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Divisões e problemas entre irmãos – A vida segundo o 
Espírito e não segundo a Carne 
Um estudo da carta aos Romanos 

As igrejas primitivas da Ásia eram compostas por dois grupos: os judeus e os gentios, também
conhecidos como não-judeus, ou pagãos. Ambos os grupos tinham se convertido a Cristo e agora,
na sua nova vida, tinham certos perigos que deveriam enfrentar. Por isso, as diferentes epístolas se
dirigem a estes dois setores para exortá-los à perseverança. Os judeus convertidos a Cristo tinham o
grande risco de cair na religiosidade antigamente praticada. Assim sendo, vemos cartas como a dos
Hebreus, na qual se exorta a estes não voltarem atrás à velha vida de uma religião morta sem o
Senhor Jesus. Por outro lado, os gentios corriam o risco de voltar à velha vida mundana, cheia de
pecados e idolatria. Neste caso vemos cartas como a dos Corintos e Efésios, que exorta aos gentios
para fugir da idolatria antigamente praticada, a perseverar na Graça e no caráter cristão e se
purificar do velho homem e suas paixões. Ambos os setores da Igreja carregavam com problemas
próprios da antiga vida. Mas isto não era suficiente, além de terem seus próprios problemas no
caminhar cristão, estes dois grupos tinham conflitos entre si.

Nesse contexto é que o apóstolo Paulo escreveu as suas cartas. Paulo escreve a várias igrejas nas
quais existiam problemas entre judeus e gentios. Os problemas entre estes dois grupos era algo que
já tinha começado junto com o nascimento da Igreja. Bem no inicio da Igreja, em Atos 6.1 podemos
ver que começaram os conflitos entre estes dois setores por causa da distribuição dos mantimentos.
Mas esses conflitos não eram apenas em relação a questões materiais. O principal problema entre
eles era o fato de que alguns dos judeus se criam mais justos do que os gentios, muitos deles criam
ser “naturalmente justos”, por causa de pertencer à “família da fé”, por serem filhos de Abraão.
Estas pessoas se achavam quase que donos exclusivos da palavra e das promessas de Deus. Estes
judeus acusavam a seus próprios irmãos gentios, assinalavam os seus pecados passados, visto que
os gentios tinham vivido antes uma completa vida no pecado, enquanto os judeus tinham vivido
uma vida religiosa, pura exteriormente. Por outro lado, os gentios achavam que agora só eles eram a
nova Igreja, pois os judeus tinham rejeitado ao Senhor Jesus. Agora os gentios achavam que tinham
alcançado a Graça e que os judeus tinham sido rejeitados completamente por Deus por causa de
terem crucificado a Cristo. Contudo, Paulo buscava mostrar para todos eles que ambos os
grupos estavam equivocados diante do Senhor, porque sem Cristo todos eram mortos, mesmo
sendo perfeitamente religiosos, mesmo sendo idólatras, sem Cristo estavam mortos.

Quando lemos a carta aos Romanos é precisamente este tipo de problemas que vemos no pano de
fundo. Nesta carta Paulo apresenta de uma maneira muito sistematizada vários pontos da teologia
cristã, principalmente a doutrina da justificação. Contudo, pode-se ver que é este tipo de problemas
entre os irmãos que Paulo está querendo tratar com toda sua explicação doutrinária. Todas as cartas
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de Paulo sempre têm uma preocupação prática com as igrejas, Paulo apresenta sempre uma
“teologia na prática”. Assim por exemplo: com os corintos, Paulo se preocupa da vida antiga que
eles tinham e como eles tinham trazido muito do passado para sua nova vida cristã; com os gálatas
ele se preocupa de que se mantenham na graça e que não acrescentem outros “falsos meios de
salvação” além da Graça por meio da fé em Cristo; com os filipenses Paulo se preocupa deles
manterem seu crescimento. Assim poderiamos seguir com cada uma das cartas, cada uma delas tem
um foco prático na vida cristã. Acho que no caso da carta aos romanos isto não é uma exceção e
pode-se notar que mesmo escrevendo uma carta a uma igreja dos gentios, Paulo enfatiza os
problemas entre estes e os judeus.

