No relatrio, o Ministro Ilmar Galvo sustenta que, no ponto indicado, em que se refere a
estabelecimentos privados, de ensino e sade, a referida lei inconstitucional, sob os
aspectos formal e material. No primeiro caso, por invadir rea institucional objeto de
disciplina do direito civil, de competncia legislativa inequvoca da Unio; e, no segundo,
por afrontar a garantia do direito de propriedade, firmada no art. 5, XXII, da Constituio.
Explica ainda o dito ministro, em seu voto, que contrariamente ao que se poderia supor no
pode ser confundida com limitao administrativa da espcie que sujeita o proprietrio urbano
observncia de posturas municipais ditadas por razes de interesse pblico, de natureza
urbanstica, sanitria ou de segurana.
As limitaes administrativas ao uso da propriedade particular, como se sabe, podem ser
expressas em lei ou regulamento de qualquer das trs entidades estatais, por se tratar de
matria de direito pblico. O essencial adverte Hely Meirelles (Dir. Adm. Brasileiro, 18 ed.,
pg. 539) que cada entidade, no impor a limitao, mantenha-se no campo de suas
atribuies institucionais.
Argumentos Favorveis
H o argumento de que a cobrana feita, pois muitos utilizam o estacionamento do
shopping indevidamente, ou seja, ocupam vagas do shopping e nem entram nele,
descaracterizando assim sua funo que deveria ser atender aos clientes do shopping. Partindo
dessa linha, os que defendem a cobrana dizem que ela benfica aos usurios do
shopping pois garantiria a eles a existncia de vagas sem maiores problemas.