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GESTÃO DE SISTEMAS DE REDE 1(14)

MODELO TCP/IP

Breve histórico
Na realidade o desenvolvimento do modelo TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet
Protocol) é anterior ao do modelo OSI. Apesar de os dois modelos terem como objetivo suprir
a necessidade de interoperabilidade entre produtos e serviços heterogêneos, o TCP/IP não
foi criado para ser padrão mas sim para atender necessidades de conexão entre os vários
projetos do Departamento de Defesa dos EUA, inclusive o de suas redes de computadores.

O TCP/IP foi projetado sem que se conhecessem ainda as camadas do OSI, contudo é
possível classificar suas camadas conceitualmente como similares às do modelo OSI.
Geralmente ele é apresentado como composto de 4 ou 5 camadas, dependendo do autor,
semelhantes às do modelo OSI em termos de funções e serviços.

O modelo de referência TCP/IP atualmente é o mais usado em redes locais. Fundamenta-se


na necessidade de interligação de diferentes tecnologias de redes Tem como base dois
protocolos: o TCP, um protocolo compatível com a camada 4 do modelo OSI, que fornece
um serviço de transporte orientado à conexão, e o IP, compatível com a camada 3, que
fornece um serviço de rede não-orientado a conexão. Isso se deve basicamente à
popularização da Internet, já que esse protocolo foi criado para ser utilizado na Internet.
Mesmo sistemas operacionais de rede que só utilizavam o seu protocolo proprietário (como
Windows NT com seu NetBEUI e o Netware com seu IPX/SPX), hoje suportam o protocolo
TCP/IP.

Uma das grandes vantagens do TCP/IP em relação aos outros protocolos existentes é que
ele é roteável, isto é, foi criado pensando em grandes redes e de longa distância, onde
podem existir vários caminhos para o dado atingir o computador de destino.

Outro fato que tornou o TCP/IP popular é que ele possui arquitetura aberta e qualquer
fabricante pode adotar a sua própria versão TCP/IP em seu sistema operacional, sem
necessidade de pagamento de direitos autorais a ninguém. Com isso, todos os fabricantes
de sistemas operacionais acabam adotando o TCP/IP, transformando-o em um protocolo
universal, possibilitando que todos os sistemas possam se comunicar entre si sem
dificuldade.

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Estrutura do modelo
Na figura a seguir, a arquitetura do TCP/IP é apresentada. Ao analisar a figura, verifica-se
que esse protocolo pode ser tratado como tendo 4 camadas. Veja a correlação com o
modelo OSI.

TCP / IP OSI

TCP/IP OSI

Aplicação

Aplicação Apresentação

Sessão
Transporte Transporte

Inter-Redes Rede

Host/rede Enlace
Física

O modelo TCP/IP é muito pouco explícito em relação à camada Host/rede. Apenas indica
que o host precisa se conectar à rede com algum protocolo que permita o envio de pacotes
IP.

A camada Inter-redes deve se encarregar da entrega correta dos pacotes IP, usando os
roteamentos necessários e evitando congestionamentos. Pode ser feita uma analogia com a
camada de rede do modelo OSI.

A camada de Transporte tem funções bastante semelhantes à camada de transporte OSI. É


responsável por pegar os dados enviados pela camada de Aplicação e dividi-los em pacotes
chamados datagramas.

O modelo TCP/IP não tem as camadas de sessão e de apresentação. A camada de


Aplicação contém todos os protocolos de nível mais alto.

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MODELO IEEE 802.X (ETHERNET)


O IEEE, em fevereiro de 1980, tomou para si a responsabilidade de desenvolver padrões
para redes locais, tomando por base o modelo OSI. E os mesmos se concentraram nas
camadas física e de enlace de dados.

O projeto de desenvolvimento logo ganhou o nome de IEEE 802, como uma referência ao
ano e mês de início dos trabalhos. Os vários subprojetos que se seguiram tiveram um ponto
(.) e um número seqüencial acrescidos a seu nome (por exemplo IEEE 802.1).

