Anda di halaman 1dari 4

Carta aos Estudantes do Brasil:

Só a luta Combativa e Anti-governista nos levará à vitória!

O
ano de 2010 se inicia e traz à to- de mão-de-obra para empresas e privati-
nos de desvios milionários de dinheiro pú-
na uma série de embates para os zação da educação, caminha a todo vapor,
blico para a iniciativa privada, na política de
estudantes brasileiros. É nesse perpetrada pela burguesia brasileira e o Go-
salvação do capitalismo. Apesar da crise não
sentido que a RECC - Rede Es- verno do PT. A Reforma Universitária e as
atingir intensamente o Brasil, aqui não foi di-
tudantil Classista e Combativa faz um cha- reformulações nacionais feitas no ensino
ferente. Lula concedeu isenção de impostos
mado a todos os estudantes proletários a médio através do PDE (Programa de Desen-
ao patronato do setor industrial, repasses via
cerrarem fileiras conosco para dar prosse- volvimento da Educação), Movimento Todos
BNDES, ao mesmo tempo em que realizou
guimento na luta contra as reformas neoli- Pela Educação e as políticas tiradas na CNE
corte de mais de 1 bilhão na educação.
berais na educação. Por isso, na atual con- (Conferência Nacional de Educação), apon-
Os partidos do bloco governista, atra-
juntura, é de extrema importância apontar tam para toda uma reformulação acadêmica
vés de suas centrais sindicais burocratiza-
claramente os caminhos para a construção que tem no novo ENEM e no Ensino Médio
das (CUT, CTB, Força Sindical), se alçaram
de um movimento estudantil independente e Inovador sua mais nova face da adequação
numa verdadeira campanha de salvação da
combativo e prosseguir a discussão da cria- do ensino a política do empresariado brasi-
ordem vigente, com a promoção de campa-
ção de um instrumento de luta para a classe leiro. Reformas estas que analisaremos nes-
nhas nacional-desenvolvimentistas, sabo-
trabalhadora. ta edição.
tagem das lutas locais e de reforço do Es-
tado Burguês como resposta a crise. Já os Todos estes ataques não poderiam es-
Crise do Capitalismo tar se realizando sem o braço do Governo
setores para-governistas (PSTU/PSOL) da
A partir da crise econômica mundial que Lula/PT no movimento estudantil: a UNE
CONLUTAS e da Intersindical, se mostraram
se instalou em 2008, resultado da quebra da (União Nacional dos Estudantes), que du-
débeis e ficaram a reboque da política do go-
bolsa de valores e da explosão da bolha imo- rante os últimos 8 anos demonstrou todo o
vernismo “sob os gritos de unidade” com a
biliária norte-americana, foram implementa- seu caráter reacionário e burocrático para
burocracia. Deste modo, ao contrário de im-
das pela burguesia mundial uma série de ata- o movimento. Defendeu as principais políti-
pulsionar uma luta combativa e independen-
ques e corte de direitos aos trabalhadores de cas neoliberais do governo, travestidas de
te dos trabalhadores, dissolveram seu pro-
todo o globo (demissões em massa, arrocho populistas, tanto na educação (via Reforma
grama e se imobilizaram nas grandes frentes
salarial etc.), visando recompor seus lucros Universitária: ProUni, ENEM, Reuni, Funda-
legalistas e atos unificados com o governis-
sobre as costas do proletariado, aumentan- ções), como no mercado de trabalho (Super
mo (Ato pela Redução da Taxa de Juros, A
do a exploração, e buscando gerar uma Simples, Reforma Sindical, Reforma da pre-
Vale é Nossa, Comitê pela Reestatização da
nova concentração de capital, através vidência), e não pode esconder as gordas
Embraer, Pre-sal tem que ser nosso etc.).
