0 penilaian0% menganggap dokumen ini bermanfaat (0 suara)
576 tayangan6 halaman
O documento discute a Escala de Avaliação Perceptiva da Fonte Glótica RASAT, uma adaptação da escala GRBAS para avaliação vocal no Brasil. A escala RASAT avalia Rouquidão, Aspereza, Soprosidade, Astenia e Tensão em 4 níveis, sendo proposta para triagem vocal em larga escala no país.
O documento discute a Escala de Avaliação Perceptiva da Fonte Glótica RASAT, uma adaptação da escala GRBAS para avaliação vocal no Brasil. A escala RASAT avalia Rouquidão, Aspereza, Soprosidade, Astenia e Tensão em 4 níveis, sendo proposta para triagem vocal em larga escala no país.
O documento discute a Escala de Avaliação Perceptiva da Fonte Glótica RASAT, uma adaptação da escala GRBAS para avaliação vocal no Brasil. A escala RASAT avalia Rouquidão, Aspereza, Soprosidade, Astenia e Tensão em 4 níveis, sendo proposta para triagem vocal em larga escala no país.
Escala de avaliao perceptiva da fonte gltica: RASAT
Dra. Slvia Rebelo Pinho
Diretora do INVOZ - Instituto da Voz Chefe do Departamento de Voz do CEFAC Centro de Especializao em Fonoaudiologia Clnica Dr. Paulo Pontes Diretor do INLAR - Instituto da Laringe Professor Titular de ORL da UNIFESP - Universidade Federal de So Paulo
Vrias propostas de avaliao vocal perceptiva tm sido apresentadas na
literatura mundial. O enfoque principal destas propostas consiste em analisar a voz em dois setores: 1) Fonte (sinal larngeo): quando a avaliao perceptiva da voz realizada considerando-se as alteraes da vibrao da mucosa das pregas vocais. Neste caso a anlise restringe-se ao som produzido na fonte gltica, relacionando-se freqncia fundamental e aos harmnicos. Exemplo: carcinoma gltico, ndulos vocais, edemas de prega vocal, etc. 2) Filtro (sinal de sada): quando a avaliao vocal perceptiva realizada considerando-se a passagem dos harmnicos produzidos pela fonte gltica atravs trato vocal (efeito de filtragem do som). Nesta situao, a anlise mais ampla e inclui tambm os aspectos vocais ligados articulao e ressonncia. As escalas de avaliao vocal perceptiva mais difundidas so: GRBAS, criada pelo Comit para Testes de Funo Fonatria da Sociedade Japonesa de Logopedia e Foniatria (SJLF) em 1969, para avaliao da voz em nvel gltico e Modelo Fontico de Descrio da Qualidade Vocal Fonte e Filtro (Laver, 1980), para avaliao global da voz.
A escala GRBAS, para avaliao vocal perceptiva no nvel gltico foi
considerada por Hirano (1981) escala de rouquido, onde G - Grade, significa no dicionrio da lngua portuguesa, Grau; R - Rough, spero; B - Breath, Soproso; A - Asthenic, Astnico; S - Strain, Tenso. Para a triagem vocal realizada na populao brasileira durante a Campanha Nacional da Voz de 2001, organizada pela Sociedade Brasileira de
Laringologia e Voz (SBLV), optamos pela utilizao da escala GRBAS. A
razo para tal escolha justifica-se, j que o enfoque da Campanha foi o carcinoma gltico e escala GRBAS apresenta-se como instrumento eficaz na identificao perceptiva de distrbios vocais relacionados irregularidade vibratria das pregas vocais - fonte gltica. Alm disto, um procedimento de aplicao rpida considerando-se o grande nmero de pessoas a serem avaliadas. A traduo fiel para o portugus do termo Rough spero, realizada por Pinho, Pontes (2001), utilizada no contedo do vdeo explicativo da GRBAS dirigido aos coordenadores da Campanha, levou-nos a fazer uma adaptao na escala que, originalmente, no contemplava claramente o aspecto aspereza, caracterstico dos quadros de rigidez de mucosa e importantssimo na avaliao perceptiva da voz diante de carcinoma gltico. O termo Rough na lngua inglesa, geralmente utilizado para caracterizar irregularidade da vibrao sendo, portanto, impreciso