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Capítulo 8: “Risco e Prazer”

Sociedades Ocidentais Contemporâneas:


Objectivo: Prevenção do Risco

“Corpo Civilizado” – Desejo de controlo sobre a vida de cada indivíduo;


Racionalização/Regulação do “Eu” e do “Corpo”; Evitar as vicissitudes do “Destino”

Correr “Riscos desnecessários” – Indivíduos vistos como “Desviantes” em relação ao


padrão de normas do corpo; Irresponsáveis, Carentes de regras, Ignorantes, com Falta
de Habilidade para regular o “Eu”.

Teoria Oposta á do Risco


- Fuga aos modelos de controle e regulação do “corpo”
- Adesão aos Prazeres do “Corpo Grotesco” (que foge ás normas sobre o risco).
- Personificação (?) sensual; Fugas viscerais e emocionais devido ao constante encontro
com o risco.

Crescimento dos “Desportos Radicais”

 Testar os limites da Reacção Humana ao Medo


 Provocar o Perigo
 Tomada de acções de risco para excitação (“Adrenalina”)

Cohen e Taylor: As “Escape Attempts (Tentativas de Fuga) á rotina envolvem sempre


riscos. São formas de quebrar a rotina, e de evitar a previsibilidade, o sentimento de
aborrecimento e a insatisfação que a acompanham.

Giddens: Os indivíduos tendem a possuir respostas ambivalentes ás suas rotinas e


hábitos. Rotinas, rituais e hábitos são importantes para a estabilidade e manutenção da
segurança ontológica. Quando as rotinas são interrompidas, podem produzir-se
ansiedades, medos e hostilidades.

Giddens: Riscos podem também ser cultivados pelos indivíduos para minimizar a
segurança ontológica, um estado onde as pessoas estão apenas preocupadas com os
riscos consequentes das suas acções, mas usando-os para, ao mesmo tempo, contornar
essa segurança.

Lyng: Introduz o termo Edgework – As experiências dos participantes em


actividades perigosas (de risco), feitas de uma forma voluntária, e os
conhecimentos necessários para manter o controle mental quando perante esse
tipo de situações de risco (Força Mental – “Mental Toughness”).

A Força Mental é uma capacidade inata, por isso presente apenas num
conjunto limitado de indivíduos, uma autêntica elite.
• A participação em actividades de risco provoca um sentimento de
adrenalina – libertação mental e corporal em relação ao controle exercício
sobre o corpo e o “Eu”
• Elevação do “Eu”, aproximação á natureza, quebra das “regras” impostas
pela sociedade ao indivíduo = Exteriorização das Sensações e das Emoções,
transgressão dos modelos de comportamento “civilizados”,
• Românticos (Séculos XVIII/XIX) – Pretendem um retorno ás emoções e aos
sentimentos, contra a “Esterilidade Emocional” da vida Moderna

Retorno á autenticidade da natureza: Emoção como papel central na auto-expressão do


“Eu”

• Durkheim: Introduz o termo “Efervescência Colectiva” – Intensa emotividade


produzida através de actividades grupais. Os elementos dos grupos, possuidores
da mesma tendência para desafiar o risco, tendem a perder a sua autonomia,
tornando-se parte de uma “massa/corpo” com um objectivo comum e partilhado.
• A Aderência a situações de risco é parte do projecto de “Crescimento” Pessoal
do Eu

Forma de Auto-Crescimento e Auto-Realização do Indivíduo

• Giddens: O Risco apresenta-se como uma forma de “Quebrar comportamentos


estabelecidos, como os paternais”.
• O não tomar riscos implica uma perda de independência, um estar-se preso aos
velhos hábitos e regras, uma não-evolução enquanto indivíduos.
• Quem enfrenta os riscos é visto como alguém corajoso, que enfrenta a incerteza
dos actos, que tem capacidades para enfrentar o perigo.
• Giddens: No actual mercado de trabalho, a competição e o “arriscar” são
importantes formas de diferenciação dos indivíduos e empresas.
• O enfrentar riscos é visto como uma forma de adaptação ás mudanças de
ambiente. Quem arrisca passa a ser visto como alguém ambicioso, e que quer
sempre ir mais além do que as regras impostas.
• O conceito de “Flexibilidade” refere-se á capacidade do indivíduo que arrisca de
se adaptar a diferentes situações, de ser “maleável” em relação aos perigos que
enfrenta.
• Actualmente, ao indivíduo é requerido um pouco das duas capacidades: a de
seguir a rotina, e a de enfrentar novos riscos.
• O tomar riscos são novas formas de comportamento e auto-formação, de
surgimento de novas experiências de vida e de prazer, como resposta ás
alterações sociais da vida moderna.
Risk-Taking as Gendered Performances

