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Fundamentos de Anatomia

(não dá para não saber)

Estes fundamentos, relacionados abaixo, devem ser entendidos (e fixados


na memória) por quem está interessado no estudo da Anatomia.

Fundamento significa base, alicerce, apoio. Se você não fundar ou


fundamentar o seu conhecimento com um conhecimento prévio que servirá
como base, alicerce ou apoio a ele, você estará queimando uma etapa de
seu estudo e, conseqüentemente, de sua formação.

Fundamento 1 - A porção externa do osso é a substância compacta ou lâmina cortical.


A interna é formada pela substância esponjosa,um emaranhado de trabéculas que
delimitam espaços intercomunicantes preenchidos por medula óssea. Os canais ósseos,
os seios paranasais e os alvéolos dentais, apesar de serem internos, são formados por
substância compacta. Partes delgadas de alguns ossos são formadas apenas de
substância óssea compacta. O osso é organizado por meio de sua forma externa e
estrutura interna para dar maior resistência com a mínima quantidade de material,
mostrando ser muito apropriadamente adaptado à função mecânica. No osso esponjoso,
a orientação trabecular é fortemente influenciada pelas forças mecânicas às quais o osso
está sujeito. As trabéculas são dispostas de maneira orientada, formando trajetórias, para
desempenhar demandas funcionais; o mesmo acontece com o osso compacto através de
seu espessamento e de sua orientação, para servir como local de concentração e
dissipação de forças.

Fundamento 2 - O osso do ser vivente é dinâmico. Renova-se permanentemente pela


ação de células de formação e de reabsorção, em um processo chamado remodelação,
que perdura por toda a vida do indivíduo. Esta acentuada capacidade de remodelação
exige que o osso seja vascularizado e suprido por nervos. É claro que as células ósseas,
os osteócitos, precisam receber cálcio e nutrição e por isso são vascularizadas. O
endósteo e a medula óssea também necessitam de sangue. Um pequeno vaso está
sempre presente no interior de um osteônio (sistema haversiano) da cortical óssea ou
sobre as lamelas das trabéculas do osso esponjoso. De fato, artérias e veias (e nervos
vasomotores e sensitivos que as acompanham) situam-se não apenas na superfície óssea
(junto ao periósteo), mas também penetram no seu interior. Assim, ao se fraturar, um
osso provoca hemorragia local, fundamental no processo de consolidação da fratura. Os
vasos periostais podem penetrar no osso subjacente. Uma área sem periósteo está
ameaçada de necrose. Se você examinar com cuidado um osso longo verá, além dos
forames nutrícios, vários forames vasculares, principalmente nas epífises (nas áreas não
cobertas por cartilagem articular). A mandíbula também possui grande quantidade de
forames vasculares, geralmente preenchidos por veias.

Fundamento 3 - A membrana de revestimento dos ossos chama-se periósteo. É fibrosa,


elástica, de cor leitosa, mais espessa e menos aderente na criança que no adulto.
Somente não cobre os ossos nas superfícies articulares. O periósteo é constituído por
duas camadas, uma externa de tecido conjuntivo fibroso e outra interna com células
osteoprogenitoras, portanto, com capacidade osteogênica, e responsável pelo
crescimento do osso em diâmetro. Esta camada está firmemente fixada ao osso por
fibras colágenas (fibras perfurantes, porque penetram no osso). As cavidades ósseas são
revestidas por uma fina camada de tecido conjuntivo chamada endósteo. É o caso do
canal medular e dos espaços intertrabeculares. Uma área sem periósteo está ameaçada
de necrose. Na cirurgia tem-se que conservar o periósteo com sua rede periostal, quando
se deseja uma regeneração óssea.

Fundamento 4 - No periósteo inserem-se tendões (o tendão é contínuo com o periósteo,


mas algumas fibras tendíneas penetram no osso) e ligamentos. O tendão e o ligamento,
bem como a aponeurose e a fáscia, são um tecido conjuntivo denso regular, no qual
predominam as fibras colágenas. As fibras colágenas são compostas principalmente pela
proteína colágeno.
É um tecido fibroso, com fibroblastos entre os feixes de fibras. Não tem fibras elásticas
(somente o ligamento das articulações tem um pouco).

Fundamento 5 - O músculo geralmente ultrapassa uma articulação, produzindo nela


movimentos variados. Ao passar pela articulação o músculo estará preso, por suas
extremidades, a pelo menos dois ossos (às vezes prende-se em cartilagem, ligamento,
rafe, fáscia, pele ou membrana interóssea). Quando se contrai ele aproxima uma
extremidade muscular da outra, modificando o ângulo da articulação. Uma das
extremidades é a que verdadeiramente se move (e com isso movimenta o osso no qual
se insere) e a outra permanece fixa ou menos móvel. A extremidade fixa é conhecida
como origem ou ponto fixo e a móvel como inserção ou ponto móvel.
Em alguns movimentos do corpo, origem e inserção são permutáveis (pode haver
inversão entre elas).
Os músculos que se situam abaixo de seus pontos de inserção tendem a abaixar esse
local de inserção. Ex.: os músculos retos da cabeça originam-se abaixo da cabeça, nas
duas primeiras vértebras cervicais e se inserem acima, na própria cabeça, e quando
agem, abaixam-na. Os retos anteriores, devido à sua posição, abaixam flexionando-a e
os posteriores abaixam estendendo-a. O músculo esterno-hióideo, que fica abaixo de seu
ponto de inserção (móvel), puxa esse ponto (osso hióide) para baixo. Depreende-se daí
que o abaixador do ângulo da boca tem origem (e situa-se) abaixo do ângulo da boca. É
claro! O músculo não é um halterofilista; não faz levantamento de peso. Em outras
palavras, ele não se estica; apenas se contrai.
Os músculos que se situam acima de seus pontos de inserção tendem a elevar esse local
de inserção. Ex.: o músculo glúteo máximo, que se origina acima de sua área de
inserção no fêmur, estende a coxa, elevando-a; o quadríceps femoral, que se situa quase
todo na coxa, insere-se na tíbia e estende a perna, elevando-a; o bíceps braquial,
músculo do braço, insere-se mais abaixo, no antebraço, e sua função é flexioná-lo,
elevando-o. O levantador do véu palatino tem origem no osso temporal, acima do
palato; a sua extremidade inferior prende-se no palato, elevando-o.
A mandíbula é elevada por músculos que estão acima dela. Aqueles que estão atrás de
seus locais de inserção, a retraem. Ela desloca-se para frente por ação dos músculos que
estão à frente de suas próprias áreas de inserção, tal como acontece também com o osso
hióide pela ação do gênio-hióideo, que está à frente dele.
O movimento de lateralidade da mandíbula é um pouco mais complicado. Não é como o
bucinador que lateraliza o ângulo da boca ou como a escápula que se move medialmente
pela ação do rombóide maior, que toma origem (e tem seu ventre) medialmente a ela. O
pterigóideo lateral aduz (e adianta) um dos lados, de tal modo que o outro lado é
abduzido (move-se lateralmente).
Todavia, essa regra não vale para todos os casos indistintamente. Há casos específicos
que precisam ser tratados especificamente. Por exemplo, a mandíbula não é abaixada a
poder de músculos que se situariam abaixo de seus pontos de inserção.

Fundamento 6 - Como as superfícies articulares ósseas precisam deslizar e girar em


movimentação livre uma sobre a outra, elas são recobertas por cartilagem
articular(geralmente hialina). Além de diminuir o atrito e conseqüentemente o desgaste
entre os ossos, a cartilagem facilita a movimentação por ser bem lisa e úmida. Outra
função da cartilagem articular é absorver choques, uma vez que os ossos estão em
constante e mútua pressão. De fato, nos locais de maior pressão a cartilagem é mais
espessa.
Por serem avasculares, as cartilagens das articulações não sofrem inflamação e nem
metástase cancerosa. Sua nutrição vem do líquido sinovial e do plasma que transuda da
rede sanguínea intra-óssea e que atinge a sua parte profunda.
A cartilagem hialina tem pouca capacidade regenerativa quando lesada. Neste sentido, a
fibrocartilagem leva vantagem devido à sua grande potencialidade de regeneração.
Na ATM existe cartilagem hialina abaixo da camada superficial fibrosa com células que
produzem tanto matriz cartilagínea quanto óssea. Portanto, a cartilagem articular é o
tecido avascular denso fibroso, e a cartilagem de crescimento, a cartilagem hialina, a
qual ocasiona remodelamento ativo em resposta às pressões.
Adaptando-se bem às faces articulares, o disco articular regulariza a discrepância
anatômica existente entre elas, absorve choques e promove uma movimentação suave da
ATM. Apesar de ser fibroso e não-hialino, o disco articular não se regenera ou se
remodela após sofrer danos.

Fundamento 7 – As comunicações existentes entre os vasos são chamadas


anastomoses. Etimologicamente, esta palavra é de origem grega: ana, significa em
partes, através e stoma, boca. Como o lume (abertura, boca) de um vaso se comunica
com o de outro, assim boca a boca, como em um beijo com bocas abertas, a palavra
anastomose (arterial, venosa e linfática) fica bem entendida. Entre nervos, que não têm
lume, as comunicações são chamadas conexões. Seria como um beijo de bocas
fechadas. Os ramos anastomóticos constituem uma via acessória para a vascularização
(anastomoses arteriais) ou para a drenagem (anastomoses venosas e linfáticas). As
anastomoses são particularmente importantes quando ocorre um bloqueio ou obstrução
do vaso principal (que pode ser fisiológica ou patológica) e se estabelece uma
circulação colateral. Como exemplos de interrupção fisiológica, temporária, são os
desvios do sangue para outro território que está precisando mais dele, devido à
vasoconstrição arterial em um local estratégico e o desvio do sangue para um lado de
uma articulação devido a exagerada contração muscular no outro lado.
Se a obstrução patológica é abrupta e permanente, a área a ser suprida fica sem
vitalidade porque não há tempo de se estabelecer um circulação colateral. Esta se
estabelece quando a obstrução é lenta e gradual, quando os vasos colaterais aumentam
seu calibre e vasos neoformados a partir de capilares próximos e de vasos dos vasos
(vasa vasorum) de artérias adjacentes. A circulação colateral é mais facilmente
estabelecida nos jovens do que nos velhos.
Há comunicações entre arteríolas e vênulas, sem que o sangue passe pelos capilares.
Isso ocorre em tecidos de grande metabolismo ou em condições de termorregulação,
para se opor ao frio. Assim, o retorno venoso é facilitado pela maior pressão dentro das
vênulas. Anastomoses arteriolovenulares estão presentes nos lábios, palato mole, língua,
glândulas salivares e em muitas partes do corpo, principalmente próximo às
articulações. Característica interessante dessas anastomoses é o seu controle por nervos
vasomotores (fibras eferentes simpáticas), os quais regulam a passagem do sangue, ora
abrindo, ora fechando as passagens, de acordo com as necessidades.

Fundamento 8 – Os vasos linfáticos têm suas raízes (capilares linfáticos) nos


interstícios teciduais (no tecido conjuntivo do corpo e dos órgãos) e, a partir daí, vão
confluindo para formar coletores linfáticos cada vez maiores. Uma característica do
capilar linfático é o seu início em fundo cego e o seu maior calibre em comparação com
o sangüíneo.
O líquido intersticial recolhido entre as células e fibras do organismo exuda do plasma
do sangue, quando este passa pelos capilares, com finalidade nutritiva. Com o
metabolismo celular, produtos residuais são excretados nesse líquido, cuja maior porção
retorna para os capilares sangüíneos. Uma menor parte não retorna e permanece entre os
tecidos. É essa parte que é coletada pelos capilares linfáticos e que, após entrar neles
passa a se chamar linfa, a qual é levada de volta para o sangue. Tal como o sangue, a
linfa é composta de plasma e de elementos figurados, principalmente proteínas e
linfócitos, e também tem a capacidade de se coagular.
Os linfonodos filtram a linfa e produzem anticorpos para combater as infecções. Na
filtragem ficam retidos em sua grade fibrorreticular com células reticulares, bactérias,
células cancerosas, partículas de carbono, linfócitos gastos, enfim, corpos estranhos. Os
linfonodos produzem linfócitos, que são incorporados à corrente sangüínea

Fundamento 9 – No dia seguinte da secção de um nervo, os axônios do coto proximal


começam a se regenerar, formando filamentos que se ramificam e crescem. O nervo de
um músculo, ao ser levado, leva o músculo desnervado a uma paralisia, que vai cedendo
aos poucos se houver regeneração nervosa em um ano ou pouco mais. Após isso, as
fibras musculares são substituídas por tecido conjuntivo, principalmente o adiposo.

Aspectos histofisiológicos e principais patologias associadas à ATM

Edilson Ervolino
FOA-UNESP
eervolino@foa.unesp.br
Aspectos histofisiológicos da articulação temporomandibular (ATM)
Para que consigamos conhecer as patologias que podem acometer a ATM é necessário
que inicialmente façamos um estudo minucioso de sua anatomia, tanto macro como
microscópica, associando-o ao conhecimento da dinâmica dessa complexa articulação.
Conhecidos os aspectos anatômicos, histológicos e funcionais normais, fica fácil
compreender como as modificações na composição dos tecidos podem refletir em
alterações patológicas de ordem anatômica e funcional na ATM.
As ATMs são dois complexos articulares localizados bilateralmente no plano frontal da
cabeça, eqüidistantes do plano sagital mediano e, responsáveis pelos amplos
movimentos que a mandíbula executa em relação aos ossos temporais. Embora cada um
dos complexos articulares seja uma entidade anatômica distinta, estão atrelados
funcionalmente, uma vez que não é possível a realização de movimentos independentes
em cada uma das articulações. A ATM é classificada como uma articulação sinovial,
onde uma cápsula de tecido conjuntivo denso circunscreve os componentes ósseos,
delimitando duas cavidades, que encerram o líquido sinovial. A produção desse líquido
é dependente de uma membrana sinovial, constituída por células conjuntivas
especializadas, que revestem grande parte da superfície interna da cápsula, os
ligamentos intra-articulares e, a porção periférica do disco articular.

FIGURA 01: Fotomicrografia da ATM de macaco (corte sagital corado por


hematoxilina e eosina). Abreviações – CM: côndilo da mandíbula; EI: compartimento
infra-discal do espaço articular; DA: disco articular; ES: compartimento supra-discal do
espaço articular; OT: osso temporal.

As superfícies ósseas que se relacionam para compor a ATM são: os côndilos da


mandíbula, as eminências articulares e as fossas mandibulares dos ossos temporais.
Essas superfícies mostram-se revestidas por algumas camadas de tecido mole, que
variam em termos quantitativos e qualitativos, dependendo do local analisado e,
principalmente com relação à idade do indivíduo.
FIGURA 02: Fotomicrografia das superfícies articulares e do disco articular da ATM.
Abreviações – CH: cartilagem hialina; CP: camada proliferativa; CF: camada fibrosa;
EI: compartimento infra-discal do espaço articular; DA: disco articular; ES:
compartimento supra-discal do espaço articular; C: cartilagem fibrosa; OT: osso
temporal. A fotomicrografia da figura 01 esta anexada, evidenciando a região que está
sendo observada em maior aumento.
Sendo assim, inicialmente iremos considerar o revestimento articular de indivíduos que
ainda não completaram a segunda década da vida. As superfícies ósseas da articulação
temporomandibular de indivíduos jovens apresentam-se revestidas pelas seguintes
camadas teciduais, a partir da superfície articular em direção ao tecido ósseo, são elas:
a) camada fibrosa, constituída por tecido conjuntivo denso modelado avascular,
caracterizado por apresentar feixes espessos de fibras colágenas do tipo I e escassos
fibroblastos; b) camada proliferativa, uma camada de espessura variada, descontínua
em alguns locais, composta por numerosas células indiferenciadas, potencialmente
capazes de se diferenciarem em fibroblastos ou em condrócitos, portanto fornecendo
células para a camada fibrosa e para a camada mais profunda, a camada cartilaginosa; c)
camada cartilaginosa, composta por tecido cartilaginoso hialino, cuja matriz
extracelular é composta por grande quantidade de proteoglicanas, glicoproteínas e
fibrilas de colágeno do tipo II, produtos da intensa atividade dos condrócitos dessa
região. A cartilagem hialina desse território está em franco processo de ossificação
endocondral, a qual é fundamental para o crescimento radial do côndilo da mandíbula,
da fossa mandibular e da eminência articular do temporal. O processo de ossificação
endocondral nessa região é caracterizado inicialmente por uma intensa proliferação e,
posterior hipertrofia dos condrócitos, os quais, após a mineralização dos finos tabiques
de matriz cartilaginosa, entram em apoptose (morte celular programada). Nesse
momento a matriz cartilaginosa mineralizada é invadida por vasos sanguíneos, linfáticos
e células indiferenciadas advindos do tecido conjuntivo e ósseo adjacente. As células
indiferenciadas se diferenciam em osteoblastos, os quais secretarão sobre os suportes de
cartilagem mineralizada, a matriz óssea. Vale a pena salientar que a proliferação dos
condrócitos nessa região obedece aos mais variados planos de orientação, uma vez que a
orientação dos condróctios é que guia o plano de crescimento ósseo, sendo assim o
crescimento nas regiões das superfícies articulares da ATM se dá em diversas
orientações, ou seja, crescimento multidirecional. Finalmente, o tecido ósseo primário,
formado por ossificação endocondral se continua com o tecido ósseo adjacente.
FIGURA 03: Fotomicrografia da superfície articular do côndilo da mandíbula da
ATM. Abreviações – CH: cartilagem hialina; CP: camada proliferativa; CF: camada
fibrosa (tecido conjuntivo denso modelado); EI: compartimento infra-discal do espaço
articular; CON: condrócito. A fotomicrografia da figura 01 esta anexada, evidenciando
a região que está sendo observada em maior aumento.
Uma vez cessado o crescimento do indivíduo ocorrem alterações quantitativas e
qualitativas no revestimento das superfícies ósseas da ATM. A camada fibrosa pouco se
modifica, e quando isto ocorre, as alterações restringem-se basicamente a um aumento
da espessura dessa camada. A camada proliferativa sofre uma substancial redução de
sua espessura, tornando-se descontínua em vários territórios. A camada que
anteriormente era composta por cartilagem do tipo hialina, à medida que ocorre o
processo de ossificação endocondral, vai sendo substituída por uma camada de
cartilagem fibrosa (fibrocartilagem), constituída por espessos feixes de fibras colágenas
do tipo I entre os quais se distribuem os raros condrócitos. Essa fibrocartilagem,
normalmente se apóia em uma faixa de espessura variável de cartilagem mineralizada,
que por sua vez se continua com o tecido ósseo, ou do côndilo mandibular, ou da
superfície articular do osso temporal.

FIGURA 04: Fotomicrografia da superfície articular do osso temporal da ATM.


Abreviações – EI: compartimento infra-discal do espaço articular; DA: disco articular;
ES: compartimento supra-discal do espaço articular; CF: camada fibrosa; CP: camada
proliferativa; C: cartilagem fibrosa; OT: osso temporal. A fotomicrografia da figura 01
esta anexada, evidenciando a região que está sendo observada em maior aumento.
Deve ser salientado que após o crescimento dessa região ter cessado, ainda continua
uma intensa atividade de remodelação óssea na ATM, que é influenciada sobremaneira
por mudanças funcionais que ocorrem no decorrer da vida. Deve-se pensar na relação
que a ATM tem com os dentes, com a falta deles, ou com restaurações e reposições
protéticas dos mesmos. Sendo assim as modificações oclusais podem repercutir com
maior ou menor relevância na estrutura e dinâmica da ATM. A estrutura dessa
articulação também responde de forma adaptativa ao tratamento ortodôntico, ortopédico
facial e até mesmo em resposta a modificações posturais do indivíduo ao nível da
coluna cervical.
Como pôde ser notado, independente da idade do indivíduo, a superfície articular da
ATM é revestida por um tecido conjuntivo denso modelado, o que a difere da maioria
das articulações sinoviais encontradas no organismo humano, as quais são revestidas
por cartilagem hialina. A composição tecidual da superfície articular é um indicativo de
que a ATM não é uma articulação adaptada a resistir a grande sobrecarga e, embora a
carga funcional que incide sobre ela não seja de grande magnitude, essa articulação é
por muito mais vezes requisitada. Outro aspecto interessante é que o tecido conjuntivo
denso possui uma capacidade regenerativa maior do que a da cartilagem hialina, sendo
assim, a resposta reparadora dessa superfície frente a uma doença inflamatória ou
degenerativa tem prognóstico muito mais favorável na ATM do que em outra
articulação sinovial do organismo.
Interposto entre as superfícies articulares observa-se o disco articular, que se mostra
macroscopicamente como uma estrutura fibrosa discóide, com maior diâmetro médio-
lateral. O disco articular é formado por tecido conjuntivo denso, cuja matriz extracelular
fibrilar é constituída por colágeno do tipo I e III, além de uma rede de fibras elásticas e
oxitalânicas. As células responsáveis pela produção dessa matriz extracelular são
fibroblastos e escassas células condróides (fibrocondrócitos). A porção central do disco
articular é delgada e avascular, enquanto a porção periférica é espessa, vascularizada e
ricamente inervada.

FIGURA 05: Fotomicrografia do disco articular da ATM. Abreviações – EI:


compartimento infra-discal do espaço articular; DA: disco articular; ES: compartimento
supra-discal do espaço articular; COL: fibras colágenas; FB: fibroblasto. A
fotomicrografia da figura 01 esta anexada, evidenciando a região que está sendo
observada em maior aumento.
O disco articular mantém-se posicionado por intermédio dos ligamentos intra-articulares
(medial, lateral, anterior e posterior), contínuos com sua porção periférica e, inseridos
basicamente no colo do côndilo da mandíbula e cápsula articular. Na porção anterior do
disco articular observa-se uma divisão em duas lâminas sendo que a lâmina superior se
insere na borda da eminência articular e a lâmina inferior no colo do côndilo. Entre as
duas lâminas observa-se a inserção de alguns feixes de fibras musculares do músculo
pterigóideo lateral. Na porção posterior do disco articular também se observa uma
divisão em lâminas, porém bem mais proeminente que a da região anterior. Entre as
duas lâminas observa-se uma área preenchida por tecido conjuntivo frouxo, rica em
fibras elásticas e adipócitos, muito vascularizada e inervada, denominada zona
bilaminar.
Os ligamentos intra-articulares são constituídos por tecido conjuntivo moderadamente
denso, entremeado por áreas de tecido adiposo e conjuntivo frouxo, muito inervado e
vascularizado. Outros ligamentos estão associação com a ATM, porém, por não fazerem
parte do complexo articular, são denominados de ligamentos associados. Embora sejam
três ligamentos diferentes se relacionando com cada um dos complexos articulares
apenas um deles, o ligamento temporomandibular, tem um importante papel funcional
na ATM. O ligamento temporomandibular é responsável pela limitação dos movimentos
articulares, de modo a promover a integridade estrutural da articulação. Esse ligamento
limita, simultaneamente, o deslocamento lateral de uma articulação e o deslocamento
medial da outra, além de prevenir o deslocamento inferior e posterior de ambas as
articulações. Os outros dois ligamentos, o esfenomandibular e o estilomandibular, não
exercem nenhum papel funcional na ATM.
Todo o complexo articular é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a
qual delimita o espaço articular que, por sua vez é subdividido pelo disco articular e
ligamentos intrínsecos, em compartimento supra-discal e infra-discal, os quais encerram
o líquido sinovial, produzido pela membrana sinovial.
A superfície interna da cápsula articular, os ligamentos intra-articulares e, a porção
periférica do disco articular, são revestidos pela membrana sinovial. Esta consiste de
uma porção superficial de células conjuntivas, denominada camada íntima, que repousa
sobre uma camada de tecido conjuntivo densamente vascularizado e inervado,
denominada camada subíntima. A camada íntima é composta de um a quatro estratos de
células conjuntivas, próximas umas das outras, envoltas por uma escassa matriz
extracelular constituída por abundante quantidade de substância fundamental e esparsos
feixes de fibrilas colágenas. Uma análise ultra-estrutural da camada íntima da
membrana sinovial permite a classificação de dois tipos celulares: células fagocitárias
(células A ou M, por sua semelhança com macrófagos) e, células com intensa atividade
de síntese de proteínas de exportação (células B ou F, por sua semelhança com
fibroblastos). A camada subíntima é constituída por um tecido conjuntivo frouxo que
contém abundância de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, além de uma escassa
população de células, das quais se destacam fibroblastos, macrófagos, mastócitos,
adipócitos e leucócitos, sendo que estes últimos freqüentemente atravessam a camada
íntima da membrana sinovial e, atingem o espaço articular, fazendo, desta forma, parte
do líquido sinovial, principalmente em condições patológicas.
FIGURA 06: Fotomicrografia da membrana sinovial da ATM. Abreviações – CS:
camada subíntima da membrana sinovial; CI: camada íntima da membrana sinovial;
ES: compartimento supra-discal do espaço articular. A fotomicrografia da figura 01 esta
anexada, evidenciando a região que está sendo observada em maior aumento.
A membrana sinovial merece uma atenção especial, pois é a responsável pela produção
do líquido sinovial, que preenche as cavidades articulares, desempenhando funções que
colaboram com a manutenção da homeostase articular. O líquido sinovial é constituído
pelo líquido intersticial, proveniente dos capilares fenestrados da camada subíntima, que
ao se difundir pela camada íntima, em direção à cavidade articular, é adicionado de
proteoglicanas, glicoproteínas e glicosaminoglicanas, produtos da intensa atividade
secretora das células B ou F, que conferem uma alta viscosidade para o líquidosinovial.
Enquanto as células F desempenham um papel fundamental durante a biossíntese do
líquido sinovial, as células M participam de sua degradação, uma vez que esse líquido é
constantemente renovado. As células A ou M exercerem intensa atividade de pinocitose
e digestão intracelular do líquido sinovial. A água e moléculas de baixo peso molecular
que compõem esse líquido, após sua passagem pela camada íntima, retornam a
circulação através dos vasos linfáticos e da porção venosa dos capilares sanguíneos
presentes na camada subíntima. O líquido sinovial mantém as superfícies articulares em
ambiente lubrificado, que além de impedir a adesão e o desgaste dos componentes
internos da articulação, aumenta a eficiência dos movimentos articulares e colabora com
a nutrição das estruturas avasculares.
Um outro aspecto que merece uma atenção especial, por exercer enorme influência em
muitas das patologias articulares é a inervação das articulações sinoviais. A ATM é um
território densamente inervado por fibras nervosas sensitivas e autonômicas,
especialmente na cápsula articular, nos ligamentos intra-articulares e, na periferia do
disco articular.
As fibras nervosas sensitivas, responsáveis pela inervação da articulação
temporomandibular consistem de prolongamentos periféricos de neurônios localizados
no gânglio trigeminal, nos gânglios sensitivos das raízes dorsais da medula espinhal (C2
a C5) e no núcleo do trato mesencefálico do nervo trigêmeo. Essas fibras nervosas estão
acopladas a terminações nervosas livres, abundantes na ATM, que promovem o
monitoramento nociceptivo da articulação. Outros tipos de terminações nervosas
originadas em tais fibras são os corpúsculos de Pacini e os órgãos tendinosos de Golgi,
ambos relacionados com a mecanocepção, e localizados respectivamente na cápsula
articular e nos ligamentos associados. Por fim observa-se os corpúsculos de Ruffini,
restritos a cápsula articular, e relacionados com a propriocepção.
A ATM também apresenta uma densa inervação autonômica, representada por um
grande contingente de fibras simpáticas e, uma discreta quantidade de fibras
parassimpáticas. Nas articulações sinoviais, a inervação simpática parece estar
envolvida com: a) vasomotricidade, por conseguinte, influenciando a produção do
líquido sinovial; b) regulação do extravasamento plasmático na vigência de processo
inflamatório agudo; c) um suposto papel modulador na atividade funcional de
terminações nervosas sensoriais. Enquanto que a inervação parassimpática parece atuar
exclusivamente ao nível da vasculatura. Os pericários dos neurônios responsáveis pela
inervação simpática estão alojados principalmente no gânglio cervical superior e, uma
discreta quantidade no gânglio estrelado, enquanto que, os pericários dos neurônios
responsáveis pela inervação parassimpática, estão localizados no gânglio ótico.
A inervação sensorial da ATM, além da típica função aferente, responsável, por
exemplo, pelo monitoramento nociceptivo, apresenta também uma efetiva função
eferente, uma vez que os receptores sensorias (principalmente as terminações nervosas
livres) liberam neuromediadores na matriz extracelular dos tecidos articulares. A
liberação de neuromediadores, principalmente da classe dos neuropeptídeos, para a
matriz extracelular encontra-se bastante alterada em determinadas patologias articulares.
A inervação autonômica, além de promover a liberação dos neuromediadores clássicos,
como acetilcolina (parassimpático) e noradrenalina (simpático), também libera
neuromediadores, principalmente neuropeptídeos, na matriz extracelular, tanto em
condições fisiológicas, como patológicas. Os neuromediadores liberados no tecido
articular exercem inúmeras funções, dentre elas, a de potencializar ou até mesmo
modular o processo inflamatório local. Esses dados suportam a estrita correlação
existente entre o suprimento nervoso da ATM com a homeostase articular e patogenia
de algumas doenças articulares.

