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MODELO DE ARTIGO

INSIRA AQUI O TÍTULO DO SEU ARTIGO: insira aqui o sub-


título se houver

Insira aqui os nomes completos dos autores e orientador, seguido do


nome da Instituição, empresa ou cargo exercido respectivamente.
Insira um e-mail para contato.

O Título deve ser digitado em letras maiúsculas, separado do sub-título por” :”


quando houver. O(s) nome(s) completo(s) do(s) autor e orientador deve(m) ser
digitados separados do título por um espaço, seguindo da instituição de origem,
atividade ou cargo exercido e 01 (um) e-mail para contato, que poderá ser do
orientador ou do aluno líder do grupo; Cada resumo expandido deverá ser digitado
entre três e cinco folhas no tamanho A4, com margens de 2,5 cm nos quatro
cantos e o alinhamento deve ser justificado. O texto deve ser digitado em
espaçamento 1,5. O resumo expandido não pode ultrapassar cinco laudas. O texto
deverá ser digitado em fonte Times News Roman, tamanho 12 em Word for
Windows.

Introdução

Na introdução deve-se expor a finalidade e os objetivos do trabalho de modo que o


leitor tenha uma visão geral do tema abordado. De modo geral, a introdução deve
apresentar o assunto objeto de estudo, o ponto de vista sob o qual o assunto foi
abordado, trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema e as justificativas que
levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa e o objetivo pretendido.

Referencial Teórico

Revisão da literatura com vistas a contextualizar e fundamentar o tema, o


problema de pesquisa e os objetivos a serem trabalhados. E utilizada uma
seqüência informativa (clareza e relevância) e uma seqüência argumentativa.
Utilizar a NBR 10520(2002) para as citações. As ilustrações (quadros, figuras, fotos
etc), devem ter uma numeração seqüencial. O título e a fonte das ilustrações
devem ser colocados na sua parte inferior. As tabelas devem ter um número em
algarismo arábico, seqüencial, inscritos na parte superior, à esquerda da página,
precedida da palavra Tabela. As tabelas devem conter um título por extenso,
inscrito no seu topo da para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo.

Metodologia

Seqüência descritiva (veracidade da informação) e seqüência argumentativa


(reflexão sobre escolhas metodológicas). Nesta sessão, o aluno precisa definir o
tipo de pesquisa e os procedimentos metodológicos (Amostra, Instrumentos de
Coleta de Dados e Classificação dos Dados).

Resultados

Elemento não necessário quando a pesquisa corresponder a um trabalho


bibliográfico. Seqüência informativa (clareza e relevância) e uma seqüência
descritiva (veracidade da informação). Seqüência argumentativa onde serão
discutidos/refletidos os resultados encontrados e a relevância deles para a
construção do conhecimento

Considerações Finais

Parte final do texto onde se apresentam as considerações finais correspondentes


aos objetivos que partem do problema. Compreende uma seqüência descritiva e
informativa, onde são sumariados os principais resultados encontrados (tudo isso à
luz da Introdução). Espera-se também que neste momento, seja feita uma auto-
crítica em relação ao Estudo como um todo. As conclusões devem responder às
questões da pesquisa, correspondentes aos objetivos. Devem ser breve podendo
apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros.

Agradecimentos

Elemento opcional no artigo.