das mega-fusões, fortalecendo o ca- verbas que recebeu para tal serviço sujo
pitalismo ultra-monopolista. Ataques à educação e o Movimento (mais de 10 milhões). Por isso, a
Os governos de todo o mun- Estudanil RECC compreende que a ruptura
do, tendo a frente a política de Mas os ataques não param por e o combate às entidades gover-
Obama, saíram em defe- aí. A reestruturação produtiva,
sa dos bancos e das visando avançar no apro-
transnacionais, fundamento da for-
com pla- mação

AVANTE! - Boletim Nacional da RECC - Nº02 - Março de 2010 - redeclassista.blogspot.com - Página 01


nistas (UNE, CUT, CTB) é um passo essen- tes. Ao mesmo tempo, a ANEL já expressa cujo aborto deste casamento nada muda o
cial para o desenvolvimento de qualquer lu- em suas resoluções do CNE (Congresso Na- caráter reformista de sua política. Já o PSTU
ta no atual momento, ainda mais com uma cional de Estudantes) sua estratégia legalis- revela sua política também eleitoreira, anun-
possível vitória de Dilma Roussef (PT) nas ta para o próximo período, que consistirá em ciando ser as eleições o maior embate dos
eleições burguesas. apoiar PL’s (Projetos de Lei), Plebiscitos, trabalhadores para o próximo período.
Ao mesmo tempo, se faz necessário abaixo assinados e candidaturas parlamen-
analisar a recém criada ANEL - Assembleia tares para implementá-los, pois, na prática, a Conclusão e alternativas
Nacional de Estudantes Livre, que surge co- ação direta e as ocupações ficam relegadas A crise econômica mundial ainda não
mo resultado do recuo na linha do PSTU de a segundo plano; esta resolução fica clara possui futuro certo, podendo se agravar e
rompimento com a UNE e com governismo. na passagem: “ somente (sic) com um proje- gerando condições para uma quebra no
A dissolução da CONLUTE e da Conlutas to como o PL podemos alcançar a universi- consenso governista, da mesma forma que
(via fusão com a Intersindical), e a fundação dade que queremos”. não. Ainda assim, não podemos ficar reféns
da ANEL e da Nova Central, é uma decla- da política catastrofista das entidades e par-
rada adequação a linha para-governista do Eleições do regime tidos reformistas que esperam sentados o
PSOL. Basta ver que este último ainda pos- democrático-burguês desmoronamento do capitalismo, enquanto
sui todas as suas correntes estudantis den- 2010 enquanto ano eleitoral prepara ao mesmo tempo submetem as organiza-
tro da UNE e que suas correntes sindicais mais uma farsa da democracia burguesa pa- ções de luta dos trabalhadores ao legalismo,
induziram a adequação completa da Con- ra os trabalhadores. Os partidos reformistas ao eleitoralismo e ao governismo no Brasil.
lutas nas últimas lutas para a fundação da e eleitoreiros, a qual condicionam boa parte Essa política nos conduzirá a derrota.