Em particular o padrão IEEE 802.3 é praticamente igual ao padrão Ethernet, daí o modelo
ser identificado muitas vezes, indiferentemente, como modelo Ethernet ou modelo IEEE 802.
A Ethernet é hoje a mais popular das redes locais (LAN), por sua simplicidade: ela é
confiável, de baixo custo e fácil manutenção e por sua flexibilidade: interoperabilidade com
protocolos existentes, principalmente com o TCP/IP que é dominante no mercado, evolução
de velocidades, adaptação fácil aos novos dispositivos de mercado (hubs, chaves, etc.). O
modelo Ethernet é um padrão que define como os dados serão transmitidos fisicamente
através dos cabos de rede. Sendo assim, esse protocolo atua de forma equivalente às
camadas Física e de Enlace do modelo OSI ou à camada Host/rede do modelo TCP/IP. Veja
a figura abaixo.

Controle de enlace
lógico
Enlace
Host/rede Controle de acesso
ao meio

Física Física

TCP/IP OSI ETHERNET

A subcamada LLC – Logical Link Control (Controle de Enlace Lógico) é responsável pela
divisão do pacote de dados em quadros, é responsável pelo controle de fluxo destes quadros
e pelo controle de erros de transmissão.

A subcamada MAC – Medium Access Control (Controle de Acessos aos Meios) controla
a utilização compartilhada dos meios físicos de transmissão.

O papel do modelo Ethernet é, portanto, pegar os dados entregue pelos protocolos de alto
nível – TCP/IP, IPX/SPX, NetBEUI, etc – e inseri-lo dentro de quadros que serão enviados
através da rede. O modelo Ethernet também define como fisicamente esses dados serão
transmitidos (o formato do sinal, por exemplo).

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A figura a seguir apresenta uma rede local utilizando o protocolo TCP/IP como protocolo de
alto-nível e o protocolo Ethernet como protocolo de baixo nível. Nesta configuração, o
protocolo TCP/IP corresponde às camadas 7, 6, 5, 4 e 3 do modelo OSI e o protocolo
Ethernet corresponde às camadas 1 e 2. Os protocolos internos de cada camada serão
vistos posteriormente.

Aplicação
(SMTP, HTTP, FTP, Telnet)

Transporte
TCP / IP (TCP ou UDP)

Inter-Redes
(IP, ICMP, ARP, RARP)

Controle de Link Lógico


Controle de Acesso ao Meio Interface com a
Ethernet Driver da Placa de Rede rede
Placa de Rede

Cabo

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ESTUDO DA CAMADA FÍSICA

A Camada Física transforma os quadros de dados recebidos em sinais compatíveis com o


meio onde os dados serão transmitidos. Ela é a responsável pela adequação do sinal
transmitido ao meio físico de transmissão.

Entende-se por sinal o resultado da conversão do dado em bits na forma elétrica, óptica ou
eletromagnética.

A camada física é a única camada que possui acesso físico ao meio de transmissão da rede
devendo, portanto, se preocupar com fatores como as especificações elétricas, mecânicas,
funcionais e procedurais da interface física entre o equipamento e o meio de transmissão, ou
seja, a camada física tem como função básica a adaptação do sinal ao meio de transmissão.

 especificações mecânicas: propriedades físicas da interface com o meio físico de


transmissão, incluindo, por exemplo, o tipo de conector utilizado, o diâmetro do
cabo;
 especificações elétricas: relacionam-se com a representação de um bit em termos
de, por exemplo, nível de tensão utilizado e taxa de transmissão de bits;
 especificações funcionais: definem as funções a serem implementadas por esta
interface;
 especificações procedurais: definem a seqüência de eventos trocados durante a
transmissão de uma série de bits através do meio de transmissão.

A camada física possui as seguintes funções:

 estabelecimento/encerramento de conexões: ativa e desativa conexões físicas


mediante a solicitação de entidades da camada de enlace;
 transformação de dados: transformar os dados recebidos no formato de quadros,
da camada de enlace, na unidade de transmissão utilizada que é o bit.
 transferência de dados: O nível físico tem como função transmitir os bits na
mesma ordem em que chegam da camada de enlace (no sistema de origem) e
entregá-los à camada de enlace na mesma ordem que chegaram (no sistema de
destino);
 gerenciamento das conexões: gerência da qualidade de serviço das conexões
físicas estabelecidas. Deve monitorar taxa de erros, disponibilidade de serviço,
taxa de transmissão, atraso de trânsito etc.

