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Centro de Educação Profissional e Tecnológico Alfonso Ambrosio

CONTABILIDADE DE CUSTOS

1. CONTABILIDADE DE CUSTOS

1.1. CONCEITO

Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo


racional dos gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um
produto, uma mercadoria ou um serviço.

Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza,


analisa e interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos
componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição
para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no
processo de tomada de decisão.

1.2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial, e tinha como


objetivos:
a) Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e de
produtos vendidos, tudo ao final de um determinado período.
Estoques iniciais
(+) Compras
(-) Estoques finais
(=) Custo das Mercadorias Vendidas

b) Verificar os resultados obtidos pelas empresas como conseqüência da fabricação


e venda de seus produtos.

Nessa época, as empresas possuíam processos produtivos basicamente artesanais,


e conseqüentemente os únicos custos produtivos considerados eram o valor das
matérias-primas consumidas e da mão-de-obra utilizada.
Como consequência do crescimento das organizações, da intensificação da
concorrência e da crescente escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar
os mecanismos de planejamento e controle das atividades empresariais. Além disso, as
inúmeras possibilidades de utilização dos fatores de produção determinam uma variedade
quase infinita no comportamento dos custos resultantes. É, então, imprescindível, para
qualquer empresa ter um sistema de custos, ainda mais numa economia capitalista e
concorrencial como a nossa. É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de
segurança satisfatória, sem o conhecimento dos custos do modo mais real possível.
Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou
comercialização, desde que apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas,
constituem uma ferramenta administrativa da mais alta relevância. Assim, as informações
de custos transformam-se, gradativamente, num verdadeiro sistema de informações
gerenciais, de vital importância para a administração das organizações empresariais.

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Essas informações constituem um subsídio básico para o processo de tomada de


decisões, bem como para o planejamento e controle das atividades empresariais.

1.3. FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e


atribuição dos custos, sendo que os custos coletados servem a três finalidades principais:

a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques.
b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades
da empresa.
c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões.

Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informações para:


1 - A determinação dos custos dos fatores de produção;
2 - A determinação dos custos de qualquer natureza;
3 - A determinação dos custos dos setores de uma organização
4 - A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da empre-
sa;
5 -À Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou
solucionar problemas especiais;
6 -O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da
capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho
necessário para conserto, dos serviços de garantia dos produtos;
7 -A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é,
quando as despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios
advindos da utilização do equipamento;
8 -A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo
dos estoques mínimos, do lote econômico de compra e da época de compra;
9 - O estabelecimento dos orçamentos;
10 - A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços.

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1.4. TERMINOLOGIA UTILIZADA

a) Gasto - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um


produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou
promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

b) Investimento - Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios


atribuíveis a futuro(s) período(s).

c) Custo - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou


serviços. É reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção, para
a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Ex.: Matéria prima,
energia elétrica.

d) Despesa - Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de


receitas. Ex.: Comissão de vendedor.

e) Desembolso - Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.

f) Perda - Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária.


Ex.: Gasto com mão-de-obra durante período de greve.
Material deteriorado por um defeito anormal no equipamento.

2. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

1º Passo - A separação entre custos e despesas

2º Passo - A apropriação dos custos diretos

3º Passo - A apropriação (rateio) dos custos indiretos

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FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS

CUSTOS DEPESAS
DESPESAS

INDIRETOS DIRETOS

RATEIO
PRODUTO A VENDAS

PRODUTO B

PRODUTO C

ESTOQUES

CUSTO PRODUTOS VENDIDOS

RESULTADO

Custos e Despesas incorridos num mesmo período só irão para Resultado desse
período caso toda produção elaborada seja vendida e não haja estoques iniciais e finais.

EXERCÍCIO FIXAÇÃO 01A

A Industrial Canarinho, industrializa os produtos ALFA e BETA, apresentando em


Março/200X, os seguintes gastos:

Depreciação fábrica ...................................... $ 65.000,00


Salário operários fábrica ............................... $ 110.000,00
Matéria prima consumida ............................. $ 530.000,00
Seguro da fábrica ......................................... $ 25.000,00
Seguro prédio administrativo ........................ $ 15.000,00
Honorários da diretoria ................................. $ 50.000,00
Manutenção fábrica ...................................... $ 35.000,00
Correios e telégrafos .................................... $ 5.000,00
Comissão s/vendas ...................................... $ 10.000,00
Juros s/ financiamento .................................. $ 15.000,00
Despesas c/ veículos vendedores ................ $ 12.000,00
Energia elétrica fábrica ................................. $ 40.000,00
Material de consumo escritório ..................... $ 25.000,00
Frete venda .................................................. $ 15.000,00
-------
952.000,00

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O consumo de matéria prima é controlado através de requisição, estando assim


distribuída.