Uma visão geral sobre as Desordens Temporomandibulares (DTM)


As articulações temporomandibulares podem ser acometidas por inúmeras patologias,
as quais afetam a musculatura da mastigação, exclusivamente a ATM ou ambas. Essas
alterações patológicas são coletivamente denominadas de desordens
temporomandibulares (DTM). Diante disso, o objetivo desta parte do capitulo é fazer
um breve resumo das principais patologias que podem acometer a ATM.
Dentre as DTM, uma que merece destaque é o deslocamento do disco articular, devido à
freqüência com que esse tipo de artropatia é encontrado na população. Essa disfunção é
caracterizada por uma relação anormal ou um mal-alinhamento entre o disco articular e
o côndilo mandibular. Potencialmente os deslocamentos discais podem se dar em
qualquer direção, porém são mais comuns os deslocamentos anteriores e ântero-mediais.
Não há concordância sobre as causas do deslocamento de disco articular, contudo
postula-se que fatores que levam ao desgaste e/ou ao estiramento dos ligamentos intra-
articulares promovam alterações na inserção do disco articular. Dentre esses fatores
podemos citar trauma, bruxismo, estresse, anormalidades oclusais, etc. O deslocamento
do disco é geralmente seguido de ruídos articulares como estalidos, estalos e
crepitações. Pelo fato do deslocamento do disco ser tão comum, o mesmo pode
representar desde uma acomodação fisiológica sem significado clínico até algo que
comprometa a função da articulação, inclusive com a presença dor.
Outro tipo de deslocamento é o travamento aberto, também denominado de subluxação
ou deslocamento da ATM. Essa é uma condição onde o côndilo é posicionado
anteriormente à eminência articular do osso temporal, e é incapaz de retornar à posição
normal, salvo seja reposicionado por adequada manipulação da mandíbula. Sendo
assim, esta condição clínica, basicamente se manifesta como incapacidade de fechar a
boca espontaneamente.
Além das DTM caracterizadas por deslocamento das estruturas articulares, esse
território também pode ser comprometido por processo inflamatório. Dentre as
condições inflamatórias que acometem a ATM podemos incluir as sinovites, as
capsulites e as poliartrites. A sinovite é descrita como uma inflamação da membrana
sinovial, com conseqüente repercussão do processo inflamatório para ao líquido
sinovial. A capsulite é uma inflamação que se instala na cápsula articular, normalmente
decorrente da distensão dos ligamentos intra-articulares. A inflamação articular e o
conjunto de alterações na estrutura da articulação ocasionados por uma condição
poliartritíca sistêmica generalizada é conhecida como poliartrite. O tipo mais comum de
poliartrite é a artrite reumatóide, uma condição inflamatória crônica, que acomete
predominantemente as mulheres, ocasionando sinovite proliferativa, atrofia dos tecidos
articulares e rarefação óssea. As condições inflamatórias freqüentemente estão
associadas com trauma, irritação ou infecção. São caracterizadas por dor intensa e
espontânea, agravada pelo movimento.
Outra condição que freqüentemente afeta a ATM é a osteoartrite, uma condição
degenerativa do tecido articular, com concomitante remodelação do osso subcondral
subjacente. A sobrecarga funcional da articulação é uma das principais causas dessa
patologia e o processo vai se acelerando à medida que ocorre redução da quantidade de
proteoglicanas, desintegração da rede de fibras colágenas das superficiais articulares,
condições que reduzem cada vez mais a capacidade funcional das superfícies
articulares.
Forças traumáticas diretas ou indiretas podem afetar a ATM ocasionando fratura dos
componentes ósseos da articulação, contusão ou laceração das superfícies articulares,
dos ligamentos e do disco articular. Uma condição que muitas vezes se manifesta como
seqüela de trauma nessa articulação é a anquilose dos componentes ósseos, ou seja, uma
união dos ossos que se relacionam para compor a articulação, resultado da proliferação
de células ósseas, o que ocasiona restrições aos movimentos articulares. A adesão dos
componentes fibrosos da articulação também pode ocorrer e nesta condição
modificações quantitativas e qualitativas no líquido sinovial estão associadas. Essa
última também restringe os movimentos da articulação, porém seu prognóstico é bem
mais favorável que o das anquiloses, as quais podem promover até mesmo imobilidade
articular.
Além das patologias supracitadas, não podemos nos esquecer que como qualquer outra
área do organismo humano, a ATM pode ter seu desenvolvimento comprometido por
distúrbios de natureza congênita. Sendo assim, há relatos nos quais se constata um
desenvolvimento incompleto de qualquer uma das estruturas que entram na composição
da ATM até mesmo, a falta completa do desenvolvimento da maxila ou da mandíbula.
As anomalias do desenvolvimento da ATM promovem um comprometimento de grau
variado da estética e da função, sendo raros os casos onde o sintoma doloroso está
associado.
Nessa parte do capítulo, foram abordadas as principais alterações patológicas associadas
a ATM, e não devemos nos esquecer, que não foram contempladas todas as DTM, uma
vez que grande parte das mesmas inclui distúrbios musculares. Ainda deve ser
ressaltado que atribuir um fator etiológico as desordens temporomandibulares é muito
difícil, por esta razão grande parte dos livros que tratam desse assunto assumem apenas
que existem fatores que estão associados as disfunções temporomandibulares. Dentre
esse s fatores podemos destacar os fatores predisponentes, que aumentam o risco da
desordem temporomandibular, os fatores de iniciação, que causam a instalação da
desordem, e os fatores perpetuadores, que interferem com a cura e aumentam a
progressão da doença. Outro fator de importância fundamental é o fator individual que
exerce influencia modulatória sobre os demais fatores citados. Sendo assim, em função
da inexistência de um fator etiológico preciso e das influencias individuais, resta ao
clínico um papel muito difícil: o de conseguir diagnosticar de maneira correta,
valorizando os mínimos detalhes na sua conduta diagnóstica, pois é somente frente a um
diagnóstico muito fidedigno que o plano de tratamento deve ser estabelecido, e mesmo
assim o prognóstico muitas vezes é duvidoso.

Neuroanatomia da dor

Roelf J. Cruz Rizzolo

A dor é uma experiência subjetiva


Embora possamos definir uma causa fisiológica para a dor, a estimulação de receptores
periféricos denominados nociceptores, nossa experiência diária indica que as pessoas
reagem de forma diferente ante a estimulação nociceptiva. Estímulos que em algumas
pessoas provocam dor podem passar quase inadvertidos em outras. O que é mais
curioso, o mesmo estímulo pode causar diferentes níveis de dor na mesma pessoa. Isso
pode ser verificado na prática clínica diária. Pacientes ansiosos e com medo ao
tratamento “sentem” mais dor que quando se encontram relaxados. A dor pode ser
também insuportável quando suspeitamos que sua origem provém de uma doença grave.
Quando descobrimos que a causa dessa mesma dor é benigna e desaparecerá em poucos
dias, ela torna-se menos importante. Isso tem levado a diferenciar o estímulo
nociceptivo, um evento puramente fisiológico, da emoção e do sentimento que a dor
provoca, esta, uma experiência subjetiva (e individual).
A parcial independência entre o estímulo nociceptivo e sua experiência consciente pode
ser também observada em relatos de indivíduos seriamente feridos que não sentem, pelo
menos imediatamente, dor, e relatos de dores lancinantes sem nenhuma causa aparente.
O primeiro caso é freqüentemente relatado por indivíduos baleados ou feridos após
acidentes de trânsito, e a falta de dor pode estar relacionada com mecanismos inibitórios
descendentes que descreveremos posteriormente. O segundo caso tem enormes
implicações clínicas e reúne alguns tipos de dor como a dor fantasma, dor talâmica, dor
de deaferentação e outros tipos de dor crônica, como as causalgias, agrupadas
modernamente, quando localizadas na face, sob a denominação de dor neuropática
trigeminal e dor facial atípica.
Podemos classificar ainda a dor como rápida ou aguda aquela produzida por um
estímulo suficientemente forte para desencadear um potencial de ação desde receptores
específicos para dor, geralmente terminações nervosas livres. Esse estímulo, se causado
no campo de inervação trigeminal, estimulará uma via trigêmino-talâmico-cortical.
Geralmente, nesses casos a dor termina junto ou imediatamente após o estímulo.
Já nos casos de dor lenta ou crônica, o limiar de excitabilidade do receptor é
anormalmente baixo, isto é, um leve toque ou mesmo nenhum estímulo visível pode já
desencadear um potencial de ação que leve à percepção de dor. Nesse caso temos uma
situação denominada alodínia, em que a dor é desencadeada por estímulos que
anteriormente não provocavam dor.

Diferentes autores têm classificado a dor de várias formas. A classificação mais aceita
atualmente é aquela que divide a dor em nociceptiva e neuropática. A dor nociceptiva é
aquela originada por dano tecidual potencial ou real. Nesse tipo de dor é possível
correlacionar a dor com o estímulo desencadeante. Está associada com dor aguda e dor
rápida (embora não necessariamente). Geralmente cessa quando o estímulo nociceptivo
é eliminado. Já a dor neuropática se origina geralmente por alterações na via nervosa
que leva a informação nociceptiva ao sistema nervoso central (SNC), ou por alterações
neuronais no próprio SNC. Pode ter se originado ou não por dano tecidual anterior e dos
efeitos do processo inflamatório decorrente à lesão. Nestes casos, mesmo que a lesão
tecidual tenha desaparecido a dor continua. Está geralmente associada então à dor
crônica.
Algumas dessas situações já foram experimentadas em nosso dia-a-dia. Podem
ocorrer como resposta a uma inflamação, devido geralmente à ação de substâncias
químicas liberadas no local inflamado (Figs. 1, 2 e 3). Nesse caso, tanto a área afetada
como áreas vizinhas respondem a estímulos nociceptivos de forma mais intensa que o
normal, condição denominada hiperalgesia.
Fig. 1 - Um estímulo nociceptivo provoca lesão tecidual com liberação de potásio (K) e
síntese de substâncias como prostaglandinas (PG) e bradicinina (BK). A PG aumenta a
sensibilidade das terminações nervosas para BK e outras substâncias.

Fig. 2 - Na figura ao lado observamos a ativação indireta de aferentes. Observar que o


potencial de ação gerado pelo estímulo não apenas se dirige ao SNC como também
"lateralmente" alcançando outras terminações axonais. Estas liberam substância P (SP),
a qual ao alcançar vasos produz vasodilatação e edema. A SP também alcança plaquetas
(P) e mastócitos (M), os quais como resposta liberam serotonina (S) e histamina (H)
respectivamente, aumentando as alterações químicas locais. Estas alterações químicas
aumentam a chamada "cascata de citocinas", com a liberação tecidual de interleucinas,
prostaglandinas, ciclooxigenase, etc. Esta "sopa" inflamatória diminui o limiar de
disparo de receptores locais, os quais apenas disparam nessas condições de inflamação
(receptores silenciosos ou PMAL, polimodais de alto limiar). Dessa forma, mesmo
terminado o estímulo desencadeante da dor, esta continua devido à hipernocicepção
inflamatória.
Fig. 3 - Terminações nervosas próximas são atingidas (sensibilização periférica),
disparando por sua vez novos potenciais de ação. Assim, a área inicialmente afetada
pelo estímulo fica maior e mais sensível (hiperalgesia e alodínia).
Outras situações de dor são menos freqüentes, mas, quando ocorrem, representam um
desafio clínico de difícil solução. Resultam, geralmente, de modificações sinápticas que
ocorreram ao longo da via nociceptiva, como conseqüência da própria dor e/ou dos
tratamentos clínico-cirúrgicos decorrentes. Como essa alteração sináptica não ocorre no
local onde se iniciou o estímulo nociceptivo (o qual pode estar já completamente
curado), a sensação de dor parece sem explicação para o clínico não conhecedor dos
mecanismos neurais envolvidos, que erroneamente classifica essa dor como de origem
“emocional”. Entretanto, a dor é real e tão ou mais intensa que a causada pelo estímulo
inicial. Entre esse tipo de dor podemos agrupar a dor fantasma, em que a percepção
dolorosa é sentida em um membro que já foi amputado (podemos incluir aqui a polpa
dental!! ); dor talâmica, em que alterações sinápticas no tálamo perpetuam a
sensibilidade dolorosa; dores pós-traumáticas persistentes, comumente designadas
causalgias, nas quais as alterações sinápticas decorrentes de uma lesão e de seu
tratamento fazem com que estímulos outrora insignificantes sobre a região
anteriormente afetada desencadeiem dores intensas (Figs. 4, 5 e 6 ). É fundamental
perceber que, muitas vezes, diagnósticos e tratamentos inadequados levam à instalação
de processos de dor crônica de muito difícil e até mesmo impossível solução. No campo
odontológico, amputações de polpa dental decorrentes de extrações ou tratamentos
endodônticos são causa freqüente de dor crônica, motivo pelo qual esses procedimentos
deveriam ser na medida do possível evitados.
Fig. 4- Na figura ao lado temos a situação normal. A polpa (intacta) é inervada, entre
outras, por uma fibra C, relacionada com a nocicepção, e a mucosa palatina com uma
fibra A beta, que leva ao SNC impulsos relacionados com a sensibilidade fina
(sensibilidade epicrítica). Dessa forma, a polpa, se estimulada, provoca o disparo de um
potencial de ação que segue pela fibra C e percorre a via nociceptiva rápida, com
sinapse no neurônio II no núcleo espinal do nervo trigêmeo (N. esp. V), tálamo
(neurônio III) e córtex, levando à percepção de dor. Já um toque leve na mucosa
palatina estimula receptores associados à fibra A beta. Este estímulo, ao chegar ao
córtex, não desencadeia a percepção de dor e sim de toque. Observe entretanto, que esta
fibra A beta pode possuir uma ramificação axônica (no momento não funcional) que
converge sobre o neurônio II nociceptivo (traço pontilhado).
(N. Pr V, núcleo principal do nervo trigêmeo)
Fig. 5 - Agora, foi realizada uma pulpectomia (deaferentação). Como possível
consequência, temos a degeneração da fibra C, mas a ramificação axônica da fibra A
beta torna-se funcional e passa a estimular o neurônio II da via nociceptiva. Devido a
essa convergência, um toque na mucosa palatina (com a língua, escova dental, etc.)
ativa a via da sensibilidade fina como no caso da figura 4, mas ativa também a via
nociceptiva. Como esta via nociceptiva estava associada à polpa do dente tratado, o
paciente referirá dor de origem dental (alodínia e dor referida). Por razões óbvias,
qualquer novo tratamento pulpar ou exodontia, nesse ou nos dentes vizinhos, não
aliviará a situação.

Fig. 6 - Neste caso, a pulpectomia não provocou a degeneração da fibra C. Entretanto,


devido a alterações metabólicas do neurônio sensitivo primário, ocorre intenso
brotamento axonal, geralmente associado ao aparecimento de neuromas de amputação.
Nessa situação, a fibra C que antes inervava apenas a polpa dental, desorganiza-se
entrando em contato com outras regiões da mucosa. Agora qualquer toque na mucosa
poderá disparar a via nociceptiva e a dor resultante estará associada ao dente tratado
(alodínia). Observar que, nessas circunstâncias, qualquer novo tratamento cirúrgico no
local, por seccionar novos axônios, poderá levar a maiores alterações metabólicas nos
neurônios sensitivos primários e brotamentos adicionais com agravamento do quadro
clínico.

Existem mecanismos neuronais que modulam a dor


A percepção da dor pode ser modulada (diminuída ou aumentada) por mecanismos
ascendentes, originados da periferia do nosso corpo, ou por mecanismos descendentes,
originados no próprio SNC. Os primeiros estão relacionados com os diferentes
diâmetros (e diferentes velocidades de condução) das fibras nervosas (ver página 251 do
livro-texto). Como a informação tátil (não-nociceptiva) alcança o SNC antes e por vias
paralelas em relação à informação relacionada com a dor, por meio de mecanismos de
inibição lateral a via nociceptiva poderia ser inibida. Esse mecanismo neural seria a base
da nossa experiência diária que nos indica que uma massagem em áreas doloridas
provoca certo alívio. Pode ser também a base de procedimentos mais sofisticados como
a estimulação transcutânea (TNS, transcutaneous nerve stimulation). Nesse
procedimento a estimulação transcutânea de fibras A beta através de impulsos elétricos
de alta freqüência e baixa intensidade, pode provocar analgesia imediata. Para ser
efetiva, a estimulação deve ser aplicada na mesma região que dói ou sobre a qual
interviremos cirurgicamente. Esse tipo de analgesia cessa imediatamente após o fim da
estimulação. Outro tipo de analgesia induzida por estimulação periférica afeta as fibras
finas (A delta e C). Nesse caso, os impulsos devem ser de baixa freqüência e
intensidade relativamente alta. A analgesia, quando conseguida, não se inicia
imediatamente após o início da estimulação e pode durar horas após a estimulação ter
cessado. Alguns pesquisadores acreditam que esta seja a base da analgesia provocada
pela acupuntura, em que a rotação das agulhas pode gerar o mesmo resultado, ou seja, a
estimulação de fibras finas. Ao contrário da TNS, nesse caso o estímulo pode ficar
distante da área afetada pela dor e alguns estudos, não completamente confirmados,
indicam que esse tipo de estimulação gera, ao alcançar estações superiores de via
nociceptiva, mecanismos de inibição descendentes.
Outro mecanismo de modulação da dor origina-se de estruturas encefálicas superiores.
Duas áreas estão diretamente envolvidas, a substância cinzenta periaquedutal (SCP),
ao redor do aqueduto do mesencéfalo, e um pequeno grupo de núcleos localizados
medianamente no bulbo, o núcleo magno da rafe (NMR). Estudos experimentais
indicam que neurônios da SCP projetam-se em direção ao NMR. Neurônios desse
núcleo, contendo o mediador químico serotonina, projetam-se, por sua vez, nos núcleos
trigeminais, onde ocorre a sinapse entre o neurônio sensitivo primário e o neurônio II da
via somestésica. Embora a serotonina possa também estar envolvida diretamente na
inibição da via nociceptiva, resultados experimentais indicam que esses neurônios do
NMR ativam interneurônios trigeminais que liberam na região um mediador químico
denominado endorfina. Esses mediadores, que recebem esse nome devido ao fato de
sua ação imitar a da morfina, bloqueiam a transmissão nociceptiva, impedindo que os
estímulos atinjam o córtex cerebral (Fig. 7)).

Fig. 7 - Possíveis mecanismos de modulação nociceptiva. À esquerda, modulação


periférica através de mecanismos de inibição lateral por parte de uma fibra A beta. À
direita via de inibição central através da substância cinzenta periaquedutal e núcleo
magno da rafe.
Muito se discute sobre o valor adaptativo desse mecanismo. De fato, se a dor é uma
informação valiosa que nos avisa que algo está mal no nosso corpo e permite que
tomemos uma decisão para corrigir eventuais ameaças a nossa integridade, qual seria o
valor de um mecanismo que bloqueia essa informação? A resposta experimental indica
que em situações de forte estresse emocional, esse mecanismo de supressão descendente
da dor também é desencadeado. Isso indica que em determinadas circunstâncias, quando
a fuga é impossível ou quando ela não nos traz resultados vantajosos, a dor deve ser
suprimida. Provavelmente é um mecanismo que a presa utiliza para não sentir dor ao ser
fatalmente atacada por seu predador. É o que nos faz, muitas vezes, não sentir dor
imediatamente após sermos feridos com gravidade. Um mecanismo brilhantemente
descrito, em 1857, pelo caçador-escritor, David Livingston, em seu livro Missionary
Travels ...
“... eu vi o leão justo no momento em que ele pulava sobre mim. Eu estava sobre uma
pequena elevação; ao pular, ele pegou meu ombro e ambos caímos juntos. Rosnando
terrivelmente perto do meu ouvido, ele me sacudia como um terrier faz com um rato. O
impacto produziu em mim um estupor semelhante ao que deve sentir um camundongo
após o ataque inicial de um gato. Ele me causou uma espécie de estado onírico no qual
não existia dor nem o sentimento de terror, embora eu estivesse muito consciente do que
estava acontecendo. Algo semelhante ao que os pacientes influenciados pelo
clorofórmio descrevem, os quais presenciam toda a operação mas não sentem o bisturi.
Essa condição singular não foi o resultado de algum processo mental. O ataque
aniquilou o medo e nenhum sentimento de horror se apoderava de mim ao observar a
besta. Este peculiar estado é provavelmente produzido em todos os animais atacados
pelos carnívoros, e se de fato for assim, é uma providência misericordiosa de nosso
Benevolente Criador para reduzir a dor da morte.”

Estudo dirigido sobre


VISCEROCRÂNIO

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição )

O estudo dirigido sobre o viscerocrânio representa um estudo adicional que propõe


nova maneira de entender ou de recordar um assunto que já foi estudado, neste
caso, os maxilares e ossos adjacentes.
Escolhemos uma técnica de estudo dirigido, individual (também pode ser grupal),
que deve ser realizada com muita reflexão e espírito crítico. Ela desafiará seu
talento criador, desenvolvendo, ao mesmo tempo, sua capacidade analítica e de
interpretação e integração de idéias.
Procure desenvolver este estudo com o livro e com um crânio à mão , se for
possível. Se não for possível realizar este estudo dirigido com o auxílio de um
crânio, a palpabilidade dos acidentes anatômicos deve ser feita no crânio e no
vivente (em você próprio). Aprende-se com todos os sentidos, e o tato é um deles.
Estude, leia atentamente e digite no espaço em branco a palavra correspondente.
Depois passe o cursos sobre o sinal de interrogação (?) para conferir sua resposta.

Inicie tateando o ádito da órbita e detenha-se na margem infra-orbital, que é a que mais
interessa. Passe um dedo ao longo dela e perceba como é aguda. Seu tato vai acusar uma

saliência, que é a sutura ?. Esta é a primeira pergunta. Outras virão.


Responda-as buscando respaldo nos textos do livro, a partir da página 21 e suas figuras.

Note que o forame ? está situado a alguns milímetros abaixo dessa sutura.
Em si próprio não conseguirá palpar esse forame porque ele é coberto pelo músculo

? , o qual se origina logo abaixo da margem infra-orbital. Mas conseguirá


identificar em si toda a margem e até mesmo a sutura. Desloque o dedo medialmente e

encontrará o osso ? . Aproveite para explorar e reconhecer áreas adjacentes

a ele. Deslocando o dedo lateralmente irá encontrar o corpo do osso ? e, a


partir dele, verifique nas figuras 2-3, 2-8 e 2-11 seus três processos, principalmente o

processo ? , que corresponde à metade do arco zigomático. Corra o dedo


pela borda inferior do zigomático , no crânio e em si . Perceberá irregularidades,
resultado de aposição óssea não uniforme que ocorre devido à tração do músculo
masseter, o qual tem origem nesse local. Localize melhor esse músculo em você,
ativando-o com movimentos sucessivos de oclusão forçada. Deslize os dedos sobre o
músculo e perceba que ele chega ao ramo da mandíbula, onde se insere. Continue
descendo a até o ângulo da mandíbula e sinta umas proeminências ósseas irregularmente

distribuídas, cujo conjunto é chamado ? . Assim, você entendeu que o osso


provê os locais de inserção muscular: um deles é fixo e a partir dele, o músculo se
contrai; o outro é móvel porque a contração muscular provoca o movimento do osso,
neste caso a mandíbula.
Voltando para o corpo do zigomático, vá deslizando os dedos até alcançar o primeiro
molar superior. No crânio, você estaria apalpando uma eminência linear, que é a

? , importante reparo ósseo nas anestesias dos dentes molares superiores.


