www.maniadebicho.com.br