Na carta aos romanos, Paulo começa com suas saudações à Igreja em Roma e imediatamente
começa a falar no versículo 16-17 do cap.1 que a salvação é tanto para os judeus quanto para os
gentios, para os dois setores e não apenas para aqueles que nasceram conhecendo a lei. Veremos
como no cap. 2 Paulo quer mostrar que os dois grupos eram iguais diante do Senhor. Assim sendo,
Paulo começa primeiro no capítulo 2 acusando principalmente aos judeus, àqueles religiosos que se
achavam muito mais justos do que os seus irmãos que tinham vivido uma vida passada no pecado,
no mundo. Tenha em mente isto quando leiamos, lembre daquele religioso que despreza a seu irmão
pela vida passada que este teve:

Romanos 2:

1 Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no
que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que
condenas.
2 Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais
coisas.
3 Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas
que te livrarás do juízo de Deus?
4 Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando
que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?
5 Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para
o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
6 que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:
7 a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e
incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos [isto é aos rebeldes], que
desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
9 Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu
primeiro e também ao grego; glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o
bem, ao judeu primeiro e também ao grego. Porque para com Deus não há acepção de
pessoas.
12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que
com lei pecaram mediante lei serão julgados.
13 Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que
praticam a lei hão de ser justificados.
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14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade
com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei
gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus
pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio
de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.
17 Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19 que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas,
20 instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da
verdade;
21 tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se
deve furtar, furtas?
22 Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes
roubas os templos? 23 Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da
lei?
24 Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa
causa.

Vejam que Paulo está concluindo com uma acusação para os judeus, que eram aqueles que
conheciam a palavra, tinham crescido nela, seus lares eram de famílias que conheciam as Escrituras
e eles mesmos tinham se convertido em mestres que ensinavam as Escrituras. Porém, eles as
usavam para julgar a seus irmãos, eles as usavam para acusar da vida passada dos seus irmãos
gentios. E pior do que isso, nem eles mesmos cumpriam com tudo o que ensinavam, portanto eles
mesmos carregavam juízo acima de si mesmo. Eles estavam agindo de maneira hipócrita, pois
acusavam de coisas que também faziam. Por isso Paulo passa a explicar o que é ser justificado pela
fé em Cristo Jesus, para que ficasse claro o que significa arrependimento e perdão de pecados e
para que se entendesse que justificação significa que Deus “esquece do nosso passado e nos
purifica” dando-nos uma vida completamente nova. Os gentios já não precisavam ser mais acusados
pela sua idolatria passada.

Desta maneira, Paulo passa a explicar a justificação e a vida no Espírito nos seguintes capítulos
(caps. 3-8). Paulo explica o porquê da morte de Cristo, como somos salvos nEle, e como agora
devemos andar no Espírito e não na carne. É por isso que Paulo retoma o problema na igreja e
destaca no cap.8.1-2:

1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.


2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da
morte.

Paulo diz para eles que nenhuma condenação tem se estão no Espírito. Não importa mais o passado,
não importa o fato de que eles tenham sido gentios ou judeus. O que importa é que eles andem no
Espírito, “porque o pendor da carne dá para morte, mas o do Espírito, para vida e paz” (Ro.8.6).
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Paulo quer encorajar àqueles que estavam sendo acusados por terem sido pagãos e quer mostrar
para os “religiosos judeus da igreja primitiva” que o que importa é que agora todos eles andam no
Espírito. Assim ele destaca que não há acusação para os que foram justificados (Romanos 8.31-39):

31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou,
porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o
qual está à direita de Deus e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição,
ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos
considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos
amou.

Nada poderia separar aos que vivem conforme ao Espírito. Estes são os verdadeiros eleitos, os
verdadeiros cristãos, os que vivem no Espírito. Como diz um pouco antes nesse capítulo 8.8-9:

8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais
na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém
não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

Então vemos que Paulo enfatiza o fato de termos o Espírito Santo e vivermos no Espírito hoje. Isso
é a marca de um verdadeiro cristão, não o fato dele ter nascido num berço religioso ou mundano,
mas o fato dele hoje viver no Espírito e, portanto, ter o Espírito. É nesse ponto que quero me
concentrar a seguir. Paulo sabia que a vida no Espírito é que faria que eles se mantivessem unidos
como irmãos, sem diferenças entre judeus e gentios na Igreja.