Referências

Elemento obrigatório. As referências constituem uma lista ordenada dos


documentos efetivamente citados no texto. (NBR 6023, 2003).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
INSTITUTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E GESTÃO
TÍTULO DO TRABALHO
Nome do Primeiro Aluno
Nome do Segundo Aluno
Orientador: Nome do Orientador
Resumo: Este documento apresenta instruções para a preparação e submissão do artigo
síntese do projeto final de graduação de Engenharia de Produção. A síntese é um artigo
que
tem formatação baseada nas exigências do Encontro Nacional de Engenharia de Produção
-
ENEGEP. As seguintes diretrizes devem ser seguidas: a) digite o corpo do texto em uma
única coluna; b) utilize um máximo de 15 páginas tamanho A4, cada qual com margem de
2,5
cm em todos os lados do texto (não inclua molduras ou números de página); c) use fonte
Times New Roman tamanho 12 pt em todo o documento; d) prepare um resumo com um
máximo de 200 palavras em itálico; e) use espaçamento simples e alinhamento justificado;
f)
referências devem ser citadas no formato autor (ano) e listadas em ordem alfabética no
final
do trabalho; g) as figuras incluídas devem ser de boa qualidade.
Palavras-chave: Primeira palavra, Segunda palavra, Terceira palavra (máximo de 5)
1. INTRODUÇÃO
O resumo do artigo deve apresentar uma visão geral do trabalho, com objetivos,
metodologia, algumas informações sobre a aplicação prática e conclusão.
A introdução do artigo deve conter de forma clara os objetivos do trabalho, bem como
as justificativas para a importância do tema desenvolvido. A introdução ainda deve
apresentar
de que forma o artigo está estruturado.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica deve apresentar um respaldo bibliográfico sobre o assunto do
projeto. A prioridade deve ser dada a artigos científicos, seguido de teses, dissertações e
livros, de acordo com as instruções do orientador.
2.1 Tamanho do trabalho
O trabalho completo, incluindo figuras e tabelas, deve ser limitado a 15 (quinze) páginas
em tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm). Atenda a esta limitação escrevendo de forma concisa e
não reduzindo figuras e tabelas a tamanhos que sacrifiquem o entendimento dos símbolos e
legendas nelas incluídos.
2.2 Formato de página
Cada página tamanho A4 deve ser configurada de modo a apresentar 2,5 cm de margem
em todos os lados do documento. Estas margens definem a área a ser impressa. Dentro
desta
área o texto deve ser formatado em uma única coluna. Não inclua moldura no texto nem
numeração de páginas.
2.3 Especificações gerais para a formatação do texto
O trabalho deve ser totalmente digitado em fonte Times New Roman tamanho 12 pt. Esta
diretriz inclui, portanto, o título do trabalho, títulos de seções e subseções, além do texto
normal do trabalho. Legendas de figuras e tabelas devem ter tamanho 10pt.
Título do trabalho: o título deve ser digitado em negrito, em letras maiúsculas, com
alinhamento centralizado, não devendo exceder 3 linhas. Respeite o número de
espaços de acordo com este modelo.
Títulos de seção: use somente dois níveis para subseções, conforme apresentado
nestas instruções. Digite o título das seções em letras maiúsculas, em negrito,
alinhado à esquerda. Inicie digitando sua identificação em algarismos arábicos,
seguida de um ponto, e então digite o título da seção conforme o espaçamento
apresentado neste modelo. Deixe duas linhas de espaço (12pt cada uma) acima e
uma linha de espaço (12 pt) abaixo deste título, para títulos de primeiro nível (1, 2 ,3
etc.). Para os títulos de segundo nível (2.1, 2.2, 3.1, etc.) somente a primeira letra do
título deve ser maiúscula, sendo todas em negrito, com o título alinhado à esquerda.
Inicie pela digitação de sua identificação (dois algarismos arábicos separados por
ponto), e então digite o título da seção. Deixe uma linha de espaço (12pt) acima e
abaixo deste título.
2.4 Equações, símbolos e unidades
As equações devem estar alinhadas conforme mostra a Eq. (1).
c
b
a
y
+
=
(1)
Numere as equações em seqüência com algarismos arábicos entre parênteses e alinhados
