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Escrevinhação n. 820

EDUCAR NA DISTÂNCIA REAL E IMAGINADA


Breves considerações

Redigida em 10 de abril de 2010, dia de Santa Madalena de


Canossa e de São Macário da Antioquia.

Por Dartagnan da Silva Zanela

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INTRODUÇÃO

A presente escrevinhação tem por objetivo tecer

algumas considerações sobre as questões que foram apontadas

pela professora-tutora Edna Pereira Michelato, tutora do

GTR O USO, A ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE FONTES

HISTÓRICAS NO CONTEXTO ESCOLAR. Deste modo, nos propomos a

partilhar com os integrantes do grupo de trabalho as

considerações que acalentam meu ser na esperança de que

tais pontuações possam ter alguma validade epistemológica e

existencial.

As questões inicialmente propostas pela

referida professora são: (i) Qual sua visão sobre a

Educação à Distância? (ii) Qual a relevância de se conhecer

essa modalidade de Educação? (iii) Que tecnologias você

consegue identificar ao seu redor? E destas, quais podem

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ser utilizadas na Educação à Distância? (iv) No seu

trabalho, quais as tecnologias as que você tem acesso e

quais você utiliza ou já utilizou? (v) Essa utilização foi

ou não significativa para você? E para seus alunos?

Bem, para responder a essas perguntas,

procuraremos seguir a máxima de Jacque, por partes, porém,

sem perder de vista a totalidade do problema proposta

através das cinco questiúnculas que é a relevância da

modalidade de educação à distância para formação

intelectual de um indivíduo.

UMA VISÃO E NADA MAIS

Há um pequeno problema na forma como as

questões de ordem pedagógica são colocadas pelos doutos

hodiernos que acaba por deturpar todas as discussões em

torno do EX DUCERE (guiar para fora). Explico-me. Um

primeiro problema que vemos é justamente o grande foco que

se dá aos agentes (aluno e professor) e o grande desdém que

se atribui ao elemento central no processo de ensino-

aprendizagem que é o objeto de estudo/aprendizagem. Agindo-

se desse modo, preocupa-se muito mais em amoldar o objeto

ao sujeito do que mover nosso intelecto para que esse se

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amolde ao objeto. Trocando em miúdos: procura-se reduzir a

realidade ao pensamento ao invés de ampliar-se o

entendimento para que este possa abarcar um estrado do

real.

Segundo problema: aprender é um ato volitivo.

Ninguém pode educar uma pessoa se esta não cultiva em seu

interior o intento de aprender, de mover seu ser para

direção do que deve ser aprendido. Não havendo a tensão

interior, a tensão exterior (normas e punições) pode

compensar tal carência (não substituí-la). Porém é

impossível educar e educar-se sem a existência de uma

tensão (interna, externa ou ambas) para mover o indivíduo.

Desde modo, seria possível falarmos em educação

à distância? Sim e não. Vejamos primeiramente pelo

argumento afirmativo. Se toda educação parte de uma

manifestação volitiva, não importa a proximidade física em

que se encontram o professor e o aluno, mas sim, se há a

presença deste elemento. De mais a mais, educação à

distância não é novidade nenhuma. Se voltarmos nossas

vistas para a história da humanidade perceberemos a

presença de inúmeras experiências pedagógicas fabulosas

como, por exemplo, as Epistolas Paulinas, os ritos

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iniciáticos dos índios da América do Norte, as Sumas

medievais, os cursos por correspondência como o que era

ministrado pelo filósofo brasileiro Mário Ferreira dos

Santos e pelo Instituto Universal Brasileiro.

Em todos esses casos, tínhamos apenas uma

distância física entre os sujeitos, porém as suas almas se

encontravam próximas do objeto a ser apreendido. Ou seja: a

distância física era virtualizada e a presença do objeto

atualizada pela faculdade volitiva que movia o intelecto

dos sujeitos que realmente intentavam aprender algo.

Quanto ao argumento negativo, simplesmente

lembramos que não é a distância física que gera a distância

em educação, mas sim, a carência do fator supracitado. Ou

seja: podemos estar reunidos em uma sala de aula e, se não

estivermos imbuídos pela vontade de aprender, as distâncias

entre nós e o objeto serão intransponíveis. Todavia,

podemos até estar distantes fisicamente, mas se uma mesma

vontade nos move para um interesse comum, aí temos a

presença do EX DUCERE.

RELEVÂNCIA DE SE CONHECER

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Sala de aula, cursos em VHS, em DVD, em K7, por

telewebconferência, blogs, etc., o que temos em nossas mãos

são possibilidades de realização de uma ação humana, que é

o aprender e o ensinar. Desdenhar esses meios é um claro

sinal de desprezo pela educação, pela sua própria educação.

Se formos avaliar com a devida atenção tudo aquilo que

aprendemos e sabemos iremos perceber, com relativa

tranqüilidade, que boa parte dos saberes, aprendido por

nós, o foram através de meios não-convencionais de

aprendizagem.