Em você, faça tentativas extra e intrabucais para localizar a mesma eminência óssea.
Medialmente a ela será encontrada, abaixo do forame infra-orbital, uma depressão larga

e rasa, a ? , que corresponde à parede anterior do seio maxilar. No crânio é


fácil de ser localizada. Nas pessoas é mais difícil, porque essa fossa contém o músculo
levantador do ângulo da boca, o qual se origina e se insere no ponto de união dos
lábios.
Descendo um pouco, encontrará uma série de elevações que corresponde às raízes dos

dentes. São as ? , das quais a mais longa e saliente é a ?,


relacionada com a transmissão de forças da mastigação à base do crânio. Elas se
dispõem enfileiradas desde o incisivo central até o terceiro molar, constituindo a lâmina

? de cada ? do processo alveolar.


Acima das eminências dos incisivos e abaixo da abertura piriforme, pode ser encontrada

uma pequena depressão, a ? , local de inserção de algumas poucas fibras do


músculo orbicular da boca. Acima das eminências dos molares (na base do processo
alveolar) encontra-se um dos locais de origem do músculo bucinador.
Quando você estiver correndo o dedo (em si mesmo, por dentro da boca) sobre as
eminências alveolares dos molares, continue mais para trás até alcançar uma superfície

romba da maxila, a ? , que apresenta uns dois pequenos forames, nomeados

? , nos quais passam nervos e vasos alveolares superiores posteriores,


com destino aos dentes molares e seus tecidos de suporte.

Mais atrás, a maxila se relaciona com o processo ? do osso esfenóide. Entre

ambos, há uma abertura, a fissura pterigomaxilar, porta de entrada da fossa


? , onde penetra a artéria maxilar (Fig. 2-11). Dois acidentes anatômicos devem ser

observados nessa área: no alto, uma passagem para a órbita, a ? , (Fig. 2-3)
por onde passam nervo e vasos infra-orbitais e em baixo, uma ponta em forma de
gancho, continuação da lâmina medial do processo pterigóide, que se denomina

? . (Fig. 2-16).
Nele se enlaça o músculo tensor do véu palatino, em seu curso da fossa escafóide ao
palato. O músculo levantador do véu palatino vai direto de sua origem na parte
petrosa do osso temporal ao palato, sem se desviar em torno de nenhum osso.
Para continuar o estudo do maxilar, se você tiver um crânio à mão vire-o de cabeça para
baixo. Se não tiver continue palpando sua própria boca e vendo as figuras 2-15 e 2-16.
Examine o palato ósseo, de modo visual e digital. Perceba que do processo alveolar, de
incisivo a premolar, em direção ao palato, seus dedos resvalam suavemente por uma
superfície recurvada, sem ângulos e sem solução de continuidade. Ao fazer o mesmo na
região molar, note que a curva desaparece para dar lugar a um ângulo bem pronunciado.

Neste local, procure o grande forame ? , pelo qual transitam vasos e nervo
do mesmo nome.
Continue a tocar essa área no crânio (se tiver um), mais para a frente, e sentirá umas

elevações pontiagudas, que são as ? , entre as quais pode-se divisar os

? . Continuando, seu dedo é guiado para o plano mediano, onde você verá,

bem à frente, a terminação do canal incisivo, que é o ? . Repare que ele tem

uma forma de caçapa ou de funil, chamada ? . O nervo que aí passa é o


nasopalatino . No toque, por dentro da sua boca, não é será possível distinguir os
forames sob o mucoperiósteo do palato. Na seqüência, se você acompanhar com o dedo

o plano mediano, ao longo da sutura ? , poderá notar (algumas pessoas têm

outras não) uma elevação de tamanho variável, o ? . Seu dedo deve ter
chegado bem atrás, na borda livre do palato ósseo, local onde sobressai a espinha

? . Nessa borda, que pertence à lâmina ? do osso ?


, prende-se a aponeurose palatina e nela os músculos palatinos já citados e também o
palatoglosso, o palatofaríngeo e o músculo da úvula. Separando os ossos palatinos

(lâminas horizontais) das maxilas (processos ?), evidencia-se a sutura

?.
O processo alveolar, que circunda o palato, tem um alvéolo para cada dente e a

separação entre eles é feita pelo ? . Dessa forma, o alvéolo tem uma parede

voltada para cada dente vizinho e as duas outras paredes que são chamadas
?e ? . Os alvéolos de dentes multirradiculares são divididos por septos

? . Se o crânio que você está manuseando é Em pessoa parcialmente


desdentada ou desdentada total, apalpe o processo alveolar é cicatrizado e reabsorvido,

qu e pass a a ter agora uma forma de crista, cujo termo de designação é ?.


Falta agora inspecionar a mandíbula (leia sobre ela nas páginas 24, 25, 31, 34, 35 e 36e
examine as figuras 2-3, 2-5, 2-8, 2-10, 2-13, 2-14 e 2-20). Seu processo alveolar repete
toda a anatomia do processo alveolar maxilar. Na sua base, vestibularmente e ao nível
dos molares, originam-se fibras inferiores do músculo bucinador, que é o músculo da
bochecha. Como a mandíbula do adulto é um osso único, ela não tem uma sutura
mediana, como a sutura intermaxilar. Na linha mediana anterior, o que se vê é uma bela

elevação nomeada ? , ladeada em baixo por dois tubérculos ?e

em cima por duas ? , de onde se originam os músculos mentonianos.

Abaixo do tubérculo mentoniano, já na base da mandíbula, distingue-se a


? , local em que se insere o músculo digástrico, cuja origem fica no neurocrânio
(incisura mastóidea).
Imaginando agora uma linha que vai do tubérculo mentoniano até a base do alvéolo do
primeiro molar, você estará estabelecendo o local de origem do músculo abaixador do
ângulo da boca. Continuando nessa linha, você vai encontrar, no prumo do segundo

premolar, o forame ? . Isto significa que o conteúdo do forame (nervo e


vasos mentonianos) é recoberto nesse ponto pelo músculo acima mencionado.
A partir do forame, vá deslizando o dedo para trás e para cima até tatear toda a extensão

da linha ? . Continuando a tatear, você alcança a ? , a qual

termina no processo ? , de aspecto triangular. Se você abrir a boca, palpará


com mais facilidade esse processo. Em suas bordas e em sua face medial insere-se o
músculo temporal, cuja origem está na fossa temporal. A inserção do músculo na face
medial faz surgir uma superestrutura que do ápice do processo desce pelo ramo da

mandíbula, esmaecendo aos poucos. Seu nome é ? . Às vezes ela é tão

longa que chega até o trígono ?.

Tente palpar a borda posterior do processo coronóide e a incisura ? , que

segue (no crânio é fácil) até atingir o processo ? , o qual se divide em

? e colo da mandíbula. Na cabeça (côndilo) da mandíbula você palpará


facilmente o pólo lateral, principalmente se fizer movimentos de abrir e fechar a boca.
Veja o restante no crânio: o pólo medial, as cristas que partem de ambos os pólos, as
duas vertentes no alto do côndilo e uma depressão na porção anterior do colo que é a

? , para a inserção do músculo pterigóideo lateral, depois de ter se

originado na lâmina lateral do processo ? . Essa origem é fixa; é a base para


a movimentação muscular. Aí o músculo se ancora e, ao se contrair, encurtando suas
fibras, traciona a área de inserção em direção à área de origem e, dessa forma, protrai a
mandíbula.
Em seguida, corra o dedo pela borda posterior do ramo da mandíbula, em si próprio. Se
sentir um choque, é porque você pressionou o nervo auriculotemporal. Faça uma
verificação no crânio seco: a borda posterior é mais romba e mais espessa que a
anterior. Na sua mandíbula, a glândula parótida dificultará a verificação desse detalhe.
Você está chegando ao ângulo da mandíbula. Lembra-se da tuberosidade massetérica
que palpou no início do estudo? Pois bem, introduza o dedo por dentro (medialmente)

do ângulo da mandíbula e distinga elevação semelhante. É a ? , formada em


resposta à tração do músculo pterigóideo medial nesse local de sua inserção. A
propósito, esse músculo, que é um elevador da mandíbula, tem origem na fossa
pterigóidea (entre as lâminas do processo pterigóide; não confunda com a fóvea
pterigóidea) .
Mais acima, no centro da face medial do ramo da mandíbula, observe no crânio ou nas

figuras do livro, principalmente a Fig. 2-20, o forame ? , tendo à frente a

? , local de inserção do ligamento esfenomandibular. Nesse forame entram


nervo e vasos alveolares inferiores, os quais descrevem um trajeto intra-ósseo não por
entre os espaços medulares e trabéculas da substância esponjosa, mas por um canal feito

de substância compacta denominado ? . Antes de entrar no osso, a artéria e


o nervo soltam um ramo milo-hióideo que, de início, transitam junto ao osso em uma

depressão que se chama ? . Acima dele, próximo ao terceiro molar, sinta


com os dedos a extremidade posterior de uma elevação linear (e afilada) que, à medida

que avança para a frente e para baixo, vai se tornando menos saliente. É a ?
, na qual toma origem o músculo milo-hióideo, principal músculo do soalho da boca.
Depois de sentir pelo tato essa linha, note abaixo dela, na região molar, uma depressão

de nome ? , causada pela justaposição da glândula submandibular.


Anteriormente e acima da linha, há outra depressão glandular, menos marcada, que leva

o nome de ?.
Com isso, você deu a volta toda na mandíbula; termine agora no mesmo nível do plano
mediano quando começou. Só que do lado de trás. Aí estão localizadas as espinhas

? . Os dois músculos que nelas se prendem impedem sua palpação no ser


vivo. Aí se originam o genioglosso, maior músculo da língua, e o gênio-hióideo, que
une a mandíbula ao osso hióide.
Dois forames podem ser vistos nessa área. Dizemos “podem ser”, porque
freqüentemente estão ausentes. São forames inconstantes e, portanto, não importantes.
O de cima, maior, é sempre percorrido por um ramo da artéria sublingual e o de baixo,
menor, é às vezes percorrido por um ramo do nervo milo-hióideo. O primeiro

denomina-se forame ? ou ? e o segundo, ?.

E agora vamos ao teste final, para terminar o estudo.


Ordene a lista abaixo subindo ou descendo seus itens, de acordo com a sequência
das seguintes definições:
1) conjunto de elevações ósseas decorrentes de ação muscular direta
2) local em que uma exostose chamada toro pode se formar
3) elevação linear óssea que dificulta a anestesia do primeiro molar superior
4) local de passagem (inconstante) do nervo milo-hióideo
5) constitui a parede posterior do seio maxilar
6) solda-se (fecha-se) pouco antes dos 18 anos de idade
7) local de grande pressão e transferência de forças mecânicas durante a mastigação
8) local de passagem do nervo facial
9) amplia-se com o evolver da idade e com a perda dos dentes
10) uma fossa rasa na parte anterior do colo da mandíbula

Parte superior do formulário


tuberosidade pter

tuberosidade pterigóidea
crista zigomático-alveolar
forame estilomastóide
forame retromentoniano inferior
seio maxilar
vertente posterior da eminência articular
tuberosidade da maxila
sincondrose esfeno-occipital
fóvea pterigóidea
palato ósseo

Parte inferior do formulário

Aqui terminamos. Que tal, valeu a pena? Ao conferir as respostas, atribua a você
uma nota. Atribua também uma segunda nota relativa ao esforço dispendido, à
atenção dedicada e ao aproveitamento (conhecimento) obtido. Esperamos que as
suas notas sejam dez e dez.

O próximo estudo dirigido “saiba mais” vai tratar dos músculos cefálicos, os quais
já foram abordados, ainda que superficialmente, neste texto. Isto significa que, na
seqüência do estudo, você não vai começar do zero.
Estudo dirigido sobre
ATM

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição )
Nossa experiência no ensino da Anatomia nos permite afirmar que os alunos
estudam a ATM teoricamente, mas não tanto na prática de laboratório. Nas
avaliações, é comum o professor encontrar assertivas equivocadas, como: a cápsula
articular é cartilagínea, o ligamento temporomandibular é contrátil, a membrana
sinovial reveste a cartilagem articular, o disco articular não se prende à cabeça da
mandíbula e outras tolices mais !
Para evitar confusões, sugerimos um estudo prévio, mais cuidadoso, das
articulações sinoviais. Examinando bem a cápsula da articulação escápulo-umeral,
os ligamentos das articulações do tornozelo, os meniscos da articulação do joelho, o
disco da esternoclavicular, enfim, boas preparações das grandes articulações
sinoviais, você terá mais facilidade em entender as relações e o significado dos
elementos constituintes da articulação temporomandibular. Com essa bagagem, o
estudo da ATM, em material didático laboratorial de boa qualidade, será mais
bem aproveitado.
Mas, se você já tem uma noção razoável da anatomia das articulações em geral, comece
este estudo fazendo uma revisão das superfícies articulares ósseas da ATM, no capítulo
sobre o crânio, páginas 32 e 40 e figuras 2-10, 2-11 e 2-15. Essas superfícies necessitam
de um revestimento de cartilagem para (pense na melhor alternativa, depois
encontrará a resposta):
a) promover melhor deslizamento;
b) absorver choques;
c) proteger os ossos;
d) todas as alternativas acima ;
e) nenhuma das alternativas acima .
Mais três perguntinhas para deixar o assunto cartilagem articular mais bem entendido.
São assertivas que você poderá aceitar como verdadeiras (V). Se forem falsas (F),
coloque no espaço em branco, no final da frase, as palavras que as tornarão verdadeiras.
(V) (F) A linha terminal do revestimento cartilagíneo corresponde à linha inicial do

revestimento periosteal.

(V) (F) Portanto, o periósteo não faz parte da articulação.


(V) (F) A cartilagem articular é menos espessa nas áreas que sofre maior pressão.

Bem, já temos o esqueleto ósseo da ATM atapetado por uma camada de


fibrocartilagem, a qual substitui o periósteo no revestimento ósseo, evita desgaste e
erosão óssea, deixa a superfície lisa e escorregadia e absorve pressões, sendo que as
de maior carga, com maior espessura e vice-versa (estas são as respostas corretas
das perguntas anteriores). Reforce seu estudo relendo o livro à página 134.
Vamos agora fechar a ATM com uma membrana fibrosa dotada de lassidão, que
permite uma certa elasticidade. Com isso fica formada (se não souber, continue lendo
que encontrará a resposta):
a) a superfície extra-articular;
b) o ligamento intra-articular;
c) a cavidade articular;
d) o líquido sinovial.
Essa membrana de tecido conjuntivo fibroso tem o nome de :
a) membrana sinovial;
b) cápsula articular;
c) membrana conjuntiva;
d) ligamento temporomandibular.
Ela acompanha os movimentos da ATM porque é frouxa o suficiente para isso. Em cada
movimento ela aumenta ou diminui a cavidade articular (esta é a resposta da
penúltima pergunta). Sobre cápsula articular, volte à página 138 do livro.
Para que a articulação fique completa, faltam alguns de seus elementos componentes.
Um deles reforça lateralmente a cápsula articular (resposta da última pergunta) e
promove uma forte ligação entre temporal e mandíbula.
Trata-se:
a) do ligamento intracapsular;
b) do ligamento temporomandibular;
c) da membrana sinovial;
d) da cartilagem externa.
Além dessas duas funções, o ligamento temporomandibular (esta é a resposta
correta) evita o deslocamento posterior exagerado da cabeça da mandíbula e possibilita
o movimento de Bennett.
Agora já temos uma articulação de ossos cobertos por cartilagem, limitada por uma
cápsula articular, reforçada por um ligamento, que se movimenta por ação muscular.
Mas estão faltando dois elementos intracapsulares para a ATM ficar completa. Um

deles é uma placa fibrocartilagínea chamada , que serve para:


a) absorver choques ou pressões;
b) regularizar as superfícies ósseas discordantes;
c) acompanhar a mandíbula no movimento de translação;
d) nenhuma delas;
e) todas elas.
O disco articular (resposta da penúltima) encaixa-se na cabeça da mandíbula de
maneira mais ou menos solta, cumprindo todas as funções (resposta) apresentadas nas
alternativas do teste.

(V) (F) O disco fica preso apenas nos pólos medial e lateral .
Essa conexão permite que a cabeça da mandíbula rode (movimento de rotação), sem que
o disco articular saia do lugar porque sua ligação é apenas nos dois pólos da cabeça da
mandíbula (resposta da última). Se o movimento for de translação, o disco desloca-se
junto com a mandíbula (resposta dedutiva da penúltima).
(V) (F) O disco articular também se liga, principalmente por meio de fibras elásticas, ao

coxim retrodiscal. Este, o coxim, está conectado também à cápsula articular


e à cabeça da mandíbula. No livro, ligamentos e disco articular são encontrados nas
páginas 136 a 140.
Finalmente, o que fica faltando para deixar a ATM prontinha? Se você estivesse
construindo um dispositivo de forma e movimentação semelhantes, usando metal ou
plástico, o que teria que acrescentar para que funcionasse bem e por muito tempo?
Se você respondeu que faltaria óleo lubrificante ou graxa, bingo! Acertou em cheio.
Com as articulações sinoviais acontece a mesma coisa. Elas precisam em um meio
líquido consistente, como se fosse um lubrificante, para deslizar suavemente, sem
desgastar suas partes. Como no interior da cavidade da ATM não há gordura, líquor,
linfa, sangue, suor e lágrima, é necessário que haja um outro líquido especialmente
elaborado para cumprir essa função. Não vamos nem perguntar que líquido é esse. Todo
mundo sabe que é a sinóvia. Deixamos para perguntar o seguinte. Que outra função
pode-se atribuir à sinóvia?
a) anti-séptica;
b) antiinflamatória;
c) regularizadora do pH;
d) nutritiva.
Pode-se afirmar que o líquido sinovial, por ser viscoso (espesso), tem a função de
diminuir o atrito entre as superfícies articulares e facilitar o deslizamento. Portanto,
além de nutrir as cartilagens (resposta da última), tem essas outras utilidades.
Mas, a sinóvia aparece milagrosamente dentro da articulação? Pelo quê e onde ela é
produzida? É a membrana sinovial que se encarrega disso? Sim. Mas, de onde a
membrana sinovial retira líquido para elaborar a sinóvia?
a) dos humores do corpo;
b) da linfa;
c) do sangue;
d) do líquido intersticial.
Continuamos com perguntas para encontrar esclarecimentos. A membrana sinovial fica
dentro da articulação? Tem que ser, não é? Do contrário, como a sinóvia poderia
espargir (espalhar, difundir) na cavidade articular depois de ser processada a partir do
sangue (resposta da últimapergunta).
Porém, onde, exatamente, a membrana sinovial se situa?
a) revestindo internamente a cápsula articular;
b) revestindo as duas faces do disco articular;
c) revestindo as superfícies articulares;
d) solta na cavidade articular.
A membrana sinovial, tal como o disco articular, não pode ficar solta dentro da ATM,
como se fosse um corpo estranho. Tanto o disco quanto a membrana estão fixados. A
membrana sinovial se fixa à cápsula articular, revestindo-a por dentro (resposta da
última). A partir daí ela se estende sobre o coxim retrodiscal, por cima e por baixo.
Sinóvia está na página 138.
Pronto. Esperamos que este texto tenha realmente colaborado para que você soubesse
mais.
Cremos que, tendo estudado antes e agora, a última pergunta você responderá com
facilidade. Ela é dividida em duas partes: na primeira, pedimos que estabeleça relações
de maior proximidade ou continuidade e na segunda, relações de função.
Relacione os termos da coluna à esquerda (numerada) com os termos da coluna à
direita (parênteses), preenchendo com os números os espaços entre os parênteses.

Relação de maior proximidade ou continuidade:


1 disco articular
( ) superfícies ósseas
2 membrana sinovial
( ) disco articular
3 cartilagem articular
( ) face interna da cápsula articular
4 ligamento temporomandibular
( ) face externa da cápsula articular
5 coxim retrodiscal
( ) pólos da cabeça da mandíbula
6 colo da mandíbula
( ) músculo pterigóideo lateral
7 cápsula articular
( ) cápsula articular

( ) processo retroarticular
Respostas
( ) ligamentos acessórios

Relação de função:
1 músculo pterigóideo lateral
( ) nutrição
2 membrana sinovial e sinóvia
( ) regularização de superfícies
incongruentes
3 cartilagem articular
( ) freio discal posterior
4 disco articular
( ) estabilidade do disco articular
5 ligamento temporomandibular
( ) absorção de pressão/choque
6 cápsula articular
( ) limita movimentos retrusivos
7 colo da mandíbula
( ) inervação abundante
8 coxim retrodiscal
Respostas

Estudo dirigido sobre


BOCA E FORMAÇÕES ANATÔMICAS
LIMITANTES E ANEXAS

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição )
Começamos o estudo da boca já sabendo muito sobre ela. A todo momento a vemos por
fora e por dentro, nas pessoas, e em nós mesmos, ao espelho. A Anatomia amplia o
conhecimento da boca, língua e glândulas salivares com leituras, verificação de figuras
e peças dissecadas e exame bucal de pessoas vivas. Este estudo dirigido deve ser feito
após essas atividades de aprendizagem, seja na escola, seja em casa. Aqui você terá
nova abordagem do assunto, com chances de recordação e avaliação formativa por meio
de vários testes inseridos no texto. Continuamos, assim, a enfocar o conteúdo mínimo
indispensável em Anatomia odontológica. Se você não conhecer bem a boca e outros
temas essenciais já vistos, e outros que verá, não dá para progredir no curso.

Ao observar a sua própria em um espelho ou a boca de um outro indivíduo sentado


em uma cadeira odontológica , ou ainda as figuras 6- 7 a 6-12, à pág.165 do livro,
você inicia sua inspeção dando atenção ao aspecto dos lábios e nota que eles
possuem sulcos, de diferentes profundidades, largura e comprimento.
Ordene a lista abaixo subindo ou descendo seus itens, de acordo com a sequência
das seguintes definições:
1- do ângulo da boca à base da mandíbula
2- entre o lábio superior e a bochecha
3- situado abaixo do septo nasal
4- limite inferior do lábio inferior
Parte superior do formulário
sulco labiomargin

sulco labiomentoniano
filtro
sulco nasolabial
sulco labiomarginal

Parte inferior do formulário


Estude, leia atentamente e digite no espaço em branco a palavra correspondente.
Depois passe o cursor sobre o sinal de interrogação (?) para conferir sua resposta.
Examinando ainda o lado de fora, com a boca fechada, você vê:

A linha de união dos lábios, que se chama ?

A extremidade dessa linha, cujo nome é ?


A mesma extremidade que adotou uma forma de prega quando a boca foi aberta e que

passou a se chamar ?
Já que a boca está aberta, examine-a por dentro. Comece pelo vestíbulo, o espaço em
forma de sulco entre lábios e bochechas, por fora, e processos alveolares e dentes, por
dentro.
Sobre o vestíbulo, responda as questões a seguir, usando aquele código que você
conhece, mas que vamos repetir:
Instruções:
Digite no espaço em branco com letras de A a E, de acordo com o seguinte código:
A – Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B – Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C – Asserção correta, razão incorreta
D – Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas.
Confira sua resposta passando o cursor sobre o sinal de interrogação (?)

? O vestíbulo comunica-se com a cavidade própria da boca porque há um espaço


entre os últimos dentes molares e o ramo da mandíbula, que permite essa comunicação.

? O fundo do vestíbulo, onde a mucosa dos lábios e das bochechas se reflete sobre os
processos alveolares, denomina-se fundo de saco porque a denominação fórnice do
vestíbulo é inadequada e caiu em desuso.

? A mucosa alveolar é mais vermelha e mais solta que a gengiva porque a gengiva é
ponteada, com aspecto semelhante ao da casca da laranja.

? A gengiva inserida se fixa no colo dos dentes porque a gengiva livre apresenta um
espaço entre ela e os dentes, chamado sulco gengival.

? A glândula parótida excreta saliva no vestíbulo da boca porque o óstio do ducto


parotídeo abre-se ao lado do segundo premolar superior.