- Produto ALFA - $ 300.000,00


- Produto BETA - $ 230.000,00
A mão de obra utilizada na fábrica, cujo controle se realiza através de cartões de
apontamento, determina os seguintes valores neste mês:

- Mão de Obra Indireta - $ 30.000,00


- Mão de Obra Direta (MOD) - $ 80.000,00, sendo alocado a cada produto os valores:
ALFA $ 45.000,00 e produto BETA $ 35.000,00.

PEDE-SE:

1) Efetuar a separação entre custos de produção e despesas;


2) Efetuar a apropriação dos custos Diretos;
3) Efetuar a apropriação dos custos Indiretos, pelo critério da proporcionalidade do custo
direto, aos produtos ALFA E BETA.
4) Efetuar a contabilização dos custos.

3. DEPARTAMENTALIZAÇÃO E CENTROS DE CUSTOS

Departamento: É a unidade administrativa para a Contabilidade de Custos,


representada por homens e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas.

Centros de Custos: Na maioria das vezes um departamento é um Centro de


Custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos
produtos ou a outros departamentos. Podem receber a classificação de Produtivos, não
produtivos/serviços/auxiliares, etc.
Esta técnica de departamentalizar a entidade em centros acumuladores de custos é
o que denominamos de custeamento ou custos por responsabilidade, que serve para
melhor identificar, as responsabilidades, autoridade, custos, objetivos e metas dos centros
específicos, possibilitando o controle dos gastos e realizações pelos próprios
responsáveis.

Porque Departamentalizar ?
Para uma racional distribuição dos custos indiretos, pois a simples alocação aos
produtos, em determinadas empresas, não espelha a correta apropriação dos custos aos
produtos.

Síntese do Esquema Básico Completo


1º Passo - Separação entre custos e Despesas.
2º Passo - Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos.
3º Passo - Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos De-
partamentos, agrupando, à parte, os comuns.

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4º Passo - Rateio dos Custos Indiretos comuns e dos da Administração Geral da


produção aos diversos Departamentos, quer de produção quer de
serviços.
5º Passo - Escolha da seqüência de rateio dos Custos acumulados nos
Departamentos de Serviços e sua distribuição aos demais
Departamentos.
6º Passo - Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos
de Produção aos produtos segundo critérios fixados.

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FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS EM EMPRESAS POR DEPARTAMENTO

Despesas de Adm. de
Custos de Produção
Vendas e Financeira

Indiretos Diretos

Alocáveis
R Comuns Diretamente
aos Depart.

Depart.
Serviço A

Vendas
R

Depart.
Serviço B

Depart.
Serviço C

R Produto
X

Depart.
Serviço D

R Produto
Y

Estoques

R = Rateio Custos dos Produtos Vendidos

RESULTADO

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EXERCÍCIO 02A

A indústria FLOR Ltda., produz dois produtos: XA, e YB, apresentando como custos
diretos, no mês 03/0X, os seguintes valores:

Produto XA - $ 400.000,00
Produto YB - $ 700.000,00
-------------
$ 1.100.000,00

Deverão ser alocados, nos produtos, os seguintes custos indiretos:


Aluguel da Fábrica $ 70.000,00
Depreciação da Fábrica $ 120.000,00
Energia Elétrica $ 50.000,00
Materiais Indiretos $ 40.000,00
Administração da Fábrica $ 90.000,00
Seguros $ 60.000,00
-----------
$ 430.000,00

A Indústria, adota como critério de rateio dos custos indiretos, o tempo de


hora/máquina, que cada produto dispende para ser produzido, cujos valores para o mês
03/0X, são
Produto XA - 300 hm
Produto YB - 500 hm
-------
800 hm

Ao fazer-se uma análise do processo de fabricação, constatou-se que alguns


produtos não percorriam todos os departamentos de produção, e portanto não deveriam
receber a carga de custo destes departamentos. Após levantamento efetuado, a
distribuição de horas/máquinas, assim se apresentou:

PRODUTO BORDAGEM ALVEJAMENTO ACABAMENTO TOTAL


H/M H/M H/M H/M
XA 180 - 120 300
YB 120 240 140 500
TOTAL 300 240 260 800

Após a analise das horas/máquinas, procedeu-se a analise dos custos indiretos, cuja
distribuição por departamento assim apresenta:

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CUSTOS BORDAGEM ALVEJAMENTO ACABAMENTO TOTAL


INDIRETOS

Aluguel 35.000 20.000 15.000 70.000


Depreciação 30.000 60.000 30.000 120.000
Energia elétrica 20.000 15.000 15.000 50.000
Mat. Indiretos 10.000 20.000 10.000 40.000
Adm. Fábrica 15.000 25.000 50.000 90.000
Seguro 20.200 19.840 19.960 60.000

TOTAL 130.200 159.840 139.960 430.000

Custo Médio p/ 130.200 159.840 139.960 430.000


Hora/Máquina : : : :
300 240 260 800
$ 434,00 $ 666,00 $ 538,308 $ 537,50

PEDE-SE:

1) A distribuição dos custos indiretos, com base nas hora/máquinas, por produto, e o
custo total.
2) Apropriação dos custos indiretos aos produtos, segundo o custo médio por
hora/máquina.
3) Comparação dos custos indiretos, no sistema departamentalizado, e por produto.

