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Escola Básica Padre Donaciano de Abreu Freire As duas Bonecas

ESCOLA BÁSICA JOSÉ FERREIRA PINTO BASTO


LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura Orientada - Compreensão da leitura 5º Ano
AS DUAS BONECAS
Lá longe, na Índia, havia um rei que tinha uma filha.
Ora o rei queria que a sua filha casasse com um homem de muito juízo. "O noivo da minha
filha" (dizia ele) "pode ser fidalgo, valente, bonito, rico – tudo isso será bom; mas mais que
tudo eu quero que o noivo da minha filha seja um homem de muito juízo e inteligente."
Um dia, o rei mandou fazer duas bonecas iguais – mesmo igualzinhas. As caras das duas
eram iguais, os corpos iguais, os tamanhos iguais, os vestidos iguais, tudo igual. Não se via
diferença: mesmo igualzinhas!
Depois, o rei mandou pôr as duas bonecas à porta do seu palácio. Um mensageiro avançou
por ordem dele, e gritou assim, para que todos ouvissem:
Olá! Oiçam todos o que eu vou dizer! Oiçam todos, e passem palavra do que vão ouvir! À
porta do palácio estão duas bonecas. O homem que for capaz de dizer em que é que as
bonecas não são iguais, casará com a nossa princesa, e virá um dia a ser o rei!
A notícia correu de terra em terra, e por toda parte se dizia o mesmo: "Casará com a
princesa, quem for capaz de descobrir em que é que as bonecas não são iguais!"
E desde então, de dia e de noite, passava gente de todas as partes para ver as bonecas.
Reis, príncipes, fidalgos, pastores, todos se punham a observar. Viam em cima, viam em
baixo, viam à frente, viam aos lados, viam atrás. Mas ninguém descobria a diferença.
– Não sei. Não vejo diferença – diziam todos. – Parecem iguais!
Uma manhã, apareceu um homem alegre, jovem, calmo e de olhos brilhantes. Tinha ouvido
falar do aviso do rei e queria ver as duas bonecas!
Durante muito tempo o jovem examinou as bonecas, mas também não via qualquer
diferença. Os olhos de uma eram iguais aos da outra; iguais as mãos, os braços, os pés, os
vestidos. Tudo igual!
Então o jovem saiu de ao pé das bonecas. Passeou, pensando, de um lado para outro lado.
Franziu os sobrolhos. Cruzou as mãos por trás das costas. Fechou os olhos. Inclinou a
cabeça...
De repente, lembrou-se de uma coisa. Foi ver as orelhas das duas bonecas. Viu também
as bocas.
Procurou depois qualquer coisa pelo chão, até que encontrou uma palhinha.
Meteu a palhinha por dentro do ouvido duma delas e foi sempre empurrando, até que viu
sair a outra ponta pela boca da boneca, ao meio dos lábios.
Puxou então por essa ponta, e assim tirou a palhinha cá para fora.
Foi depois à outra boneca – a da esquerda –, e meteu-lhe a palhinha para dentro do
ouvido. Foi sempre empurrando, mas a outra ponta da palhinha não lhe saía pela boca.
Empurrou mais. Não saía. Empurrou tudo até ao fim. A palhinha desapareceu. Tinha caído,
certamente, para dentro do corpo. Não havia passagem do ouvido para a boca.
Então, chamou um criado, e disse-lhe assim:
– Faça favor de dizer ao rei que lhe peço para falar sobre as bonecas. Já descobri o
segredo.
– Pode falar – disse - lhe o rei.
– Meu senhor – começou o jovem –, uma das bonecas é melhor que a outra, porque não
atira pela boca fora tudo que lhe entra pelos ouvidos; ao passo que a outra deixa sair pela

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boca tudo o que pelos ouvidos se lhe meter. Uma não repete, pois, tudo aquilo quanto ouve
dizer; a outra é linguareira e indiscreta.
– Ora até que enfim! – declarou o rei. – Tratemos de preparar a festa do noivado. Este
jovem tem juízo e vai casar com a minha filha!
E então é que foi trabalho, meus amigos, para os cozinheiros, os alfaiates, os criados e
toda a gente do palácio real!
E isso é que foi uma festa, a do casamento da filha do rei!

António Sérgio, “As Duas Bonecas”, in Os Conselheiros do Califa

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1. Responde no teu caderno diário, preenchendo os espaços em branco de acordo com o texto e
usando palavras dele retiradas.

1.1. Nessa terra vivia um … (1.1.) que queria encontrar … (1.2.) para … (1.3.) com a sua filha.

2. Retirando palavras do texto, caracteriza, segundo a opinião do rei, o noivo ideal para a sua
filha:
2.1.O noivo podia ser … (2.1.1), … (2.1.2.), … (2.1.3.) e … (2.1.4.). Mas acima de tudo deveria ser um
homem de … (2.1.5.) e … (2.1.6).

3. Utilizando números de 1 a 5, copia por ordem as diferentes atitudes que o rapaz tomou ao ver
as bonecas:
3.1. Cruzou as mãos por trás das costas.
3.2. Saiu de ao pé das bonecas.
3.3. Fechou os olhos e inclinou a cabeça.
3.4. Passeou, pensando, de um lado para o outro.
3.5. Franziu os sobrolhos.

A-Copia para a tua folha a resposta correcta. Lembra-te de que para cada pergunta só uma
resposta está certa.
4. Onde se passou a história?
4.1. No palácio do rei.
4.2. O texto não informa.
4.3. Na Índia.
4.4. Numa aldeia.
5. Qual era a condição exigida pelo rei para dar a sua filha em casamento?
5.1. Que o noivo fosse pobre.
5.2. Que o noivo fosse indiano.
5.3. Que o noivo descobrisse em que é que as bonecas eram diferentes.
5.4. Que a filha gostasse do noivo.
6. Onde mandou o rei colocar as duas bonecas?
6.1. No palácio.
6.2. Na escadaria do palácio.
6.3. O texto não informa.
6.4. À porta do palácio.
7. As bonecas eram verdadeiramente iguais?
7.1. Sim.
7.2. Não, porque uma delas era indiscreta.
7.3. Sim, porque o texto diz que elas eram iguaizinhas.
7.4. Não, porque era impossível fazer duas bonecas iguais.

8. O que fez o jovem depois de observar as bonecas. Completa de acordo com o texto e usando os
seguintes verbos: chegou, contava, dizer, encontrou, meteu, ouvia, pegou, sair, saiu.

O jovem ____________ numa palhinha que ____________ no chão. _____________ a

palhinha por dentro do ouvido de uma das bonecas. A palhinha ____________ pela boca da boneca.

Na boneca da esquerda, a palhinha nunca ____________ a ____________ cá para fora, sinal

de que ela não ____________ tudo o que ____________ _______________ .

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