? A linha mucogengival é aparente apenas na parte superior ou maxilar do vestíbulo


porque na parte inferior ou mandibular, gengiva e mucosa alveolar são da mesma cor e
consistência.
? Uma prega mucosa, mediana, chamada freio labial, liga somente o lábio superior à
gengiva, porque não existe um freio labial inferior mediano.
Caso não tenha conseguido responder bem, leia o livro da pág. 160 à pág. 168 e
faça o teste novamente ou discuta com seu professor ou colega.
Chega de vestíbulo. Vamos mais para dentro da boca. O que se vê? Uma grande
cavidade limitada pelos processos alveolares e dentes, pelo palato, soalho da boca e
aberta atrás para colocá-la em comunicação com a faringe. Como se chama essa

comunicação? ?
E agora vamos ver se você lembra. Passe o cursor sobre o "sim" ou "não" e confira a
resposta.
Com ela bem aberta, é possível visualizar a parede posterior da bucofaringe? (Sim x
Não)
Através dela há comunicação com a cavidade nasal? (Sim x Não)
Refluxo de líquido na faringe pode alcançar a cavidade nasal? (Sim x Não)
A faringe tem movimentos peristálticos? (Sim x Não)
Os músculos da faringe são lisos? (Sim x Não)
São esqueléticos? (Sim x Não)
Na deglutição a língua vai para trás? (Sim x Não) Para a frente? (Sim x Não) Ela ajuda
a epiglote a fechar a glote? (Sim x Não)
Os limites laterais do istmo da garganta, a passagem entre boca e faringe, são duas
pregas musculomucosas, de forma arqueada, dispostas entre o palato, acima, e a língua

e a faringe, abaixo. A designação do arco mais anterior é ? , sendo formado

pelo músculo ? , e a do mais posterior é ? , formado pelo

músculo ? . Entre eles há um corpo anatômico de tecido linfóide

denominado: ?.
As figuras 6-10 e 6-14, bem como o texto às páginas 163 e 166, ajudam a entender o
que foi perguntado.
O soalho da boca pode ser visto quando a língua é acionada para cima e para trás. Nesse
caso, você vê sua forma peculiar de ferradura, espremida entre a língua e a mandíbula.
O soalho constitui o limite inferior da cavidade própria da boca. A mucosa que o reveste
é separada dos músculos milo-hióideos pelas glândulas sublingual e submandibular
(desta, somente o prolongamento profundo e o ducto submandibular), por vasos
sublinguais e pelos nervos lingual, sublingual e hipoglosso. Em razão disso, a mucosa
cobre e protege elementos anatômicos que, em hipótese alguma, poderiam ficar a
descoberto.
O limite superior é o palato. Duro e mole. O palato duro tem um esqueleto ósseo e é
revestido por uma mucosa queratinizada, pregueada na frente e lisa atrás. Essa mucosa
estende-se ao processo alveolar, constituindo a gengiva maxilar do lado lingual. Ela é
bastante presa ao osso, com exceção em uma área que recobre o forame palatino maior e
a emergência de seu conteúdo (nervo e vasos palatinos maiores).
O palato mole não tem esqueleto ósseo. É formado por músculos que se prendem na
margem posterior do palato ósseo, por meio de uma aponeurose. Sua mucosa é delgada,
fortemente avermelhada e está separada dos músculos por uma camada glandular
(glândulas palatinas).
Em posição de repouso, o palato mole fica caído verticalmente como se fosse uma
cortina (vellum = cortina, véu). Daí o nome alternativo, véu palatino. Sua borda livre
apresenta extensões: uma mediana, a úvula, e o início de duas laterais, o arco
palatoglosso e o arco palatofaríngeo.

Como você já conhece a terminologia das porções do soalho da boca e do palato, vamos
apenas recordar os termos, estabelecendo uma relação de proximidade ou de
funcionalidade entre eles, conforme propõe o teste a seguir.
Todos os espaços deverão ser preenchidos com os cinco números da coluna
esquerda
1 prega sublingual
ducto submandibular ?
2 carúncula sublingual
glândulas palatinas ?
3 papila incisiva
freio lingual ?
4 palato mole
pregas palatinas transversas ?
5 palato duro
mucoperiósteo ?

óstios dos ductos sublinguais ?

glândula sublingual ?

úvula ?

forame incisivo ?

A língua tem muita mobilidade e variação de forma, porque é constituída por muitos
músculos. Eles formam uma massa espessa recoberta por uma mucosa especializada no
dorso. Ao exame, vê-se que ela é diferente da mucosa não especializada da parte
inferior da língua, que é delgada e transparente a ponto de deixar ver vasos subjacentes.
Ao inspecionar esta parte, note a prega franjada. A mucosa do dorso é chamada de
especializada porque possui papilas (que a tornam aveludada), muitas delas providas de
calículos gustatórios, que captam a sensação do gosto. Entretanto, isso ocorre apenas
nos dois terços anteriores do dorso da língua. No terço posterior, uma mucosa não
especializada, arroxeada, reveste diretamente uma massa de tecido linfóide que fica,

portanto, entre os músculos e a mucosa e que se denomina: ?.


É óbvio que no interior da língua corram vasos e nervos, mas não é tão óbvio que lá
existam glândulas salivares. E existem. Um acúmulo de pequenas glândulas mucosas,

próximo ao ápice, chamado: ? , e outro na transição entre

os dois terços anteriores e o posterior, cujo nome é: ? . Como estamos nos


referindo às glândulas salivares existentes na língua e como já mencionamos, mais atrás,

as glândulas palatinas, ficam faltando apenas as glândulas ? e as

? , para completar o total de grupos de glândulas salivares menores anexas


à boca. Elas providenciam uma saliva mucosa que invade a boca a partir de locais
diferentes.
A maior quantidade de saliva, no entanto, é secretada pelas glândulas salivares maiores
e que são, por ordem de tamanho: a parótida, que pesa uns 25g, é bem maior que as
duas outras juntas, a submandibular, e a sublingual. Quanto à secreção, a parótida é
serosa e as outras são mistas, sendo a submandibular predominantemente serosa e a
sublingual predominantemente mucosa.

A parótida tem um pólo superior que envolve o ? e um

pólo inferior que fica próximo ao ? . O seu lobo ? é grande e se

relaciona com o músculo masseter. Dele sai o ducto ? , que cruza o mesmo

músculo, e na bochecha perfura o músculo ? , para desembocar no

vestíbulo nas imediações do segundo molar superior. O lobo ? é menor


mas, às vezes, surpreendentemente grande a ponto de se aproximar do forame da
mandíbula. Interessante peculiaridade da parótida é a sua penetração pelo nervo

? , pela artéria ? e pela veia ? . A massa glandular


contém, portanto, parte do trajeto desses três elementos.

A glândula da região submandibular é recoberta pelo músculo ? . Tem um


feitio mais oval que redondo, quando vista superficialmente, mas uma sua extensão

insinua-se no interstício formado pelos músculos ?e ? para

alcançar a região ? . Essa extensão é conhecida como prolongamento

profundo. Junto com ele, parte o ducto ? , que cruza por cima o nervo
? , tangencia a glândula sublingual e termina no soalho da boca por meio de

um óstio localizado na ?.
A glândula sublingual, espremida entre a fóvea sublingual da mandíbula e os tecidos
moles da região sublingual, fica com um aspecto achatado e ao mesmo tempo alongado
anteroposteriormente. Ela lembra o conjunto das glândulas palatinas, que é uma massa
glandular compacta. Lembra porque também é formada por várias pequenas glândulas,
muitas delas com seus ductos próprios.
Língua e glândulas salivares são encontradas nas páginas 169 a 178. Com a re-leitura
dessas páginas e com a complementação proporcionada por este estudo dirigido, Tendo
estudado bem a língua e as glândulas da boca, você certamente fará o próximo teste com
facilidade.

Instruções:
Digite no espaço em branco com letras de A a E, de acordo com o seguinte código:
A – Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B – Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C – Asserção correta, razão incorreta
D – Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas.

? As papilas fungiformes, circunvaladas e folhadas detectam a sensação do gosto


porque elas possuem calículos gustatórios.

? As papilas filiformes não possuem calículos gustatórios porque elas são as mais
abundantes de todas.

? A tonsila lingual situa-se no terço posterior da língua porque a prega franjada está
situada na face inferior.

? As glândulas linguais têm ligação com as papilas circunvaladas porque seus


ductos abrem-se nos valos dessas papilas.

? Os ductos das glândulas labiais atravessam a camada muscular do lábio para se


abrirem na mucosa porque elas são de localização subcutânea.

? O ducto parotídeo é espesso e robusto porque ele atravessa o músculo bucinador.

? Cálculos salivares ocorrem mais vezes na glândula submandibular porque ela é


totalmente mucosa.

? A saliva da glândula parótida é fluida e não espessa porque ela é serosa.


? Injeção anestésica no interior da parótida provoca paralisia facial porque o nervo
facial passa por dentro dela.

Estudo dirigido sobre


MÚSCULOS DA CABEÇA

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3ª


Edição)

Um pouco a respeito da anatomia dos músculos da cabeça você já conhece, por


causa do estudo dos ossos, que providenciam áreas para as conexões musculares e
que já foram mencionadas. Vamos enfocar especificamente os músculos que fazem
parte daquele rol de assuntos essenciais, que catalogamos como “conteúdo mínimo
indispensável”, ou seja, os de maior importância odontológica.
Esperamos que você já tenha estudado o assunto, na teoria e na prática, e estará
agora acrescentando um algo mais ao seu conhecimento.
Acompanhe o estudo, tendo à mão o livro com seus textos e figuras às páginas 90 a
112. Se for possível, tenha ao lado cabeça(s) dissecada(s) e/ou modelos e desenhos
ou fotos.
Responda digitando as respostas nos espaços em branco, depois passe o cursor
sobre o sinal de interrogação (?) ao lado para conferir e comparar sua resposta.
Comecemos pelos músculos da expressão facial, mas somente os peribucais. Reconheça
na peça anatômica (ou no atlas), os músculos levantador do lábio superior e da asa
do nariz, levantador do lábio superior, zigomático menor, zigomático maior,
risório, bucinador, abaixador do ângulo da boca, abaixador do lábio inferior e
mentoniano. São todos eles músculos dilatadores da boca, isto é, separam os lábios
para que os dentes se tornem aparentes.
O único músculo peribucal de ação inversa é o orbicular da boca, que recheia os lábios
e circunscreve o orifício bucal. Tal como o orbicular do olho, que aproxima as
pálpebras e cerra os olhos, o orbicular da boca contrai os lábios e reduz a rima bucal.
Assobie e veja no espelho a forma adotada por seus lábios pela ação do músculo em
questão.
Todos os demais músculos mencionados originam-se em áreas ósseas distantes dos
lábios, mas convergem seus feixes de fibras para eles e se inserem entrelaçando-os com
as fibras do orbicular da boca. Eles dispõem-se de maneira radiada em torno da boca
para poder afastar os lábios e abri-la em todas as direções. Analisemos um a um
começando pelo bucinador, que é o mais forte de todos. Sua origem é a seguinte:

Resposta
Procure identificar bem sua origem. Repare depois (ou agora, se for o caso), na peça
anatômica, que a fixação em um lado do ligamento pterigomandibular é
contrabalanceada pela fixação do músculo constritor superior da faringe, no lado
oposto. Dessa forma, as paredes da boca e da faringe se continuam, como deve ser em
um tubo alimentar que é único. Note que ambos os músculos ficam medialmente ao
ramo da mandíbula, onde se situa o forame da mandíbula com o nervo alveolar inferior.
Portanto, para se anestesiar esse nervo, a agulha tem que atravessar um dos dois

músculos. Ela atravessa o ? . Somada a essa origem ligamentar, há ainda as


origens ósseas do bucinador, o que dá no total uma enorme fixação de vários
centímetros. Além desse fato, há outros que demonstram o seu grande poder de força:
grande quantidade de fibras, que lhe confere espessura e feixes de fibras trançados e não
paralelos, característica de um músculo de força. O interessante é que um músculo forte
assim, não tem inserção óssea, não movimenta osso. Por quê, então, esse músculo da
expressão facial é tão forte assim?

Resposta
Faça você uma movimentação bastante forte e comprove isso.
Para retrair o ângulo da boca concorre também o músculo risório. Mas é tão fraquinho
que quase não conta. Só produz movimentos leves.
Outro músculo razoavelmente forte é o mentoniano. Curto, porém espesso. Toma

origem na . ? e inserção na ? . Quando em repouso ele é


arqueado, contraído torna-se reto. Ao tornar-se reto, diminui a profundidade do

? e movimenta o lábio inferior para ?.


Já que não existem músculos levantadores do lábio inferior, o mentoniano supre essa
função. Ele faz força na raiz do lábio e não na borda livre, que ele não alcança. Esta
tende a “cair”, como se a pessoa estivesse fazendo beicinho ou cara de desprezo. É a
chamada eversão (para baixo) do lábio.
No entanto, o músculo que verdadeiramente provoca uma queda vigorosa de todo lábio

éo ? . Fica mais para baixo e um pouco de lado do mentoniano, com uma


origem em linha. Cada um dos dois músculos agarra o lábio, de seu lado, e o deprime

poderosamente. Nessa função ele é ajudado pelo músculo ? , cuja linha de


origem é mais inferior ainda. Com isso, ao subir para se prender no ângulo da boca, ele
cobre parcialmente o abaixador do lábio inferior.
Assim como o ângulo da boca pode ser abaixado, pode também ser levantado por um

músculo próprio, o ? . É um pequeno músculo vertical que tem origem na

?. De todos, é o mais difícil de ser visualizado na peça dissecada porque ele


fica encoberto por outros músculos.
Dois deles são os zigomáticos. O zigomático maior fica imerso no tecido adiposo da
tela subcutânea da face, superficialmente ao bucinador, o qual recobre parcialmente.
Estende-se do ? , sua origem, até o ? , sua inserção. Inspecione
na s figuras 4-4, 4-5 e 4-6 e na peça anatômica , se for o caso, a direção de suas fibras e
depreenda entenda (perceba) que o único movimento possível que ele realiza ao se
contrair é a tração do ângulo da boca e em direção ao osso zigomático. Provoque a ação
desse músculo em você, e perceba que o ângulo da boca é puxado para cima e para trás.
O zigomático menor costuma ser unido ao músculo levantador do lábio superior.

Apesar das origens diferentes, ambos se inserem no ? e realizam um


movimento único. O mesmo movimento de elevar o lábio superior é também feito pelo

músculo ?, uma longa fita que do osso ? se dirige ao lábio


superior, mas com algumas fibras deixando seu trajeto para se inserirem na asa do nariz.
Se você completou seu estudo até aqui, com sucesso, não terá dificuldade em
responder as perguntas que vêm a seguir. Asserção significa...

Instruções:
Digite no espaço em branco com letras de A a E, de acordo com o seguinte código:
A – Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B – Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C – Asserção correta, razão incorreta
D – Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas.
Confira sua resposta clicando no sinal de interrogação (?)

? O lábio superior não pode ser abaixado com vigor porque ele não possui músculos
abaixadores.

? O lábio inferior não pode ser elevado porque nenhum músculo realiza esse
movimento.

? O ângulo da boca é local de pouca inserção muscular porque somente o


levantador e o abaixador do ângulo da boca nele se inserem.

? O músculo bucinador pode interferir com a estabilidade de próteses totais porque


tem origem na (no ligamento) prega pterigomandibular e possui grande capacidade de
força.

? O músculo mentoniano nunca interfere com a estabilidade de próteses totais


porque sua origem fica muito distante das bordas das mesmas.

? O músculo abaixador do lábio inferior não pode ser visualizado em peças


dissecadas porque ele é totalmente recoberto pelo abaixador do ângulo da boca.

? Os dois músculos da questão anterior realizam movimentos iguais porque as


direções de suas fibras são iguais.
? O músculo bucinador tensiona ou mantém tensa a bochecha porque ele retrai
vigorosamente o ângulo da boca.

Continue munido de preparações anatômicas (dissecções, modelos e figuras) de seu


material de estudo sobre músculos da mastigação e supra-hióideos e acompanhe o
próximo texto.
Os quatro músculos da mastigação são também chamados de músculos mandibulares
em uma clara alusão ao fato de todos eles se inserirem na mandíbula e a moverem. Os
músculos supra-hióideos não podem ser assim chamados porque um deles, o músculo

? não se insere na mandíbula.


Os sete músculos que se fixam na mandíbula movimentam-na para todos os lados. Os
que se situam acima de seus pontos de inserção na mandíbula a elevam; aqueles que
estão atrás de seus locais de inserção a retraem. Ela desloca-se para frente por ação dos
músculos que estão à frente de suas próprias áreas de inserção. Todavia, a mandíbula
não é abaixada a poder de músculos que se situariam abaixo de seus pontos de inserção.
No movimento de lateralidade acontece o mesmo.
Então, de que modo a mandíbula é movimentada de lado e para baixo? Resposta:

Resposta
Se você respondeu satisfatoriamente está ótimo. Caso contrário volte para o livro ,
páginas 101 a 106 e também 140 a 144, e siga depois este estudo.
O movimento de elevação da mandíbula requer músculos possantes, que realizem a
oclusão dos dentes para o corte e trituração dos alimentos. É uma elevação forçada, sob
resistência, que demanda uma musculatura desenvolvida. A natureza providenciou não

apenas um músculo forte para essa função, mas três músculos: o ?,o

?o ?.
Todos eles localizam-se acima de seus locais de inserção mandibular.
O temporal fica bem acima, pois ele se insere por tendões nas bordas e na face medial

do ? , mas seu enorme ventre cárneo está além da mandíbula, além do arco

zigomático, bem acima. Ele ocupa a ? , de cujo assoalho se origina. A

fáscia temporal também lhe providencia origem na sua face ?.


A porção mais superior do masseter (origem no osso e arco zigomático) também é mais

alta que a porção inserida em quase toda a superfície lateral do ?.

O mesmo acontece com o pterigóideo medial, que vai da ? (inserção) até o

lado de dentro da região do ?.


Para a mandíbula se deslocar para trás, dois músculos agem concomitantemente. Um no
alto (processo coronóide) e outro em baixo (base da mandíbula). O de baixo é o

? , cuja extremidade anterior se insere na ? e todo o restante do


músculo (que não é pouco!) fica atrás da inserção. Claro, para poder puxar para trás. O

de cima são as fibras horizontais do músculo ? , que têm sentido horizontal


atrás do seu campo de inserção. Portanto, ambos os músculos produzem o movimento

de ? da mandíbula.

Os dois músculos ? ficam à frente de sua área de inserção que é a fóvea

? . Portanto, eles tracionam a mandíbula para ? , no chamado

movimento de ?.
A ação dos músculos milo-hióideo e gênio-hióideo (também ficam atrás da inserção
quando esta é na mandíbula) sobre a mandíbula é pouca. Ao se ancorarem no pequeno
osso hióide para movimentar a mandíbula, eles até conseguem algum êxito. Servem
como coadjuvantes no movimento de retrusão e de abaixamento da mandíbula.
E por falar nisso, se você não respondeu bem aquela primeira questão, sobre
abaixamento e lateralidade da mandíbula, faça uma revisão no livro para deixar o
assunto bem estudado.

E agora, aquelas perguntinhas de asserção e razão que você tanto gosta


Instruções:
Digite no espaço em branco com letras de A a E, de acordo com o seguinte código:
A – Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B – Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C – Asserção correta, razão incorreta
D – Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas.
Confira sua resposta clicando no sinal de interrogação (?)

? O músculo gênio-hióideo tem grande poder de retração da mandíbula porque se


insere no corpo do osso hióide.
? Além de elevar a mandíbula, o músculo temporal também consegue retraí-la
porque seu ventre cárneo situa-se acima de sua área de inserção.

? O músculo pterigóideo lateral age na maior parte dos movimentos da mandíbula


porque ele possui duas partes (feixes, cabeças) que se inserem na fóvea pterigóidea e na
cápsula e disco da ATM.

? A ação muscular na abertura da boca é um bom exemplo de sinergismo porque o


pterigóideo lateral e o digástrico realizam funções diferentes, mas que juntas (ao
mesmo tempo) concorrem para uma ação integrada que faz a mandíbula descer.

? O músculo pterigóideo medial assemelha-se ao músculo masseterporque também


é potente (músculo de força), tem o mesmo sentido das fibras e realiza a mesma função.

? As fibras posteriores, horizontais, do músculo temporal são sinérgicas do músculo


digástrico porque ambos concorrem (se somam) para a realização do movimento de
protrusão da mandíbula.

? A fáscia temporal tem mais que uma função porque ela age como uma aponeurose
em relação à origem do músculo temporal e também porque ela age na sustentação do
arco zigomático.

? A parte profunda do músculo masseter é mais curta que a parte superficial porque
ela desempenha uma função contrária.
Estudo dirigido sobre
MÚSCULOS DA CABEÇA

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3ª


Edição)

Um pouco a respeito da anatomia dos músculos da cabeça você já conhece, por


causa do estudo dos ossos, que providenciam áreas para as conexões musculares e
que já foram mencionadas. Vamos enfocar especificamente os músculos que fazem
parte daquele rol de assuntos essenciais, que catalogamos como “conteúdo mínimo
indispensável”, ou seja, os de maior importância odontológica.
Esperamos que você já tenha estudado o assunto, na teoria e na prática, e estará
agora acrescentando um algo mais ao seu conhecimento.
Acompanhe o estudo, tendo à mão o livro com seus textos e figuras às páginas 90 a
112. Se for possível, tenha ao lado cabeça(s) dissecada(s) e/ou modelos e desenhos
ou fotos.
Responda digitando as respostas nos espaços em branco, depois passe o cursor
sobre o sinal de interrogação (?) ao lado para conferir e comparar sua resposta.
Comecemos pelos músculos da expressão facial, mas somente os peribucais. Reconheça
na peça anatômica (ou no atlas), os músculos levantador do lábio superior e da asa
do nariz, levantador do lábio superior, zigomático menor, zigomático maior,
risório, bucinador, abaixador do ângulo da boca, abaixador do lábio inferior e
mentoniano. São todos eles músculos dilatadores da boca, isto é, separam os lábios
para que os dentes se tornem aparentes.
O único músculo peribucal de ação inversa é o orbicular da boca, que recheia os lábios
e circunscreve o orifício bucal. Tal como o orbicular do olho, que aproxima as
pálpebras e cerra os olhos, o orbicular da boca contrai os lábios e reduz a rima bucal.
Assobie e veja no espelho a forma adotada por seus lábios pela ação do músculo em
questão.
Todos os demais músculos mencionados originam-se em áreas ósseas distantes dos
lábios, mas convergem seus feixes de fibras para eles e se inserem entrelaçando-os com
as fibras do orbicular da boca. Eles dispõem-se de maneira radiada em torno da boca
para poder afastar os lábios e abri-la em todas as direções. Analisemos um a um
começando pelo bucinador, que é o mais forte de todos. Sua origem é a seguinte:

Resposta
Procure identificar bem sua origem. Repare depois (ou agora, se for o caso), na peça
anatômica, que a fixação em um lado do ligamento pterigomandibular é
contrabalanceada pela fixação do músculo constritor superior da faringe, no lado
oposto. Dessa forma, as paredes da boca e da faringe se continuam, como deve ser em
um tubo alimentar que é único. Note que ambos os músculos ficam medialmente ao
ramo da mandíbula, onde se situa o forame da mandíbula com o nervo alveolar inferior.
Portanto, para se anestesiar esse nervo, a agulha tem que atravessar um dos dois

músculos. Ela atravessa o ? . Somada a essa origem ligamentar, há ainda as


origens ósseas do bucinador, o que dá no total uma enorme fixação de vários
centímetros. Além desse fato, há outros que demonstram o seu grande poder de força:
grande quantidade de fibras, que lhe confere espessura e feixes de fibras trançados e não
paralelos, característica de um músculo de força. O interessante é que um músculo forte
assim, não tem inserção óssea, não movimenta osso. Por quê, então, esse músculo da
expressão facial é tão forte assim?

Resposta
Faça você uma movimentação bastante forte e comprove isso.
Para retrair o ângulo da boca concorre também o músculo risório. Mas é tão fraquinho
que quase não conta. Só produz movimentos leves.
Outro músculo razoavelmente forte é o mentoniano. Curto, porém espesso. Toma

origem na . ? e inserção na ? . Quando em repouso ele é


arqueado, contraído torna-se reto. Ao tornar-se reto, diminui a profundidade do

? e movimenta o lábio inferior para ?.


Já que não existem músculos levantadores do lábio inferior, o mentoniano supre essa
função. Ele faz força na raiz do lábio e não na borda livre, que ele não alcança. Esta
tende a “cair”, como se a pessoa estivesse fazendo beicinho ou cara de desprezo. É a
chamada eversão (para baixo) do lábio.
No entanto, o músculo que verdadeiramente provoca uma queda vigorosa de todo lábio

éo ? . Fica mais para baixo e um pouco de lado do mentoniano, com uma


origem em linha. Cada um dos dois músculos agarra o lábio, de seu lado, e o deprime

poderosamente. Nessa função ele é ajudado pelo músculo ? , cuja linha de


origem é mais inferior ainda. Com isso, ao subir para se prender no ângulo da boca, ele
cobre parcialmente o abaixador do lábio inferior.
Assim como o ângulo da boca pode ser abaixado, pode também ser levantado por um

músculo próprio, o ? . É um pequeno músculo vertical que tem origem na

?. De todos, é o mais difícil de ser visualizado na peça dissecada porque ele


fica encoberto por outros músculos.
Dois deles são os zigomáticos. O zigomático maior fica imerso no tecido adiposo da
tela subcutânea da face, superficialmente ao bucinador, o qual recobre parcialmente.

Estende-se do ? , sua origem, até o ? , sua inserção. Inspecione


na s figuras 4-4, 4-5 e 4-6 e na peça anatômica , se for o caso, a direção de suas fibras e
depreenda entenda (perceba) que o único movimento possível que ele realiza ao se
contrair é a tração do ângulo da boca e em direção ao osso zigomático. Provoque a ação
desse músculo em você, e perceba que o ângulo da boca é puxado para cima e para trás.
O zigomático menor costuma ser unido ao músculo levantador do lábio superior.

Apesar das origens diferentes, ambos se inserem no ? e realizam um


movimento único. O mesmo movimento de elevar o lábio superior é também feito pelo

músculo ?, uma longa fita que do osso ? se dirige ao lábio


superior, mas com algumas fibras deixando seu trajeto para se inserirem na asa do nariz.
Se você completou seu estudo até aqui, com sucesso, não terá dificuldade em
responder as perguntas que vêm a seguir. Asserção significa...

Instruções:
Digite no espaço em branco com letras de A a E, de acordo com o seguinte código:
A – Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B – Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C – Asserção correta, razão incorreta
D – Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas.
Confira sua resposta clicando no sinal de interrogação (?)
? O lábio superior não pode ser abaixado com vigor porque ele não possui músculos
abaixadores.

? O lábio inferior não pode ser elevado porque nenhum músculo realiza esse
movimento.

? O ângulo da boca é local de pouca inserção muscular porque somente o


levantador e o abaixador do ângulo da boca nele se inserem.

? O músculo bucinador pode interferir com a estabilidade de próteses totais porque


tem origem na (no ligamento) prega pterigomandibular e possui grande capacidade de
força.

