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O livro analisa como o terceiro setor se consolidou no Brasil e como passou a liderar políticas sociais antes responsabilidade do Estado. O autor argumenta que o terceiro setor não representa de fato a sociedade civil e que sua atuação acaba por enfraquecer direitos sociais. Ele defende que é preciso fortalecer a consciência coletiva e ações solidárias para além de instituições.
Deskripsi Asli:
Resenha do livro "Terceiro Setor e Questão Social"
Judul Asli
RESENHA - Terceiro Setor e Questão Social Crítica Ao Padrão Emergente de Intervenção Social
O livro analisa como o terceiro setor se consolidou no Brasil e como passou a liderar políticas sociais antes responsabilidade do Estado. O autor argumenta que o terceiro setor não representa de fato a sociedade civil e que sua atuação acaba por enfraquecer direitos sociais. Ele defende que é preciso fortalecer a consciência coletiva e ações solidárias para além de instituições.
O livro analisa como o terceiro setor se consolidou no Brasil e como passou a liderar políticas sociais antes responsabilidade do Estado. O autor argumenta que o terceiro setor não representa de fato a sociedade civil e que sua atuação acaba por enfraquecer direitos sociais. Ele defende que é preciso fortalecer a consciência coletiva e ações solidárias para além de instituições.
Resenha Crtica do livro: Terceiro Setor e questo social: crtica ao padro emergente de interveno social Carlos Montao O livro Terceiro Setor e questo social: crtica ao padro emergente de interveno social foi escrito pelo professor Carlos Montao. A obra resultado de uma tese de doutorado que ele apresentou na Escola de Servio Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2001. Nela, o autor investiga como se consolidou o terceiro setor, qual a real situao em que ele se encontra e quais suas implicaes no meio social. O texto est dividido em introduo, dois captulos e concluso, e pensamento de autores como Marx, Tocqueville, Hayek e Habermas so explorados. Montao demonstra que h um discurso dominante sobre terceiro setor, e afirma que este no representa uma construo fsica real, mas sim uma edificao criada por nossas mentes. Para ele, existem ONGS e associaes, porm o que deve ser efetivo no terceiro setor so as aes solidrias presentes em uma sociedade civil, sem dependncia de qualquer instituio. Segundo o autor: Estudam-se as ONGs, as fundaes, as associaes comunitrias, os movimentos sociais, etc., porm desconsideram-se processos tais como a reestruturao produtiva, a reforma do Estado, enfim, descartamse as transformaes do capital promovidas segundo os postulados neoliberais. (p. 51). Ele se preocupa em destacar essas polticas neoliberais da sociedade, pois elas afastaram o Estado das responsabilidades sociais e das relaes de regulao entre capital e trabalho. Diante disso, o terceiro setor passou a liderar as polticas sociais que cabiam ao Estado, e muitas destas ONGS se usam da intitulao do terceiro setor para mostrarem que so bem intencionadas, anticapilistas e antiestatista e que trabalham para ajudar na diminuio da misria humana. No entanto, segundo ele, essa transferncia de responsabilidade social para o setor privado e filantrpico, contribui para provocar prejuzos econmicos a enormes parcelas das populaes at recentemente reconhecidas pelo estado como portadoras de direitos sociais. Em um segundo momento, o autor retoma a discusso que j havia abordado no comeo do livro, comentando o fato do termo terceiro setor no ser totalmente definido e esclarecido. Muitos autores referem-se a ele como
MONTAO, Carlos. Terceiro Setor e questo social: crtica ao padro emergente de
interveno social. 2 Edio. So Paulo: Cortez Editora, 2003
organizaes no-lucrativas e no-governamentais, instituies de caridade,
atividades filantrpicas, aes solidrias, aes voluntrias, e tambm como atividades pontuais e informais, mas o autor afirma que a maioria recebe verba do governo para realizar suas atividades. Por fim, Montao afirma que o Estado omite-se em suas responsabilidades sociais enquanto ajuda financeiramente algumas instituies do terceiro estado. Isso porque mais barato as ONGs prestarem servios precrios e pontuais populao, do que o Estado ser pressionado por populares e prestar servios de qualidade a ela. Alm disso, o autor alerta que se deve tomar cuidado ao pensar que o terceiro setor democrtico e eficiente, quando comparado ao Estado. Contudo, ele separa as ONGS que fazem parcerias com os movimentos sociais das que procuram substitu-los. Ele tambm reafirma que o terceiro setor existe, portanto, para se atarem os laos da solidariedade, e que para isso acontecer necessrio que se a populao dedique mais tempo a estas atividades. Assim, a conscincia coletiva e as aes provindas delas poderiam ser mais fortes do que o Estado. A leitura da obra imprescindvel, pois necessrio o conhecimento (no s como profissional da rea de jornalismo, mas principalmente como cidado) das manobras que o Estado utiliza atravs do terceiro setor que enfraquecem as polticas sociais e promovem o aumento na desigualdade social no pas.
MONTAO, Carlos. Terceiro Setor e questo social: crtica ao padro emergente de
interveno social. 2 Edio. So Paulo: Cortez Editora, 2003