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Este documento resume a obra "O Príncipe", de Maquiavel, considerado um dos idealizadores do absolutismo europeu. A obra analisa as ações de governantes históricos e introduz conceitos como "Estado" e "virtú". Embora tenha sido criticado por defender a violência em certas circunstâncias, Maquiavel acreditava que ela poderia ser usada de forma limitada e necessária para garantir a segurança do Estado. Sua análise da relação entre fins e meios no poder continua sendo relevante e despertando debates.
Deskripsi Asli:
Resenha crítica feita a partir da leitura de O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
Este documento resume a obra "O Príncipe", de Maquiavel, considerado um dos idealizadores do absolutismo europeu. A obra analisa as ações de governantes históricos e introduz conceitos como "Estado" e "virtú". Embora tenha sido criticado por defender a violência em certas circunstâncias, Maquiavel acreditava que ela poderia ser usada de forma limitada e necessária para garantir a segurança do Estado. Sua análise da relação entre fins e meios no poder continua sendo relevante e despertando debates.
Este documento resume a obra "O Príncipe", de Maquiavel, considerado um dos idealizadores do absolutismo europeu. A obra analisa as ações de governantes históricos e introduz conceitos como "Estado" e "virtú". Embora tenha sido criticado por defender a violência em certas circunstâncias, Maquiavel acreditava que ela poderia ser usada de forma limitada e necessária para garantir a segurança do Estado. Sua análise da relação entre fins e meios no poder continua sendo relevante e despertando debates.
Anlise da obra de Maquiavel, um dos idealizadores do absolutismo europeu e pai do conceito de Estado moderno. Na tentativa de construir uma viso panormica da poltica italiana, a obra O Prncipe (Porto Alegre: L&PM, 2014), escrita em 1513 por Niccol di Bernardo dei Machiavelli, mostra as diferentes falhas e acertos que os Prncipes, ao longo da Histria, cometeram ao encontrar-se no comando do Estado. Embora, em sua essncia, o livro tenha sido feito apenas como um obsquio a Lorenzo II de Medici, suas palavras reverberam at hoje, assumindo considervel importncia na maneira em que se estruturam as relaes de poder. O ensaio maquiaveliano inicia revelando prontamente o seu objetivo: no se trata de um manual que pretende ditar regras na conduta poltica do soberano. Trata-se simplesmente de um volume que condensa o entendimento do autor a respeito das aes de grandes personagens, o qual fora adquirido na observao dos episdios daquele tempo e na leitura incisiva dos episdios mais antigos. Entretanto, preciso muita cautela ao ler os discursos do autor italiano. H certas passagens em seu texto que no condizem completamente com a compreenso atual dos fatos histricos, seja pelo arranjo intencional da realidade ao seu discurso, seja pela eventual discrepncia entre o estudo contemporneo da Histria e o estudo desta h mais de cinco sculos. Dividida em 26 captulos, a composio textual de O Prncipe possui elementos peculiares que realam ainda mais a magnitude da obra: foi a primeira vez que se utilizou a palavra Estado, derivada do latim status. O ttulo original do livro fora De principatus (em portugus: Dos Principados), sendo editado cinco anos aps a morte de Maquiavel. So, no entanto, os conceitos de virt (mrito, competncia) e fortuna (sorte, acaso) a principal marca de sua construo terica, repetindo-os constantemente ao longo do texto. Para Maquiavel, o Prncipe deveria poder contar com ambos atributos, priorizando a virt, j que esta pressupe uma consolidao no poder que no advm da sorte, mas do engenho, o que lhe permitiria conservar com maior facilidade os seus principados. Entre os temas abordados no livro, a questo do uso da violncia talvez seja uma das mais emblemticas. Pelo fato do autor fazer aluso existncia de crueldades proveitosas, sua obra tornou-se alvo de inmeras crticas e a expresso maquiavlico tornou-se sinnimo de diablico. preciso entender o contexto em que a obra foi escrita, colocar-se de volta aos sculos XV e XVI e enxergar o modo como se concebia a poltica at ento. Naquele perdo de transio do feudalismo para a modernidade, as guerras eram a principal fonte de sustentao dos regimes europeus, uma vez que garantiam recursos e terras ao Estado, assim como consolidavam o respeito e a submisso do povo para com o governante. Nesse cenrio, cabia ao Prncipe a funo de garantir a proteo dos cidados, fosse por meio de exrcitos prprios, fosse por meio de milcias. Com efeito, Maquiavel defende a violncia em certas circustncias, usada uma nica vez e por necessidade de segurana. J aquela que s tende a aumentar com o passar do tempo, ele a repudia por consider-la contraproducente. Outro aspecto que merece destaque o assunto referente aos fins e aos meios utilizados para sustentar-se no poder. Embora inmeros leitores acreditem que na obra maquiaveliana est implcita a ideia de que os fins justificam os meios, ela imprecisa e faz uma interpretao superficial de suas palavras. Em verdade, Maquiavel argumenta que para cada fim, haveria um meio adequado. Sendo assim, o Prncipe deveria dispr de todos os recursos possveis para permanecer no poder, sabendo qual deles usar em face das circunstncias que lhe fossem apresentadas. Com isso, o italiano Niccol di Bernardo dei Machiavelli abriu as portas quilo que viria a ser chamado sculos mais tarde de cincia poltica. Atualmente as relaes de poder so mais densas, envolvem uma srie de conhecimentos que no Renascimento cultural italiano ainda no haviam sido concebidos. Mesmo assim, o legado de sua obra continua a trazer reflexes sem precedentes, capazes de despertar a curiosidade de quem entra no universo de O Prncipe pela primeira ou pela centsima vez.