? O músculo mentoniano nunca interfere com a estabilidade de próteses totais


porque sua origem fica muito distante das bordas das mesmas.

? O músculo abaixador do lábio inferior não pode ser visualizado em peças


dissecadas porque ele é totalmente recoberto pelo abaixador do ângulo da boca.

? Os dois músculos da questão anterior realizam movimentos iguais porque as


direções de suas fibras são iguais.

? O músculo bucinador tensiona ou mantém tensa a bochecha porque ele retrai


vigorosamente o ângulo da boca.

Continue munido de preparações anatômicas (dissecções, modelos e figuras) de seu


material de estudo sobre músculos da mastigação e supra-hióideos e acompanhe o
próximo texto.
Os quatro músculos da mastigação são também chamados de músculos mandibulares
em uma clara alusão ao fato de todos eles se inserirem na mandíbula e a moverem. Os
músculos supra-hióideos não podem ser assim chamados porque um deles, o músculo

? não se insere na mandíbula.


Os sete músculos que se fixam na mandíbula movimentam-na para todos os lados. Os
que se situam acima de seus pontos de inserção na mandíbula a elevam; aqueles que
estão atrás de seus locais de inserção a retraem. Ela desloca-se para frente por ação dos
músculos que estão à frente de suas próprias áreas de inserção. Todavia, a mandíbula
não é abaixada a poder de músculos que se situariam abaixo de seus pontos de inserção.
No movimento de lateralidade acontece o mesmo.
Então, de que modo a mandíbula é movimentada de lado e para baixo? Resposta:

Resposta
Se você respondeu satisfatoriamente está ótimo. Caso contrário volte para o livro ,
páginas 101 a 106 e também 140 a 144, e siga depois este estudo.
O movimento de elevação da mandíbula requer músculos possantes, que realizem a
oclusão dos dentes para o corte e trituração dos alimentos. É uma elevação forçada, sob
resistência, que demanda uma musculatura desenvolvida. A natureza providenciou não

apenas um músculo forte para essa função, mas três músculos: o ?,o

?o ?.
Todos eles localizam-se acima de seus locais de inserção mandibular.
O temporal fica bem acima, pois ele se insere por tendões nas bordas e na face medial

do ? , mas seu enorme ventre cárneo está além da mandíbula, além do arco

zigomático, bem acima. Ele ocupa a ? , de cujo assoalho se origina. A

fáscia temporal também lhe providencia origem na sua face ?.


A porção mais superior do masseter (origem no osso e arco zigomático) também é mais

alta que a porção inserida em quase toda a superfície lateral do ?.

O mesmo acontece com o pterigóideo medial, que vai da ? (inserção) até o

lado de dentro da região do ?.


Para a mandíbula se deslocar para trás, dois músculos agem concomitantemente. Um no
alto (processo coronóide) e outro em baixo (base da mandíbula). O de baixo é o

? , cuja extremidade anterior se insere na ? e todo o restante do


músculo (que não é pouco!) fica atrás da inserção. Claro, para poder puxar para trás. O

de cima são as fibras horizontais do músculo ? , que têm sentido horizontal


atrás do seu campo de inserção. Portanto, ambos os músculos produzem o movimento

de ? da mandíbula.
Os dois músculos ? ficam à frente de sua área de inserção que é a fóvea

? . Portanto, eles tracionam a mandíbula para ? , no chamado

movimento de ?.
A ação dos músculos milo-hióideo e gênio-hióideo (também ficam atrás da inserção
quando esta é na mandíbula) sobre a mandíbula é pouca. Ao se ancorarem no pequeno
osso hióide para movimentar a mandíbula, eles até conseguem algum êxito. Servem
como coadjuvantes no movimento de retrusão e de abaixamento da mandíbula.
E por falar nisso, se você não respondeu bem aquela primeira questão, sobre
abaixamento e lateralidade da mandíbula, faça uma revisão no livro para deixar o
assunto bem estudado.

E agora, aquelas perguntinhas de asserção e razão que você tanto gosta


Instruções:
Digite no espaço em branco com letras de A a E, de acordo com o seguinte código:
A – Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B – Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C – Asserção correta, razão incorreta
D – Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas.
Confira sua resposta clicando no sinal de interrogação (?)

? O músculo gênio-hióideo tem grande poder de retração da mandíbula porque se


insere no corpo do osso hióide.

? Além de elevar a mandíbula, o músculo temporal também consegue retraí-la


porque seu ventre cárneo situa-se acima de sua área de inserção.

? O músculo pterigóideo lateral age na maior parte dos movimentos da mandíbula


porque ele possui duas partes (feixes, cabeças) que se inserem na fóvea pterigóidea e na
cápsula e disco da ATM.

? A ação muscular na abertura da boca é um bom exemplo de sinergismo porque o


pterigóideo lateral e o digástrico realizam funções diferentes, mas que juntas (ao
mesmo tempo) concorrem para uma ação integrada que faz a mandíbula descer.

? O músculo pterigóideo medial assemelha-se ao músculo masseterporque também


é potente (músculo de força), tem o mesmo sentido das fibras e realiza a mesma função.

? As fibras posteriores, horizontais, do músculo temporal são sinérgicas do músculo


digástrico porque ambos concorrem (se somam) para a realização do movimento de
protrusão da mandíbula.
? A fáscia temporal tem mais que uma função porque ela age como uma aponeurose
em relação à origem do músculo temporal e também porque ela age na sustentação do
arco zigomático.

? A parte profunda do músculo masseter é mais curta que a parte superficial porque
ela desempenha uma função contrária.
Estudo dirigido sobre
ARTÉRIAS

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Sistêmica , 3 ª


edição )
Siga este estudo dirigido para completar sua formação sobra a vascularização da face.
Esperamos que você já tenha estudado o assunto, na teoria e na prática, e esteja agora
acrescentando um algo mais ao seu conhecimento. A leitura de cada página termina com
uma questão e quatro alternativas. Medite sobre cada uma delas, escolha, e clique para
ir à seguinte página onde encontrará a resposta.
Desejamos um bom estudo!

O sangue arterial, ao deixar o ventrículo esquerdo do coração, alcança a artéria aorta,


percorrendo-a de ponta a ponta. Saindo com velocidade, o sangue sobe facilmente pela
aorta ascendente e logo acompanha o arco da aorta, para então começar a descer pela
aorta descendente e irrigar a maior parte do corpo. Essas três partes da aorta dão a ela
um aspecto de bengala ou cajado, sendo que a parte do cajado que se empunha é o
chamado arco da aorta, antes conhecido como cajado da aorta. É daí que partem os seus
ramos para a cabeça e também para o membro superior e pescoço. Deles, o que mais
nos interessa é a artéria carótida comum, que é um tronco a se dividir em dois ramos.
Leva o nome de comum porque remete sangue tanto para a carótida interna quanto para
a carótida externa, seus dois ramos. É comum a ambos. Por que você acha que uma das
carótidas é denominada interna? É porque ela vai para:

(a) dentro do pescoço;


(b) a orelha interna;
(c) o interior do neurocrânio;
(d) o interior, ou parte profunda, do viscerocrânio.

Estudo dirigido sobre


VEIAS

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição )
Veias não são tão importantes quanto artérias, mas você precisa ter uma visão
panorâmica ou uma compreensão geral de seu arranjo para a drenagem da face, aliada a
uma noção mais aprofundada da localização e do trajeto de algumas veias específicas.
Essa seletividade pode ser chamada de estudo instrumental, que será usado como
ferramenta na vida profissional. Não que o resto seja adorno, mas não é prioritário.
Desse modo, ficam de fora aqueles vasinhos miúdos e aqueles outros que, embora
calibrosos, situam-se distantes de nossa área de atuação.
Para demonstrar seu conhecimento sobre a distribuição anatômica venosa na face, que
conflui para os grandes vasos coletores do pescoço, pedimos que faça um desenho do
plano geral de arranjo das principais veias da face e do pescoço e indique seus nomes.
Extravase sua criatividade, com a maior liberdade. Desenhe como quiser, de frente, de
perfil, ambos, esquemático, artístico. É a sua comunicação visual. A correção pode ser
feita com figuras de livros e atlas.
Cremos que a veia facial tenha sido uma das primeiras a integrar seu desenho. Ela
acompanha a artéria facial de ponta a ponta e seus afluentes acompanham os ramos da
artéria. São vasos acompanhantes ou satélites. Para uma artéria labial superior, uma
veia labial superior, e assim por diante. As diferenças são aquelas que já sabemos: a
veia é mais calibrosa (maior lume), mais superficial e mais retilínea.
Como uma não fica sobre a outra, perguntamos: qual delas é posterior à outra?

?. Na região submandibular uma pode ser vista sobre a glândula


submandibular ao se rebater o músculo platisma e a outra não. Qual delas fica escondida

pela glândula? ? . Apesar de poder verificar a resposta clicando no


símbolo ?, você pode ir conferindo as suas respostas com nova leitura das págs. 200 e
210 do livro.
A extremidade final (proximal) de uma veia desemboca em outra e assim
sucessivamente até o átrio direito do coração. É como um rio que recebe afluentes e
finalmente desemboca no mar. Nesse caso, a veia facial é afluente (ou confluente) de

qual veia? ?.
Da mesma forma que a facial, a veia lingual acompanha a artéria lingual para drenar,
com seus afluentes, todas as áreas da língua irrigadas pelos ramos da artéria. Da língua e
do soalho da boca. É um conjunto vascular. Quando um nervo acompanha a artéria e a
veia, o conjunto torna-se vasculonervoso.
Outra veia acompanhante é a auricular posterior, que está sendo mencionada somente

porque é uma das duas raízes da veia ? . Para chegar à outra raiz, temos que
fazer alusão à veia temporal superficial. Você a deve ter desenhado, a partir de suas
tributárias (ou raízes ou afluentes) frontal e parietal; assim formada, ela passa entre a
ATM e o meato acústico cartilagíneo e recebe, na altura do colo da mandíbula, a veia

? . Nesse ponto de união, ela se enche do sangue proveniente do plexo


pterigóideo, torna-se calibrosa, muda de nome e desce por dentro da glândula parótida

acompanhando a artéria carótida externa. Qual é a sua nova denominação?


?.
Interessante é a terminação deste vaso. Enquanto que outras veias simplesmente
desembocam em uma maior, a veia em questão divide-se em duas, cada um delas
desembocando em vaso diferente. A anterior, que chamamos de ramo anterior, une-se
à veia facial para formar um tronco que termina na veia jugular interna. Qual é o

nome desse tronco? ? . Ele é maior ainda quando as veias lingual e


tireóidea superior são adicionadas e passa a se chamar tronco tíreo-línguo-facial.
O ramo posterior une-se à veia auricular posterior e dessa união resulta uma veia

longa e superficial...chamada? ? .O seu percurso é feito sobre qual

músculo? ? . Finalmente ela se junta com a grande veia jugular interna no


ponto em que conflui também a veia subclávia. Suas duas últimas respostas podem ser
checadas na pág. 209.
A parte profunda da face é drenada por veias acompanhantes dos ramos das artéria
maxilar. Há uma veia alveolar inferior ao lado da artéria alveolar inferior, fazendo o
trajeto inverso. A artéria infra-orbital é acompanhada pela veia infra-orbital. Em
algumas drenagens, há mais que uma veia acompanhante. A grande diferença é que as
tributárias venosas não deságuam diretamente em uma veia maxilar que teria a mesma
extensão e acompanharia a artéria maxilar. Ao contrário disso, elas formam um plexo
disforme em torno dos músculos pterigóideos, composto por muitas ramificações, que

preenchem a fossa infratemporal. Como se chama esse plexo? ?.


No final das contas, o plexo se resolve na veia maxilar. Resolver significa desfazer,
reduzir, transformar, converter. Portanto, o plexo venoso vai se reduzindo
gradualmente, desfaz-se e transforma-se ou converte-se na calibrosa, porém curta veia
maxilar, que você deve ter desenhado medialmente ao colo da mandíbula, juntinho com
a artéria maxilar.

Estudo dirigido sobre


VASOS LINFÁTICOS

(tenha à mão o livroAnatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição)
Para terminar a revisão do sistema circulatório, vamos dar uma repassada nos linfáticos.
O conhecimento anatômico de artérias é mais importante que o de veias e linfáticos para
a realização de cirurgias, mas como base para diagnósticos, o conhecimento de
linfáticos parece ser mais importante que o de artérias e veias. Os vasos linfáticos, de
tão minúsculos, não podem ser vistos, a menos que tenham sido injetados, no cadáver,
com técnica especial. Uma curiosidade: apesar de serem mais finos que os vasos
sangüíneos, seus capilares, de linfa, são bem mais calibrosos que os capilares de sangue.
Os linfonodos, estes sim, são grandes e podem ser percebidos sob a pele das pessoas.
Você se recorda que nas aulas nós mostramos alguns linfonodos no cadáver e depois
palpamos alguns, nos alunos, e pedimos que essa prática fosse repetida entre vocês? Em
diagnóstico, isso é feito para a verificação de maior sensibilidade e aumento
volumétrico. Conhecendo as vias de drenagem linfática, é feita uma relação entre os
linfonodos enfartados e sua área de drenagem, que pode estar acometida de infecção, de
câncer. Nesse momento, em que você começa a se preparar, com o estudo anatômico,
para futuros diagnósticos e avaliações, é essencial que conheça os grupos de linfonodos
e sua localização e os caminhos dos vasos linfáticos, que obrigatoriamente passam pelos
linfonodos. Entram alguns, chamados aferentes, e saem outros, os eferentes. Como os
aferentes são muito mais numerosos que os eferentes e como a linfa fica correndo pelas
inúmeras vias da medula e do córtex do linfonodo, há um retardo na corrente linfática.
As quatro primeiras figuras do subcapítulo “Drenagem linfática” do livro são desenhos
de linfonodos da cabeça e do pescoço, unidos por linhas que representam os vasos.
Na primeira figura, repare bem a dificuldade que se tem de separar os linfonodos em
grupos ou cadeias. Não é como os grupos axilar e inguinal que são densos, bem
agrupados. Você consegue evidenciar facilmente os grupos submandibular e
parotídeo. Com boa vontade você consegue distinguir uns quatro ou cinco nódulos do
grupo cervical superficial, sobre o músculo esternocleidomastóideo. Os grupos
submentoniano e cervical profundo são mais bem vistos nas duas figuras seguintes.
Os linfonodos faciais foram representados, mas na realidade é difícil distinguir alguns
porque são raros e pequenos. Nós já dissecamos (e acompanhamos a dissecção) a face
de pelo menos 250 cadáveres e raramente deparamos com linfonodos faciais.
A quarta figura é muito ilustrativa, pois mostra os vasos linfáticos que têm início no
dorso da língua, vista esquematicamente em um corte frontal, como aferentes primários
de nódulos profundos, sendo que os paramedianos estão cruzando o plano mediano.
Este fato tem que ser levado em conta na clínica. Você lerá, no texto, que outros grupos
de linfonodos também recebem linfa diretamente da língua. Se os últimos são aferentes
primários, o grupo cervical profundo será secundário ou terciário porque a linfa da
língua sempre passa por eles. A terceira figura ajuda a entender isso. A última frase da
explicação sobre “Linfonodos submentonianos” ajudará mais ainda.
A propósito, os submentonianos drenam a linfa da área próxima. Se você colocar a
polpa do dedo polegar em contato com o triângulo submentoniano e o indicador em
cima da carúncula sublingual, estará enlaçando o território abrangido por eles.
Em condições normais é difícil sentir, pela palpação digital, os linfonodos
submentonianos, mas é muito fácil localizar os submandibulares. Peça ao colega (ou
a você mesmo) para fletir a cabeça e ao mesmo tempo incliná-la um pouco para o lado,
a fim de que a tensão da pele fique reduzida e os linfonodos mais soltos. Nessa posição,
você toca e identifica os nódulos, com facilidade.
Chamamos a atenção para o quarto parágrafo do texto, referente aos “Linfonodos
submandibulares”. Ele é muito direto e sumarizador. A partir dele, desdobre o assunto
nas leituras seqüentes. É tendência do aprendiz ler e tentar reter (decorar) textos
objetivos e resumidos como esse e dar por terminado o estudo. Isso não deve ser feito.
Seria um estudo capenga, incompleto. Veja no parágrafo seguinte, por exemplo, que
“alguns vasos da gengiva lingual inferior podem drenar diretamente em linfonodos
cervicais profundos”, como uma ocorrência não usual. O resumo não entra em detalhes
como esse, mas é um fato importante. Portanto, vá fundo; aproprie-se de todo o texto,
sem deixar nada de lado. Se quiser guardar resumos, como aqueles dois ao final do
subcapítulo, para de repente serem usados como base anatômica para o estudo teórico
de outra disciplina ou para a prática clínica, tudo bem.
Os linfonodos cervicais profundos acompanham um segmento grande da veia jugular
interna, podendo ser reagrupados em um subgrupo superior (cujo representante
principal é o linfonodo júgulo-digástrico) e outro inferior (o principal é o júgulo-omo-
hióideo). A grande maioria fica escondida pelo músculo esternocleidomastóideo, daí a
designação profundos. Essa localização infelizmente dificulta sua palpação.
Eles são responsáveis pela drenagem primária de algumas áreas da boca ou próximas a
ela. Leia o quarto parágrafo do texto sobre “linfonodos cervicais profundos” e terá
uma idéia resumida das suas áreas de drenagem. Leia agora o sétimo parágrafo, que
menciona a importância dos dois grandes linfonodos desse grupo. Leu? Envolveu-se
com o assunto? Então a partir desse momento leia o resto, incluindo os parágrafos de
letra miúda, os quais são muito sugestivos e esclarecedores.
Finalmente, faça um resumo das drenagens linfáticas primárias e secundárias aos
linfonodos submentonianos, submandibulares e cervicais profundos. Pode ser em texto
corrido, quadro sinótico, esquema, desenho, o que você quiser criar. Depois compare
com os dois quadros de “Resumo da drenagem linfática da face”, do livro. Uéh, por que
não?! Você não quer ser um bom dentista?

Estudo dirigido sobre


DENTES INCISIVOS

(tenha à mão o livro Anatomia do Dente )


Depois do estudo teórico da anatomia dos incisivos superiores, que introduz e
contextualiza o assunto, nada melhor que desenvolver um estudo prático para dar
realidade e consolidar o aprendizado. Esse procedimento é próprio das aulas práticas de
graduação, em laboratório, contando com material didático apropriado. Todavia, para
substituir aulas perdidas ou para complementar aulas assistidas, providenciamos este
roteiro de estudo prático dirigido a você.
Tenha à mão um ou mais espécimes típicos, hígidos, de incisivos central e lateral
superiores e o livro de nossa autoria Anatomia do Dente, 4ª edição, Edit. Sarvier, São
Paulo, 2005, para acompanhar e aproveitar bem este roteiro.
Estudar diariamente e não apenas sob pressão, como nas vésperas das avaliações. Mas
estudar com vontade (sem vontade é o mesmo que comer sem apetite) e, se ela estiver
sempre distante, tentar transformar-se, traçar metas de aprendizagem, fazer projetos
de estudo.
Estudo dirigido sobre incisivos superiores
Comecemos pelo incisivo central. Segure-o pela raiz, de modo que a coroa fique para
baixo, com a face vestibular de frente para você.
Repare que a coroa é bastante larga, com suas bordas mesial e distal convergindo para
cervical. Em alguns dentes há pouca convergência e as bordas são quase paralelas.
Repare também que a raiz não é longa, mas é bastante robusta. Ela é pouca coisa maior
que a altura da coroa. Outro detalhe: normalmente a raiz é retilínea, sem (ou com muito
pouco) desvio distal. Pronto; você já fez o primeiro exame do dente pela face vestibular
e já reteve sua forma e contorno na memória. Se quiser fazer um desenho desse
contorno, seu estudo será mais significativo. Vamos agora aos pormenores.
Veja a área do colo e examine os lados mesial e distal da junção cemento-esmalte
(coronorradicular). Perceba que um dos lados é retilíneo e o outro apresenta uma
pequena angulação entre a coroa e a raiz. Responda mentalmente, que lado é esse?
Antes da sua resposta mental, lembre-se que há uma característica comum a todos os
dentes, dentre outras. É aquela explicada na página 16 do livro Anatomia do Dente,
sob a denominação “Desvio distal da raiz”. Ainda que no incisivo central superior esse
desvio seja mínimo, ele existe e faz com que o longo eixo da raiz não coincida com o
longo eixo da coroa; daí a angulação. Portanto, se você respondeu que isso ocorre do
lado distal está certo.
Passemos a outro detalhe: diferenças entre os lados mesial e distal da coroa. Um dos
lados é mais reto e alto e o outro é mais curvo ou arredondado e baixo. Isto faz com que
a área de contato fique mais próxima de incisal em um dos lados. Que lado é esse?
Pois é, lembra-se da teoria? Na relação dos “Caracteres anatômicos comuns a todos os
dentes” há dois à página 13, cuja explicação é acompanhada de desenhos sugestivos
(Figs. 1-13, 1-14 e 1-15). Lendo-os novamente você entenderá melhor que a angulação
distal, no encontro da coroa com a raiz do incisivo central, existe não somente porque
há um pequeno desvio distal da raiz, mas também porque a borda distal da coroa é mais
convexa ou abaulada. Mas, voltando à pergunta, você deve ter respondido mentalmente
que a área de contato mesial é, entre as duas, a que está mais deslocada para incisal e
não para cervical.
Finalmente perceba que o ângulo disto-incisal é mais arredondado que o mesial,
conforme se pode ler no primeiro parágrafo da página 14.
Imagine só, se um dentista inverter a forma dos ângulos mésio-incisal e disto-incisal!
Que maçada! O paciente ficará com o rosto transformado!
Conseguiu ver todos os detalhes lembrados por nós em seus dentes de estudo? Se a
borda incisal dos seus modelos está muito desgastada, é preciso analisá-la bem pelo lado
lingual para tentar distinguir os ângulos formados com as faces de contato.
Para terminar, vamos para a melhor parte do estudo. Abra o livro à página 59 e examine
os sete dentes da fileira do alto da Fig. 2-35. São dentes típicos, selecionados e
fotografados pelo Dr. Horácio Faig Leite, da UNESP de São José dos Campos. Veja
como os dentes são largos, de raízes curtas e retas. Os dois primeiros mostram,
exuberantemente, a diferença entre os ângulos mésio e disto-incisal. Reconhecendo
esses ângulos você pode determinar com segurança se o dente analisado pertence ao
lado direito ou ao lado esquerdo. A angulação coronorradicular do segundo dente está
bem acentuada, não é mesmo? E se ela está localizada distalmente, está claro que o
dente é direito. Um 11. Enfim, analise bem tudo e dê um diagnóstico, de acordo com o
método de dois dígitos (pág. 6). Ou seja, identifique cada um dos sete dentes e compare
as suas respostas com as respostas dadas à página 78.

Visto o incisivo central, fica mais fácil estudar e entender a forma do incisivo lateral.
Este é menor e tem um aspecto mais esguio afilado, adelgaçado (mais estreito e
alongado) do que o outro. Examinando-o pela face vestibular, duas características logo
saltam à vista: o arredondamento exagerado do ângulo disto-incisal e a raiz com aspecto
delgado, longo, com seu terço apical deslocado para a distal.
Ainda pelo aspecto vestibular, repetem-se aqui, para o incisivo lateral, caracteres
anatômicos comuns aos dentes permanentes, já descritos, como a angulação
coronorradicular distal, a borda distal mais baixa e mais curva ou convexa que a mesial.
Volte agora à Fig. 2-35, da página 59, observe os detalhes mencionados, e tente
identificar cada um dos sete dentes da segunda fileira. Cheque com as respostas da
página 78. Faça o mesmo exercício com outros dentes secos, avulsos, que porventura
você tenha ou que pertençam ao Laboratório de Anatomia ou a seus colegas.
Está na hora de virar o dente e examiná-lo pela lingual.
O contorno lingual é o mesmo do aspecto vestibular porque é o contorno vestibular que
se vê ao fundo, em vista da face lingual da coroa ser mais estreita. Leia sobre direções
convergentes das faces de contato no sentido horizontal, às páginas 11 e 12, para saber
(lembrar?) porque. O mesmo acontece com a raiz, que também é mais estreita na
lingual.
O que mais caracteriza a face lingual do incisivo central é a presença do cíngulo no
terço cervical e da fossa lingual ladeada pelas cristas marginais, nos terços restantes.
Estes elementos arquitetônicos dentais podem ser sentidos pela ponta da língua.
No limite entre o cíngulo e a fossa lingual não há solução de continuidade.
Normalmente, nenhum sulco, fosseta ou fissura se interpõe nesse limite. O cíngulo
continua-se insensivelmente com a fossa, formando uma curva suave.
Pegue agora um incisivo lateral superior para comparar a forma da vista lingual. Além
das diferenças de contorno já estudadas na vista vestibular (e que são as mesmas),
notam-se mudanças no cíngulo (mais estreito, menos volumoso, menos arredondado),
nas cristas marginais (mais salientes) e na fossa lingual (mais profunda). No limite entre
o cíngulo e a fossa, freqüentemente aparece uma depressão em forma de ponto ou uma
fosseta, conhecida como forame cego.
Conseguiu ver tudo isso? Se os seus dentes não têm forame cego, não fique triste.
Muitas vezes eles não se formam. Na Fig. 2-4 aparece um bem formado, mas na Fig. 2-
36, dos sete dentes incisivos laterais, ele só aparece em quatro.
Aproveite para examinar bem a Fig. 2-36 e faça o exercício de identificação dos 14
dentes. Confira com as respostas à página 78. Se você acertou 90% ou mais, está
ficando bom nisso! Os incisivos são mais difíceis porque são os primeiros a serem
estudados. Em relação aos outros, depois será mais... difícil estudá-los porque eles são
mais complexos. Brincadeirinha. Mais ou menos brincadeirinha!
Para terminar o aspecto lingual, note que, no geral, a forma da raiz do incisivo central é
a de um cone, conforme se pode ver nas fotos das páginas 59 e 60 e na Fig. 2- 1. A do
lateral é mais achatada no sentido mésio-distal. E proporcionalmente mais longa. Na
realidade ambas têm comprimento similar, mas a coroa do central é maior que a do
lateral.
Se você ainda estiver com o livro aberto na página 60, compare os dois dentes
enfileirados na Fig. 2-37 e constate a maior proeminência do cíngulo e da bossa
vestibular do incisivo central. O cíngulo proeminente do quarto dente de baixo é uma
exceção. Compare também o contorno da borda vestibular e note que ele é mais
convexo no incisivo central e mais reto no lateral.
Vê-se claramente, por este aspecto mesial, que o terço cervical da coroa é muito maior
que o terço incisal, as faces vestibular e lingual naturalmente convergem para a incisal,
no sentido vertical, conforme você já leu nas páginas 10 e 11 e que vale a pena reler.
Esta característica é comum a todos os dentes.
Terminou. Dê uma repassada nos seus dentes-modelo para verificar se todos os
elementos descritores foram bem aprendidos. Ao comparar os dois dentes, confira com
os pormenores comparativos que aparecem no quadro da página 58. Se você conseguir
acrescentar mais alguma diferença de pormenor ou se achar algum erro, deixe-nos
saber.