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES

4. MATERIAIS DIRETOS

4.1. O QUE INTEGRA O VALOR DOS MATERIAIS

Uma regra fundamental da Contabilidade Financeira é a que estipula a forma de


avaliação dos ativos. A regra geral do Custo Histórico diz respeito ao critério de avaliação
mais específicos que relatam quais ítens compõem o ativo em questão; por exemplo,
após a aquisição de determinada matéria-prima, a empresa incorre em gastos com
transportes, segurança, armazenagem, impostos de importação, gastos com liberação
alfandegária etc. Como tratar contabilmente esses encargos adicionais ao valor pago ao
fornecedor.
A regra é teoricamente simples: Todos os gastos incorridos para a colocação do
ativo em condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas etc.) ou em
condições de venda (mercadorias etc.) incorporam o valor desse mesmo ativo.
Se um material foi adquirido para revenda, integram seu valor no ativo todos os
gastos suportados pela empresa para colocá-lo em condições de venda; se o adquiriu
para consumo ou uso, fazem parte do montante capitalizado os gastos incorridos até seu
consumo ou utilização.

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Cabe aqui um comentário com relação a uma aparente diferença de tratamento


entre os critérios da empresa comercial e os da industrial. Aquela, ao incorrer em gastos
com armazenagem de mercadorias destinadas à venda, não os trata como ativos, e sim
como despesas. E a indústria, ao estocar matéria-prima, não considera os gastos com
armazenagem como despesas, e sim como acréscimo ao valor dos itens estocados. A
diferença reside no fato de a empresa comercial precisar realmente estocar sua
mercadoria durante um certo tempo para depois vendê-la, mas, ao colocá-la em seus
mostruários, instalações ou depósitos, já as tem em condições de negociação. Só não a
vende imediatamente em virtude de sua rotação de estoques, nascida principalmente em
função da demanda dos seus clientes, enquanto na indústria a armazenagem é uma fase
do próprio processo completo da produção. E tudo o que diz respeito à fabricação é
Custo.
Um fato precisa ser relembrado: Despesas Financeiras não integram o custo dos
materiais; são debitados diretamente ao Resultado.

4.2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS MATERIAIS

4.2.1. Preço Médio

O critério mais utilizado no Brasil é o do Preço Médio para avaliação dos estoques.
Podemos, no entanto, fixar pelo menos dois tipos diferentes de Preço Médio: Móvel e
Fixo.
Preço Médio Ponderado Móvel: É assim chamado aquele mantido pela empresa
com controle constante dos seus estoques e que por isso atualiza seu preço médio após
cada aquisição.
Preço Médio Ponderado Fixo: Utilizado quando a empresa calcula o preço médio
apenas após o encerramento do período ou quando decide apropriar a todos os produtos
elaborados no período um único preço por unidade.
A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio ponderado fixo
se for calculado com base nas compras de um período maior que o prazo de rotação do
estoque. Realmente não faz sentido avaliar pelo preço médio das compras do ano os
estoques adquiridos nos últimos três meses, por exemplo.

4.2.2. Critérios de Avaliação dos Materiais: PEPS (FIFO)

Neste critério é custeado pelos preços mais antigos, permanecendo os mais


recentes em estoques. O primeiro a entrar é o primeiro a sair (first-in, first-out).
Com o uso desse método, há uma tendência de o produto ficar avaliado por custo
menor do que quando do custo médio, tendo-se em vista a situação normal de preços
crescentes. Ao se utilizar o PEPS, acaba-se por apropriar ao produto, via de regra, o
menor valor existente do material nos estoques. Essa sub avaliação do custo do produto
elaborado acaba por apropriar um resultado contábil maior para o exercício em que for
vendido. É lógico que o material estocado, avaliado por preços maiores, será apropriado
no futuro à produção, mas é provável que então o preço de venda também seja maior.