nova central, em três pontos: 1) Participação de sua existência a participação na demo- Por isso a RECC entende que se faz
ativa na política de unidade com os gover- cracia burguesa, preparam mais uma vez o urgente e necessária para os estudantes e
nistas, já que Intersindical nunca se separou reforço das estruturas do Estado Burguês e trabalhadores do Brasil a reorganização de
definitivamente da burocracia da CUT; 2) as ilusões legalistas no seio do proletaria- um verdadeiro pólo anti-governista para as
Corte na participação estudantil e de setores do. O PT, da Dilma Roussef, abre sua fren- lutas contra os ataques que se esboçam pa-
do movimento popular na nova entidade, e; te eleitoral de colaboração de classe com ra o próximo período, sejam pelo imperialis-
3) Adequação a Reforma Sindical do Gover- apoio da burguesia brasileira organizada no mo ou pela burguesia nacional. Dessa forma,
no Lula, para angariar o aparato do imposto PMDB e demais siglas governistas (PDT, a Nova Central e sua linha para-governista
sindical. PPS etc.) e organiza seu apoio nas organi- representará um retrocesso para a luta dos
Este desvio político também conduziu zações de trabalhadores capitaneadas pela trabalhadores. Então, é imprescindível que
ao oportunismo e a debilidades práticas. Em CMS (MST, CUT, UNE). Oura sigla tradicio- se avance nesse momento na construção de
sua última plenária nacional realizada no nal da burguesia, o PSDB, que se diferencia plenárias de oposições e entidades de base
dia 30 de janeiro, em Salvador, a ANEL não apenas em grau do PT, aposta na eficácia de pró-movimento nacional de oposição sindi-
apresentou nenhuma política concreta para Serra para dar continuidade às políticas de cal, popular e estudantil, espaço que pos-
as reformulações e ataques da burguesia reestruturação neoliberal no país conduzida sa discutir a construção de uma verdadeira
brasileira na educação, não debatendo nada por Lula até agora. O PSOL veio a público Central de Classe, capaz de conduzir a lu-
sobre a luta contra o novo ENEM e as refor- nestas eleições apenas mostrar o quão lon- ta do proletariado através da ação direta de
mulações feitas pelo Ensino Médio Inovador, ge pode chegar seu oportunismo eleitoreiro, massas e independência do sindicalismo de
deixando um vácuo para a luta dos estudan- chamando uma aliança com o burguês PV, estado e das burocracias governistas. ■

Reorganizar o pólo anti-governista sindical, popular e estudantil!


Derrotar pela ação direta as reformas privatizantes na educação!

Debate em Porto Alegre: Mais um passo Desta forma, foram deliberadas atividades de agitação e propa-
ganda no que chamamos de “Semana Estudantil Classista e Combati-
na consolidação nacional da RECC. va”, a ser realizada na semana do Dia Nacional de Luta dos Estudantes,
28 de março. Esta data é marcada pela morte do estudante secunda-
No dia 28 de Janeiro de 2010, na cidade de Porto Alegre - RS, a rista Edson Luís de Lima Souto, assassinado a balas em 1968 pela
Rede Estudantil Classista e Combativa organizou, juntamente com o repressão policial da ditadura quando este participava da ocupação
Grêmio Estudantil Parobé-RS e as organizações Luta Marxista e União do Restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro. Foi encaminhado ainda
Popular Anarquista, um debate ampliado com o tema: “As Tarefas da que as entidades de base filiadas a RECC façam debates e mobiliza-
Luta Estudantil Combativa para 2010”. A reunião, realizada de forma ções pela pauta do Fim do Vestibular, além da importância de levan-
paralela e independente ao fórum social mundial, então em ocorrência, tarmos alta a bandeira da aliança operária-camponesa-estudantil, em
tinha como principal objetivo analisar a conjuntura e avançar o debate especial no 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores,
para consolidação de uma alternativa anti-governista, classista e com- convergindo na construção de um Movimento Nacional de Oposição,
bativa para o Movimento Estudantil, assim como apontar atividades e que combata o governismo e o reformismo e sirva de ferramenta para
campanhas a serem encaminhadas nacionalmente. a luta de nossa classe. ■

Edson Luís: Presente! Não esquecemos nem perdoamos!


Construir a Semana Estudantil Classista e Combativa!