Estudo dirigido sobre incisivos inferiores


A nossa proposta é permanecer estudando anatomia dental, na prática, seguindo o
mesmo tipo de roteiro utilizado para o estudo dos incisivos superiores. A referência
bibliográfica básica continua sendo o Anatomia do Dente, 4ª edição, 2005. Quanto
mais espécimes de incisivos inferiores você puder usar neste estudo, melhor para você.
Nós terminamos o estudo anterior observando dentes pelo aspecto mesial e verificamos
que a linha da borda vestibular é menos convexa no incisivo lateral do que no central
superior. Compare agora com a mesma borda dos incisivos inferiores, tal como aparece
na Fig. 2-39. Retinha, né? Convexidade quase zero. Bossa vestibular do terço cervical
bem acanhada. Esta é uma característica forte dos incisivos inferiores.
Outras características, vistas por uma das faces de contato, são o cíngulo pouco elevado
e a grande dimensão da raiz no sentido vestíbulo-lingual.
Por este ângulo de observação, nota-se o maior tamanho do incisivo lateral e o maior
desenvolvimento de suas partes constituintes. Pelos demais ângulos de observação,
comprovaremos isso.
Passemos à face vestibular. Segure seu(s) dente(s) incisivo(s) central(is) pela raiz, de
modo que a coroa fique para cima, com a face vestibular de frente para você.
É bem mais estreito que o central superior, não é mesmo? E o contorno, o que você
nota? A convergência das faces de contato para a cervical, no sentido vertical
(característico comum a todos os dentes, págs. 10 e 11), é bem acentuada? O que acha?
Se os seus dentes o deixam em dúvida se é acentuada ou não, observe as Figs. 2-5, 2-6 e
2-38. Nesta última, detenha-se nos dois últimos dentes da fileira dos centrais e perceba
que há uma grande tendência ao paralelismo. Bordas das faces de contato quase
paralelas. Voltaremos ao assunto.
Ainda por vestibular, analise os ângulos incisais. Praticamente são ângulos retos (não
obtusos, sem arredondamento) e não há diferença entre um e outro. Se houver desgaste
da borda incisal, é mais provável que o ângulo mésio-incisal fique mais desgastado e,
portanto, numa posição mais baixa. Se não houver, os dois ângulos ficam no mesmo
nível, mostrando incrível semelhança. Realmente trata-se de um dente bastante
simétrico, quando se compara as suas duas metades mesial e distal.
Neste momento cabe uma comparação com a face vestibular do incisivo lateral. Você
que já assistiu aulas ou que já estudou teoria não vai nos envergonhar e vai explicar
direitinho o que o incisivo lateral tem de diferente do central. Ta? Vamos dar um
tempinho para você pensar e organizar suas idéias e dar sua resposta.
Pronto? Se você disse (pensou) que pela vestibular o incisivo lateral também é de
maiores dimensões, que as faces de contato apresentam maior convergência na direção
cervical e que o ângulo disto-incisal é mais arredondado que o mésio-incisal, você
acertou. Assim, este dente tem um contorno que tende para o triangular (no central o
contorno é puxado para o retangular), com sinais de assimetria devidos a um ângulo
disto-incisal obtuso e em posição mais baixa.
Quanto à raiz, na visão vestibular, pedimos para manusear os dentes e fixar bem a
imagem de uma raiz estreitada. A mais estreita dos arcos dentais. A raiz do incisivo
lateral é só um pouco maior.
Na superfície lingual não há muita novidade. A anatomia é pobre, isto é, os acidentes
anatômicos não são muito evidentes ou desenvolvidos. As cristas marginais e a fossa
lingual são vestigiais. O cíngulo é miúdo. Além disso, toda a face lingual é mais estreita
que a vestibular. Praticamente não há diferenças entre ambos os incisivos. Como não há
muito a mostrar nessa face, nem fotografias dela exibimos no livro

Estudo dirigido sobre


DENTES CANINOS

(tenha à mão o livro Anatomia do Dente )

A nossa proposta é permanecer estudando anatomia dental, na prática, seguindo o


mesmo tipo de roteiro utilizado para o estudo dos incisivos. A referência bibliográfica
básica continua sendo o Anatomia do Dente, 4ª edição, 2005. Quanto mais espécimes
de caninos você puder usar neste estudo, melhor para você.
Reconstruir as aulas, recitar o que aprendeu (por exemplo, preparar e dar uma pequena
aula em voz alta para uma classe imaginária), cristalizar (fazer algo) com as mãos
aquilo que aprendeu ou está aprendendo (“o que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu
lembro; o que eu faço, eu sei”). É o aprendizado como resultado de uma atividade
formadora em que se constrói algo, como na escultura dental, por exemplo.

Dente canino superior (CS) na mão! Coroa para cima, raiz para baixo.
Face vestibular com altura e largura mais ou menos equivalentes.
A borda incisal continua tendo este nome no canino, mas não é reta como no incisivo. É
angulosa, com uma ponta no meio. Essa ponta é o vértice da cúspide e fica realmente
bem no meio. O longo eixo do dente passa por ela. Passa também pelo ápice da raiz, o
que significa dizer que o dente é bem retilíneo e que sua raiz não se encurva, ou se
encurva pouco, para a distal.
Os limites da cúspide, vistos por vestibular, correspondem à aresta longitudinal, cujos
segmentos mesial e distal não são iguais. O mesial é mais curto e menos inclinado.
Você está por dentro desses termos? Sabe o que significam, ou é melhor consultar o
Glossário à pág. 119? Ou recordar o que é cúspide e aresta longitudinal na pág. 7?
A face vestibular é bastante convexa em todos os sentidos. No sentido horizontal essa
convexidade é maior na metade mesial do que na metade distal.
Duvida? Então posicione o dente tal como você fez com os incisivos inferiores, quando
olhou pelo aspecto incisal para procurar desvio do cíngulo. Localize a face vestibular
ou o que dá para ver da face vestibular. Abstraia a metade mesial e a metade distal dessa
face. Abstrair significa considerar separadamente. Certifique-se que o dente está em
posição vertical e o seu olhar também (a prumo). A linha de visão tem que coincidir
com o longo eixo do dente, a partir do vértice da cúspide. Note que a metade mesial é
mais convexa e mais saliente, mais projetada para frente, do que a distal. Esta é mais
recuada, menos proeminente. Enquanto que a mesial é mais “vestibularizada”, a distal é
mais “lingualizada”.
Entendeu? Não? Então veja o CS da Fig. 2-3 (pág. 33). A metade da face vestibular (a
de cima) à direita de quem olha é mais robusta e mais proeminente. Ela quase toca a
linha superior da fotografia! Veja também a Fig. 2-7 (pág. 36) que mostra um canino
inferior (CI) na mesma posição. Repare que a metade à direita de quem olha também é
mais proeminente.
No CI também, por que não! Isso tem explicação, e você sabe. Só que está adormecida
na sua memória. Vamos recapitular. Pág. 8: “direção da faces da coroa no sentido
horizontal”. São seis linhas e meia. Leia.
Entendeu legal? Vai ficar mais legal se você passar os olhos na Fig. 1-5 logo abaixo e se
detiver no segundo dente, que é um canino. Quer mais? Vá à página 13 e veja a
coerência: “Face mesial maior que a distal” (leia da 4ª à 11ª linha).
O contorno da face vestibular do CI é distinto; tem um aspecto alongado com a altura
superando a largura. Diz-se que a coroa do CI é alta e estreita, enquanto que a coroa do
CS é baixa e larga.
Esse alongamento no CI faz com que as bordas mesial e distal convirjam menos para a
cervical, isto é, apresentem uma tendência ao paralelismo, conforme se pode observar
nas Figs. 2- 9 a 2-11 e na Fig. 2-41 da pág. 62.
Pronto, quando a gente chega nestas páginas da frente, com os dentes do Prof. Horácio,
é que começa a ficar bom. Fica mais fácil fazer as comparações! Veja, por exemplo, o
3º, o 5º e o 7º dente da fileira de baixo. Suas bordas mesial e distal não são quase
paralelas?
Fique sondando a Fig.2-41 mais tempo, para distinguir bem as diferenças entre o CS e o
CI e entre os lados mesial e distal de ambos. Lembre-se da regra geral: face mesial mais
alta, distal mais baixa; área de contato da mesial mais próxima de incisal e da distal
mais próxima de cervical.
Está com dificuldade de determinar a área de contato em cada face do dente? Ora, isto é
fácil. Volte à pág. 10 e examine a Fig. 1-7, com as áreas de contato marcadas com um
retangulozinho. Para facilitar, vá direto nos caninos e localize o nível do retângulo no
lado mesial e no lado distal. Anatomia é fácil, né?
Outra regrinha geral: borda mesial da face livre (vestibular ou lingual) mais reta e borda
distal mais convexa, mais arredondada, mais “barriguda”, como no 4º dente de cima e
no 2º de baixo.
Achamos que você já tem elementos suficientes para reconhecer o lado de cada dente da
foto. Vamos lá? Para conferir, pág. 78.
Foi dito aqui que a raiz do CS costuma ser retilínea. E é mesmo. A raiz do CI é que se
desvia mais para a distal. Entretanto, as Figs. 2-41 e 2-42 não mostram bem esse
detalhe. Os dentes, que deveriam primar pela tipicidade tanto da coroa quanto da raiz,
não estão bem representativos. O pior ainda é que na Fig.2-11 (pág. 40), o canino tem o
terço apical da raiz voltado para a mesial e não para a distal! Isso acontece; é raro mas
acontece.
Em parte, foi bom encontrar essa variação anatômica, para lembrar que a anatomia não
é matematicamente correta e que a forma básica às vezes se distancia daquele normal
estatístico onde se encaixam os típicos, os comuns, os normais.
Pela face lingual, vamos começar pela raiz, já que estávamos falando dela.
Menos larga que na face vestibular. Em termos de largura, a raiz do CI é mais estreita.
Tanto é que os sulcos longitudinais são mais acentuados na raiz do CI do que na do CS.
E tal como nos incisivos laterais inferiores, o sulco longitudinal distal é bem mais
profundo que o mesial. Não aparece bem na Fig. 2-43 porque a tomada fotográfica foi
pela face mesial.
Em alguns caninos inferiores o sulco é tão profundo que chega a dividir a raiz em duas,
a partir do terço médio ou do terço apical. E é claro que o canino inferior birradicular irá
possuir dois canais radiculares .
Outra variação para atrapalhar os procedimentos endodônticos, cirúrgicos e até
periodônticos! E não pense que isto ocorre uma vez na vida e outra na morte! A
prevalência é alta: 5,3%! Muitas vezes com disposição bilateral.
O dentista deve contar com a birradicularidade de antemão. Já começa radiografando
com o cone do aparelho deslocado mais para distal ou para mesial a fim de tentar
“descobrir” as possíveis raízes sobrepostas. Veja os dados na pág. 106 . Note que em
0,2% dos casos nem precisa ter duas raízes para ter dois canais (esses dados são nossos,
pesquisa própria).
Continuando este estudo dirigido do canino pela face lingual, vamos à coroa. Tal como
nos incisivos superiores e inferiores, também o CS é mais desenvolvido que o CI. Seu
cíngulo é bem mais volumoso, o mesmo acontecendo com as cristas marginais.
Freqüentemente, uma crista de disposição cérvico-incisal é notada entre o cíngulo e o
vértice da cúspide. Aos seus lados duas pequenas depressões podem ocorrer.
Compare com o CI e constate a pobreza anatômica da sua face lingual. Cíngulo
acanhado, cristas marginais idem, crista cérvico-incisal ausente. Destaca-se bem no
centro da face, uma ampla, porém rasa, fossa lingual.
Como o contorno da face lingual é praticamente o mesmo da face vestibular, se bem que
mais estreito, resulta que a identificação dos dentes da Fig. 2-42 não oferecerá
dificuldades (solução na pág. 78).
Na última foto (Fig. 2-43), os caninos estão alinhados pela face mesial para que seja
mostrado o seu perfil. Nele é demonstrável que o longo eixo da coroa se continua com o
longo eixo da raiz, de tal modo que não há ângulo entre coroa e raiz (como nos
premolares inferiores) e os extremos da coroa e da raiz ficam sobre esses eixos,
deixando o dente reto. A dimensão vestíbulo-lingual do terço cervical da coroa tem que
ser maior no CS devido ao enorme cíngulo que ele tem.
Mas veja: essa dimensão do terço cervical da raiz é quase a mesma; no CI também. Isto
significa que o colo não é estreito ou é muito pouco.
Fazemos esta advertência porque há uma tendência,durante a escultura dental em cera,
de se reproduzir um colo com depressão circular exagerada, deixando-o super constrito
(coarctado).
Mais importante do que examinar as figuras indicadas, é examinar os dentes secos
naturais. Se tiver poucos, peça emprestados mais alguns.
Aproveite para ver o quadro comparativo entre CS e CI na pág. 62, que é um resumo
das diferenças anatômicas entre esses dois dentes.

Estudo dirigido sobre


DENTES PREMOLARES

(tenha à mão o livro Anatomia do Dente )

Estudo dirigido sobre premolares


superiores
Lembrar que quanto maior for o número de sentidos estimulados, maior é a chance de
aprender; mas aqueles que aprendem melhor pela visão devem ler, fazer anotações, usar
esquemas, desenhos, ilustrações, construir imagens mentais, escrever. Aqueles que
aprendem melhor pela audição devem ficar atentos às aulas expositivas, às explicações
no laboratório, estudar lendo em voz alta, debater com os colegas.
Este estudo dirigido fecha o subcapítulo sobre premolares superiores, que você já deve
ter estudado de outra forma (assistindo a aulas expositivas com ou sem projeções de
figuras, acompanhando explicações laboratoriais, desenvolvendo o Guia de estudo do
livro Anatomia do Dente, examinando macromodelos, fazendo desenhos e/ou
esculturas dentais, etc.).
O propósito é oferecer a você um momento solitário de aprendizado final do assunto
que, ao mesmo tempo, servirá de teste de seus conhecimentos prévios.
Portanto, não se começa por este estudo. Termina-se por ele.
O primeiro premolar superior (1PS) apresenta uma face oclusal para triturar alimentos.
Até este ponto do estudo você só viu bordas incisais para cortar alimentos.
Pela vista vestibular ele se parece com um canino superior um pouco menor, porque
seus contornos são semelhantes.
A cúspide vestibular é mais volumosa que a lingual, de tal modo que esta fica
totalmente coberta pela primeira por esse aspecto vestibular. Pelo aspecto lingual isto
logicamente não ocorre, conforme pode ser visto na Fig. 2-12.
O segundo premolar (2PS) reproduz a forma do 1PS, com a diferença de ser menos
anguloso nas uniões das bordas ou das faces. Suas duas cúspides são equivalentes em
volume, sendo que na vista lingual nenhuma porção da cúspide vestibular pode ser
distinguida ao fundo (Fig. 2-15).
Olhando apenas por vestibular, é uma tarefa árdua reconhecer os lados de contato desses
dentes. Alguns espécimes exibem uma borda mesial notadamente mais reta e mais alta,
o que facilita a tarefa de reconhecimento, mas outros não.
Um detalhe interessante é a presença de um sulco de desenvolvimento entre os lobos
central e mesial no primeiro premolar; este sulco raso e relativamente largo termina no
segmento mesial da aresta longitudinal, promovendo aí uma pequena reentrância.
O livro que estamos seguindo não traz nenhuma fotografia deste detalhe, mas você pode
procurá-lo entre seus modelos de estudo ou os de seus colegas e professores.
Além do maior tamanho de sua cúspide vestibular, os premolares também se encaixam
dentro daquela condição geral das faces de contato convergirem para a lingual, no
sentido horizontal. Portanto, a face lingual tem que ser menor que a vestibular, o que é
melhor notado no primeiro premolar. Submeta a exame dentes secos naturais para
comprovar isso e atente também para a Fig. 2-44, que é bastante sugestiva. Veja que a
fileira dos segundos premolares mostra uma face lingual proporcionalmente maior que
as dos primeiros, mas que em cinco dentes não chega a cobrir totalmente o contorno da
vestibular. A figura revela também bordas mesial e distal facilmente reconhecíveis. É o
caso, por exemplo do 1º, 3º e 5º dentes da fileira de cima.
Outro detalhe melhor notado no 1PS é o vértice da cúspide lingual, que se volta para a
mesial e não para a distal. Em outras palavras, o segmento mesial da aresta longitudinal
dessa cúspide é mais curto que o segmento distal da mesma.
Você consegue enxergar isso? Diz-se que olhos treinados como o do professor vêem e
enxergam, mas os dos alunos vêem e não enxergam! Ou enxergam e não vêem, sei lá.
Esmiúce bem a foto e perceba o desalinhamento entre os vértices das cúspides no 2º, 3º
e 4º dentes da fileira superior. Os vértices das cúspides linguais estão mais à direita na
foto; mais para a mesial. O 6º dente é impossível de ser reconhecido por este detalhe.
Os 2PS acompanham essa tendência, mas não muito. No 2º e 4º dentes da fileira inferior
dá para sugerir fortemente o deslocamento mesial.
Daqui para frente, comece a identificar dente por dente dessa Fig. 2-44, estabelecendo
números a eles e confrontando depois com os números das respostas da pág. 78.
Ao examinar o premolar por uma das faces de contato, vê-se sua coroa alargada
contendo duas cúspides. Como foi mencionado, a cúspide vestibular é mais volumosa e
mais alta. Esta conformação é típica do 1PS e quase imperceptível no 2PS, porque as
duas cúspides se equivalem em tamanho. As Figs. 2-12, 2-13, 2-15 e 2-45 não deixam
dúvida quanto a isto.
Como a face mesial é ligeiramente maior que a distal, ao exame pelo aspecto distal, é
possível ver ao fundo pequena porção da crista marginal mesial. Ao exame pelo aspecto
mesial não dá para ver nada da distal.
O que se vê nitidamente é um sulco ocluso-mesial, muito freqüente apenas no 1PS, que
cruza a crista marginal mesial (Fig. 2-12) e que não existe no lado distal.
A última característica diferencial da face mesial do 1PS é uma depressão circular, em
forma de fossa rasa, situada ao nível do colo. Essa fossa invade parte da coroa e parte da
raiz. É mais fácil localizá-la nos dentes de estudo do que nas fotos do livro.
Todos esses detalhes do 1PS confirmam que ele possui uma morfologia realmente mais
rica que a do 2PS.
Pela face oclusal , nota-se aquele aspecto anguloso do 1PS mencionado no começo. As
Figs. 2-13 e 2-46 são pródigas em evidenciar este detalhe. Os ângulos formados pela
borda vestibular com as bordas mesial e distal são evidentes. O contorno da oclusal fica
então puxado para o pentagonal, não é mesmo? No 2PS os ângulos são mais suaves ou
nem existem; o contorno fica sendo oval.
Outra diferença: o sulco central do 1PS é bem formado, mais longo e fica um pouco
deslocado para a lingual porque a cúspide vestibular é maior. No 2PS é tudo ao
contrário, como se pode comprovar nos dentes das mesmas figuras.
Finalmente, vamos observar aspectos já conhecidos como a pequena reentrância
formada pelo sulco ocluso-mesial e o pequeno deslocamento da cúspide lingual para a
mesial.
Infelizmente, pela vista oclusal não é possível perceber a maior altura da crista marginal
mesial.
Com o que você já sabe, por certo acertará a identificação de todos os 1PS das Figs. 2-
13 e 2-46. Porém... os 2PS...será que conseguirá acertar? Veja nas respostas da pág. 78
que até nós, autores do livro, tivemos dúvidas quanto à identificação.
Para terminar, vamos à porção radicular. Quando a raiz é única, apresenta-se alargada
no sentido vestíbulo-lingual e achatada no sentido mésio-distal. Tão achatada a ponto de
ser profundamente sulcada, como nos incisivos laterais inferiores, e mostrar em secção
transversal uma forma de oito ou de haltere.
Quando há duplicidade, a divisão radicular costuma ser no terço médio; às vezes o
bulbo radicular é maior e a divisão ocorre no terço apical. Nos dois casos, a raiz
vestibular costuma ser maior que a lingual. Tão maior que não raro também se duplica
no 1PS (2% de dentes trirradiculares) e/ou passa a ter três canais (7%).
A prevalência de premolares birradiculares é de cerca de dois terços entre os 1PS e um
terço entre os 2PS. A prevalência é invertida ao se considerar premolares
monorradiculares.

Estudo dirigido sobre molares superiores


(tenha à mão o livro Anatomia do Dente )
Relacionar os conteúdos novos com os já conhecidos, formando uma ponte entre eles.
O conteúdo novo tem sempre como base o antigo.
Não perguntar ao professor “o que é isto?” sem antes ter tentado obter você mesmo a
resposta. Depois, é só confirmar com o professor se o resultado alcançado está correto.
Este estudo prático só pode ser feito se você estiver com o livro Anatomia do Dente,
4ªedição,2005, e com alguns molares superiores naturais, macerados, à mão.