São os protocolos, funções e especificações da camada física que definem tudo o que se
relaciona com os meios físicos de transmissão utilizados nas redes de computadores, sejam
eles com ou sem fio. Definem, por exemplo, tipos e comprimentos de cabos, padrões de
conectores, sinais físicos associados a cada pino em cada conector.

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Camada física Camada física

Meio Físico

De forma geral os componentes de um meio físico de transmissão são:

 Cabos
o Par trançado não-blindado
o Par trançado blindado
o Coaxial
o Fibra óptica
 Conectores
 Outros Dispositivos
o Modem
o Placa de rede
o Hub
o Repetidor

A transmissão pode ocorrer através de:


 Meios guiados
o Fios,Cabos e Fibras Ópticas
 Meios não guiados:
o Rádio-difusão
o Microondas
o Infra-vermelho
o Via satélite

Nas transmissões por cabo algumas características físicas e elétricas são comuns aos
diversos componentes:
 Características físicas:
o Condutor – é o meio para o transporte do sinal físico. Geralmente são cabos de
cobre desfiados ou sólidos, fibras de vidro ou de plástico;
o Isolamento – é uma barreira protetora que evita que o sinal escape do condutor
ou sofra interferências externas;
o Capa externa – de materiais como PVC ou Teflon.

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 Características elétricas:
o Capacitância – é a propriedade que um circuito elétrico tem de armazenar
carga elétrica que depois irá distorcer o sinal transmitido. Quanto menor a
capacitância mais alta é a qualidade do cabo.
o Impedância – é a propriedade de um circuito elétrico em se opor a mudanças
na quantidade de corrente elétrica fluindo pelo circuito. É importante prestar
atenção nos limites aceitáveis de variação de impedância exigidos para cada
dispositivo da rede.
o Atenuação – é o enfraquecimento da força do sinal à medida que o sinal
caminha pelo cabo.

Meios de transmissão de cobre – sinais transmitidos através de cabos e fios de cobre


estão constantemente sujeitos a interferências elétricas de outros cabos que estão próximos,
a interferências eletromagnéticas de máquinas e motores, a campos magnéticos próximos.
Além disto, os próprios cabos e fios estão sujeitos a deterioração por umidade ou maus
tratos. Tudo isto contribui para que o sinal perca força no decorrer do trajeto.

 Par trançado não-blindado – (UTP – Unshielded Twisted Pairs) - O cabo par trançado
não-blindado é um tipo de cabo onde existem pares de fios de cerca de 1 mm de
diâmetro isolados individualmente e enrolados em espiral. Esta forma faz com que as
ondas de diferentes partes dos fios se cancelem, resultando em menor interferência. Em
um mesmo cabo podem existir dois ou mais pares envolvidos por uma capa protetora
externa a todos. A transmissão de dados exige, no mínimo, dois pares: um para
transmissão e outro para recepção dos dados. Possui alta taxa de transmissão, baixa
atenuação, menor custo por metro linear e ligação aos nós da rede extremamente
simples e barata. Admite um distância entre nós de até 100 m sem amplificação.

Padrões da Electronic Industries Association e da Telecommunications Industries


Association (EIA/TIA) estabelecem algumas categorias para estes cabos conforme suas
características de fabricação. Por exemplo, um cabo da categoria 3 pode ser usado para
transmissão de dados e voz, com características de transmissão de até 16 MHz e taxa de
até 10 Mbps. Um cabo da categoria 5 pode ser usado para transmissão de dados e voz,
com características de transmissão de até 100 MHz e taxa de até 100 Mbps. Há várias
categorias que vão se sofisticando com o passar do tempo e a evolução tecnológica.
Atualmente as categorias 3 e 5 são as mais utilizadas.