à direita. Deixe uma linha de espaço antes e depois de cada equação incluída. Sempre que
for
feita referência a uma equação no texto, deve ser escrito "Eq. (1)", exceto no início de uma
sentença, onde "Equação 1" deve ser usado.
Símbolos devem estar em itálico. Sua definição deverá ser feita quando mencionado pela
primeira vez no texto. Uma seção de definições de símbolos não se faz necessária. Os dados
constando no trabalho, inclusive aqueles em tabelas e figuras, devem estar
preferencialmente
em unidades do Sistema Internacional (SI). A vírgula deverá ser o separador entre a parte
inteira e a parte decimal de números fracionários.
2.5 Figuras e tabelas
Figuras e tabelas devem ser posicionadas o mais próximo possível de sua citação no
texto. Texto e símbolos nelas incluídos devem ser de fácil leitura, devendo-se evitar o uso
de
símbolos pequenos. Solicita-se a inclusão de ilustrações e fotos de boa qualidade.
A tabela deve ser apresentada como mostra a Tabela 1.
Tabela 1 – Exemplo de formatação de tabela.
Operário
Tempo
Equipamento
A
35 min
Aa
B
20 min
Bb
Figuras, tabelas e suas legendas deverão estar centradas no texto. Posicione a legenda
abaixo da figura, deixando uma linha de espaço entre elas (10 pt). Posicione o título de uma
tabela acima da mesma, também deixando uma linha de espaço entre eles (10 pt). Deixe
uma
linha de espaço (12 pt) entre a figura ou tabela e o texto subsequente.
Numere figuras e tabelas em seqüência usando algarismos arábicos (ex: Figura 1, Figura
2, Tabela 1, Tabela 2). A Figura 1 demonstra um exemplo.
Figura 1 – Exemplo de figura.
Fonte: Leal (2003).
2.6 Referências
Referências devem ser citadas no texto pelo sobrenome do autor (ano), no caso de início
ou meio da oração; ou (SOBRENOME, ano), no caso de final de frase. Por exemplo: “Em
um
trabalho recente, Kleijnen et al. (1999) propuseram…”. Neste caso têm-se mais de 3
autores.
Outro exemplo: “Recentemente Leal, Almeida e Montevechi (2008) sugeriram que…”.
Outro exemplo: “A modelagem conceitual é uma importante etapa em um projeto de
simulação (LAW e KELTON, 2000).
Referências devem ser listadas em ordem alfabética ao final do trabalho. Para cada
referência, faça o alinhamento como mostra este modelo. Toda referência incluída na lista
deve ter sido citada no texto e vice-versa.
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3. APLICAÇÃO PRÁTICA
Este item poderá ter nomes diferentes, como estudo de caso, caso analisado, de acordo
com o orientador. A metodologia poderá ser detalhada neste item ou em item específico,
novamente de acordo com o orientador.
3.1 Autorizações
Você é responsável por garantir o direito de publicar todo o conteúdo de seu trabalho.
Se o material com direitos autorais foi usado na preparação do mesmo, pode ser necessário
conseguir a autorização do detentor dos direitos para a publicação do material em questão.
No
caso de empresas envolvidas no estudo, peça autorização para divulgação do nome da
empresa e dos dados. Nesta seção também poderão ser incluídos reconhecimentos de apoios
recebidos de indivíduos e instituições (FAPEMIG, CNPq, por exemplo).
4. CONCLUSÕES
Este item deve apresentar de que forma os objetivos foram alcançados (ou não), destacar
alguns resultados e apresentar propostas de futuros trabalhos, dentro do tema em análise.
Outros itens podem ser inseridos no artigo, de acordo com o orientador.
REFERÊNCIAS
KLEIJNEN, J.P.C.; SANCHEZ, S.M.; LUCAS, T.W.; CIOPPA, T.M. State-of-the-Art
Review: A User’s Guide to the Brave New World of Designing Simulation Experiments.
Journal on Computing, v.17, n.3, p. 263–289, 2005.
LAW, A. M.; KELTON, W. D. Simulation modeling and analysis. 3.ed. New York:
McGraw-Hill, 2000. 760 p.
LEAL, F. Um diagnóstico do processo de atendimento a clientes em uma agência
bancária através de mapeamento do processo e simulação computacional. 224 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Itajubá,
Itajubá, MG, 2003.
LEAL, F.; ALMEIDA, D.A. de; MONTEVECHI, J.A.B. Uma Proposta de Técnica de
Modelagem Conceitual para a Simulação através de elementos do IDEF. In: Anais do XL
Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional, João Pessoa, PB, 2008.

