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Conflitos na História do Brasil

- Período Colonial -

Motins de Maneta: 1711


Os Motins do Maneta foram duas sublevações ocorridas no Brasil Colônia em Salvador contra o
monopólio da comercialização do sal e aumento de impostos, ocorridos, respectivamente, em: 19 de
outubro de 1711 - primeiro motim; 2 de dezembro deste mesmo ano - segundo motim.

O Rei Luís XIV da França, hostilizando a Portugal por suas alianças com a Inglaterra, enviou ao
Brasil cinco naus sob o comando do corsário Jean François Duclerc. Esta frota, que exibia
falsamente bandeiras inglesas, costeou o Rio de Janeiro a 16 de agosto de 1710. O então governador
do Rio, Francisco de Castro Morais, percebeu o logro e tratou de armar a defesa da cidade. Duclerc
aportou enfim na Ilha Grande, partindo dali para o ataque à cidade que resultou em fracasso, com a
prisão dos invasores (Duclerc não durou muito: foi assassinado, por motivos nunca apurados, a 18
de março de 1711). A esta tentativa frustrada seguiu-se outra, maior e mais equipada, pelo almirante
René Duguay-Trouin. Ao contrário dos cerca de mil soldados da invasão anterior, este militar
treinado trazia um contingente de quatro mil homens, além de mais de 700 canhões, em 17
embarcações. A nova investida teve lugar no começo de setembro de 1711. Esta invasão logrou
grande sucesso: a cidade foi tomada, e por sua restituição exigiu o comandante invasor um resgate,
que foi pago pelo governador no montante de 610.000 cruzados em dinheiro, 100 caixas de açúcar e
200 bois. Este último ataque mostrou a fragilidade defensiva da colônia, que demandava um maior
patrulhamento da costa. As despesas para tal empreendimento, entretanto, exigiam da metrópole um
investimento que a Coroa não podia, ou não quis, arcar. A solução foi a elevação de taxas cobradas
aos colonos. Já o preço do sal sofrera aumento em suas taxas, que subira para o montante de 720
Réis, contra os anteriores 480. Este produto era de comércio exclusivo da metrópole, ou seja, sua
produção era proibida no Brasil. Também o imposto devido por cada escravo vindo da África havia
sido elevado de 3 para 6 Cruzados. Foi com esse excessivo aumento nas cobranças de impostos que
foi decretada uma taxa de dez por cento sobre as mercadorias exportadas pela Colônia, destinadas à
proteção costeira. Estas taxas foram anunciadas em outubro de 1711 pelo novo Governador-Geral
do Brasil, Pedro de Vasconcelos de Souza, que acabava de chegar à capital colonial, Salvador.
Estava criado o clima de revolta, que resultou nos motins populares. O primeiro motim: O
comerciante João de Figueiredo da Costa, cuja alcunha era "Maneta", junto ao Lourenço de
Almada, Juiz do Povo, comandou a sublevação que teve início com a distribuição de cartazes pela
cidade. Ajuntando-se, as pessoas invadiram o comércio de Manuel Dias Figueiras que, com seus
sócios, detinha o monopólio da venda de sal. Houve saque e depredação, marchando os populares,
já com apoio de guarnições militares, rumo ao Palácio do Governador - sendo contidos apenas com
a intervenção do arcebispo D. Sebastião Monteiro de Vide. Sobre o Maneta disse o historiador
Roberto Macedo que era "homem resoluto" que "encabeça desatinado movimento popular, mais
impulso de irritação coletiva que revolta propriamente dita." O governador, intimidado com a
reação, prontamente desistiu de aplicar as sobretaxas, e os líderes do tumulto não foram punidos.
Segunda revolta, motim dos Patriotas: Com a invasão e tomada da cidade do Rio de Janeiro,
pelos franceses, o temor invadiu o povo na capital. Providências eram exigidas pela população, mas
o governador Vasconcelos alegava que, não tendo recursos, nada poderia fazer. Tendo à frente
Domingos da Costa Guimarães, Domingos Gomes e Luís Chafet, o povo marchou até o governador
que, acuado, enviou tropas ao Rio, encontrando a cidade restabelecida com o pagamento de resgate
a René Duguay-Trouin. O almirante francês já havia partido e, apesar de tencionar realmente o
ataque à Capital, o mau tempo e naufrágio de duas das embarcações nos Açores demoveram-no de
tal empresa, seguindo então para Caiena. O desvio dos franceses fez apaziguarem os ânimos da
população e o governador, que enfrentara duas revoltas mal tendo assumido suas funções, procedeu
ao castigo dos cabeças dessa última insurreição: foram açoitados em praça pública, e ainda pagaram
multas e sofreram o degredo africano.

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