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 Par trançado blindado (STP – Shielded Twisted Pairs) - O cabo par trançado
blindado é um tipo de cabo onde existe pares de fios isolados individualmente e
trançados em forma helicoidal, concedendo-lhe certa imunidade a ruídos elétricos. Cada
par é envolvido ainda por uma blindagem para minimizar a interferência que fontes
externas possam causar. A transmissão de dados exige, no mínimo, dois pares: um para
transmitir e outro para receber dados. O conjunto é envolvido por uma capa protetora.
podendo dentro de um mesmo cabo existir dois ou mais pares. Cada fio possui o
diâmetro aproximado de 1 mm. Possui a vantagem de ser barato, flexível e confiável. Por
ser mais caro que o par não-blindado, é menos usado. Admite uma distância entre os nós
de até 100 m, sem amplificação.

 Cabo coaxial – O cabo coaxial é formado por 1 fio de cobre esticado na parte central,
envolvido por um material isolante. Este material isolante, por sua vez é envolvido por um
condutor cilíndrico, geralmente uma malha metálica entrelaçada coberta por uma camada
plástica protetora. É um cabo de média flexibilidade, quase não apresenta interferência e
tem alta resistência mecânica. Tem melhor blindagem que os pares trançados, o que lhe
permite se estender por distâncias mais longas em velocidades mais altas, porém tem
maior custo.

Existe uma grande variedade de cabos coaxiais, porém numa rede local Ethernet são
utilizados apenas dois tipos, o cabo grosso (yellow cable ou thick ethernet) ou cabo fino
(cheapernet ou thin ethernet).

T e r m in a d o r C o n e c to r
B N C m acho

C o n e c to r - T

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Meios de transmissão por fibra – Em um sistema de transmissão óptica o elemento


emissor é uma fonte de luz, o meio de transmissão é uma fibra de vidro ou de plástico e o
receptor é um detector de luz. Um sinal elétrico é convertido pela fonte de luz em sinal
luminoso que é transmitido pela fibra. O detector de luz “desconverte” este sinal luminoso
novamente em sinal elétrico. Por convenção um pulso de luz indica um bit 1 e a ausência de
luz é o bit 0. Como fonte usam-se geralmente diodos emissores de luz (LED – Light Emitting
Diodes) e lasers semicondutores que operam na faixa de freqüência do infravermelho (de 10
a 15 Mhz). Como receptor geralmente há um fotodiodo, que emite um pulso elétrico ao ser
atingido pela luz.

Obs.: Óptica – parte da Física que se relaciona com a luz.


Ótica – é relativa ao ouvido.

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 Cabos de fibra óptica – Uma fibra óptica é constituída de um filamento muito fino de
vidro ou plástico por onde se propaga a luz. Este filamento é envolvido por uma camada
de vidro ou plástico de índice de refração inferior ao do núcleo e uma capa protetora.
Externamente há uma camada protetora e que dá resistência física à fibra.

Existe cabo com uma única fibra ou um feixe de fibras no mesmo cabo.

Os cabeamentos de fibra óptica possuem características de segurança superiores e


podem suportar taxas de transmissão de dados de dezenas de Gbps (109). Os custos
para implantação e conexão de redes de fibra óptica ainda são bem superiores aos de
outros meios de cobre. Os cabos de fibra óptica não são suscetíveis a qualquer tipo de
interferência eletromagnética, inclusive as mais severas e, por isto, podem alcançar
grandes distâncias (em torno de 1500 m entre os nós).

Fisicamente a fibra óptica se vale do princípio físico da refração da luz que é desviada
quando passa de um meio físico para outro de índice de refração diferente. Aumentando
o ângulo de incidência na divisa de um meio físico para outro o desvio pode ser tão
grande que a luz é refletida para dentro do mesmo meio onde caminhava. Com isto ela
não se perde e caminha dentro deste meio até o fim, como se ele fosse uma tubulação de
luz.

Reflexão total
interna

vidro
plástico
Fonte de luz
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Fibras multimodo – são aquelas em que vários feixes luminosos em diferentes ângulos
de incidência se propagam através de diferentes caminhos dentro da fibra.

Fibras monomodo – são aquelas fibras com diâmetro do núcleo tão pequeno que
apenas um raio de luz será transmitido, praticamente sem reflexão nas paredes internas.