O primeiro molar superior (1MS) é trirradicular. A raiz lingual é reta, cônica, mais
apartada das outras duas. Estas ficam do lado vestibular, próximas uma da outra, mas
não ligadas entre si.
Pois bem, segure um 1MS pelas raízes, coroa para baixo, e fixe a vista na face
vestibular. Compare o seu dente com os dentes das Figs. 2-22 e 2-50 e note o seguinte:
1º) o contorno da coroa é trapezoidal, com grande convergência das bordas mesial e
distal para a cervical; 2º) a borda mesial é mais reta e mais alta e, conseqüentemente, a
cúspide mésio-vestibular é a mais alta (além de ser mais volumosa), acompanhando
assim aquela regra geral de “face mesial maior que a distal” (pág. 13); 3º) o colo é
coarctado, porém muito mais alargado que nos dentes estreitos que você estudou até
aqui, apresentando uma linha cervical quase reta e não mais arqueada.
As raízes vestibulares são aproximadamente paralelas, bem separadas uma da outra e
ligeiramente inclinadas para a distal. Freqüentemente elas se mostram encurvadas, de tal
maneira que os seus ápices se voltem um para o outro.
Olhando a primeira fileira de dentes da Fig. 2-50, você logo diferenciará o lado mesial
do distal, de acordo com as características anatômicas mencionadas e identificará dente
por dente, segundo o método de dois dígitos . Resultados na pág. 78.
A configuração do 2MS é semelhante ao do 1MS, mas são notórias duas grandes
dessemelhanças: 1º) a cúspide mésio-lingual é muito maior que a disto-vestibular; 2º) as
raízes vestibulares são muito próximas, quase unidas, paralelas e com acentuado desvio
distal.
Constate isto não apenas nos seus dentes de estudo, mas também nas Figs. 2-24 e 2-50.
Nesta última foto, veja a desproporção de tamanho entre as cúspides em todos os sete
exemplares da fileira de baixo. Veja como as raízes são paralelas e inclinadas. Somente
o 2º e o 6º dente não apresentam muita inclinação. Veja também que o espaço entre elas
é pequeno e que no 3º e 6º dente quase há coalescência.
Atribua um número para cada um desses dentes e faça a conferência (pág. 78).
Vire seu(s) dente(s) 1MS para a face lingual para encontrar uma forma bem distinta. A
cúspide mesial (mésio-lingual) obviamente é mais volumosa que a distal (disto-lingual),
mas o sulco que as separa já não é retilíneo como na face vestibular. É curvilíneo
porque ele começa na face vestibular em posição distalizada e avança mesialmente até
alcançar o centro da face lingual.
Um tubérculo (de Carabelli), de tamanho variado, chama a atenção como um agregado
da cúspide mésio-lingual.
A raiz lingual, reta, larga e alta, quase cobre as raízes vestibulares ao fundo; de tão
larga, é sulcada longitudinalmente por uma depressão também larga.
Outro detalhe é a maior dimensão desta face lingual em relação à face vestibular, uma
exceção à regra.
Ao observar os dentes da fileira de cima da Fig. 2-51, comprova-se esses detalhes todos.
Cúspide mésio-lingual mais desenvolvida, sulco principal curvo, tubérculo de Carabelli
bem evidente no 1º, 2º, 4º, 5º e 6º dentes, raiz lingual robusta e com depressão linear em
forma de sulco bem visível no 1º e no 2º dente e face lingual maior que a vestibular.
Ao comparar as duas faces livres do 1MS , repare que na Fig. 2-50, uma pequena
porção da lingual pode ser vista ao fundo. Na Fig. 2- 51, a lingual tapa toda a vestibular.
É por isso que nós desenhamos o 1º dente da Fig. 2-24, visto pela vestibular, com um
pequeno excesso ao fundo.
Chegou a hora da comparação com o 2MS. Comparando aprende-se melhor. A todo
momento fazemos comparações nas descrições do livro. Veja, por exemplo, o quadro
comparativo da pág. 68 que você irá consultar no final, para resumir e coroar o seu
estudo.
Primeira particularidade do 2MS que chama a atenção: cúspides linguais de tamanhos
desproporcionais. A disto-lingual é pequena e em razão disso o sulco que a separa da
mésio-lingual não termina no centro da coroa como no 1MS; é deslocado para a distal.
Às vezes, a cúspide nem se forma. Nem existe.
Estes arranjos determinam uma face lingual menor que a vestibular e, por esta razão,
uma raiz lingual menos larga e sem o sulco longitudinal.
Examinando a fileira de baixo da Fig. 2-51 você comprovará tudo isso. Atente para o 2º,
5º e 6º dentes, nos quais falta a cúspide disto-lingual. Em seguida você verá como a face
oclusal fica modificada em razão da ausência da cúspide (Fig. 2-52, 1º e 2º dentes da
fileira de baixo).
Finalmente você deve divisar o contorno da face vestibular, ao fundo, na maioria desses
sete dentes da Fig. 2-51 e aproveite para identificá-los.
As faces de contato são muito parecidas em ambos os molares. No entanto, o 2MS não
possui tubérculo de Carabelli. A mesial é sempre maior (as faces livres convergem para
a distal no sentido horizontal, conforme menção feita à pág. 9, Fig. 1-5). Na vista mesial
dos dentes das Figs. 2-22 e 2- 26, a face mesial cobre toda a face distal, como seria de se
esperar.
O interessante é que a raiz mésio-vestibular também cobre completamente a raiz disto-
vestibular. Essas raízes, que são estreitas no sentido mésio-distal, se alargam no sentido
vestíbulo-lingual. Principalmente no 1MS. De tão larga, a raiz mésio-vestibular do 1MS
abriga dois canais. Leia sobre isso o texto “Molares superiores” à pág. 107 e veja a Fig.
4-2 à pág. 103.
Que tal? Está checando cada figura ou página indicada por nós? Está entendendo tudo
direitinho? Se tem alguma dúvida ou não compreendeu algo, retome o texto, consulte o
livro e verifique os dentes.
Vamos terminar este estudo com o exame da face oclusal. Naturalmente você já leu (e
entendeu) o texto das págs. 50 a 52 e tem uma boa noção da disposição dos
componentes anatômicos na face oclusal.
O contorno oclusal no 1MS é voltado para o “quadrado”, com a borda lingual
ligeiramente maior que a vestibular, enquanto que no 2MS o contorno é rombóide, com
a borda vestibular maior que a lingual.
O tubérculo de Carabelli, quando muito desenvolvido, altera o contorno acrescentando
um ângulo agudo na união das bordas mesial e lingual (veja 3º e 4º dentes da Fig. 2-52).
Em ambos os dentes a borda vestibular tem a mesma peculiaridade: a cúspide mésio-
vestibular, por ser maior é mais proeminente, isto é , adianta-se mais vestibularmente do
que a disto-vestibular. Na realidade, a maior cúspide do molar superior é a mésio-
lingual porque avança muito distalmente em vista do reduzido tamanho da cúspide
disto-lingual.
Com isso, toda a porção mesial da face oclusal é mais ampla que a porção distal: as
cúspides mesiais são maiores, a crista marginal mesial também é, enfim, toda a face
mesial é mais larga e mais alta.
Talvez por ser mais larga ela é também mais plana. Você consegue distinguir isso nas
Figs. 2-23, 2-25 e 2-52? E nos seus dentes de estudo? Não são todos os exemplares que
apresentam essa característica bem distinguível. Mas, com boa vontade e senso de
observação você consegue ver e enxergar, como dissemos antes.
Vistos o contorno “quadrado”, o tubérculo de Carabelli, a cúspide disto-lingual de
tamanho relativamente grande e a grande dimensão da borda lingual, que são descritores
próprios do 1MS, falta ver um último elemento próprio desse dente. Trata-se da ponte
de esmalte disposta entre as cúspides mésio-lingual e disto-vestibular. A definição de
ponte de esmalte está na pág. 7 e também no Glossário.
As Figs. 2-23, 2-25 e 2-52 oferecem bons exemplos de ponte de esmalte. O 2MS não
possui ponte de esmalte. Em vez disso, apresenta um sulco que vai da fosseta central à
fosseta distal, dividindo ao meio alguma elevação que pretendesse passar por ponte de
esmalte. No 6º dente da fileira de baixo da Fig. 2-52 houve desgaste da face oclusal, o
suficiente para apagar o sulco, dando a falsa impressão de ponte de esmalte.
Termine este estudo dos molares superiores identificando os dentes das figuras
mencionadas e checando suas respostas na página 78.

Estudo dirigido sobre molares superiores


(tenha à mão o livro Anatomia do Dente )
Relacionar os conteúdos novos com os já conhecidos, formando uma ponte entre eles.
O conteúdo novo tem sempre como base o antigo.
Não perguntar ao professor “o que é isto?” sem antes ter tentado obter você mesmo a
resposta. Depois, é só confirmar com o professor se o resultado alcançado está correto.

Este estudo prático só pode ser feito se você estiver com o livro Anatomia do Dente,
4ªedição,2005, e com alguns molares superiores naturais, macerados, à mão.

O primeiro molar superior (1MS) é trirradicular. A raiz lingual é reta, cônica, mais
apartada das outras duas. Estas ficam do lado vestibular, próximas uma da outra, mas
não ligadas entre si.
Pois bem, segure um 1MS pelas raízes, coroa para baixo, e fixe a vista na face
vestibular. Compare o seu dente com os dentes das Figs. 2-22 e 2-50 e note o seguinte:
1º) o contorno da coroa é trapezoidal, com grande convergência das bordas mesial e
distal para a cervical; 2º) a borda mesial é mais reta e mais alta e, conseqüentemente, a
cúspide mésio-vestibular é a mais alta (além de ser mais volumosa), acompanhando
assim aquela regra geral de “face mesial maior que a distal” (pág. 13); 3º) o colo é
coarctado, porém muito mais alargado que nos dentes estreitos que você estudou até
aqui, apresentando uma linha cervical quase reta e não mais arqueada.
As raízes vestibulares são aproximadamente paralelas, bem separadas uma da outra e
ligeiramente inclinadas para a distal. Freqüentemente elas se mostram encurvadas, de tal
maneira que os seus ápices se voltem um para o outro.
Olhando a primeira fileira de dentes da Fig. 2-50, você logo diferenciará o lado mesial
do distal, de acordo com as características anatômicas mencionadas e identificará dente
por dente, segundo o método de dois dígitos . Resultados na pág. 78.
A configuração do 2MS é semelhante ao do 1MS, mas são notórias duas grandes
dessemelhanças: 1º) a cúspide mésio-lingual é muito maior que a disto-vestibular; 2º) as
raízes vestibulares são muito próximas, quase unidas, paralelas e com acentuado desvio
distal.
Constate isto não apenas nos seus dentes de estudo, mas também nas Figs. 2-24 e 2-50.
Nesta última foto, veja a desproporção de tamanho entre as cúspides em todos os sete
exemplares da fileira de baixo. Veja como as raízes são paralelas e inclinadas. Somente
o 2º e o 6º dente não apresentam muita inclinação. Veja também que o espaço entre elas
é pequeno e que no 3º e 6º dente quase há coalescência.
Atribua um número para cada um desses dentes e faça a conferência (pág. 78).
Vire seu(s) dente(s) 1MS para a face lingual para encontrar uma forma bem distinta. A
cúspide mesial (mésio-lingual) obviamente é mais volumosa que a distal (disto-lingual),
mas o sulco que as separa já não é retilíneo como na face vestibular. É curvilíneo
porque ele começa na face vestibular em posição distalizada e avança mesialmente até
alcançar o centro da face lingual.
Um tubérculo (de Carabelli), de tamanho variado, chama a atenção como um agregado
da cúspide mésio-lingual.
A raiz lingual, reta, larga e alta, quase cobre as raízes vestibulares ao fundo; de tão
larga, é sulcada longitudinalmente por uma depressão também larga.
Outro detalhe é a maior dimensão desta face lingual em relação à face vestibular, uma
exceção à regra.
Ao observar os dentes da fileira de cima da Fig. 2-51, comprova-se esses detalhes todos.
Cúspide mésio-lingual mais desenvolvida, sulco principal curvo, tubérculo de Carabelli
bem evidente no 1º, 2º, 4º, 5º e 6º dentes, raiz lingual robusta e com depressão linear em
forma de sulco bem visível no 1º e no 2º dente e face lingual maior que a vestibular.
Ao comparar as duas faces livres do 1MS , repare que na Fig. 2-50, uma pequena
porção da lingual pode ser vista ao fundo. Na Fig. 2- 51, a lingual tapa toda a vestibular.
É por isso que nós desenhamos o 1º dente da Fig. 2-24, visto pela vestibular, com um
pequeno excesso ao fundo.
Chegou a hora da comparação com o 2MS. Comparando aprende-se melhor. A todo
momento fazemos comparações nas descrições do livro. Veja, por exemplo, o quadro
comparativo da pág. 68 que você irá consultar no final, para resumir e coroar o seu
estudo.
Primeira particularidade do 2MS que chama a atenção: cúspides linguais de tamanhos
desproporcionais. A disto-lingual é pequena e em razão disso o sulco que a separa da
mésio-lingual não termina no centro da coroa como no 1MS; é deslocado para a distal.
Às vezes, a cúspide nem se forma. Nem existe.
Estes arranjos determinam uma face lingual menor que a vestibular e, por esta razão,
uma raiz lingual menos larga e sem o sulco longitudinal.
Examinando a fileira de baixo da Fig. 2-51 você comprovará tudo isso. Atente para o 2º,
5º e 6º dentes, nos quais falta a cúspide disto-lingual. Em seguida você verá como a face
oclusal fica modificada em razão da ausência da cúspide (Fig. 2-52, 1º e 2º dentes da
fileira de baixo).
Finalmente você deve divisar o contorno da face vestibular, ao fundo, na maioria desses
sete dentes da Fig. 2-51 e aproveite para identificá-los.
As faces de contato são muito parecidas em ambos os molares. No entanto, o 2MS não
possui tubérculo de Carabelli. A mesial é sempre maior (as faces livres convergem para
a distal no sentido horizontal, conforme menção feita à pág. 9, Fig. 1-5). Na vista mesial
dos dentes das Figs. 2-22 e 2- 26, a face mesial cobre toda a face distal, como seria de se
esperar.
O interessante é que a raiz mésio-vestibular também cobre completamente a raiz disto-
vestibular. Essas raízes, que são estreitas no sentido mésio-distal, se alargam no sentido
vestíbulo-lingual. Principalmente no 1MS. De tão larga, a raiz mésio-vestibular do 1MS
abriga dois canais. Leia sobre isso o texto “Molares superiores” à pág. 107 e veja a Fig.
4-2 à pág. 103.
Que tal? Está checando cada figura ou página indicada por nós? Está entendendo tudo
direitinho? Se tem alguma dúvida ou não compreendeu algo, retome o texto, consulte o
livro e verifique os dentes.
Vamos terminar este estudo com o exame da face oclusal. Naturalmente você já leu (e
entendeu) o texto das págs. 50 a 52 e tem uma boa noção da disposição dos
componentes anatômicos na face oclusal.
O contorno oclusal no 1MS é voltado para o “quadrado”, com a borda lingual
ligeiramente maior que a vestibular, enquanto que no 2MS o contorno é rombóide, com
a borda vestibular maior que a lingual.
O tubérculo de Carabelli, quando muito desenvolvido, altera o contorno acrescentando
um ângulo agudo na união das bordas mesial e lingual (veja 3º e 4º dentes da Fig. 2-52).
Em ambos os dentes a borda vestibular tem a mesma peculiaridade: a cúspide mésio-
vestibular, por ser maior é mais proeminente, isto é , adianta-se mais vestibularmente do
que a disto-vestibular. Na realidade, a maior cúspide do molar superior é a mésio-
lingual porque avança muito distalmente em vista do reduzido tamanho da cúspide
disto-lingual.
Com isso, toda a porção mesial da face oclusal é mais ampla que a porção distal: as
cúspides mesiais são maiores, a crista marginal mesial também é, enfim, toda a face
mesial é mais larga e mais alta.
Talvez por ser mais larga ela é também mais plana. Você consegue distinguir isso nas
Figs. 2-23, 2-25 e 2-52? E nos seus dentes de estudo? Não são todos os exemplares que
apresentam essa característica bem distinguível. Mas, com boa vontade e senso de
observação você consegue ver e enxergar, como dissemos antes.
Vistos o contorno “quadrado”, o tubérculo de Carabelli, a cúspide disto-lingual de
tamanho relativamente grande e a grande dimensão da borda lingual, que são descritores
próprios do 1MS, falta ver um último elemento próprio desse dente. Trata-se da ponte
de esmalte disposta entre as cúspides mésio-lingual e disto-vestibular. A definição de
ponte de esmalte está na pág. 7 e também no Glossário.
As Figs. 2-23, 2-25 e 2-52 oferecem bons exemplos de ponte de esmalte. O 2MS não
possui ponte de esmalte. Em vez disso, apresenta um sulco que vai da fosseta central à
fosseta distal, dividindo ao meio alguma elevação que pretendesse passar por ponte de
esmalte. No 6º dente da fileira de baixo da Fig. 2-52 houve desgaste da face oclusal, o
suficiente para apagar o sulco, dando a falsa impressão de ponte de esmalte.
Termine este estudo dos molares superiores identificando os dentes das figuras
mencionadas e checando suas respostas na página 78.
Estudo dirigido sobre molares inferiores
(tenha à mão o livro Anatomia do Dente )
Preparar-se para as avaliações de modo a alcançar suficiência com competência e não
apenas notas.
Reconhecer que o seu esforço, interesse e dedicação são mais importantes que a
quantidade e a qualidade das aulas a que você assiste.

Os dois principais molares inferiores (1MI e 2MI) diferem dos superiores por
apresentarem: 1º) apenas duas raízes; 2º) maior dimensão mésio-distal que lhes dá um
contorno oclusal e vestibular alongado (retangular); 3º) face vestibular inclinada para a
direção lingual; 4º) sulco vestíbulo-lingual completo; 5º) cinco cúspides no 1MI.
Estas são suas características principais. Vamos detalhá-las.
A face vestibular dos molares inferiores é inclinada para a lingual, mais ou menos
como nos premolares inferiores. Esta disposição favorece o trespasse horizontal dos
molares superiores na oclusão (suas cúspides vestibulares ultrapassam vestibularmente
as cúspides vestibulares dos molares inferiores), conforme você verá no Capítulo 3.
Essa inclinação pode ser percebida na vista mesial dos dentes das Figs. 2-29 e 2-33.
Na vista oclusal dos dentes da Fig. 2-30 pode-se também notar que, devido à inclinação,
uma porção maior da coroa dental fica aparente do lado vestibular e não do lado lingual
Agora fica fácil você distinguir a face vestibular de seus dentes-modelo.
• Ao examiná-la, comprove o que já foi citado: maior dimensão mésio-distal desta
face do que sua dimensão ocluso-cervical; maior ainda no 1MI porque este tem
três cúspides vestibulares enfileiradas e não apenas duas como o 2MI.
• Repare que a convergência das faces de contato é mais acentuada no 1MI em
relação ao 2MI. O sulco mésio-vestibular do 1MI é maior e mais profundo que
o disto-vestibular e termina abruptamente em fosseta.
• O sulco vestibular do 2MI termina da mesma forma. Sulcos e fossetas profundos
são predispostos a cárie.
• Para terminar o exame da face vestibular observe a maior altura e volume da
cúspide mésio-vestibular e a inclinação distal das raízes.
Todos esses detalhes podem ser vistos nos dentes da Fig. 2-53, sendo que cáries são
mais facilmente detectadas nos 3º, 5º e 6º dentes da fileira de cima e nos 1º, 2º e 3º da
fileira de baixo.
A identificação desses 14 dentes é de acerto obrigatório. Não há como errar. Se errar um
dos dois últimos 2MI ainda vá lá! Se errar mais que isso, alguma coisa está errada com
você!
A face lingual de ambos os molares em estudo é mais estreita que a vestibular e as
cúspides mésio-lingual e disto-lingual são separadas por um sulco mais discreto em
tamanho e em profundidade.
A face mesial é maior que a distal, como nos demais dentes, de tal modo que olhando
por distal, parte da face mesial pode ser vista ao fundo. Esta maior dimensão também
pode ser percebida por oclusal, que é a próxima face a ser analisada.
A face oclusal do 1MI é alongada no sentido mésio-distal. Seu contorno é caracterizado
por dois aspectos: 1º) a borda mesial é maior e mais reta que a distal; 2º) a borda
vestibular é maior e mais curva que a lingual.
O fato das faces vestibular e mesial serem maiores que suas oponentes corresponde aos
“caracteres comuns a todos os dentes”, não sendo novidade, portanto. Face distal curva,
também.
Mas, face vestibular bem encurvada e lingual quase reta é fato novo; não ocorre no
contorno oclusal de todos os demais dentes. Talvez, um pouquinho do molar superior e
é só.
As Figs. 2-30, 2-32 e 2-54 mostram esses dois aspectos muito bem. Somente o 2º 1MI
da Fig. 2-30 não possui borda mesial bem marcada. O 6º dente, da Fig. 2-54, também
não. Mas, o segmento de círculo, que é a borda vestibular, é reconhecido em todos os
dentes das fotos.
Das cinco cúspides do 1MI, as mais volumosas são as duas mesiais, seguidas da disto-
lingual, da vestibular mediana e da disto-vestibular, que é a menor de todas. Os sulcos
que as separam formam desenhos de aspectos variados, o que faz variar também o
número de fossetas da face oclusal. Geralmente são cinco, mas podem ser quatro.
As quatro cúspides do 2MI têm um arranjo constante: duas mesiais e duas distais
separadas por um sulco vestíbulo-lingual reto; duas vestibulares e duas linguais
separadas por um sulco mésio-distal reto, que cruza o primeiro formando ângulos retos.
Esse aspecto exatamente cruciforme raramente deixa de ocorrer, como é o caso do 5º
dente da fileira inferior da Fig.2-54.
Outros aspectos do 2MI - O 2MI também é alongado mésio-distalmente como o 1MI,
mas a face vestibular não é muito convexa ou encurvada e nem muito menor que a
lingual. Quase não há diferenças entre as suas duas faces vestibular e lingual.
Quanto ao conhecido fato da face mesial ser mais larga e mais reta, apresenta muitas
exceções no 2MI. Veja a dificuldade que se tem para diferenciar as bordas mesial e
distal da face oclusal dos dentes da fileira de baixo das Figs. 2-30 e 2- 54. A rigor,
bordas mesiais retilíneas podem ser vistas nos 2º, 3º e 4º dente e maiores que as bordas
linguais somente nos 1º dente da Fig. 2-30 e 1º, 4º, 6º e 7º da Fig. 2-54.
No 2MI, até mesmo a diferença de volume das cúspides mesiais (maior) e distais
(menor), no aspecto oclusal, não é muito evidente nesses dentes das fotos.
Em vista desses fatos, a tarefa de identificar um 2MI pode ser árdua. Felizmente, restam
os aspectos inclinação da vestibular para a lingual e das raízes para a distal.
A propósito você reparou bem todos os detalhes dos dois 2MI da Fig. 2-30? Viu parte
da raiz distal sobressaindo-se distalmente?
Acreditamos que você tenha examinado as figuras aludidas, mas tenha também
examinado, o que é mais importante, os seus dentes de estudo. Para terminar, veja o
quadro da pág. 70, que resume as diferenças mais marcantes entre o 1MI e o 2MI.

Estudo dirigido sobre


NERVO TRIGÊMEO (1)

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição)
Nos testes a seguir, escolha entre falsa e verdadeira; se a frase for falsa escreva no
espaço em branco a palavra que tornará a frase verdadeira. Por exemplo, se o
nervo maxilar não for sensitivo você escreve misto, motor, o que seja, mas vá
escrevendo porque senão você encontra a resposta logo em seguida e aí perde a
graça. Quando a resposta não está no próprio texto, passe o cursor sobre o sinal de
interrogação (?).

Comecemos pelo nervo maxilar, que é: sensitivo (V) (F) (1), deixa o crânio

pelo forame: oval (V) (F) (2) , atinge o alto da fossa: pterigopalatina (V)

(F) (3) e antes de transpor a: fissura orbital superior (V) (F) (4)

envia ramos para: o palato (V) (F) e para os dentes molares superiores (5).
Antes de ir à frente vamos recuar um pouco para tomar impulso e para dar as respostas
das cinco perguntas anteriores. O nervo maxilar, segundo ramo ligado ao gânglio
trigeminal, é essencialmente sensitivo (resposta 1), não inerva músculos, e seu curto
trajeto fora do crânio [de onde saiu pelo forame redondo (resposta 2)] é restrito à parte
alta da fossa pterigopalatina (resposta 3). É desse ponto que se destacam os ramos que
irão captar a sensibilidade do palato duro e mole, dos dentes molares superiores
(resposta 5) e seus tecidos de suporte e também na cavidade nasal, etc.
Por ser um nervo sensitivo, mais correto seria, do ponto de vista funcional,
descrever trajetos centrípetos (da periferia para o centro) do maxilar e seus ramos;
entretanto, neste estudo vamos seguir trajetos do ponto de vista anatômico
(aparente), ou seja, centrífugos (do centro para a periferia).
Após cruzar a fissura orbital inferior (resposta 4), muda de nome para infra-orbital, de
acordo com a nova localização. Seguindo reto, no soalho da órbita, ele vai sair na
superfície da face, fora do crânio.
Perguntas: No soalho da órbita o nervo infra-orbital fica em contato com o conteúdo da
órbita? Ele chega na face por qual forame? Ao chegar no meio dos tecidos moles da
superfície da face ele se ramifica? Para inervar o que? Antes de chegar na superfície da
face ele dá outros ramos? Quais? Respostas (escreva e confira no texto abaixo)

Pois bem, a maior parte do trajeto do infra-orbital é feita dentro do canal infra-orbital,
portanto o nervo fica separado do conteúdo da órbita (resposta). Ele deixa de ser intra-
ósseo quando emerge pelo forame infra-orbital (resposta) e, a partir daí, envia seus
ramos terminais (resposta) para a gengiva vestibular de incisivo a premolar, o lábio
mais próximo, a pálpebra mais próxima e a asa do nariz (resposta). Os nervos
alveolares superiores médio e anteriores são ramos colaterais intra-ósseos (resposta). Se
são intra-ósseos é porque são liberados ainda dentro do canal infra-orbital. Para seus

ramos (preencha os espaços; respostas fora de ordem no próximo

parágrafo) chegarem até o ápice das raízes, e para seus ramos inervarem
osso alveolar, papila interdental e periodonto, têm, obrigatoriamente, que se manter
intra-ósseos. O espaço é pequeno; são canalículos da maxila, na parede ântero-lateral do

. Os nervos também são minúsculos, mas são acompanhados de vasos. Os


ramúsculos todos formam pequenos feixes vasculonervosos. Às vezes, os canalículos
não são suficientes para esse conteúdo, a ponto de perderem por reabsorção uma de suas

paredes, geralmente a interna. É a chamada óssea, que expõe e coloca em


risco vasos e nervos no interior do seio maxilar. Eles só não ficam a descoberto porque
o mucoperiósteo (o endósteo mais a membrana sinusal) os reveste. De qualquer
maneira, ficam mais sujeitos a lesões devido a inflamações sinusais ou devido a ação
direta de instrumental cirúrgico.
Os nervos alveolares, com seus ramos dentais (resposta) e peridentais (resposta), são,
como se pode depreender, bastante superficiais do lado de fora do seio maxilar
(resposta). O osso é fininho, fininho e, às vezes, até com deiscência (resposta). E todo
perfurado por pequenos forames vasculares; assim nomeados porque são geralmente
transpostos por pequenas veias. É por essa razão que uma anestesia aplicada sobre ele,
abaixo da mucosa (entre a mucosa e o periósteo), o atravessa. O líquido anestesia a
mucosa, o periósteo e, como ultrapassa a barreira cortical óssea, passa para dentro da
substância esponjosa e difunde-se, anestesiando os pequenos nervos.
Pergunta: A substância óssea esponjosa do processo alveolar maxilar de incisivo a

premolar, entre as lâminas corticais, é abundante ou escassa? Resposta:


Você está esperando a resposta mastigada? Dessa vez não vai ter! Obtenha-a no
subcapítulo “Topografia dentoalveolar”, e considere os níveis cervical, médio e apical
de cada alvéolo. Naturalmente, é no apical que ela é um pouco mais abundante.
Tudo que foi descrito em relação à distribuição intra-óssea dos ramos dos nervos

alveolares superiores anteriores (para incisivos e ) e médio (para

premolares e ), serve como descrição dos ramos dos nervos alveolares

superiores posteriores (para e seus tecidos de suporte). As diferenças


residem no trajeto extra-ósseo. Primeira diferença: são ramos do nervo mandibular (V)

(F) . Segunda: transpõem a parede posterior do seio maxilar,


correspondente à tuberosidade da maxila (V) (F), pelos forames alveolares . Terceira:
um ramo desprende-se antes da transposição e permanece extra-ósseo (V) (F). Esse

ramo (ramo vestibular) inerva a gengiva vestibular da região molar.