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4.2.3. Critérios de Avaliação dos Materiais: UEPS (LIFO)

O método de último a entrar primeiro a sair (last-in, first-out) provoca efeitos


contrários ao PEPS.
Com a adoção do UEPS, há tendência de se apropriar custos mais recentes aos
produtos feitos, o que provoca normalmente redução do lucro contábil. Provavelmente por
essa razão, essa forma de apropriação, apesar de aceita pelos princípios contábeis, não é
admitida pelo Imposto de Renda brasileiro.

4.3. OS IMPOSTOS NA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS

4.3.1. O IPI

Diversas hipóteses existem quanto da aquisição de materiais para a produção.


Primeiramente, se a indústria não tem nenhum tipo de isenção ou suspensão do IPI nas
matérias-primas mas os tem nos produtos acabados, acaba por ter nesses imposto um
acréscimo do próprio material adquirido.
Esse caso é comum em algumas indústrias alimentícias, onde se paga IPI na
aquisição das embalagens, por exemplo, mas todos os seus produtos estão isentos dele.
Não podendo efetuar nenhum tipo de recuperação do imposto pago nas embalagens,
acaba arcando com eles como sacrifício seu. Por isso, esse IPI deve ser simplesmente
agregado ao custo das embalagens, como se fizesse parte integrante do seu valor, sem
necessidade inclusive de sua identificação.
Em segundo lugar, na situação normal, a empresa paga IPI na compra de seus
materiais e também tem seus produtos tributados. Nesse caso, funciona ela como simples
intermediária entre o pagador final do imposto e o Governo Federal. Neste caso a
empresa tem o direito a se creditar desse IPI, descontando na hora de pagar para o
Governo Federal.

4.3.1. O ICMS

O ICMS tem, de fato, as mesmas características que o IPI. Cada valor pago na
compra de materiais representa um adiantamento feito pela empresa; ao efetuar suas
vendas, recebe dos clientes uma parcela a título desse imposto, e, após se ressarcir do
que havia adiantado, recolhe o excedente ao governo estadual. Não é, portanto, nem
receita o que recebe nem despesas ou custo o que paga. Deve ser contabilizado
igualmente ao IPI.

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EXERCÍCIO 01

A Cia. GERAL, apresentava os seguintes dados em agosto/9X, com relação a seus


estoques de Materiais Diretos:

- Estoque inicial de 20 unidades a $ 30,00 p/unidade, a um custo total de $ 600,00.


- Ocorreu a seguinte movimentação de materiais, durante o mês 08/9X:
- 01/08/9X compra de Material Direto - 20 und. a $ 40,00 p/und.
- 05/08/9X requisição material - 10 und.
- 10/08/9X requisição material - 20 und.
- 15/08/9X compra de material - 30 und. a $ 45,00 p/und.
- 20/08/9X requisição material - 10 und.

O valor das vendas em 08/9X, foi de $ 2.500,00

Tanto na compra como na venda incide ICMS de 12%.

PEDE-SE:

a) Avalie os estoques através dos critérios PEPS, UEPS, e CUSTO MÉDIO


PONDERADO MÓVEL, considerando os créditos de ICMS.

b) Determine o Lucro Bruto através dos três critérios.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

CUSTO MÉDIO PEPS UEPS


______________ _________ _________
Receita Bruta 2.500 2.500 2.500
Impostos (ICMS) 300 300 300
________ _________ _________
Receita Líquida 2.200 2.200 2.200
Custo Prod. 1.356 1.304 1.400
Vendidos
________ _________ _________
Lucro Bruto 844 896 800

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CUSTO PONDERADO MÉDIO MÓVEL


DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
Quant. P.unit. Vlr. Total Quant. P. unit. Vlr. Total Quant. P. unit. Vlr. Total
S. I. 20 30,00 600,00
01/08 20 35,20 704 40 32,60 1.304,00
05/08 10 32,60 326,00 30 32,60 978,00
10/08 20 32,60 652,00 10 32,60 326,00
15/08 30 39,60 1.188 40 37,85 1.514,00
20/08 10 37,85 378,50 30 37,85 1.135,50

TOTAL 50 1.892 40 1.356,50 30 1.135,5

PRIMEIRO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR (PEPS)


DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
Quant. P.unit. Vlr. Total Quant. P. unit. Vlr. Total Quant. P. unit. Vlr. Total
S. I. 20 30,00 600,00
01/08 20 35,20 704 20 30,00 600,00
20 35,20 704,00
05/08 10 30,00 300,00 10 30,00 300,00
20 35,20 704,00
10/08 10 30,00 300,00
10 35,20 352,00 10 35,20 352,00
15/08 30 39,60 1.188 10 35,20 352,00
30 39,60 1.188,00
20/08 10 35,20 352,00 30 39,60 1.188,00

TOTAL 30 1.892 40 1.304,00 30 1.188,00

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

ÚLTIMO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR (UEPS)


DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
Quant. P.unit. Vlr. Total Quant. P. unit. Vlr. Total Quant. P. unit. Vlr. Total

S. I. 20 30,00 600,00
01/08 20 35,20 704 20 30,00 600,00
20 35,20 704,00
05/08 10 35,20 352,00 20 30,00 600,00
10 35,20 352,00
10/08 10 35,20 352,00
10 30,00 300,00 10 30,00 30,00
15/08 30 39,60 1.188,0 10 30,00 300,00
0 30 39,60 1.188,00
20/08 10 39,00 396,00 10 30,00 300,00
20 39,60 792,00

TOTAL 50 1.892 40 1.400 30 1.092

EXERCÍCIO 02

A Cia. Bandeirantes, apresentava os seguintes dados, referente ao mês de


setembro/9X:
1 - Estoque inicial, consistia de 5000 unidades a $ 32,00 p/unidade.
2 - Incide sobre as compras e venda ICMS de 12%.
3 - As compras e vendas durante o período foram as seguintes:

Data Compras Preço Unit. Vendas Preço Unit.


--------- ------------- ---------------- ----------- ----------------
Dia 01 20.000 45,00 - -
Dia 08 - - 22.000 55,00
Dia 09 30.000 65,00 - -
Dia 10 - - 25.000 89,00
Dia 15 40.000 78,00 - -
Dia 17 - - 45.000 112,00
Dia 24 60.000 89,00 - -
Dia 30 - - 58.000 120,00

Determinar o lucro bruto, utilizando o método do CUSTO MÉDIO PONDERADO


MÓVEL, PEPS, UEPS, levando em conta os créditos de ICMS, e indicar qual dos
métodos oferece o maior valor para o lucro bruto.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

CUSTO MÉDIO PEPS UEPS


______________ _________ _________
Receita Bruta 15.435.000 15.435.000 15.435.000
Impostos (ICMS) 1.852.000 1.852.000 1.852.000
________ _________ _________
Receita Líquida 13.582.800 13.582.800 13.582.800
Custo Prod. 9.724.028 9.721.200 9.860.160
Vendidos
________ _________ _________
Lucro Bruto 3.858.772 3.861.600 3.722.640

5. MÉTODOS DE CUSTEIO

Existem diversos conceitos de sistemas de custeio, cada um com uma metodologia


própria, com suas vantagens e desvantagens de aplicação, nos vamos estudar
basicamente os Sistemas de Custeio por Absorção (fiscal) e Sistema de Custeio Direto ou
Variável (gerencial).
Por sistema de custeio, podemos entender como sendo as formas de apuração de
custos de um determinado produto. Dependendo do sistema de custeio adotado, teremos
diferentes custos para um mesmo produto. Para melhor trabalhar com os métodos de
custeio, é necessário que os custos sejam classificados conforme a seguir.

5.1. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

Quanto a alocação dos Custos aos Produtos

a) Custos Diretos - São aqueles que são facilmente atribuíveis a um determinado


bem ou serviço. Ex.: Matéria prima, mão de obra direta.

b) Custos Indiretos - São aqueles custos que beneficiam toda a produção de um


bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e
mão-de-obra direta.
Ex.: Aluguel, depreciação, salário da supervisão.

Quanto a sua dependência com o Volume de Produção ou de Venda

a) Custos variáveis - São aqueles que estão diretamente relacionados com o


volume de produção ou venda. ex.: Matéria prima, MOD.
Características: - Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de
produção, maiores serão os custos totais.
- Em termos unitários, os custos permanecem constantes.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

b) Custos fixos - São aqueles que independem do volume de produção ou venda.


Representam a capacidade instalada que a empresa possui para produzir e
vender bens ou serviços.
Ex.: depreciação, aluguel.
Características: - Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de
produção ou venda, menores serão os custos por unidade.
- Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas ou
vendidas.

CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (CDV)


TOTAIS

( y)

$ 300,00

$ 200,00

$ 100,00

1u 2u 3u (x)

VOLUME

CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (CDV)


POR UNIDADE

( y)

$ 100,00

(x)
1u 2u 3u

VOLUME

16
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

CUSTOS E DESPESAS FIXAS


POR UNIDADE

( y)

$1.000,00

$ 500,00

$ 333,33

1u 2u 3u (x)

VOLUME

CUSTOS E DESPESAS FIXAS


TOTAIS

(y)

$ 1.000,00

(x)
1u 2u 3u

VOLUME

17
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

DIFERENÇA BÁSICA ENTRE O SISTEMA DE CUSTOS DIRETO E POR ABSORÇÃO


A diferença do sistema de custeio direto para o sistema de absorção, pode ser
indicada em três aspectos:

a) A classificação dos gastos gerais de fabricação entre fixos e variáveis;

b) Uso de demonstrativos para refletir as relações de custo-volume-lucro;

c) O reconhecimento dos custos fixos como custo do período.