Mas o que é viver no Espírito? Em Romanos 8 vimos que Paulo destaca que devemos viver no
Espírito, uma vida cheia do Espírito Santo, mas ele não ainda não disse como é viver no Espírito.
Paulo ainda não explicou o como viver, pois antes disto ele também quer acusar aos gentios. Até
agora ele estava justificando aos gentios e exortando aos judeus da Igreja, mas antes dele explicar
como viver uma vida no Espírito Paulo dedica 3 capítulos (Romanos 9-11) nos quais ele defende
aos judeus, mostrando aos gentios que eles não os devem desprezar, pois são os judeus a origem das
promessas e eles também alcançarão misericórdia. Paulo também destaca aqui a importância na
Igreja daqueles que nasceram “num berço religioso” ou melhor dito, num berço conhecedor das
Escrituras. Agora sim, uma vez que todos, tanto gentios como judeus são iguais diante do Senhor,
agora que também os dois grupos têm que considerar aos seus irmãos, uma vez que todos foram
colocados como iguais, agora sim Paulo passa a explicar como devem viver a partir de hoje.
Vejamos como é essa vida no Espírito no cap. 12 de Romanos:
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1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo
por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si
mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que
Deus repartiu a cada um.
4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros
têm a mesma função,
5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns
dos outros,
6 tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja
segundo a proporção da fé;
7 se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
8 ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que
preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em
honra uns aos outros.
11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;
13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;
14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes
orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios
olhos.
17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os
homens;
18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A
mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de
beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Depois disso Paulo ainda segue no cap. 13 mostrando como é a vida no Espírito para com nossas
autoridades e no cap. 14 e 15 como ainda devemos ser tolerantes e pacientes com os fracos na fé.
Acho que valeria a pena estudar todos estes capítulos em detalhe para aprendermos sobre a vida no
Espírito. Mas quero enfatizar o capítulo 12. Isto é vida no Espírito. Quem nos disse que ser cristãos
é apenas deixar de fazer alguma coisa ou apenas deixar de ir a algum lugar ou deixar de participar
de certas coisas? Ser cristão começa pelo caráter, o Senhor fez novo o nosso coração que é a
essência do nosso Ser. Portanto, quando Paulo aborda o tema de ser cristão, ele sempre o faz no
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nível do nosso caráter mais do que os aspectos práticos, e quando Paulo fala sobre o caráter cristão
ele sempre fala a respeito mostrando que isso tem tudo a ver com os relacionamentos, primeiro
entre os irmãos e depois com o mundo. Por exemplo, em gálatas 5.13-25, vejam quais são os frutos
do Espírito, como é a vida no Espírito:

13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para
dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.
14 Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo
como a ti mesmo.
15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais
mutuamente destruídos.
16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são
opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.
19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões,
facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu
vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que
tais coisas praticam.
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade,
23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências.
25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

É interessante ver nos dois textos que sempre andar no Espírito tem a ver com o relacionamento
com nossos irmãos. Vejam que em este texto de Gálatas, primeiro Paulo mostra as coisas exteriores,
que eu diria que é o primeiro nível, o mais superficial, que uma pessoa que se converte deve
abordar. Primeiro vem a purificação das práticas mundanas que nós tínhamos quando estávamos no
mundo, sendo que se seguimos nelas não entraremos no Reino. Mas ai não termina, a vida no
Espírito é muito mais do que isso, é o caráter do cristão como vimos nos frutos do Espírito. É o
mesmo que o Senhor Jesus ensinou no sermão da montanha. Tudo começa por nosso coração e
caráter e não apenas pelo que fazemos exteriormente. E voltando ao texto de Romanos, Paulo está
mostrando, igual que em Gálatas, que o resultado da vida no Espírito é a unidade entre irmãos, a
unidade entre esses dois grupos divididos. Isto também podemos ver em 1.Jo.1:

9 Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.
10 Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.
11 Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe
para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.
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Também em 1 João cap.4.7:

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que
ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois
Deus é amor.
É importante notar aqui que quando João está falando de um irmão não é um incrédulo, é meu
próprio irmão em Cristo, aquele que é filho de Deus, pois diz no cap.3.10:
Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica
justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.