AVANTE! - Boletim Nacional da RECC - Nº02 - Março de 2010 - redeclassista.blogspot.com - Página 02
Ensino Médio Inovador e Novo ENEM: Todo um discurso que vem sendo apresenta-
Ataques neoliberais à educação no Brasil do pelo governo e pela mídia a respeito do “fim do
vestibular” e da universalização do ensino através
O Programa “Ensino Médio Inovador” (EMI), O eixo trabalho, por exemplo, bastante enfati- do Enembular e do Ensino Médio Inovador, devem
que começa a ser aplicado no ano de 2010 em todo o zado no Documento Orientador do MEC, evidencia ser desmistificados. Primeiro, pois o fim do vestibular
país, após um processo atropelado de incorporação a postura neoliberal do governo ao firmar um com- real seria a garantia do acesso livre a todos os estu-
nas escolas, é um programa do governo federal que promisso com o mercado de trabalho, valorizando o dantes que concluíssem o ensino médio diretamente
vem diretamente atrelado ao novo modelo de acesso tecnicismo em detrimento da formação humana. Isso ao ensino superior, similar aos modelos da Argenti-
a universidade, o Novo Enem. O Enembular -como representa uma contradição entre os interesses dos na, México ou Canadá. Ou seja, o fim de prova clas-
denominamos- segundo análise feita em nosso últi- capitalistas e dos secundaristas e docentes do ensino sificatória e seletiva. Obviamente que isso deva vir
mo boletim, não representa o fim do vestibular, como médio. Na Portaria Nº 971 do MEC, que institui o EMI, acompanhado com a melhoria da aprendizagem no
mente o governo, muito pelo contrário, consegue ser vemos esta evidencia quando é previsto a existência ensino básico como um todo. Segundo, pois é dema-
ainda mais excludente que o seu antecessor. de articulação e parceria das redes de ensino público gógico o MEC falar em “universalização do ensino
No Enembular, realizado por uma prova nacio- com o chamado “Sistema S” (como SESC, SENAC, médio”, uma vez que esta etapa do ensino não é su-
nal unificada, o candidato escolherá 5 universidades SESI, SENAI etc.) – organizações empresariais cujo ficiente para a formação social e intelectual do indi-
distintas onde deseja estudar, caso passe. Evidente- objetivo é treinar e qualificar mão-de-obra de acordo víduo, sendo os aprendizados científicos e humanos
mente, morar em outra cidade acarreta em alto custo com a demanda do comércio e da indústria. das universidades crucial para isso.
para se manter, tornando tal mobilidade praticamente O Ensino Médio Inovador (EMI) aquém de ser
impossível para um estudante de baixa renda, prin- um projeto que ponha fim a dualidade entre trabalho Fora EMI! Fora Enembular! A
cipalmente com a falta de assistência estudantil vis- intelectual e manual, consiste, na verdade, quando educação não deve servir aos patrões!
ta hoje. Dessa maneira, o novo sistema de seleção diz no projeto da “necessidade de inserção no mundo Constatamos, então, que os alunos do ensi-
transformará o acesso a universidade em um pro- competitivo do trabalho”, em aperfeiçoar a condição no médio, das licenciaturas e os docentes do ensino
cesso ainda mais elitizado, viável apenas para quem dos estudantes a dominação burguesa do trabalho. médio, serão atingidos diretamente com esse projeto
tem dinheiro. Esse fato já pode ser comprovado, pois Para os estudantes, o Novo Enem e o Ensino que está sendo aplicado de cima para baixo por Ha-
45% das vagas das 51 instituições que aderiram ao Médio Inovador não devem ser entendidos de manei- ddad. Cabe denunciar o papel que tem a pelega e
novo Enem como fase única em sua ultima seleção ra isolada. Ambos fazem parte do PDE (Plano de De- mafiosa, a governista UNE, que recebe montanhas
estão ociosas. senvolvimento da Educação), uma espécie de PAC de dinheiro para defender os projetos do governo
O EMI, por sua vez, tem caráter inicialmente da educação. Eles são as faces de um único projeto dentro do Movimento Estudantil. Sem contar que
experimental, sendo aplicado em poucas escolas do de matriz neoliberal para a educação brasileira, apli- o programa Ensino Médio Inovador terá um comitê
Brasil. Porém, traz consigo uma concepção de ensi- cada pelo governo Lula/PT desde seu primeiro man- gestor central onde um dos assentos é formado pela
no médio que, em médio prazo, poderá ser adotada dato, cumprindo agora as modificações que tangem o ultra-pelega secundarista UBES, mostrando nova-
por todas as escolas (com as verbas do programa, ensino médio e o ingresso nas universidades. Nesse mente sua traição.