A diferença existe, basicamente, devido ao fato de que o sistema de absorção é


primeiramente voltado para o aspecto contábil da medida dos custos, enquanto o custeio
direto é mais utilizado para análise do comportamento dos custos.

5.2. SISTEMA DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados


de forma direta e indireta, obtidos através de rateios.
O método combina custos fixos e variáveis em uma mesma taxa composta. Ao
mesmo tempo se decide a respeito da capacidade, volume e ao nível de atividade afim de
recuperar todos os custos e despesas de um certo período de tempo.
O método é falho em muitas circunstâncias, como instrumento gerencial de tomada
de decisão, porque tem como premissa básica os rateios dos chamados custos fixos, que,
apesar de se apresentarem de forma lógica, poderão levar a alocações arbitrárias e até
enganosas.

Conceito Fiscal: - Dec. lei 1598/77 - art. 13, a,b,c,d,e.


Define o custo de produção a ser considerado pelas empresas
industriais.
A legislação deixa clara a sua opção pelo sistema de custeio integral ou
absorção, na medida em que, relaciona como integrantes dos produtos,
além dos custos diretos também os indiretos.

5.2.1. Vantagens custeio por absorção

a) Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos,
principalmente aos fundamentos do regime de competência.

b) É aceito para fins de relatórios externos.

c) Alocação de todos os custos pode melhorar a utilização dos recursos escassos de uma
empresa reduzindo consumos excessivos.

18
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

5.2.2. Desvantagens custos por absorção

a) Nos processos de rateios é possível perder de vista determinados custos controláveis


do período e as áreas funcionais às quais eles se aplicam.

b) Lucros dependem não somente do volume de vendas, variando de acordo com o


volume de produção do período e com as quantidades de produtos elaborados no
período anterior.

c) Alocações dos custos fixos indiretos podem distorcer análises para fins gerenciais.

FLUXO DO MÉTODO DE CUSTEAMENTO POR ABSORÇÃO

Custos Variáveis

Matéria-Prima
Mão-de-Obra Direta
Energia Elétrica
(parcela variável)

Custo de Processo Estoque de


CUSTOS DE
de Produtos
PRODUÇÃO Produção Produção Acabados

Custos Fixos
Demonstração
Mão-de-obra Indireta de Resultados
Depreciação, Energia
Elétrica (parcela fixa Vendas
variável)
(-) Custos dos
Prod. Vendidos

(=) Resultado
Fixas e Variáveis Bruto

Despesas Administrativas (-) Despesas


Administrativas
(-) Desp. Fixas
DESPESAS Variáveis de Vendas
Despesas do Período
ADMINISTRA- (=) Resultado
TIVAS E DE Despesas de Vendas
Líquido
VENDAS

Fixas

Despesas de Vendas

19
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

5.3. SISTEMA DE CUSTEIO DIRETO, VARIÁVEL OU MARGINAL

Sistema de custeio direto que é utilizado pelas empresas no auxílio a tomada de


decisões, tem como premissa básica, conhecer qual é margem de contribuição que cada
produto contribui para cobrir os gastos fixos da empresa e gerar lucro.

5.3.1 Margem de Contribuição

Margem de Contribuição pode ser definida como sendo a diferença entre a Receita
e o Custo e despesa variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente
traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser
imputado sem erro.
Outras denominações: Contribuição para o lucro; Contribuição para o custos fixo;
Saldo Marginal; Receita Marginal; Lucro Marginal, etc.

MC = PREÇO DE VENDA - CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS

Objetivos:

- Ajuda a Administração na decisão que produtos merecem maior esforço de venda;

- Auxilia os Administradores a decidir sobre linha de produção a ser abandonada, ou


recuperação do produto;

- Auxilia na avaliação de alternativas que se criam em relação à redução de preços,


descontos, campanhas publicitárias, prêmios sobre vendas, etc.

- Identifica o valor com o qual cada produto contribui na amortização dos gastos fixos e
formação do lucro.

Este método só admite na determinação do custo dos produtos a apropriação dos


custos variáveis, isto é, inclui os custos primários e os custos indiretos variáveis, sendo os
custos indiretos fixos são registrados como gastos do período em que o produto é
fabricado.