na distino entre os aspectos perceptivos de rouquido e aspereza. Analisando a fita de casos clnicos ilustrativos da GRBAS no vdeo original, elaborado pela SJLF, observamos que as amostras vocais intensamente irregulares foram consideradas Rough independentemente se o componente spero ou rouco predominasse. Em nossa opinio, os termos Hoarse para rouquido e Harsh para aspereza seriam mais precisos. Para Isshiki (1980) a rouquido, justifica-se por irregularidade vibratria da mucosa das pregas vocais durante a fonao devido : presena isolada de fenda gltica maior ou igual a 0,5 mm2 (valor aproximado, baseado em pesquisas experimentais desenvolvidas pelo autor em laringes humanas extirpadas); presena isolada de alterao orgnica em mucosa vibratria ou; fenda de qualquer dimenso aliada presena de alterao orgnica de mucosa vibratria. Exemplo caracterstico de rouquido ocorre nos ndulos vocais, hiperemias e edemas. Esta situao gera rudos adventcios em baixa freqncia (Hirano et al, 1990; Hammarberg, Gauffin, 1995; Hammarberg, 2000), mascarando no traado espectrogrfico os harmnicos inferiores. A voz apresenta-se irregular, produzindo rudo similar ao som de uma bandeira tremulando ao vento forte. O aspecto perceptivo, mais especfico, relativo aspereza, relaciona-se rigidez de mucosa, que tambm causaria certa irregularidade vibratria dependendo da presena ou no de fenda gltica e de associaes com outras alteraes larngeas como, por exemplo, edema. Entretanto, em casos onde o fator rigidez predomina, a qualidade vocal bem caracterstica, com impresso de voz seca e sem projeo. Em anlise acstica, estas vozes so caracterizadas pela presena de rudos em alta
freqncia (Hirano et al, 1990; Hammarberg,Gauffin, 1995; Hammarberg,
2000). Isto, provavelmente se deve ao grande desperdcio de ar durante a emisso vocal, necessrio para desencadear vibrao da mucosa rgida, favorecendo a visualizao de harmnicos inferiores. O exemplo clssico de voz spera por rigidez de mucosa encontrado nos casos de sulco vocal. Cistos, pontes e bolsas geralmente apresentam voz spera associada rouquido mais intensa, devido presena de edema que freqentemente os acompanha. Apoiados nestes dados e, tambm considerando a definio de rouquido obtida atravs dos experimentos de Isshiki (1980), adaptamos a GRBAS e passamos a utiliz-la realmente como uma escala de avaliao de rouquido, conforme sugere Hirano (1981) em seu livro, j que todos os aspectos da escala podem estar relacionados irregularidade vibratria. Conseqentemente, passamos a considerar o Grade, originalmente tratado como grau geral de desvio da voz pela SJLF, como grau de rouquido e os demais aspectos nos termos correspondentes exata traduo do ingls para a lngua portuguesa conforme mencionamos acima. Em nossa opinio, utilizar Grade como grau geral de desvio da voz no seria conveniente, j que alteraes vocais tambm podem ocorrer por desajustes de outros setores do trato vocal. Desta maneira visamos alcanar um consenso a respeito do julgamento auditivo e suas correlaes fisiolgicas. Os demais aspectos no apresentaram controvrsias, sendo: A soprosidade corresponde presena de rudo de fundo, audvel e cujo correlato fisiolgico mais freqente a presena de fenda gltica. Vale lembrar que, excepcionalmente, podemos encontrar soprosidade em casos de extrema rigidez de mucosa na ausncia de fenda gltica. A astenia, correlacionada a hipofuno das pregas vocais e pouca energia na emisso, como observado em casos neurolgicos, por exemplo, miastenia gravis. A tenso, associada ao esforo vocal por aumento da aduo gltica (hiperfuno), geralmente relacionado ao aumento da atividade da musculatura extrnseca da laringe, causando sua elevao. Exemplo: disfonia espasmdica de aduo, sndromes vocais tensionais, etc. Tambm utilizamos a graduao originalmente proposta para a escala GRBAS em cada um de seus tpicos de acordo com o envolvimento vocal em 4 nveis: normal (0), leve (1), moderado (2) e intenso (3). Consideramos: Normal (0) quando nenhuma alterao vocal percebida