ou não). plano, as características de reforma universitária são A centralidade que devem ter os estudantes
dadas, por exemplo, pelos decretos REUNI, PROU- na definição do tipo de ensino que nos interessa,
EMI, Novo Enem e as reformas NI, ENADE, Fundações Públicas de Direito Privado, ou seja, que interessa a classe trabalhadora, passa
universitárias: 3 faces do mesmo ataque que, de forma geral, privilegiam o setor privado em necessariamente pelo fortalecimento do Movimento
Todo o ensino médio hoje é um grande pre- detrimento do público. Estudantil Classista e Combativo. Este fortalecimen-
paratório voltado para o vestibular, e com a adoção Ou seja, o atual governo entende que a educa- to implica a negação de entidades falidas como a
do Novo ENEM não poderia ser diferente. As modi- ção deve se vender ao capital, servir aos patrões, e UBES e a negação em compor espaços burocráticos
ficações previstas no ensino médio, decorrentes da para isso não poupa energias. de gestão com o governo, passando, assim, pela re-
implantação do Enembular, atingirão por sua vez as O Ensino Médio Inovador deixa, na verdade, organização de grêmios estudantis ou oposições de
licenciaturas, obrigando aí modificações, sem que várias brechas. Por exemplo, a pretensão de au- luta, sua coordenação entre escolas secundaristas e
haja o devido debate acadêmico, para se adequarem mento da carga escolar de 2400 para 3000 horas- pela unidade com os universitários e trabalhadores
ao novo modelo curricular de ensino médio. Os do- aula não vem seguida da garantia de contratação de da área escolar. A ação direta, ou seja, a organização
centes do ensino médio, já formados, também pas- novos professores ao quadro efetivo. Ou seja, toda e confiança em nossa própria força através dos es-
sarão por uma espécie de reciclagem, que se dará articulação prevista com empresas privadas nos su- tudantes mobilizados, deve ser o método empregado
através de um curso a distância (EAD). Os cursos a gerem justamente que 20% da grade-horária, rela- em nossa luta!
distância são formas de baratear o ensino e tem au- cionada às “atividades optativas” dos estudantes, po- Concluímos, então, que as reformas do go-
mentado cada vez mais no país, reduzindo custos na derá se viabilizar mediante contratação de serviços verno na área educacional se apresentam de forma
educação e precarizando a aprendizagem. terceirizados. fragmentada, em vários decretos e portarias, mas
O Ministro da Educação de Lula, Fernando Ha- Outra medida questionável é que o EMI prevê formando um todo articulado. Essa fragmentação é
ddad, já apresentou o projeto de reforma no ensino repasse de cerca de 100 milhões de reais às escolas também estratégica no sentido de dificultar as contra-
médio, o qual foi aprovado pelo Conselho Nacional que aderirem ao programa. É notável que a maioria ofensivas dos estudantes organizados, única forma
de Educação (CNE). O EMI, entre outras medidas, das escolas no Brasil necessite de mais verbas, ha- de defender a educação pública. Nesse sentido, é
substituirá as 12 disciplinas tradicionais por quatro vendo locais que nem resmas de papel existem para crucial compreendermos a correlação entre os vários
grandes eixos temáticos, são eles: trabalho, ciên- realização de provas e trabalhos, sem contar a falta programas, articulando-os com a atual reestrutura-
cia, tecnologia e cultura; similares aos cobrados no de infra-estrutura física e de professores. Ou seja, o ção produtiva, via liberalização da economia, levada
Enembular. Tal agrupamento em grandes blocos de MEC privilegia um seleto número de escolas - mes- a cabo pelo governo Lula/PT. O quê está em jogo é
disciplinas é tratado pelo MEC como “interdisciplina- mo sob as condições negativas, em nossa avaliação, todo um modelo educacional, onde as escolas e uni-
ridade”, no entanto representará uma diluição das do EMI - enquanto a maioria segue sem o mínimo de versidades estão cada vez mais sendo utilizadas co-
especificidades de cada disciplina, tornando o apren- recursos financeiros. Exigimos o aumento de verba mo espaço de produção e reprodução capitalista. ■
dizado genérico e abstrato. para as escolas públicas já!