FIBRA MULTIMODO FIBRA MONOMODO

Conectores – são os dispositivos da camada 1 que ligam os demais dispositivos aos cabos
da rede. Há, no mercado, diversos tipos de conectores cuja utilização vai depender de cada
situação específica: conectores para ligar placas de rede a um cabo; conectores para ligar
segmentos de cabo; conectores para ligar cabos a outros dispositivos da rede; conectores
terminais para ligar no final de um cabo para possibilitar o balanceamento da impedância no
mesmo.

Alguns exemplos mais comuns: na ligação de cabos de par trançado usa-se o conector
modular de 8 pinos, mais conhecido como terminal RJ-45 (registered jack ou terminal
registrado com o número 45); o conector para cabos coaxiais é conhecido como conector
BNC, mostrado na figura a seguir.

Outros Dispositivos – Além dos cabos e conectores, a camada física utiliza alguns outros
dispositivos para compor o meio físico na transmissão de dados. São modens, placas de
rede, hubs e repetidores.

 Modem – É um dispositivo interno ou externo ao computador capaz de transformar, no


lado do emissor dos dados, o sinal digital que sai do computador para uma forma
analógica para que este sinal possa ser transmitido por linhas telefônicas padrão. É o
processo chamado de modulação. No lado receptor dos dados, o modem demodula o
sinal, reconvertendo o sinal analógico transmitido da linha telefônica para a forma digital
que é inteligível para o computador. A palavra vem de MOdulação – DEModulação. Os
protocolos ITU-T especificam padrões de modem levando em consideração a velocidade
com que eles trocarão dados entre si. Os padrões de modem (e seus protocolos) mais

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comuns são: 14.400 bps (V.32 bis); 28.800 bps (V.34); 33.600 bps (V.34 melhorado) e
57.600 bps (V.90).
 Placa de rede - A placa de interface de rede ou (Network Interface Card – NIC) é um
dispositivo que atende a camada de nível 1 e também a de nível 2. É instalada dentro do
computador e é a responsável pela conexão do hardware com o meio físico de
transmissão. Necessita sempre da instalação de seu driver, ou seja, do software que a
faz executar as funções necessárias para a rede. Pode ter entrada para um ou mais tipos
de conectores.

 Hub – É um dispositivo que permite interligar vários nós de uma rede. Tem várias linhas
de entrada que ele conecta eletricamente. Os dados que chegam a qualquer destas
entradas são enviados a todas as outras, ou seja, ele retransmite o que chega para todos
os nós da rede, não analisando endereços. Vai ocorrer colisão se dois dados chegarem
ao mesmo tempo. Todas as placas que enviarem dados para um hub devem estar
operando na mesma velocidade. Normalmente não amplificam os sinais de entrada e são
projetados para conter várias placas de expansão. As entradas são denominadas portas
que podem ser 8, 16, 24 ou 32, de acordo com o modelo e fabricante.

A B C D

HUB

E F G H

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 Repetidor – É um dispositivo analógico que tem como finalidade conectar dois


segmentos de um cabo. Um sinal que aparece em um deles é amplificado e colocado no
outro. Há portanto uma regeneração de sinais. Não reconhece quadros, pacotes ou
cabeçalhos, somente volts. Um exemplo clássico de sua utilização é em redes Ethernet
onde o limite entre nós de 500 metros pode se ampliar até 2.500 m com a colocação de
um máximo de 4 repetidores no caminho.

REPETIDOR
SINAL

REPETIDOR

Formas de transmissão por meios não guiados – São as transmissões sem fio (wireless).
Baseiam-se nas ondas eletromagnéticas que foram previstas pelo físico inglês Maxwell e
comprovadas pelo físico alemão Hertz. Geralmente estão sujeitas a uma série de
interferências do ambiente, como interferências elétricas, magnéticas, do clima e até mesmo
de obstáculos no meio do caminho. A rede sem fio é uma alternativa viável onde é difícil ou
mesmo impossível implantar uma rede física. É imprescindível para comunicação entre
computadores portáteis em ambiente de rede móvel. É uma solução em aplicações militares
onde um problema com cabos pode paralisar toda a comunicação. É um complemento para
as redes convencionais: um computador sem fio pode se comunicar, através de antenas,
com um nó da rede e daí a informação pode seguir por fios e cabos até o destino.