Mas voltando a nosso texto de Romanos que estamos estudando, Paulo quer destacar isto: viver o
cristianismo, isto é, uma vida no Espírito, significa em grande parte viver na unidade e no amor
entre os irmãos. Paulo segue enfatizando isto mais adiante nos próximos capítulos, por exemplo em
Romanos cap.14.10-13:
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois
todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu
vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a
Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não
nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou
escândalo ao irmão.

Ou também no capítulo 15.1:


Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a
nós mesmos.
E no capítulo 16.17:
E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a
doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.

Podemos ver como Paulo exorta aos irmãos da Igreja para lhes mostrar o que é a justiça de Deus,
como é essa justiça. Paulo tenta mostrar a seus irmãos o grande risco de divisões que podem existir
por condenar aos irmãos pelo passado. Também ele tenta mostrar que as lutas e brigas dentro da
Igreja não vem do Espírito, mas da carne e, portanto, do pecado e, portanto, do próprio Satanás.
Paulo exorta aos irmãos a serem pacientes entre eles, a suportarem as fraquezas, de maneira que os
fracos ajudem aos fortes a caminharem na vida cristã, ao invés dos fortes estarem desprezando aos
fracos. É isto a verdadeira vida cristã, uma vida de caráter e amor, de comprometimento com o
Senhor e de unidade dentro da Igreja, visto que todos somos um só corpo. Paulo também escreveu
aos Efesios a respeito disto. Neste livro também podemos ver o que é viver no Espírito. No cap. 4
ele destaca a unidade e o amor entre irmãos e no cap. 5 destaca a submissão entre todos, primeiro
entre irmãos, também no matrimônio, na família e no trabalho. Ser cristão é ser submisso no
Espírito.
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Assim sendo, vimos que Paulo nas suas cartas tinha uma preocupação por estes dois grupos, pela
justiça própria de ambos os setores da Igreja e pelas divisões que poderiam surgir como
conseqüência disto, o que não era fruto do Espírito, mas da carne e, portanto, não era um
comportamento de verdadeiros cristãos. Mas, e nós? Nós como Igreja de hoje? Será que Paulo
não deveria nos escrever também a nós uma carta como a dos Romanos? Uma carta à Igreja
desta cidade exortando à unidade e confrontando a justiça própria das pessoas e o desprezo entre
irmãos? Em qual dos dois grupos estamos nós? Entre os judeus que tinham nascido num berço
religiosa ou entre os gentios que tinham vindo de uma vida totalmente pagã? Tanto faz, mesmo
estando em qualquer um dos grupos, o passado de cada um de nós é de morte, nós éramos mortos e
recebemos vida em Cristo, como diz em Efésios 2.1. Portanto, não interessa o que eu era. Não
interessa, mesmo que eu estava na igreja ou fora dela e tinha uma vida não digna de um verdadeiro
cristão. O que interessa é se de fato, o Espírito Santo mora hoje em mim, se hoje eu sigo a Cristo e
se tenho frutos do Espírito, se hoje se vê em mim o verdadeiro caráter cristão. Deixemos de olhar
para o que era seu irmão, deixemos de desprezar aos fracos, deixemos de fofocar ou dar opiniões
que causem divisões. Olhe o que diz Provérbios 6.16-19:

Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua
mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos
perversos, pés que se apressam a correr para o mal, A testemunha falsa que profere
mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.

Nós como cristãos gostamos muito de ler 1.Coríntios 13 que fala sobre o amor, o amor ágape. Mas
esquecemos que antes disso Paulo fala a uma igreja na qual havia divisões, orgulho pelas obras de
cada um e pelos dons que cada um tinha, e ai Paulo diz: “eu vos ensinarei um caminho muito
melhor, o caminho do amor, a preeminência do amor”.

Pense na sua vida, pense em como você trata a seus irmãos, a todos eles. Pense em como você
acolhe às pessoas novas na igreja, como você trata àqueles que se desviaram e voltaram, ou como
você lida com problemas, diferenças de opiniões, ou inclusive, como você lida com irmãos que o
defraudaram. Como você age? Lembre de todo o que limos em Romanos, ninguém é
suficientemente justo diante do Senhor, por isso todos precisamos da sua misericórdia e da sua
Graça.

Que o Senhor nos ajude a viver em unidade, lembrando que todo o que somos é só pelo que ele tem
feito nas nossas vidas, não por mérito próprio de nós, para que ninguém se glorie e apenas o seu
Santo Nome seja engrandecido. Amém.

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