Abaixo o Ensino Médio Inovador e ENEM neoliberias!
Por uma educação a serviço da classe trabalhadora!
AVANTE! - Boletim Nacional da RECC - Nº02 - Março de 2010 - redeclassista.blogspot.com - Página 03
Ato contra Novo ENEM mobiliza que aprovou o ENEM em CEB (Conselho de
secundaristas e universitários no Ceará Entidades de Base). Isso só ocorreu porque
tiveram a ajuda da debilidade organizativa do
No dia 26 de Fevereiro em Fortaleza, construção e impulsionamento desse comitê, DCE-UFC, cedendo à pressão do governismo
cerca de 200 estudantes universitários (UE- participando ativamente de suas comissões e que remarcou um CEB no horário da plenária
CE e UFC) e secundaristas de cursos pré- de mobilizações em debates na UECE, UFC do Comitê contra o novo ENEM, em uma cla-
vestibulares e escolas públicas, organizados escolas e cursinhos, hasteando sempre as ra tentativa de boicotar nossa atividade.
no Comitê de luta contra o Novo Enem e pelo bandeiras da ação direta e do protagonismo Depois do AD Referendum a luta con-
Livre Acesso, ocuparam o CONSUNI (Conse- estudantil. Desde ano passado já construí- tra o novo Enem e pelo Livre Acesso ganhou
lho Universitário) da UFC, impedindo a vota- mos debates sobre o Novo Enem. novas proporções, sendo incorporado a ban-
ção que aprovaria o Novo Enem como forma Já os para-governistas do DCE-UFC deira de democra-
única de acesso a universidade. (Psol/PSTU) defenderam inicialmente a ban- cia universitária, que
Entretanto o reitor, de forma autoritá- deira recuada de “por mais debates”, alteran- passa necessaria-
ria e antidemocrática, aprovou o novo Enem do de opinião somente após pressão da base mente pela destrui-
via Ad Referendum, um mecanismo previsto estudantil, ainda que de forma oportunista. ção dos CONSUNI,
na estrutura da universidade onde ele pode Ainda assim, a maior parte do DCE fez cla- e pela defesa do voto
aprovar projetos apenas com sua assinatura. ramente “corpo mole” nos processos de mo- universal em todas as
Se os conselhos universitários já são espa- bilização, reocupando-se mais em aparecer instâncias. O comi-
ços burocratizados, pois a representação es- na mídia burguesa em detrimento dos deba- tê juntamente com a
tudantil é mínima e impotente nesses, aceitar tes na base estudantil. E mesmo afirmando RECC segue na luta,
o mecanismo do Ad Referendum é legitimar o CONSUNI como espaços burocratizados, novas manifestações
que o REItor decida todos os caminhos da continuam a legitimá-lo. já foram marcadas e
universidade sozinho. Por sua vez, a mafiosa corja governista novas lutas poderão
A RECC teve um papel fundamental na da UNE (PT/PDT/PCdoB), articulou um golpe vim! ■
Derrotar as reformas educacionais neoliberais de LULA/PT com ação direta estudantil!
Abaixo o Semi-Governismo (PSOL/PSTU) Eleitoreiro, Burocrata e Oportunista, do M.E!