pelo ouvinte; Leve (1) para alteraes vocais discretas ou em caso de
dvida se a alterao est presente ou no; Moderado (2) quando a alterao evidente e; Intenso (3) para alteraes vocais extremas. Tambm consideramos a possibilidade de graduao de 1 para 2 e 2para 3, como viveis para determinar distrbios intermedirios. As emisses utilizadas para o julgamento perceptivo da voz so: vogal /a/ prolongada (vogal mais aberta), vogal /e/ (por ser utilizada no exame laringolgico) e amostra de fala encadeada. O especialista na rea de voz deve ter habilidade para integrar as dimenses perceptivas, acsticas, fisiolgicas e psicolgicas da voz durante sua avaliao. Assim sendo, seu julgamento perceptivo deve ser considerado em sua hiptese diagnstica. Alteraes vocais relativas escala GRBAS no momento da emisso implicam, necessariamente, em achados laringoscpicos que as justifiquem. Nestes casos, se o exame laringolgico convencional no identificar nenhuma alterao orgnica, torna-se imprescindvel realizao de avaliao mais detalhada por laringoestroboscopia. Piccirillo et al (1998) julgaram importante anexar GRBAS o tpico instabilidade (instability)caracterizando GRBASI. Discordamos da proposta por considerarmos que a instabilidade vocal freqentemente corresponde ao tremor de estruturas do trato vocal afastando-se do objetivo de avaliar exclusivamente alteraes vocais provenientes da fonte gltica. Para facilitar o procedimento de triagem vocal perceptiva no nvel gltico em nosso pas e afastando questes de controvrsia envolvendo a GRBAS, sugerimos a adoo de nova sigla: RASAT, onde R corresponde rouquido; A, aspereza; S, soprosidade; A, astenia e T, tenso. A graduao de 0 a 3 e seus intermedirios ser mantida para cada tpico avaliado. Desta maneira, julgamos estar contribuindo para a utilizao deste instrumento em novas campanhas e na avaliao do clnico especialista na rea de voz.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS Comit para testes de funo fonatria da Sociedade Japonesa de Logopedia e Foniatria - Fita de Vdeo ilustrativo da GRBAS, 1969.
Hammarberg B, Gauffin J Perceptual and acoustics characteristics of
quality differences in pathological voices as related to physiological aspects. In: Fujimura O, Hirano, M Vocal fold physiology. San Diego, Singular Publishing Group Inc., 1995. p. 283-303. 1995. Hammarberg B Voice research and clinical needs. Folia Phoniat. Loop., 52: 93-102, 2000 Hirano M.- Clinical examination of voice. - Viena, Springer-Verlag, 1981, 100p. Hirano M, Yoshida T; Tanaka S, Hibi S - Sulcus vocalis: functional aspects. Ann. Otol. Rhinol. Laryngol.; 99:679-83, 1990. Isshiki N - Recent advances in phonosurgery. Folia Phoniatr. (Basel), 32:119-54, 1980. Laver J.- The phonetic description of voice quality. Cambridge University Press, Cambridge, 1980. Pinho SMR, Pontes PAL - Vdeo explicativo da escala GRBAS dirigido aos coordenadores da Campanha Nacional da Voz - So Paulo - 2001. Piccirillo JF, Painter C, Fuller D, Haiduk A, Fredrickson JM Assessment of two objective voice function indices. Ann. Otol. Rhinol. Laryngol.; 107 (5Pt1): 396-400, 1998.
Fonte: www.invoz.com.br
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.
O processo de aquisição da linguagem de crianças surdas com implante coclear em dois diferentes contextos: aplicação do método Extensão Média do Enunciado (EME) e apresentação de estudos dos estágios de aquisição com dados em Língua de Sinais