Em Psicologia têm surgido imensas teorias reltivas ao conceito de motivação, o que tem
dificultado o processo de delimitação do próprio conceito e até do campo de acção da
Psicologia da Motivação.
Atitude anti-teórica
Atitude eclética
Atitude integrativa
A integração permite:
Motivação:
Concepção Mecanicista
Concepção Cognitiva
Os modelos expectativa-valor alegam que não são os estímulos que causam a acção, mas os
objectos ou metas pessoais, uma vez que o alcance de certas metas permite a realização
pessoal.
Teorias.
Insatisfação Satisfação
Insucesso na profissão Necessidades de Realização Sucesso na profissão
Desprazer no trabalho Prazer no trabalho
Baixo status Necessidades de Estima Status
Sensação de inequidade
Pense em algo que tenha acontecido no seu trabalho e que o tenha feito sentir-se
especialmente satisfeito ou insatisfeito.
A teoria dos dois factores de Herzberg apresenta muitos pontos comuns com a de Maslow,
existindo mesmo autores que têm procurado fazer corresponder as necessidades de Maslow
aos factores de Herzberg (Jesus, 1996)
Teoria X:
Poucas pessoas são ambiciosas, têm desejo de responsabilidade; a maioria prefere ser
orientada pelos outros.
A maioria das pessoas tem pouca capacidade para criar e encontrar solução para os
problemas das organizações.
Teoria Y:
O trabalho é tão natural quanto o jogo, desde que as condições sejam favoráveis.
A capacidade para criar e resolver problemas das organizações está muito distribuída na
população.
A motivação ocorre no nível social, de estima e auto-realização, bem como no nível fisiológico
e de segurança.
O lider tem
confiaça nos
subordinados
Os subordinados
trabalham sobre a O líder delega e
sua informa
responsabilidade
O lider toma
Os subordinados
decisões em
estão satisfeitos
cooperação
A teoria Y garante que os indivíduos são determinados por necessidades de ordem superior.
Não há evidência empírica que permita considerar como unicamente válidos os pressupostos
da teoria Y. Nem a garantia de que se alterarmos os nossos comportamentos de acordo com
esses pressupostos haverá um aumento na motivação dos indivíduos.
Para MClelland estas necessidade são aprendidas no contexto das experiências de vida do
indivíduo, sendo sobretudo as práticas educativas na infância as que determinam a realização
do indivíduo. Assim, contempla as diferenças intra e inter-individuais.
Robbins (1996) considera que os dados utilizados pelo autor apresentam uma generalização
limitada, uma vez que foram obtidos a partir de amostras constituídas apenas por homens
americanos.
A perspectiva de uma alta realização funcionar como factor motivador intrínseco pressupõe o
desejo de aceitar tarefas de risco (exclui países com elevado grau de instabilidade e incerteza
face ao futuro), o que varia consoante as características culturais.
C = Ts + Tf
A tendência para alcançar o sucesso é função do motivo para alcançar o sucesso (Ms), da
probabilidade subjectiva de que o empenho será seguido de sucesso (Ps) e do valor do
incentivo do sucesso (Is).
(Ts = Ms x Ps x Is)
A tendência para evitar o fracasso é função do motivo para evitar o fracasso (Mf), da
expectativa de fracasso (Pf) e do valor negativo do fracasso para o sujeito (If).
(Tf = Mf x Pf x If)
O medo do fracasso é a antítese da tendência para alcançar o sucesso. Leva ao evitamento das
tarefas que possuam contribuir para o sucesso e é inibitório por natureza (Atkinso & Raunor,
1974).
Estão mais preocupados com a realização pessoal do que com a recompensa de sucesso;
Generalizar uma situação frustrante passada e acreditar que vai ser sempre assim;
Aptidões
e recursos
Exigências
Desafio Problema
Fazer uma lista dos seus recursos e capacidades, relevando os sues pontos fortes;
Fazer uma coisa de cada vez. Confiar nas suas capacidades. Deixar o passado e concentrar-se
no presente (step-by-step);
Reapropriar-se do seu próprio poder. Não exagerar o poder dos outros (Assertividade);
Os sujeitos com maior motivo de realização e menor ansiedade apresentam maior actividade
orientada para a realização, na direcção do comportamento, na performance e na persistência;
Os sujeitos, de qualquer classe social, com maior motivo de realização apresentam melhores
resultados escolares;
Os sujeitos com Ms > Maf aumentam o nível de aspirações após o sucesso e diminuem após o
fracasso;
Após o fracasso, os sujeitos com Ms > Maf são mais persistentes em tarefas fáceis, enquanto
aqueles com Ms < Maf são mais persistentes em tarefas difíceis;
No domínio das teorias da expectativa, a teoria de Vroom é considerada uma das mais aceites,
visto constituir uma conceptualização pioneira no âmbito dos modelos cognitivos de
expectativa-valor.