 Transmissão por Rádio-difusão – as ondas de rádio são fáceis de gerar, podem percorrer
longas distâncias, atravessar prédios e viajam em todas as direções sem necessidade de
alinhamento rigoroso entre emissor e receptor. Estão sujeitas a uma série de
interferências e podem também interferir em outras transmissões. Por isto, são
rigorosamente controladas pelos governos.
 Transmissão por microondas – Acima de 100 MHz as ondas de rádio-frequência
praticamente caminham em linha reta e podem ser concentradas em um feixe estreito.
Exigem alinhamento perfeito entre a antena de emissão e a de recepção, sem obstáculos
pelo caminho (visada direta). Todo o sistema telefônico de longa distância e o sistema de
distribuição de sinais de TV brasileiros eram por microondas, até o surgimento das fibras
ópticas.
 Transmissão por ondas de infravermelho – são ondas milimétricas muito utilizadas na
comunicação de curto alcance. São bem direcionais, baratas e fáceis de montar mas não
atravessam objetos sólidos. Seu uso atualmente está restrito a aparelhos domésticos que
fiquem dentro de um mesmo espaço físico, como ligar TVs, vídeos, ou mesmo para
conectar mouse, notebooks ou impressoras aos computadores.

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 Transmissão Via satélite – satélites amplificadores e repetidores de comunicações


colocados em órbita ao redor da Terra tem um importante papel nas transmissões sem
fio.
Existem atualmente três grandes tipos de satélites de comunicação. Os que ficam em
órbitas geoestacionárias na altitude de 35.800 Km e que para alguém da Terra parecem
fixos no espaço. Os dados que chegam ao satélite são retransmitidos de volta para
grandes antenas na Terra que se encarregam da distribuição para suas redes. Não há
controle de privacidade e segurança das mensagens transmitidas.
Os satélites de órbita média que ficam a mais ou menos 15.000 Km de altitude. Precisam
ser acompanhados em suas órbitas. Os satélites GPS (Global Positioning System) estão
neste caso.
Satélites de órbita baixa – Girando a aproximadamente 1.000 Km de altitude, com
movimento muito rápido, há necessidade de uma quantidade grande de satélites para se
ter um sistema de comunicação completo. Atualmente existem 2 sistemas para
comunicação de voz e um para a Internet em utilização/projeto.

O Projeto Iridium previa 77 satélites depois alterado para 66, que permitiriam a qualquer
usuário de seus telefones estar sempre enxergando um deles. O objetivo é permitir
transmissão de dados de qualquer lugar para qualquer lugar do planeta, via satélites.

O Projeto Globalstar é uma alternativa ao Iridium. 48 satélites mais um sistema de


antenas na Terra permitiriam que uma chamada refletida no satélite seguisse por uma
rede terrestre até chegar ao destino, transferindo a complexidade do sistema para o solo,
onde a administração é mais fácil.

O projeto Teledesic prevê a utilização da Internet sem depender dos sistemas telefônicos
e com alta largura de banda, utilizando 30 satélites em órbita baixa. Cada satélite tem
capacidade de rotear os pacotes para seus satélites vizinhos.

Bibliografia:

1. SOARES, L. F. G., LEMOS,G. e COLCHER, S.: “Redes de Computadores: das LANs,


MANs e WANs às Redes ATM”, 2ª Ed., Rio de Janeiro, Ed. Campus, 1995.

2. TANENBAUM, A. S.: “Redes de Computadores”, Tradução da 4ª edição, Rio de


Janeiro, Ed. Campus, 2003.

3. GALLO, MICHAEL A., HANCOCK, W. M.: “Comunicação entre Computadores e


Tecnologías de Rede”, São Paulo, 2003.

Recomendação

Ler capítulo 4, itens 4.1 e 4.3, capítulo 5, itens 5.2.2, 5.3, 5.4 e capítulo 6, do livro 1, da
bibliografia.

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