Os ramos dos nervos alveolares superiores formam um plexo sobre os ápices dos
dentes. É desse plexo que partem os raminhos para os dentes, mas se pode dizer que os
que vão para os incisivos e o canino (resposta) são provenientes dos anteriores; dos
premolares e raiz mesiovestibular do primeiro molar (resposta), são do médio; e dos
molares (resposta), incluindo a raiz mesiovestibular do primeiro que tem dupla
inervação, são dos posteriores. Outras respostas: (F) nervo maxilar (e não do
mandibular), (V), (F) ramo gengival.
Pergunta : o nervo alveolar superior médio é constante, está sempre presente? Resposta:
vá procurar no livro !
Para anestesiar os alveolares superiores posteriores, pode-se fazer a puntura, com a
agulha, diretamente na mucosa alveolar, sobre o osso (é a chamada anestesia terminal
infiltrativa). Funciona. Mas pode-se também bloquear os nervos antes de sua entrada no
osso ( anestesia troncular ou de bloqueio).
Penúltima pergunta sobre este assunto: se a anestesia terminal infiltrativa não traz
complicações, é fácil de fazer e funciona bem, porque, em alguns casos o dentista opta
por aplicar uma troncular?
Escreva sua resposta e confira no livro, no subcapítulo “Anatomia e anestesia”

Última: se é possível fazer esse bloqueio (nos forames alveolares da tuberosidade), é


possível também bloquear os nervos alveolares superiores anteriores e médio? De que
jeito?
Escreva sua resposta e confira no livro, no subcapítulo “Anatomia e anestesia”

Agora vamos ao nervo maxilar. Ele emite ramos que passam pelo gânglio
pterigopalatino (como não são autônomos, não fazem sinapse com células do gânglio) e
descem pela fossa pterigopalatina, que é estreita, alta e termina nos forames palatinos.
Esses ramos geralmente se reúnem em um nervo único, que nós estamos chamando de
palatino. Ao se aproximar do final do trajeto na fossa, divide-se em nervo palatino
maior e nervos palatinos menores, estes para a mucosa do palato mole.
O nervo palatino maior chega ao palato após passar pelo forame palatino maior (V) (F)

?. Logo, divide-se em, pelo menos, dois ramos, os quais correm para a

frente, nos sulcos que ficam entre as espinhas palatinas denominados ? e no


meio de duas camadas, o periósteo e a mucosa do palato duro.
Grande ramificação é formada, para inervar toda a porção do palato duro, do canino
para trás. Essa ramificação envolve a gengiva lingual dos dentes posteriores. A gengiva

lingual dos dentes anteriores é inervada pelo n. nasopalatino (V) (F) ? que

aí se encontra porque chegou após transpor o forame incisivo (V) (F) ?.


De acordo com o que foi explicado, se alguém quiser obter anestesia de todo o palato
duro, precisa bloquear os nervos que saem de ambos os forames, de ambos os lados,
certo? Certo. Se desejar apenas a insensibilidade da gengiva lingual de molares do lado
esquerdo, deve anestesiar o nervo palatino maior esquerdo, certo? Certo. E assim por
diante.

Estudo dirigido sobre


NERVO TRIGÊMEO (2)

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição)

Achamos que a melhor maneira de iniciar a abordagem do nervo mandibular e


seus ramos é desenhando uma hemimandíbula “transparente”, pelo lado medial ou
lateral. A “transparência” significa que deverão ser mostrados o canal da
mandíbula, as raízes de dentes, o forame mentoniano, o forame da mandíbula e os
nervos intra-ósseos. Para que os ramos dentais e peridentais fiquem bem
destacados, o desenho tem que ser grande. Não deixe de representar os nervos
milo-hióideo, mentoniano, lingual e bucal. Compare depois seu(s) desenho(s) com
os do livro.
O nervo milo-hióideo, que é mais motor que sensitivo, inerva os músculos milo-hióideo
e ventre anterior do m. digástrico; as fibras sensitivas, que correspondem a 30% do total
de suas fibras, integram o ramo terminal que inerva a pele da porção inferior do mento.
Algumas vezes, uma ramificação penetra na mandíbula pelo forame retromentoniano
inferior ou outro, podendo ou não participar da inervação da polpa de incisivos. Este
fenômeno, da inervação suplementar, tem comprovação científica e importância clínica.
Foi também comprovado que o nervo lingual não envia ramos para o interior da
mandíbula. Ele não tem nada a ver com a inervação de dentes, apesar de haver algumas
especulações sobre essa possibilidade. Inerva somente língua, soalho da boca, mucosa
alveolar e gengiva. Toda a gengiva mandibular do lado lingual, por meio de dois “tufos”
de ramos, um anterior e outro posterior, que partem do nervo lingual no soalho da boca.
Prepare-se para uma afirmativa e uma pergunta. Afirmativa: para a exodontia de um
dente superior, depois da anestesia terminal infiltrativa no lado vestibular, é preciso
complementar com uma anestesia do lado lingual . Pergunta: e para a exodontia de um
dente inferior, depois da anestesia do nervo do dente, é também necessário
complementar com uma anestesia do lado lingual? Por que sim e/ou por que não?
Escreva sua resposta abaixo e compare com a resposta dos autores.

Resposta dos autores


Sobre o nervo alveolar inferior não há muito o que comentar. Lembra-se das nossas
palavras no texto sobre artérias, quando comparamos a artéria alveolar inferior com o
nervo de mesmo nome? Afirmamos que o nervo acompanha a artéria, portanto tem o
mesmo trajeto, a mesma ramificação, a mesma terminologia, a mesma área de
distribuição, a mesma terminação. Tudo igual, sem tirar nem pôr. Outra comparação: os
ramos dentais e peridentais do alveolar inferior são praticamente “iguais” aos mesmos
ramos dos nervos alveolares superiores. O resto você estudou na teoria e na prática para
aprender e desenhou para confirmar o aprendizado. Não será preciso acrescentar mais
nada. Você está preparado para responder ao testão final, que vem vindo aí.
Antes, porém, uma palavrinha sobre os ramos que inervam a mucosa alveolar e gengiva
vestibular dos dentes inferiores. O nervo mentoniano é fácil. É o grande ramo intra-
ósseo do alveolar inferior, que depois se torna extra-ósseo. Ao sair pelo forame
mentoniano ele logo se divide em grande número de ramos, uns maiores outros bem
fininhos. Pouquíssimos ramos vão para trás do forame mentoniano; quase todos vão
para a frente. A área de maior inervação é a labial; vários ramos sobem até a parte
vermelha do lábio inferior. A pele do mento recebe menos inervação. Os ramos
gengivais são os mais profundos e os mais delgados. Correm para cima e para a frente
junto à mucosa, com os mais longos deles alcançando a gengiva vestibular dos
incisivos. Se o nervo alveolar inferior for bloqueado por meio de anestésico local, o
nervo mentoniano estará automaticamente anestesiado. Qualquer que seja o local do
bloqueio.
Com o nervo bucal acontece o contrário. Se o bloqueio for ao nível do forame da
mandíbula, o bucal não será envolvido. Se for ao nível do forame mentoniano, aí então
nem se fala. Pergunta. Para uma intervenção nos molares inferiores que requeira
anestesia da gengiva vestibular, como se deve proceder? Escreva sua resposta abaixo e
compare com a resposta dos autores.

Resposta dos Autores


Muito bem. Se você já passou pelos estudos dirigidos do nervo trigêmeo 1 e 2, pode
tentar responder os testes gerais sobre nervo trigêmeo (Nervo trigêmeo (3))

Estudo dirigido sobre


NERVO TRIGÊMEO (3)

(tenha à mão o livro Anatomia Facial com Fundamentos de Anatomia Geral, 3 ª


edição; é fundamental que o internauta tenha concluído os estudos dirigidos do nervo
trigêmeo 1 e 2)
Começamos o teste com uma revisão. Você obterá as respostas passando o cursor
sobre o sinal de interrogação (?), mas faça isto apenas após meditar e reponder
(escrevendo), caso contrário o teste não ajudará seu aprendizado!
1ª pergunta: Quais são as estruturas inervadas pelos nervos alveolares superiores
anteriores? Antes de responder, pense no seguinte:
a) a origem aparente dos nervos alveolares superiores anteriores é a seguinte:

?;
b) os referidos nervos percorrem um trajeto descendente na parede anterior do seio
maxilar e, portanto, vão ao encontro dos dentes anteriores, emitindo os seguintes ramos:

?;
c) entretanto eles não emitem ramos gengivais (somente para a papila interdental).
Assim sendo, para a exodontia do incisivo lateral superior, além dos alveolares

superiores anteriores, o(s) seguinte(s) nervo(s) deve(m) ser anestesiado(s):

?e ?.
Agora responda a 1ª:

?
. 2ª pergunta: Na exodontia do segundo molar superior, quais nervos devem ser
anestesiados?
Antes de responder, pense no seguinte:
a) os nervos alveolares superiores posteriores têm origem aparente no nervo

b) e quando chegam à tuberosidade da maxila, penetram nos forames ?;

c) a partir daí seguem para baixo e para a frente pelos canais ? na parede do
seio maxilar;

d) nessa direção, encontrarão os dentes ? e seus tecidos de suporte. Os


alveolares superiores posteriores também dão inervação à gengiva vestibular dos
molares com seu ramo gengival.
Agora responda a 2ª pergunta

:?
.
3ª pergunta: O nervo nasopalatino deve ser anestesiado antes de um preparo cavitário
profundo no incisivo lateral superior?
Antes de responder, pense no seguinte:
a) o nervo nasopalatino percorre o seguinte trajeto:

?;

b) e aparece na cavidade bucal pelo forame ?,


c) que se localiza

?;
d) as estruturas inervadas por ele são:

?.
Agora responda a 3ª pergunta

?
4ª pergunta: Na exodontia do primeiro molar superior, o nervo palatino maior deve ser
anestesiado?
Antes de responder, pense no seguinte:

a) o nervo palatino maior tem origem anatômica a partir do nervo ?;

b) e aparece no palato passando pelo ?, forame este que é o melhor local


para a punção da agulha;
c) as estruturas inervadas pelo nervo palatino maior são:

?.
Agora responda a 4ª pergunta

?
5ª pergunta: Quais são as estruturas que ficam insensibilizadas após a infiltração
anestésica do nervo alveolar inferior?
Antes de responder, pense no seguinte:

a) o nervo alveolar inferior penetra no ? e percorre o ? , dando


ramos dentais e peridentais;
b) o nervo mentoniano, que é ramo do alveolar inferior, inerva

?
c) com essa anestesia, a gengiva vestibular dos molares inferiores também fica
insensibilizada? Por quê?

?;
d) qual é o nervo responsável pela inervação da mucosa e do periósteo da área lingual

do processo alveolar mandibular? ?.


Agora responda a 5ª pergunta.

Preencha os espaços com as letras de A a E, de acordo com o seguinte código:


A - Asserção correta, razão correta, justificando a asserção
B - Asserção correta, razão correta, porém não justificando a asserção
C - Asserção correta, razão incorreta
D - Asserção incorreta, razão correta
E - Asserção e razão incorretas
Depois, passe o cursor sobre o sinal de interrogação (?) para conferir a resposta

1 A exodontia exige anestesia não somente do dente, mas também de suas gengivas
vestibular e lingual porque elas são inervadas e são separadas do dente
(sindesmotomia) no transcorrer da cirurgia.

2 Os nervos alveolares (todos) sempre enviam ramos gengivais porque a gengiva


vestibular em torno dos dentes anteriores inferiores é suprida pelo nervo mentoniano,
ramo do nervo alveolar inferior; e a gengiva vestibular dos molares superiores é suprida
pelo ramo gengival dos nervos alveolares superiores posteriores.

3 A anestesia dos nervos alveolares superiores posteriores promove a insensibilidade


dos dentes molares superiores porque esses nervos enviam o ramo gengival para a
gengiva dos molares superiores.
4 Os dentes molares superiores são inervados pelo nervo maxilar porque os nervos
alveolares superiores posteriores são ramos do nervo maxilar.

5 O nervo alveolar superior médio está ausente em 30% dos casos porque os nervos
alveolares superiores anteriores e posteriores cobrem o território dele nesses casos de
ausência.

6 Anestesia aplicada na tuberosidade da maxila insensibiliza não somente os dentes


molares, mas a sua gengiva vestibular também porque os nervos alveolares superiores
posteriores, antes de seu trajeto intra-ósseo, envia um ramo extra-ósseo para essa
gengiva.

7 Se uma osteotomia (secção de osso) for realizada, somente os tecidos moles devem
ser anestesiados porque osso não é inervado.

8 O nervo palatino maior não precisa ser anestesiado na exodontia do primeiro molar
superior porque ele inerva o palato duro e não a gengiva lingual desse dente.

9 Na exodontia do segundo premolar superior, após a anestesia dos nervos


alveolares superiores anteriores, infra-orbital e nasopalatino, o paciente sentiu dor na
gengiva lingual durante a sindesmotomia porque o nervo palatino maior não fora
anestesiado.

10 Durante a apicectomia (cirurgia de acesso vestibular para secção e remoção do


ápice da raiz do dente) do canino superior, o nervo nasopalatino, a rigor, não precisa ser
anestesiado porque essa cirurgia pode ser feita apenas pelo lado vestibular.

11 A anestesia do primeiro premolar superior não pode ser feita via forame infra-
orbital porque no canal infra-orbital somente os nervos alveolares superiores anteriores
destacam-se do nervo infra-orbital.

12 Após a anestesia terminal infiltrativa dos nervos alveolares superiores anteriores


para a extração do incisivo central, é necessário complementar a anestesia diretamente
na gengiva vestibular porque os ramos terminais do nervo infra-orbital inervam a
gengiva vestibular desse dente.

13 O nervo bucal deve ser anestesiado previamente a uma biopulpectomia (remoção


de polpa viva) do segundo molar inferior porque ele participa da inervação desse dente.

14 Para a extração de um segundo molar inferior é necessário anestesiar apenas os


nervos alveolar inferior e bucal porque o alveolar inferior inerva o dente e o bucal
todos os tecidos de suporte desse dente.
15 Em todas as cirurgias e preparos cavitários profundos dos dentes inferiores, o
nervo lingual deve ser anestesiado porque ele envia ramos gengivais para toda a
gengiva lingual dos dentes inferiores.

16 A anestesia da gengiva vestibular para a extração do segundo molar inferior é


necessária porque o nervo bucal é ramo motor do nervo mandibular.

17 O nervo mentoniano não inerva dentes porque ele é nervo motor.

18 Se durante a extração do segundo molar inferior, após a anestesia dos nervos


alveolar inferior, lingual e bucal, a cirurgia torna-se complicada e for preciso recorrer à
osteotomia (secção de porções do osso alveolar), não é necessário anestesiar nenhum
outro nervo porque esse osso é inervado por ramos peridentais do nervo alveolar
inferior.

19 A anestesia terminal infiltrativa da gengiva lingual de um dente inferior deve


sempre ser feita após a anestesia do nervo alveolar inferior porque por meio desta
técnica fica anestesiado também somente o nervo milo-hióideo e não o nervo lingual.

20 O nervo alveolar inferior, tal como o nervo mandibular, é misto porque além de
fornecer vários ramos sensitivos, fornece um que inerva músculos.

O osso occipital...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

articula-se com o atlas pelo côndilo occipital, acima (na base) do qual se acha um
canal que é atravessado pelo nervo hipoglosso.

forma com o temporal o canal carótico, por onde passa a artéria carótida interna.

é o único osso do crânio que possui uma parte escamosa (escama).

apresenta duas linhas nucais inferiores, em cuja confluência se encontra a


protuberância occipital externa.

Digite as palavras que faltam para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário

Pela estrutura anatômica apontada, conhecida como , passa o ,


que é responsável pela sensibilidade da pele do mento, da mucosa e pele do lábio
inferior e da mucosa e gengiva vestibular dos dentes anteriores.
No osso temporal...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

há uma eminência articular limitada medialmente pela espinha do esfenóide.

há um forame oval, por onde passa o nervo mandibular.

encontra-se uma das paredes da fossa infratemporal.

não passa nenhuma veia emissária.

Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário
A glândula submandibular encontra-se alojada em uma fossa rasa, mal demarcada,
fóvea subman

conhecida como .
A maior espessura do osso compacto da mandíbula é encontrada...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

no processo alveolar.

no processo coronóide.

no ângulo da mandíbula.

Nenhuma das alternativas acima.

Parte inferior do formulário

Os ossos nasais...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

situam-se entre os processos frontais da maxila.

não se articulam com o osso etmóide.

articulam-se entre si e com os ossos próximos por todas as suas bordas.

ao se articularem com o osso frontal apresentam uma depressão, a glabela.


Parte inferior do formulário

Os ossos pneumáticos...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário
possuem abundante substância óssea esponjosa.

possuem espaços aéreos em seu interior.

são encontrados tanto no esqueleto axial, quanto no apendicular.

possuem metáfise na fase do crescimento humano.


Parte inferior do formulário

Selecione Verdadeiro ou Falso: A hidroxiapatita de Cálcio é um dos componentes de


todos os tecidos mineralizados do corpo, tanto do osso, como do esmalte e da dentina.
Parte superior do formulário

Verdadeiro

Falso

Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário

A estrutura apontada pela seta, conhecida como , localiza-se lateralmente


ao forame jugular e, juntamente com o processo mastóide, delimita o forame
estilomastóideo.

Sistema Esquelético:
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

O sistema esquelético é o conjunto de ossos e cartilagens que tem como função


apenas proteger os órgãos internos e permitir a realização de movimentos.

A quantidade de minerais existentes nos ossos é sempre a mesma.

Um terço do osso adulto é formado por matriz orgânica fibrosa mais substância
fundamental, enquanto que os dois terços restantes são constituídos por sais
inorgânicos.

A combinação do arcabouço orgânico com sais inorgânicos aumenta a resistência


óssea. A porção orgânica resiste às forças de compressão, enquanto que a parte
inorgância oferece resistência às forças de tensão.

A cavidade nasal...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

ou abertura piriforme é a mesma coisa.

possui um septo nasal formado pelo osso vômer.

comunica-se com a fossa pterigopalatina através do ducto lacrimonasal.

apresenta no soalho, ao lado do septo nasal, as aberturas superiores dos canais


incisivos.
Sistema Esquelético:
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

O sistema esquelético é o conjunto de ossos e cartilagens que tem como função


apenas proteger os órgãos internos e permitir a realização de movimentos.

A quantidade de minerais existentes nos ossos é sempre a mesma.

Um terço do osso adulto é formado por matriz orgânica fibrosa mais substância
fundamental, enquanto que os dois terços restantes são constituídos por sais
inorgânicos.

A combinação do arcabouço orgânico com sais inorgânicos aumenta a resistência


óssea. A porção orgânica resiste às forças de compressão, enquanto que a parte
inorgância oferece resistência às forças de tensão.
Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.
Parte superior do formulário
espinhas pala

Na frente do forame palatino maior, pequenas proeminências, as ,


circunscrevem dois ou mais sulcos palatinos, de direção ântero-posterior.

Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário

A é palpável nas
pessoas, tornando-se um ponto
de referência para as anestesias
dos nervos alveoloares
superiores médio e
posteriores.
Os ossos constituintes da perna, coxa, quadril, braço e antebraço são, respectivamente:
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

tíbia e fíbula; fêmur; íleo, ísquio e púbis; úmero; ulna e rádio.

fêmur e tíbia; fíbula; íleo, ísquio e púbis; ulna; úmero e rádio.

fêmur; tíbia e fíbula; ísquio e púbis; rádio; ulna e úmero.

fíbula; tíbia e fêmur; íleo e ísquio; úmero; ulna e rádio.

São encontrados na fossa posterior da base do crânio...


Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

seio sigmóide e forame redondo.

forame jugular e poro acústico interno.

canal óptico e fossa hipofisária.

canal do hipoglosso e fissura orbital superior.

Mandíbula e maxila.
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

Na mandíbula do adulto, o forame mentoniano acha-se localizado entre o primeiro e


o segundo pré-molares.

A maxila tem o seu processo alveolar invadido pela crista zigomático-alveolar.

A maxila mostra, na sua face anterior, a fossa canina localizada medialmente e


acima da eminência canina.

Borda anterior do ramo da mandíbula e linha oblíqua são a mesma coisa.

Os ossos ímpares do neurocrânio são:


Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

esfenóide, temporal, parietal e mandíbula.

occipital, frontal, mandíbula e esfenóide.


occipital, frontal, esfenóide e etmóide.

nasal, mandíbula, temporal e parietal.

O tecido ósseo é constituído de:


Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

dois terços de substância inorgânica.

noventa por cento de substância orgânica.

magnésio, sódio e flúor em grande quantidade.

nenhuma das alternativas acima.

O tecido ósseo é constituído de:


Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

dois terços de substância inorgânica.

noventa por cento de substância orgânica.

magnésio, sódio e flúor em grande quantidade.

nenhuma das alternativas acima.


O forame infra-orbital...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

e canal infra-orbital significam a mesma coisa.

e o sulco infra-orbital limitam (ficam em cada extremidade) o canal infra-orbital.

situa-se no extremo superior da eminência canina.

é palpável nas pessoas.

Digite as palavras que faltam para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário
A estrutura apontada,
conhecida como

, além de
separar as fóveas sublingual
e submandibular, presta

inserção ao .

Na órbita...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

a fissura orbital inferior separa as paredes medial e inferior.

o canal óptico dá passagem apenas ao nervo óptico.

a fossa da glândula lacrimal situa-se na porção ântero-medial do teto.

a fissura orbital superior dá passagem às veias oftálmicas e a alguns nervos


cranianos.

Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário
A pequena projeção óssea em forma de gancho que parte da lâmina medial do processo
hâmulo pterigó

pterigóide do osso esfenóide é conhecida como .


Sistema Esquelético:
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

O sistema esquelético é o conjunto de ossos e cartilagens que tem como função


apenas proteger os órgãos internos e permitir a realização de movimentos.

A quantidade de minerais existentes nos ossos é sempre a mesma.

Um terço do osso adulto é formado por matriz orgânica fibrosa mais substância
fundamental, enquanto que os dois terços restantes são constituídos por sais
inorgânicos.

A combinação do arcabouço orgânico com sais inorgânicos aumenta a resistência


óssea. A porção orgânica resiste às forças de compressão, enquanto que a parte
inorgância oferece resistência às forças de tensão.
Parte inferior do formulário

O processo alveolar...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

da maxila possui septos interradiculares e o da mandíbula não.

possui saliências vestibulares denominadas eminências alveolares, que são mais


salientes na maxila do que na mandíbula.

tem sua lâmina óssea alveolar vestibular ou externa mais espessa do que a lingual
ou interna.

tem os septos interradiculares mais altos do que os septos interalveolares.


Parte inferior do formulário
Digite as palavras que faltam para completar a seguinte frase.
Parte superior do formulário
As estruturas anatômicas
apontadas pela seta
prestam inserção aos músculos
não sei

e
não sei

, estando o
primeiro localizado
superiormente ao
segundo.

Parte inferior do formulário

Qual o nome da articulação entre os ossos parietais e occipital?

Selecione uma das alternativas:


Parte superior do formulário

sutura coronal

sutura escamosa

sutura sagital

sutura lambdóide
Parte inferior do formulário

O processo condilar da mandíbula...


Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário
presta inserção ao músculo temporal.

presta inserção ao músculo coronóide.

presta inserção ao músculo pterigóideo medial.

Nenhuma das alternativas anteriores.

O periósteo é...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

abundante nas superfícies articulares dos ossos.

o revestimento das trabéculas ósseas.

capaz de produzir tecido ósseo.

um ligamento ou tendão dos ossos e das articulações.

Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.


Parte superior do formulário
A tuberosidade da maxila é perfurada por dois ou três forames alveolares que se
nervo alveolar

continuam como canais e dão passagem aos nervos e vasos .


A fóvea pterigóidea...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

dá origem ao músculo pterigóideo medial.

presta inserção ao músculo pterigóideo lateral.

localiza-se na face medial do processo coronóide.

é uma depressão localizada entre as lâminas do processo pterigóide.

O processo alveolar...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

da maxila possui septos interradiculares e o da mandíbula não.

possui saliências vestibulares denominadas eminências alveolares, que são mais


salientes na maxila do que na mandíbula.

tem sua lâmina óssea alveolar vestibular ou externa mais espessa do que a lingual
ou interna.

tem os septos interradiculares mais altos do que os septos interalveolares.

O osso occipital...
Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário

articula-se com o atlas pelo côndilo occipital, acima (na base) do qual se acha um
canal que é atravessado pelo nervo hipoglosso.

forma com o temporal o canal carótico, por onde passa a artéria carótida interna.

é o único osso do crânio que possui uma parte escamosa (escama).

apresenta duas linhas nucais inferiores, em cuja confluência se encontra a


protuberância occipital externa.

Sobre o tecido ósseo...


Selecione uma das alternativas:
Parte superior do formulário
O osso é uma estrutura dinâmica. No processo de remodelação, há dois tipos
celulares envolvidos: os osteoclastos, responsáveis pela formação óssea, e os
osteoblastos, causadores da reabsorção do tecido ósseo.

A acentuada remodelação óssea exige que o osso seja vascularizado e inervado,


sendo que as artérias, veias, vasos linfáticos e nervos não penetram em seu interior.

O periósteo tem duas camadas: uma externa com tecido conjuntivo fibroso e outra
interna contendo nervos e células responsáveis pelo crescimento do osso em diâmetro.

Periósteo é a membrana que reveste o osso vivo em todas as suas superfícies,


prestando inserções a tendões e ligamentos.

Selecione Verdadeiro ou Falso: A substância óssea compacta é uma estrutura sólida,


sem espaços internos, que dá contorno ao osso. Já a substância óssea esponjosa é
constituída por trabéculas com pequenos espaços vazios entre si.
Parte superior do formulário

Verdadeiro

Falso

O osso zigomático...
Selecione uma das alternativas:
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ou arco zigomático é a mesma coisa.

possui um processo esfenoidal.

possui duas suturas em união com ossos próximos.

articula-se com a maxila e a sutura zigomático-maxilar resultante estende-se até a


margem infra-orbital; cerca de 7 a 8 mm abaixo desse ponto encontra-se o forame infra-
orbital.

O hâmulo pterigóideo...
Selecione uma das alternativas:
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é uma estrutura mediana e presta inserção ao músculo digástrico.

faz parte do osso esfenóide.

localizado lateralmente ao processo estilóide, presta inserção ao músculo elevador


do véu palatino.

é uma pequena elevação óssea localizada medialmente ao forame mandibular.

Digite a palavra que falta para completar a seguinte frase.


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A união das maxilas delimita uma saliência pontiaguda mediana conhecida como
espinha nasal

No osso temporal...
Selecione uma das alternativas:
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há uma eminência articular limitada medialmente pela espinha do esfenóide.

há um forame oval, por onde passa o nervo mandibular.

encontra-se uma das paredes da fossa infratemporal.

não passa nenhuma veia emissária.


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