MODELO DE ARTIGO ALUNO DE LETRAS

A GRAMÁTICA NORMATIVA E SUAS INCOERÊNCIAS

Publicado por Antônio Fernandes [antoniolf] em 07/4/2008 (2549 leituras)


Antônio Luiz Fernandes Silva
Aluno do quinto período
do Curso de Letras da
FUNEDI/UEMG.
RESUMO: A produção deste artigo visa à realização de uma avaliação, a respeito da
apresentação de itens lingüísticos e gramaticais feita pela gramática normativa,
feita através de um confronto entre a apresentação normativista do Português e a
verdadeira Língua Portuguesa em uso por parte dos falantes. Baseado nisso, visa-
se, também, debater as incoerências e falhas da gramática normativa, bem como
as possíveis alternativas para que sejam sanadas as citadas falhas.

PALAVRAS-CHAVE: Gramática normativa, Artificialismo lingüístico, Falhas,


Soluções, Objetivos, Debates, Teoria Gramatical

INTRODUÇÃO
Este artigo é resultado de uma discussão a respeito das formas de ensino da
gramática normativa, em especial das apresentações e delimitações de itens
inerentes à utilização desse manual nas aulas de Língua Portuguesa. Em um
primeiro momento, serão discutidos os itens gramaticais e a maneira pela qual
esses itens são apresentados e as possíveis falhas de apresentação desses tópicos.
Dentre as prováveis incoerências encontradas, o artigo se baseia em apresentar os
resultados de discussões promovidas nas aulas de Língua Portuguesa V a respeito
do Artificialismo Lingüístico e da Inconsistência Teórica presentes na gramática
normativa. Para tanto, serão confrontados exemplos das realidades normativa e
oral para que se comparem itens em sintaxe de colocação e transitividade verbal e
tentar propor soluções para controlar um provável processo de normativismo sem
controle.

Para que identificadas e diagnosticadas as falhas da gramática normativa citadas


neste artigo, foram tomados como suporte teórico para a produção deste trabalho
textos de Mário Perini, Sírio Possenti, Luís Carlos Travaglia e outros.

DESENVOLVIMENTO

- Artificialismo Lingüístico
A gramática normativa possui, em sua essência, o papel de prescrever as formas
de uso de uma língua. Porém, ela não apresenta seus itens de acordo com o uso
corriqueiro dessa língua por parte do povo. Tal fato se dá porque esse manual
considera como correta a variedade tida como culta e classifica as demais formas
de uso da língua como deformações da língua ou simplesmente desvios lingüísticos.
O ensino de Língua Portuguesa através somente da gramática normativa leva o
estudante a substituir suas concepções lingüísticas e passe a julgar errado e
incoerente o seu próprio modo de se comunicar, ou seja, o artificialismo lingüístico
se resume à pregação normativista de atividades lingüísticas que não condizem à
realidade lingüística dos falantes do Português.

Pode-se citar como exemplo de artificialismo lingüístico presente na gramática


normativa o uso e o posicionamento de pronomes oblíquos. Exemplo disso, o
poema a seguir.

Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da nação brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

Oswald de Andrade

De acordo com a gramática normativa, os pronomes oblíquos, em relação ao verbo,


podem assumir três posições:

• Próclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a


próclise, quando houver palavras atrativas antes do verbo, desde que entre a
palavra atrativa e o verbo não haja pausa marcada na escrita por sinal de
pontuação. São as principais palavras atrativas:

a) Palavras de sentido negativo.


- Ela nem se incomodou com meus problemas.

b) Advérbios.
- Aqui se tem sossego, para trabalhar.
c) Pronomes Indefinidos.
- Alguém me telefonou?

d) Pronomes Interrogativos.
- Que me acontecerá agora?

e) Pronomes Relativos
- A pessoa que me telefonou não se identificou.

f) Pronomes Demonstrativos Neutros.