Obviamente que há aqueles arautos do apocalipse

que afirmam que as novas tecnologias irão acabar com a

educação, que elas irão destituir o professor de seu papel

e tutti quanti. Bem, em regra, os sujeitos que afirmam isso

estão mais preocupados com o seu cargo do que com o

problema em questão. Hoje, mais do que em qualquer outra

época, tem-se uma forte demanda por educadores. Segundo: as

novas tecnologias na seara da comunicação abriram um imenso

campo de possibilidades de realizações que ainda estão por

serem exploradas e, despreza-las, é um claro sinal de

insensatez.

OLHANDO A NOSSA VOLTA

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Partamos para a terceira pergunta: Que

tecnologias você consegue identificar ao seu redor? E

destas, quais podem ser utilizadas na Educação à Distância?

Bem, apenas reforçamos o que havíamos dito anteriormente.

Desde uma caneta esferográfica até a internet. Todos os

instrumentos tecnológicos são meios para podermos realizar

algo e, neste caso, o aprendizado.

Para não ficarmos apenas em pontuações, nos

permitam apresentar alguns exemplos práticos onde

vivenciamos algumas experiências exitosas em educação à

distância (todos sem certificação, visto que, o que nos

interessava em todos esses estudos era o que iria ser

aprendido e não o diploma me seria auferido ao final). Dito

isso, vejamos: (i) um Curso de História das Religiões em

VHS + fascículo; (ii) trocas de correspondências com

núcleos de formação Anarquista; (iii) Curso em VHS de

História da Filosofia; (iv) a audiência de conferências e

documentários gravados em VHS sobre os mais variados temas,

etc.

Esses exemplos que citamos são apenas de

algumas das oportunidades de aprendizado que tivemos com

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tecnologias analógicas. Hoje, com o advento da internet,

essas laudas seriam parcas para relatar todas as

experiências frutíferas em que temos trabalhado. Por isso

destacaria aqui apenas o Curso sobre as Religiões do Mundo,

o Curso de Arte Sagrada e o Seminário de Filosofia que

participamos a três gratos anos. Cursos estes muito mais

profícuos que qualquer graduação.

Tal afirmação não tem por intento ser

agressiva, de modo algum. Mas, em todos os casos citados

nas linhas acima, o fator volitivo era e é o elemento

central no processo de ensino-aprendizagem o que torna a

proximidade com a realidade aprendida algo efetivo o que,

por sua deixa, não se realiza muitas das vezes em uma sala

de aula onde o que a maioria das pessoas procura é,

essencialmente, uma certificação que as habilite para o

exercício de uma atividade profissional e não o

conhecimento efetivo. Ou seja: em muitíssimos casos, a sala

de aula, é apenas um obstáculo para se poder realizar algo

e não um meio, como nos casos citados acima.

DE MINHA PARTE

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Em nosso trabalho, procuramos recorrer ao uso

das novas tecnologias fazendo delas nossas aliadas. Aliás,

grandes aliadas.

Neste processo já de longa data estamos

realizando algumas experiências, as quais, apontamos

abaixo: (i) a criação de nosso web site pessoal (na rede a

dez anos); (ii) a criação de um fórum de debates através de

uma lista de e-mails; (iii) disponibilização do áudio de

minhas aulas para os alunos em pastas de compartilhamento;

(iv) o uso do rádio onde apresentávamos um programa

noticioso e educativo na rádio comunitária de nossa cidade,

etc.

No primeiro caso, é-se disponibilizado para os

alunos além de nossos escritos também uma gama de

documentários e leituras recomendadas como um complemento

ao que é ministrado em sala de aula. No segundo, criamos

uma sala de aula virtual. No terceiro o aluno tem a

oportunidade de ouvir as aulas que ele tenha faltado ou

revê-las para tirar alguma dúvida. Por fim, o uso do velho

e bom rádio onde temos a oportunidade de responder a

perguntas que os alunos nos fazem fora de sala de aula e

que, por sua deixa, são deveras interessantes.

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O uso de tais ferramentas são, ao menos para

nós, de grande significação, pois tentamos, na medida do

possível, dilatar as possibilidades de realização de nossas

ações como educador. Existem empecilhos, sim, mas as

oportunidades são em maior número e muito mais profundas do

que muitas vezes nossa imaginação possa mensurar. Quanto ao

significado disso tudo para alunos, creio que seja

relativo, como o é para os professores. Tudo, a nosso ver,

depende da faculdade volitiva. Porém, percebo e creio que

há muitas pessoas, professores e alunos, imbuídos de boa

vontade, mesmo que não seja a maioria.

Por fim, vejo na educação à distância, informal

sem ligações diretas às Instituições, um retorno ao sentido

tradicional de educação onde as pessoas procuravam o

conhecimento e não as certificações. Vejo no uso da grande

rede um caminho onde temos a possibilidade do cultivo de

novos círculos de estudo e da formação de grupos de

estudiosos que irão contribuir positivamente para criação

de algo digno e bom para as gerações que estão por vir.

Para tanto, é fundamental que a visão da floresta não

obstrua a percepção das árvores.

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