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O “Ouro Negro” está

acabando
Saiba sobre a tão
comentada crise
energética e como o
Brasil pode ajudar na
questão
H á apenas cinco anos, o barril de petróleo
custava cerca de trinta dólares. Hoje,
o preço mais que quadruplicou. Nas Guer-
ras que abalaram o mundo o preço sempre
se elevava, mas nunca houve acréscimos tão
grandes. Para quem ouve estas notícias de
forma distante e indiferente, saiba que é algo
que afeta diretamente a todos. Se o leitor não
acredita, basta prestar atenção nos altos preços
que paga ao abastecer seu automóvel.
Os estudos mais credibilizados sobre o
petróleo afirmam que ele é uma substância
originada de restos orgânicos animais e veg-
etais transformados ao longo de milhares de
anos. Seu alto valor e procura o caracterizam
como “ouro negro” e se refletem pela utili-
dade de seus diversos derivados como o gás
natural, asfaltos, querosene, solventes, óleos
combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel,
combustível de aviação, entre outros.
O primeiro poço de petróleo foi descobe-
rto em 1859, na cidade de Pensilvânia, nos
Estados Unidos. Curiosamente, o país da
descoberta é o que mais utiliza o produto e
necessita de um aumento cada vez mais pro-
gressivo de importações. O local onde se con-
centra a maior quantidade de poços petrolífe-
ros é o Oriente Médio, que já foi cenário de
inúmeras guerras pela disputa do desejado
“ouro negro”.
Atualmente, ainda não se pensa no fim de-
finitivo do petróleo, mas é algo que começa
a se concretizar com a intensa exploração e
sua utilização exacerbada. Aliado a isto, os
ambientalistas constantemente protestam
contra o alto grau de poluição provocado pelo
petróleo, apontado como o grande responsáv-
el pelo efeito estufa e, conseqüentemente, o
aquecimento global.
Com a escassez batendo à porta dos países
e as pressões por um mundo mais “limpo”,
estuda-se incessantemente a substituição por
novas fontes energéticas mais abundantes e
menos poluidoras. É neste ponto que aparece
o Brasil com a produção do etanol.

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Energia não-poluente?
Longe de ser uma energia não po- ambiente. Outro motivo de preocupa- é sua possibilidade de renovação.
luente, a alcunha de “energia limpa” ção é a queimada da cana, que gera Como a matéria-prima do etanol é a
se deve ao fato de gerar menos po- cinzas poluentes. cana, ela pode ser replantada enquan-
luentes do que o petróleo. O etanol Mesmo com esses contrapontos, o to houver condições para isso. Essa
lança na atmosfera quantidades mui- etanol continua sendo apontado como característica de energia renovável
to menores de monóxido de carbono “energia limpa”, graças aos prejuízos se torna uma solução ao grande prob-
e óxido de nitrogênio do que a gaso- ambientais maiores causados pelo lema da escassez que ocorreu com o
lina. Porém, ao ser produzido, o eta- petróleo. petróleo e, conseqüentemente, pos-
nol produz um ácido conhecido como Certamente, a grande vantagem sibilita que ele seja usado de forma
“vinhoto”, de extremo perigo ao meio do etanol em frente ao “ouro negro” mais efetiva.

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Etanol do Brasil: seria a solução?
Quando os processos de industrialização e globalização como a grande responsável pela fome mundial. Realmente,
estavam encantados com as maravilhas do petróleo, as usi- o plantio aumenta a cada dia. Entre 2000 e 2006, a área de
nas de álcool eram vistas como uma herança ultrapassada plantio da cana cresceu 43%.
do antigo sistema colonial. Hoje, com o perigo da escassez A tendência pela lenta substituição do petróleo já pode
do petróleo e com os bolsos do mundo inteiro doendo, as ser observada no aumento dos carros Flex - que misturam
grandes esperanças acabam se voltando ao álcool. gasolina e álcool – se espalhando pelo mundo. Esta alte-
O potencial energético brasileiro apontado como a ração da industria automobilística mostra o tamanho da
solução da crise energética mundial é refletido nas grandes preocupação.
plantações de cana-de-açúcar. A relação estabelecida se Graças aos fatores já citados das condições favoráveis
baseia no chamado etanol, uma energia considerada limpa do Brasil, o país pode em pouco tempo se tornar um dos
pela menor quantidade de poluentes que lança na atmos- primeiros no ranking de produção do etanol, mas para isso
fera. precisa de um programa concreto para sua utilização e dis-
Apesar de não ser a única fonte para a produção de tribuição. Hoje, quase todo o etanol produzido é para o
álcool combustível, a cana-de-açúcar é que tem maior po- mercado interno.
tencial energético. Sua ligação com o Brasil é devido à alta Outro problema é o estratagema utilizado pelos usinei-
produtividade, uma vez que a cana encontra no país o tipo ros durante todo o comércio de açúcar. A artimanha fun-
de solo e o clima propício para seu desenvolvimento. ciona em controlar a lei da “oferta-e-procura” e se baseia
Além de grande produtor, o Brasil começa a se portar em diminuir a produção do produto toda vez que seu preço
como um modelo a ser seguido, pois começa a estimular está baixo. Forçando seu aumento. Com o etanol isto não
grandes produtores como Jamaica, Nigéria e Índia a seguir pode ocorrer, pois a economia necessita de planejamento
os moldes da produção brasileira. Algo bastante benéfico, e confiança externa. Não se pode deixar a economia mun-
uma vez que é necessário inúmeros países produzindo para dial ser controlado como sempre foi feito com o mercado
não criar um ciclo de dependência. de açúcar.
Segundo estudos, cada hectare plantado de cana-de-açú- Se o Brasil programar políticas poderá “tirar proveito”
car no Brasil produz 6.000 litros de etanol. E esse número de uma crise anunciada e se erguer perante a economia
com certeza crescerá devido aos avanços tecnológicos que mundial, se tornando um herói tanto aos processos de in-
serão desenvolvidos e dispensados ao setor. dustrialização – que dependem da energia para progredir
Um dos pontos de maior discussão é a grande quan- –, dos ambientalistas – que dependem de alternativas para
tidade de área que vem sendo reservada ao plantio da fazer o mundo “respirar” – e da grande maioria dos con-
cana-de-açúcar. Para alguns governantes, a substituição da sumidores – que não agüentam mais gastar seu suado din-
plantação de produtos alimentícios vem sendo apontada heiro com os altíssimos preços de combustíveis.

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