O conceito de causalidade tem sido profundamente modificado ao longo da histrias da
humanidade. De fato, muitas idias prevalecem a cada perodo da histria, todavia nenhuma encontrou embasamento cientifico capaz de garantir-lhe a hegemonia. No inicio da era bacteriolgica a teoria da uni-causalidade teve sua grande poca. Com o apoio oferecido pela descoberta dos agentes vivos especficos de doenas, os chamados agentes etiolgicos, seus adeptos imaginavam que, uma vez identificados esses agentes e os seus meios de transmisso, os problemas de preveno das doenas correspondentes estariam resolvidos, deixando cair no esquecimento os demais determinantes causais, relacionados ao hospedeiro e ao ambiente. A observao cautelosa, no decorrer do tempo, veio demonstrar que tal conceito, embora parcialmente embasado, no era suficiente para justificar, de forma definitiva, a ocorrncia de doenas. Realmente, apesar de muitos agentes biolgicos de doenas serem imprescindveis para a ocorrncia do agravo da sade, sua presena nem sempre suficiente para desencadear o processo-doena. Na atualidade prevalece o conceito de multi-causalidade: a doena um processo para qual concorrem mltiplas causa, entendendo-se como causa, inanimado, cuja presena ou ausncia possa, mediante ao efetiva sobre um hospedeiro suscetvel, construir estmulos para iniciar ou perpetuar um processo-doena e com isso afetar a freqncia com que uma doena ocorre numa populao. Natureza biolgica, fsico-mecanica, qumica e psicossocial A origem em endgena ou intrnseca e exgena ou extrnseca. O efeito existe mais freqentemente quando a causa est presente que quando ela est ausente. Postulados de EVANS, estabelecimento das relaes de causalidade. Postulado de Evans a) A proporo de indivduos com a doena deve ser significadamente maior no grupo dos expostos suposta causa que no grupo no oposto, mantido como controle; b) Quando todos os demais fatores de risco forem mantidos constantes, a exposio suposta causa deve estar presente, mais freqentemente, naqueles indivduos afetados pela doena que nos demais no afetados; c) Em estudo prospectivos, o nmero de novos casos da doena deve ser significadamente maior naqueles indivduos expostos suposta causa que nos outros no expostos; d) Aps a exposio suposta causa, a distribuio temporal da doena deve oferecer um perfil da curva normal em consonncia com o seu perido de incubao; e) Um espectro de flutuao da resposta do hospedeiro, oscilando desde os quatros suaves aos mais severos, deve suceder a exposio suposta causa, assegurado o gradiente de lgica biolgica;
f) Uma resposta mensurvel do hospedeiro (anticorpos, clulas cancerosas etc) deve
aparecer, regularmente, aps a exposio suposta causa, em indivduos que no apresentavam tal resposta antes da exposio e, naqueles j reagente por ocasio, tal reao deve ser aumentada. Esse perfil de resposta no deve ocorrer em indivduos no expostos a aludida causa; g) A reproduo experimental da doena deve ocorrer com maior freqncia em indivduos apropriadamente expostos suposta causa que naqueles a ela no expostos (controles). Essa exposio pode ser deliberada, em voluntrios, induzida experimentalmente, em laboratrio ou demonstrada em voluntrios, em observaes controlada de exposio natural; h) A eliminao ( por exemplo remoo de um agente infeccioso especfico) ou a modificao ( decorrente da alterao da dieta deficiente), da suposta causa deve reduzir a freqncia de ocorrncia de doena; i) A preveno ou modificao da resposta do hospedeiro (por exemplo, imunizao desse ou o emprego do fator especfico de transferncia linfocitria) deve reduzir ou eliminar ou eliminar a doena que ocorre normalmente como conseqncia da exposio suposta causa; j) Todas as relaes e associaes devem ser biolgica e epidemiolgicamente confiveis.
Mtodo por ele utilizado
Significncia estatstica constitui valioso instrumento de deciso epidemiolgica na preveno de doenas.
Resenha Crítica Dos Artigos Científicos Intitulados Considerações Especiais Na Prevenção de Doenças Cardiovasculares Nas Mulheres (2022), Das Autoras Gláucia Maria Moraes de Oliveira e Nanette Kasss Wenger _ “Carga de Doen