XVIII ENEG: Primeiros passos para a reconstrução e representou um primeiro passo na polariza-
da luta e organização na Geografia ção nacional no MEGEO. Na Plenária Final
se deliberou também a construção de uma
O último Encontro Nacional de Estu- vimento Estudantil, que deve ser combatida Semana Nacional em Defesa dos Trabalhos
dantes de Geografia, ocorrido em Janeiro de forma veemente pelos lutadores sinceros, de Campo, entre os dias 24 e 28 de maio, mo-
na cidade de Maceió – AL, teve importantes pois a desorganização e despolitização ser- mento importante para a mobilização e dis-
embates políticos. A RECC esteve presente vem apenas para facilitar a implementação cussões desde a base.
defendendo a necessidade de organizar e ar- das políticas neoliberais do Governo Lula Nós da RECC acreditamos que desde
mar politicamente o Movimento Estudantil de contra trabalhadores e estudantes, uma vez já se faz necessário constituir uma oposição
Geografia (MEGEO) para os desafios e lutas que não é capaz de opor resistência! nacional no MEGEO, com uma linha verda-
os quais teremos que enfrentar nesse próxi- Mesmo numa conjuntura tão desfavorá- deiramente anti-governista, combativa e clas-
mo período. vel, a RECC desde o início do ENEG fez o sista, que combata a UNE e os governistas
O MEGEO, como analisamos em nosso combate a atual linha da CONEEG, propondo sob todas as suas roupagens (inclusive a
Manifesto ao ENEG[1], atualmente se encon- a construção de um Congresso de Base dos “apartidária”!), que denuncie o oportunismo
tra desorganizado e burocratizado, pois não Estudantes de Geografia, com eleição de de- da ANEL/Pstu que reproduz o reformismo/
existem instrumentos organizativos internos legados e apresentação de teses. A intenção parlamentarismo da UNE e que dispute po-
para garantir a democracia de base nem os seria modificar o caráter da participação de liticamente a direção do MEGEO no sentido
debates políticos essenciais para avançarmos hoje que é dominada pelo clima festivo e que de colocá-lo a serviço das lutas. Por isso fa-
na luta. O “apartidarismo” direitista, defendido em geral só vai quem tem condições financei- zemos um chamado a todas as entidades e
pela atual “gestão participativa” da Confede- ras e vontade de curtição, para um caráter de coletivos/oposições de geografia pelo Brasil
ração Nacional das Entidades dos Estudan- representatividade das bases organizadas. para organizarem-se na RECC, enquanto pó-
tes de Geografia (CONEEG), é uma camisa- Tal proposta foi defendida também pela Re- lo de oposição e reorganização do Movimen-
de-força para perpetuar a despolitização e a gional Nordeste e deu a tônica da polarização to Estudantil brasileiro. ■
apatia que dominam o movimento. Isto ficou na Plenária Final contra os “apartidários”, que __________________________
claro no último ENEG. De 2.000 estudantes foram contra o congresso, claro. A proposta [1] Disponível no sítio da RECC.
presentes, cerca de apenas 100 participa- do Congresso perdeu por menos de 10 votos
ram das atividades e, no próprio calendário Pelo Congresso Nacional de Base!
do Encontro, simplesmente não foi garantido
espaços para o acúmulo político. Tal fato é Construir a Semana Nacional em Defesa dos Trabalhos de Campo!
resultado de uma concepção errada de Mo-
Por uma Ciência Geográfica crítica e a serviço da causa do povo!
Filiados e constroem a Rede Estudantil Classista e Combativa:
Oposição Classista Combativa Independente ao DCE/UnB - DF; Coletivo LutaSociais! UnB - DF; Grêmio do CEAN - gestão
“Consciência Estudantil” - DF; Coletivo Serviço Social em Luta/UFF - RJ; Oposição Classista e Combativa ao DCE/UFC - CE.

AVANTE! - Boletim Nacional da RECC - Nº02 - Março de 2010 - redeclassista.blogspot.com - Página 04

Anda mungkin juga menyukai