• De todos os grupos sociais, os que mais enfrentam os riscos são os jovens,


particularmente os de sexo masculino.
• Riscos como beber em excesso e consumir drogas são vistos como formas de
agitar a vida quotidiana, de testar as fronteiras do medo e resistência de cada um,
de provar o amadurecimento ou a masculinidade de alguém.
• Vida Heróica: elementos de virtuosismo, coragem, aventura, de pôr em perigo a
própria vida. “Transcender” a vida quotidiana torna-se um fim e um objectivo.
• Grenn: Raparigas mais propensas a defenderem os outros e a tomarem o risco de
não actuarem na prevenção de acidentes; Rapazes não pretendem a defesa dos
outros e são mais propensos a contarem histórias sobre acidentes que enfatizem
a sua coragem, o perigo envolvido e as capacidades físicas necessárias para o
ultrapassar.
• Homens: tendem a contar histórias de infância em que testaram a autoridade dos
adultos, na qual adoravam quebrar as regras. Na relação com o perigo, exaltam o
orgulho em lidarem com este, e a vergonha que seria falhar em frente de outros
indivíduos.
• Mulheres: Sentimentos de vergonha e culpa por terem desrespeitado as regras
dos adultos.
• Conclusão: Das raparigas espera-se serem mais “adultas” que os rapazes – mais
responsáveis, em conformidade com as regras dos adultos, e preocupadas com
os outros = O QUE SE ESPERAVA DO COMPORTAMENTO FEMININO
• Collison: Edgework, para os rapazes, significa “viver no limite” – ter a
capacidade de defender o seu corpo em relação aos outros.
• Para as Mulheres, viver no risco está mais ligado á sexualidade. No caso dos
clubes nocturnos, a mulher tende a “arriscar”, libertando-se do seu corpo e
experimentando as sensações do prazer e do envolvimento (do perigo do
desconhecido). Há uma libertação em relação ao paradigma da mulher que se
envergonha por ter experimentado o risco. Há uma perda de controlo do corpo.
O mesmo acontece em actividades só praticadas por Homens, ex: boxe.

Desire and Transgression

• O prazer associado com o encarar o risco implica uma transgressão das


fronteiras conceptuais – o desejar algo implica um corte com as regras morais e
sociais.
• Sexo: o desejo associado á prática sexual é derivado do seu estatuto de algo
“sujo” e “proibido”.
• Cohen e Taylor: Algumas formas de sexualidade (homossexualidade,
sadomasoquismo) são desejadas por causa da sua associação com a culpa, o
medo e a ansiedade.
• Carnaval: Momento de transgressão da ordem vigente durante o período em que
decorre, permitindo uma fuga aos constrangimentos dela decorrentes. Forma-se
um sentimento, não de repulsa ou medo, mas de excitação e euforia.
• No entanto, também existem limites a esta prática. A crítica social, característica
do Carnaval, é mais dirigido aos grupos sociais inferiores, do que aos grupos
dominantes. Não é uma forma de exclusão, mas sim de auto-redescobrimento e
transcendência.
• A representação do corpo negro, por exemplo, é uma mistura do desejo e da
transgressão. Por um lado, o corpo negro simboliza repúdio, animalidade,
primitividade. Por outro, é um símbolo sexual, um elemento que desperta
desejos proibidos e tendência para evitar as regras.
• Os filmes de terror também misturam o lado do desejo com o da transgressão.
As imagens de tortura das vítimas inocentes reflectem uma repressão,
sentimentos e pensamentos que, por serem transgressores, tendem a ficar no
inconsciente. O filme de terror representa emoções ambivalentes, fazendo a
ponte entre a fascinação, o prazer com o medo e a desordem.

CONCLUSÃO:

• Numa sociedade em que a auto-regulação e o auto-controle são encorajados, a


participação em actividades de risco adverte o “corpo” e o “eu” para a
necessidade do prazer, do grotesco, do corpo transgressor.
• Em alguns contextos sociais, o tomar do risco é encorajado, sendo visto como
uma forma de escapar ás rotinas e hábitos, de auto-actualização, de adaptação
aos vários ambientes e de auto-superação.
• Os Media também apontam para a necessidade de aderência, por vezes, aos
elementos grotescos do corpo, á transgressão das regras, e á participação em
actividades que causem emoções.
• O prazer e a excitação, aliados á transgressão e ao contacto com o “Otherness”,
são elementos centrais na ideia do “ultrapassar” de barreiras simbólicas.

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