Instituto de Linguagens
Disciplina: Literatura Brasileira II
Contedo: Poemas de Olavo Bilac ( selecionados)
Docente: Lvia Bertges
1) BILAC, Olavo. Poesias Infantis. RJ: Francisco Alves. 1929. (1880- 1910)
A Vida
Na gua do rio que procura o mar;
No mar sem fim; na luz que nos encanta;
Na montanha que aos ares se levanta;
No cu sem raias que deslumbra o olhar;
No astro maior, na mais humilde planta;
Na voz do vento, no claro solar;
No inseto vil, no tronco secular,
A vida universal palpita e canta!
Vive at, no seu sono, a pedra bruta...
Os Pobres
A vem pelos caminhos
Descalos, de ps no cho,
Os pobres que andam sozinhos,
Implorando compaixo.
Vivem sem cama e sem teto,
Na fome e na solido:
Pedem um pouco de afeto,
Pedem um pouco de po.
So tmidos ? So covardes ?
Tm pejo? Tm confuso ?
Parai quando os encontrardes,
E d-lhes a vossa mo !
Guia-lhes os tristes passos !
D-lhes, sem hesitao,
O apoio de vossos braos,
Metade de vosso po !
No receies que, algum dia,
Vos assalte a ingratido:
O prmio est na alegria
O Universo
(Parfrase)
A Lua:
Sou um pequeno mundo;
Movo-me, rolo e dano
Por este cu profundo;
Por sorte Deus me deu
Mover-me sem descanso,
Em torno de outro mundo,
Que inda maior do que eu.
A Terra:
Eu sou esse outro mundo;
A lua me acompanha,
Por este cu profundo...
mas destino meu Rolar, assim tamanha,
Em torno de outro mundo,
Que inda maior do que eu.
O Sol:
Eu sou esse outro mundo,
Eu sou o sol ardente!
O Rio
Da mata no seio umbroso,
No verde seio da serra,
Nasce o rio generoso,
Que a providncia da terra.
Nasce humilde, e, pequenino,
Foge ao sol abrasador;
um fio dgua, to fino,