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O capítulo descreve as estratégias defensivas do subproletariado contra a doença e o trabalho, como a vergonha em buscar tratamento médico por medo de ficarem incapazes de trabalhar. Também discute as estratégias individuais de trabalhadores "taylorizados" para regular a relação com o trabalho exaustivo e manter a saúde, e como o trabalho repetitivo causa sofrimento pela injunção despersonalizante.
O capítulo descreve as estratégias defensivas do subproletariado contra a doença e o trabalho, como a vergonha em buscar tratamento médico por medo de ficarem incapazes de trabalhar. Também discute as estratégias individuais de trabalhadores "taylorizados" para regular a relação com o trabalho exaustivo e manter a saúde, e como o trabalho repetitivo causa sofrimento pela injunção despersonalizante.
O capítulo descreve as estratégias defensivas do subproletariado contra a doença e o trabalho, como a vergonha em buscar tratamento médico por medo de ficarem incapazes de trabalhar. Também discute as estratégias individuais de trabalhadores "taylorizados" para regular a relação com o trabalho exaustivo e manter a saúde, e como o trabalho repetitivo causa sofrimento pela injunção despersonalizante.
de Psicopatologia do Trabalho, 1992. 5 Edio. Captulo 1 - As estratgias defensivas Durante o desenvolvimento desse captulo Dejours descreve as ideologias defensivas e para isso utiliza o caso do subproletariado, que definido como aquele que habita as zonas periurbanas. Essa populao caracterizada pelo o no-trabalho ou subemprego, onde a misria traduz o pensamento social dominante na poca (sculo XIX), mas no d conta da vivncia partilhada pelos homens do subproletariado. A autora descreve toda estrutura familiar no qual se inseri o subproletariado, onde as principais caractersticas so: grande nmero de filhos, entre 8 a 10 filhos; casais frequentemente separados, jovens pouco escolarizados e posteriormente marginalizados, crianas de baixa estaturas e desenvolvimento precrio, alm de uma alta incidncia de doenas entre os mesmos. A respeito da relao da doena com o trabalho, notria a vergonha do subproletariado quando apresenta alguma patologia, quando o mesmo se recusa a buscar ajuda mdica, no sentido de que, o mdico revele diversas patologias, antes desconhecidas por eles, que quando diagnosticadas afetam o nimo do subproletariado, tornando-o vulnervel as doenas.Para exemplificar eles citam a seguinte frase: quando a gente est sem nimo, a gente no pode sarar. Para essas pessoas sarar somente no sofrer, seja quando o sintoma de enfermidade desaparea ou que se consiga domesticar a dor. Dessa forma, deve-se avaliar, tambm, a condies financeiras precrias nas quais eles sobrevivem, pois a negao ao tratamento mdico refere-se, tambm, ao medo de tornarem-se incapazes de realizar o trabalho, porque o corpo seu principal instrumento de sobrevivncia. notrio que o trabalho atravessa profundamente a vivncia da doena, a tal ponto que a falta de trabalho torna-se um sinnimo de doena. Portanto, a ideologia da vergonha erigida pelo subproletariado no visa doena como tal, mas a doena como impedimento ao trabalho. Relata-se, durante o captulo, sobre a funo da ideologia defensiva e quando analisamos sua finalidade percebemos que consiste em manter distncia o risco de afastamento do corpo ao trabalho, e consequentemente, misria, subalimentao e morte. Quando essa ideologia defensiva falha, a ansiedade relativa sobrevivncia, que antes era compartilhada de forma coletiva, passa a ser individual, o que acarreta diversas consequncias, entre elas o alcoolismo. Logo depois, Dejours escreve sobre Os mecanismos de defesas individuais contra a organizao do trabalho. Nesse momento, ele cita o trabalho taylorizado que caracterizado pela organizao extremamente rgida, o objetivo desse sistema o aumento da produtividade. Por isso, ele considera como vadiagem no local de trabalho no s os momentos de
repouso do trabalhador, mas, tambm, as fases em que o trabalhador diminui o
ritmo de trabalho. Essa reduo de ritmo refere-se estratgia defensiva individual, na qual a relao homem-trabalho regula-se a fim de assegurar a continuidade da tarefa e a proteo da sade do trabalhador. Com a operacionalizao do trabalhador, rgida hierarquizao e extrema vigilncia, o trabalho taylorizado influencia muito mais a diviso entre os indivduos do que a unio. Por esse motivo, uma vez desestruturada a coletividade operria e quebrada a livre adaptao da organizao do trabalho s necessidades do organismo, s restam corpos desprovidos de toda iniciativa, conhecidos como operrios macacos de Taylor, que eram treinados, com o objetivo de condicionar a fora potencial,que no mais possuam, com a forma humana. Sendo assim, o prprio Taylor anuncia: a multiplicao das relaes operrio-empregador vem acompanhada de uma simplicidade em conceber o homem ao trabalho. E ento, devem-se analisar os efeitos do trabalho repetitivo sobre a atividade psquica. Nesse contexto, visvel o choque entre um indivduo, dotado de uma histria personalizada, e a organizao do trabalho, portadora de uma injuno despersonalizante, emergindo assim a vivncia e o sofrimento entre ambos. A autora cita que numerosos casos pessoais mostram que certos trabalhadores, desgastados por problemas pessoais, familiares e materiais, entregam-se brutalmente a uma cadncia desenfreada para esquecer as dificuldades durante o tempo de trabalho. Ao contrrio, outros, s sobrevivem ao trabalho repetitivo graas autonomia mental que eles conseguem conservar, mesmo na fbrica. Na anlise do uso do tempo fora do trabalho citada a distncia da coletividade dos trabalhadores, como permanncia do sistema defensivo, fortemente individualizado, mesmo com as prticas paternalistas, em vigor no comeo do sculo, relativas formao de equipes esportivas dentro das empresas. E por fim, sobre a contaminao do tempo fora do trabalho, muitos autores defendem a contradio entre a diviso dos tempos de trabalho e tempo livre de um lado, e a unidade de pessoa do outro lado. Ou seja, eles defendem que o homem no pode ser dividido em metade produtora e uma metade consumidora, sendo assim, conclui-se que o homem condicionado ao comportamento produtivo dentro da fbrica e, fora dela, conserva o mesmo comportamento. Questionamento Considerando as anlises a respeito das estratgias defensivas no ambiente de trabalho, questiono-me sobre, como essas estratgias de defesas podem funcionar nas organizaes atuais, no sentido de que as mesmas apresentam uma estrutura, muitas vezes, pouco hierarquizada e com uma cultura de maior mobilidade interna.