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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

Licenciatura plena em Matemática

Caroll da Silva Alves

O GRANDE MENTECAPTO

Fernando Sabino

Espírito Santo

2010
SABINO, Fernando. O grande mentecapto. 51ª Ed. RJ: Record, 1998.

Fernando Sabino é formado em direito, se tornou jornalista e escreveu

livros como “O grande mentecapto”, “O encontro marcado” e “A mulher do vizinho”.

Obra resenhada por Caroll da Silva Alves, acadêmica cursando licenciatura

plena em Matemática no Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo.

O romance picaresco O grande mentecapto, escrito por Fernando Sabino,

conta a história de Geraldo Viramundo, um andarilho humilde, simples, puro e

ingênuo.

No decorrer da obra o senso de humor se torna perceptível em suas

palavras e idéias, nos trocadilhos e na escolha dos nomes dos personagens,

Viramundo para os críticos daquela época acabou se tornando um Dom Quixote

(Miguel de Cervantes) mineiro, cheio de sonhos impossíveis, um homem que não

ambiciona os bens materiais e é perdidamente apaixonado por sua amada Marília

que seus amigos o enganam enviando-lhe cartas falsas escrita por ela, da mesma

forma que o personagem espanhol em relação a sua Dulcinéia.

Geraldo Viramundo vive em uma sociedade que não o entende e que ele

não se enquadra, a pureza deste aventureiro o faz ser como um bobo que é

desprezado e usado por seus amigos e o autor faz uma crítica à hipocrisia das

relações humanas em uma sociedade que já se perdeu o sentido da fraternidade.

Viramundo não era conhecido, mas criou fama pelos seus casos incríveis nos quais

se envolve como no dia que ele parou o trem, seu jeito de falar parece ser de um

homem sábio, pois suas experiências como ex-seminarista e ex-militar confunde e

admira todos aqueles com quem convive, ele têm resposta para todas as perguntas

e que ás vezes parece tratar-se de um louco manso e inofensivo.


Viramundo pode ser considerado louco? Mas quem não é. No romance

podemos nos deparar com situações que poderíamos chamar de loucura como da

vez que os habitantes de Mariana quiseram linchar Dª. Peidolina por certas

confissões que fez ao padre (ex-seminarista) errado, até mesmo o diretor do

hospício que parecia ser mais estranho que os próprios internados e o Capitão

Batatinhas que também não era muito certo.

Sabino faz a gente refletir na realidade em que vivemos, será que vale a

pena se aventurar em uma loucura ou continuar vivendo em um imaginário social

fazendo tudo aquilo que as pessoas querem, pois quando lemos o livro temos a

certeza de que o louco é o Viramundo, mas ninguém sabe que os loucos

poderíamos ser nós e não ele.

No começo de sua caminhada ele era idealista e manteve-se assim durante

muito tempo, até encarar a dura realidade da convivência humana, descobre que as

cartas eram falsas, que os amigos eram falsos, que as pessoas ao seu redor eram

falsas e que no final estava só, absolutamente sozinho, sem ninguém. Acaba tendo

um fim trágico morto pelo próprio irmão que não o reconhece, pois a sua aparência

era de um mendigo e sua história pode ser comparada com a Via-Sacra de Cristo

em todos os momentos, inclusive na sua morte.

Sem dúvida esta obra trata-se de uma importante referência a ser indicada

para profissionais de diversas áreas, como: estudiosos de literatura, para estudantes

de ensino médio, historiadores, psicólogos, antropólogos, filósofos e jornalistas.

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