5.3.2. Vantagens do Sistema de Custeio Direto

a) O impacto dos custos fixos nos resultados é salientado porque o total dos custos
aparece no demonstrativo de resultados

b) O sistema de custeio direto constitui o conceito dos gastos pelo regime de caixa,
necessário para produzir os bens. Pelo regime de caixa, as despesas são reconhecidas
como resultado quando ocorrem.

c) Os custos de manufatura e os demonstrativos de resultados pelo sistema de custeio


direto, refletem uma melhor apresentação do que pelo sistema de absorção.

20
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

d) O sistema de custeio direto adapta-se melhor aos instrumentos de controle da


organização, tais como, o custo-padrão e os orçamentos;

e) As informações para análise das relações entre custo-volume-lucro são obtidas mais
facilmente do que no sistema de custo por absorção.

5.3.3. Desvantagens do Sistema de Custeio Direto

a) Dificuldade serão encontradas na separação entre custos fixos e custos variáveis;

b) Os custos de manufatura não são determinados no processo de custo de produção,


requerendo alocações suplementares quando estudos de preço a longo prazo são
realizados;

c) A legislação brasileira do imposto de renda não permite a sua utilização.

Em resumo a principal vantagem do custeio direto é que ele é uma ferramenta


importante para análise de custos apesar de ser algo desvantajoso para a elaboração de
relatórios dirigidos a terceiros como, por exemplo, acionistas.

21
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

FLUXO DO MÉTO DO DE CUSTEAMENTO DIRETO

Custos Variáveis

Matéria-Prima
Mão-de-Obra Direta
Energia Elétrica
(parcela variável)

Custo de Processo Estoque de


CUST OS DE
de Produtos
PRODUÇÃO Produção Produção Acabados Demonstração
de Resultados
Custos Fixos

Mão-de-obra Indireta Vendas


Depreciação, Energia
(-) Desp.
Elétrica (parcela fixa
Variáveis de
variável)
Vendas
(-) Custos dos
Prod. Vendidos

(=) Margem de
Contribuição
(-) Custos Fixos
Fixas e Variáveis
de Produção

Despesas Administrativas (-) Despesas


Administrativas

DESPESAS Custos e Despesas do Período (-) Despesas


ADMINIST RA- Variáveis Fixas de Vendas
T IVAS E DE
Despesas de Vendas (=) Resultado
VENDAS
Líquido

Fixas

Despesas de Vendas

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Exemplo de utilização da Margem de Contribuição

Analise das informações evidenciadas pelo cálculo da margem de contribuição numa


empresa brasileira que passa a trabalhar com exportação de seu produto:
- Capacidade total de produção ...................................... 1.000.000 ton/ano
- Vendas no mercado interno.......................................... 600.000 ton/ano
- Custos fixos de produção ............................................. $ 40.000.000 ano
- Custos variáveis de produção unit. ............................... $ 120 ton
- Despesas fixas ........................................................... $ 25.000.000 ton/ano
- Despesas Variáveis:
Comissões ................................................ $ 25 ton
Impostos ................................................... $ 15 ton
- PREÇO DE VENDA...................................................... $ 250 ton

RESULTADO

Vendas ( ) ............. $ _____________


(-) C.P.V.
Custos Fixos ......................... $ _______________
Custos variáveis ................... $ _______________ $ _______________
( )
(=) LUCRO BRUTO ........................................................ $ _______________

(-) Despesas:
Fixas ............................... $ ______________
Variáveis ........................ $ ______________ $ _______________

(=) LUCRO/PREJUÍZO ................................................... $ _______________

A empresa recebeu do exterior uma proposta de venda pelo preço de $ 200/ton, de


400.000 ton/ano, que a capacidade instalada permite produzir e vender sem prejuízo ao
mercado interno. Considere que sobre os produtos exportados não incidirão impostos.

Cálculo inicial realizado pela empresa:

Custos total ......................... $ ___________________ $


Despesas Totais ................. $ ___________________ $ _______________
Custo total unitário .......................................................... $ _______________
(-) Despesas de impostos ............................................... $ _______________
(=) Custo unitário exportação.......................................... $ ______________

Com o cálculo feito a empresa certamente não aceitaria a proposta, pois entenderia que o
preço ofertado de $ 200/ton estaria abaixo do custo de produção. A empresa estaria ainda
desconhecendo a redução do custo fixo por unidade com o aumento da produção de
600.000 ton. para 1.000.000 toneladas.