- Isso me comoveu deveras.

g) Conjunções Subordinativas.
- Escrevia os nomes, conforme me lembrava deles.

• Ênclise: É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a


próclise e a mesóclise não forem possíveis. Vale ressaltar que, na linguagem culta,
considera-se errado iniciar frases com pronome oblíquo átono, já que, com o verbo
no início da frase, a posição correta do pronome é a ênclise:

1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.


Ex.: Quando eu avisar, silenciem- se todos.

2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.


Ex.: Não era minha intenção machucar- te.

3) Quando o verbo iniciar a oração.


Ex.: Vou- me embora agora mesmo.

4) Quando houver pausa antes do verbo.


Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo- me hoje mesmo.

5- Quando o verbo estiver no gerúndio.


Ex.: Recusou a proposta fazendo- se de desentendida.
Porém, ao contrário do que prega a gramática normativa, na linguagem popular, a
tendência é iniciar as frases pelo pronome oblíquo átono, como no trecho de uma
música popular abaixo:
“Me bate, me xinga
Me chama de bandido
Esquerda à direita
No pé do meu ouvido
Amor faça mais isso
Que aumenta ainda mais
A sensação...”
Edson e Hudson
• Mesóclise: É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto
que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no
mundo.
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.

Diante dos exemplos citados, pode-se concluir que as recomendações prescritas


pela gramática normativa a respeito da colocação pronominal não condizem com o
uso corriqueiro da língua. Essas regras estão, portanto, presas a artificialismos que
refletem em nossas sociedades através de equívocos graves como o preconceito
lingüístico, situação em que alguém é discriminado por ter sua forma de se
expressar classificada como errada ou desqualificada diante dos demais indivíduos.

- Normativismo sem controle


“(...) o gramático treinado sabe se uma palavra dada é um adjetivo ou um verbo
não por se referir a tais definições, mas praticamente da mesma maneira pela qual
todos nós ao vermos um animal sabemos se é uma vaca ou um gato”.
(JESPERSEN, 1924, p. 62)

Ao analisar o fato acima como realidade, a apresentação das normas que regem a
gramática tradicional tende a chocar estudantes e profissionais da lingüística já
que, ao longo de sua jornada, se descobrirá um desconhecedor das bases e razões
que fazem se definir um sujeito ou um verbo do modo que se faz atualmente.
Desse modo, as definições dos tópicos gramaticais são classificadas como confusas
por não traduzirem as regras regidas pelo uso real da língua.
Dentre as conseqüências do normativismo, pode-se citar a negação do conceito de
que a língua seria um organismo em constante evolução. O normativismo sem
controle faz com que a evolução lingüística seja atrofiada e impeça a evolução das
interações sociais lingüísticas.

- Inconsistência teórica
A principal preocupação da gramática normativa se resume em questões
morfológicas e sintáticas. De modo que, as questões lexicais acabam sendo
deixadas à parte. Um exemplo dessa inconsistência é o fato de se afirmar que há
voz passiva com o sujeito proposto em frases como abaixo onde, respectivamente a
primeira seria correta e a segunda incorreta:
Ex.: Alugam-se barracões. / Aluga-se barracões.
Outra ocorrência de inconsistência teórica ocorre na classificação dos verbos quanto
à predicação. De acordo com a gramática normativa, os verbos podem ser:
• Verbos intransitivos: Caso o verbo não requira objeto, ele é denominado verbo
intransitivo. Estes são verbos que possuem sentido pleno, completo, que não
precisam de um complemento, podendo constituir, sozinhos, o predicado.
Exemplos:
A minha amiga morreu.
O navio afundou.
• Verbos transitivos:
a) Transitivos diretos: quando exigem complemento, sem preposição obrigatória,
denominado objeto direto.
Exemplo: Luciana comprou livros. / Luciana = sujeito; comprou = verbo transitivo
direto; livros = objeto direto.
b) Transitivos indiretos: quando exigem complemento, com preposição obrigatória,
denominado objeto indireto.
Exemplo: Marina gosta de doces. / Marina = sujeito; gosta = verbo transitivo
indireto; de doces = objeto indireto.
c) Transitivos diretos e indiretos: quando possuem dois complementos, um sem
preposição, objeto direto, e outro com preposição, objeto indireto.
Exemplo: Marina ofereceu doces a Pedro. / Marina = sujeito; ofereceu = verbo
transitivo direto e indireto / doces = objeto direto; a Pedro = objeto indireto.