De acordo com Ferreira et al. (2001), Vroom baseou-se em três tipos de relações para formular
a sua teoria da expectativa:
Relação Esforço/Desempenho
Relação Desempenho/Recompensa
Expectativa: aquilo que a pessoa antevê como provável resultado, em função do seu
desempenho;
A teoria da aprendizagem social pretende explicar e prever as escolhas que os sujeitos fazem
quando confrontados com diversas alternativas ao comportamento, em situação de tomada
de decisão (Jesus, 2000).
C = f (E & V)
Segundo o autor, existe uma relação independente entre as variáveis expectativa e valor, o
facto de se valorizar muito alguma coisa não quer dizer que se tenha grandes expectativas.
Expectativa Valor
+ -
- +
+ +
+ +
O desconhecimento dos meios para alcançar os fins. (fornecer valor instrumental aos meios).
Em tarefas de controlo interno a expectativa do sucesso é maior após o sucesso, enquanto que
em tarefas de controlo externo a expectativa de sucesso é maior após o fracasso.
A escala apresenta 29 itens que representam uma amostragem de crenças relativas a seis
categorias: reconhecimento académico; amor e afecto, reconhecimento social; gestões
sociopolíticas, dominância; filosofia de vida.
No entanto os indivíduos com maior internalidade têm mais motivação para a realização e
apresentam menos sintomas depressivos.
Findley e Cooper (1983) analisaram 98 estudos e concluíram que, em geral, os alunos com
expectativas de controlo interno obtêm melhores resultados escolares, comparativamente
com aqueles que apresntam expectativas de controlo externo.
No caso dos professores, aqueles que apresentam maior internalidade têm menos nível de
stress profisional e maior satisfação profisional; enquanto que os professores com amior
externalidade têm maior tendência para o mal estar docente (Jesus, 2000).
Distingue três grandes dimensões das atribuições, sendo que cada uma deve ser entendida
num conjunto bipolar.
Controlabilidade: refere-se à capacidade que o sujeito julga possuir para actuar sobre a causa,
modificando-a ou não, ou seja, se é global ou específica.
Antecipação
emocional &
Resultado (desejado) Comportamento
Expectativa de
sucesso/fracasso
Reacçaõ emocional
& Expectativa de Atribuição Resultado (obtido)
sucesso/fracasso
Comportamento
Resultado
Atribuição Sucesso Fracasso
Interna – Estável Auto-confiança Desânimo
(i.e. capacidade)
Interna – Instável Satisfação Desgosto
(i.e. esforço imediato ou
estado de ânimo)
Externa – Estável Esperança Desinteresse
(dificuldade da tarefa)
Externa – Instável Surpresa Espanto
(Sorte)
As investigações têm verificado que quanto mais internas, estáveis e globais forem as
atribuições para os fracassos obtidos, maior a expectativa de fracasso e consequentemente,
maior desânimo.
Domínio educativo.
Os estudos têm demonstrado que os alunos que atribuíam o seu insucesso numa avaliação a
causas estáveis obtinham notas mais baixas na avaliação seguinte, em comparação com
aqueles que atribuíam o seu insucesso a causas instáveis. As expectativas de sucesso e o grau
Domínio Sociocultural.
Domínio clínico.
Um estudo de Eiser, Raw e Sutton (1985), constatou que os fumadores que atribuem o
insucesso a deixar de fumar a causas instáveis apresentam maiores expectativas de sucesso,
relativamente ao comportamento de deixar de fumar, o qual influencia a respectiva intenção.
Os indivíduos expostos a fracasso incontrolável sucessivo aprendem que não têm qualquer
influência nos resultados obtidos, desenvolvendo uma postura de desânimo, próxima dos
estados depressivos. (Seiligman, 1976)
Exemplo: o indivíduo que explique o fracasso por falta de capacidade (estável), tende a
diminuir a auto-estima e a manifestar vergonha, o que tem repercussões negativas no
desempenho; enquanto se explica esse fracasso por falta de esforço (instável), pode
desenvolver expectativas de sucesso, aumentando o esforço e melhorando o desempenho.
A presente teoria cognitivista pretende explicar porque é que o sujeito realiza e persiste em
determinadas actividades apenas pela satisfação que estas lhe proporcionam.
Necessidade de competência;
Auto Determinação.
O sujeito procura fazer actividades que o façam sentir competente e auto-determinado, logo
constituem a base da motivação intrínseca.
O desenvolvimento das competências, desde as mais simples às mais complexas, é uma parte
aprendido, sendo a aprendizagem estimulada pela necessidade de competência.
Gottfried (1982, cit in Jesus 2000) verificou que os alunos que apresentam maior motivação
intrínseca para a realização de certas tarefas são aqueles que obtêm melhores resultados
nestas tarefas.
Tem-se verificado que a introdução de recompensas externas, após a realização bem sucedida
de tarefas que os alunos gostam de realizar, faz diminuir o interesse pela realização dessas
tarefas quando a recompensa é retirada.