• Verbos de Ligação: são verbos praticamente semsignificado, que valem apenas


como elo de ligação entre o sujeito e o núcleo de um predicado nominal, o
predicativo do sujeito.
Exemplo: Maria é bonita. / Maria = sujeito; é = verbo de ligação; bonita =
predicativo do sujeito.

As classificações apresentadas, segundo a gramática normativa, foram feitas de


acordo com o fato de o verbo exigir ou recusar o objeto. Sendo assim, um verbo é
transitivo quando exige a presença de um objeto e intransitivo quando recusa essa
presença.

A inconsistência teórica existe, portanto, porque algumas construções lingüísticas


não correspondem às regras de classificação dispostas anteriormente. O sistema de
classificação citado não prevê lugar para verbos que possam ter ou não objeto
direto.

Segundo a gramática normativa, o verbo “comer” é transitivo direto, já que quem


come, come alguma coisa. Porém, há casos em que esse verbo assume papel de
intransitivo, dispensando o objeto direto.
Exemplos:
• Verbo “comer” como cita a gramática normativa
- Meu gato comeu todo o mingau.
(comer = verbo transitivo direto e mingau = Objeto direto.)
- Meu gato quase não come.
- Meu gato já comeu.
Nos dois últimos exemplos o verbo “comer” pode ocorrer sem objeto direto. A
gramática normativa explica que os verbos podem ocorrer opcionalmente com
complemento objetivo mudando o foco da transitividade quando não seria
propriedade os verbos, mas sim os próprios contextos ou de verbos em
determinados conceitos. Se, nesses casos, a gramática tradicional se baseia em
outro critério, de que serve então a classificação de acordo com a transitividade?
De acordo com Perini (2000), esse processo de mudança de foco deixaria em xeque
a noção de transitividade, uma vez que essa noção teria seu principio de exigência
ou recusa de objeto violado.

Para que os problemas referentes à inconsistência teórica relativa à classificação


verbal de acordo com a transitividade fossem sanados, Perini (2000) sugere a
inclusão de uma nova noção que seria chamada de “aceitação livre”. Nesse caso ou
os verbos aceitariam recusariam ou, então, aceitariam livremente o objeto direto.
Exemplos:
- Nascer = recusa objeto direto
- Fazer = Exige objeto direto
- Comer = Aceita livremente o objeto direto.

CONCLUSÃO
Com a produção deste artigo pudemos concluir que para que sejam sanados todos
os registros falhos da gramática normativa é preciso investir, antes tudo, no curso
superior de Letras. Precisamos que sejam formados profissionais de Língua
portuguesa que sejam estudiosos da língua e não tão somente preguem regras
arcaicas que, por sua vez, deveriam ser aperfeiçoadas por esses estudiosos de
acordo com o emprego real na oralidade popular. Somente com uma formação
voltada para o estudo da língua e suas variedades encontradas no real uso do
idioma é que se poderá construir um manual de Língua Portuguesa que se adéqüe
aos falantes desse idioma.

Feito em parceria com Luciano Roberto Lucas

BIBLIOGRAFIA

- JÚNIOR, Jurandir Marques Silva(UNINCOR)


http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-14.html

- MAIA, Olívia

http://www.verbeat.org/blogs/forsit/2005/04/como-assim-soci.html

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