23
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Novo cálculo realizado pela empresa baseado na Margem de Contribuição

Preço de venda (exportação)............... $ ___________


(-) Custo variável ................................. $ ___________
(-) Despesas variáveis ......................... $ ___________
(=) Margem de contribuição ................. $ ___________
A empresa receberá uma margem de contribuição adicional de $ /ton

RESULTADO

VENDAS
600.000 ton .......................................... $
400.000 ton .......................................... $ ___________ $ _____________
(-) CUSTO PRODUTOS VENDIDOS:
Fixos .............................................. $
Variáveis ( ) $ ____________ $ _____________

(=) LUCRO BRUTO ............................................................ $ _____________

(-) Despesas:
Fixas ............................... $ _________________
Variáveis ........................ $ ________________ $ _____________

(=) LUCRO LÍQUIDO .......................................................... $ _____________

A empresa poderia aceitar a venda ao exterior da forma proposta. As vendas adicionais,


mesmo a preço mais baixo, cobririam os custos fixos e a empresa passaria de um
prejuízo de $ _______________, para um lucro de $_______________. Tal percepção foi
possível através do cálculo da Margem de Contribuição.

EXERCÍCIO 01

A Autopeças Magnífica Ltda., fabrica 4 produtos: rodas, pára-lamas, pára-choques e


grades.
Seu Departamento de Niquelação não trabalha para rodas e pára-lamas e o Depto
de Pintura não trabalha para a fabricação de pará-choques e de grades, sendo que os
demais departamentos são necessários para a produção de todos os produtos.

Os custos variáveis são os seguintes:


RODA .............. $ 150,00 p/und.
PARA-LAMA.... $ 200,00 p/und.
PARA-CHOQUE$ 150,00 p/und.
GRADES ......... $ 300,00 p/und.

Os custos fixos departamentais identificados são:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Niquelação $ 3.000.000,00/mês
Estamparia $ 1.500.000,00/mês
Tornos ....... $ 900.000,00/mês
Furadeiras . $ 500.000,00/mês
Esmeril ...... $ 300.000,00/mês
Montagem . $ 1.600.000,00/mês
Pintura ....... $ 2.200.000,00/mês

Os preços de venda dos quatro produtos são:


RODA .............. $ 280,00 p/und.
PARA-LAMA.... $ 480,00 p/und.
PARA-CHOQUE$ 400,00 p/und.
GRADES ......... $ 500,00 p/und.

A capacidade de produção mensal da empresa é de 20.000 und. de Rodas, 20.000


und. de Pára-lamas, 10.000 und. de Pará-choques e 10.000 und. de Grades, toda
produção e vendida.

PEDE-SE:

1- É vantajoso à empresa fechar o Departamento de Pintura e a Niquelação e mandar


fazer as operações desses departamentos fora, quando então teria um acréscimo nos
custos variáveis de $ 100,00 p/und. nas grades e nos pará-choques, e de $ 70,00
p/und. nas rodas e pára-lamas? O que você faria? Justifique.

6. ANÁLISE DE CUSTO - VOLUME LUCRO

6.1. PONTO DE EQUILÍBRIO

CONCEITO

É o ponto onde ocorre a igualdade entre as receitas totais e o somatório das


despesas e custos de natureza fixa e variável.
Para obter o ponto de equilíbrio é indispensável que a margem de contribuição atinja
um valor suficiente para dar cobertura aos custos e despesas fixas.

MC mínima = Custos + Despesas Fixas

OBJETIVOS

O cálculo do ponto de equilíbrio (receita = despesas), tem, de certa forma, atendido


satisfatoriamente às decisões empresariais relativas a:

a) alteração do mix de vendas, tendo em vista o comportamento do mercado;


b) alteração de políticas de vendas com relação ao lançamento de novos produtos;
c) definição do mix de produtos, do nível de produção e preço de produto;
d) dar solução a muitas perguntas que exigem respostas rápidas, tais como:

25
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

- Quantas unidades de produto devem ser vendidas para obter determinado


montante de lucro?
- O que acontecerá com o lucro se o preço aumentar ou diminuir?
- O que acontecerá com o ponto de equilíbrio se determinada matéria-prima
aumentar 20% e não tiver condições de ser repassada aos preços dos
produtos?
e) avaliação de desempenho através da análise da margem de contribuição de cada
produto;
f) planejamento e controle de vendas e de resultados.

FORMAS PARA A DETERMINAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

O Ponto de equilíbrio pode ser apurado em unidades físicas, que representa a


quantidade a ser produzida e vendida, bem como em termos monetários que representará
quantos reais a empresa deverá vender para não ter prejuízo.
Para facilitar a análise do resultado do ponto de equilíbrio, é muito importante que
esse indicador seja determinado sob ponto de vista contábil, econômico e financeiro.

a) Ponto de equilíbrio contábil: são levados em conta todos os custos e despesas


fixas contábeis relacionadas com o funcionamento da empresa.

b) Ponto de equilíbrio econômico: adiciona-se aos custos e despesas fixas


anteriormente citados, todos os custos de oportunidade, como por exemplo
aqueles referente ao uso do capital próprio, ao possível aluguel das edificações
(caso a empresa seja proprietária).

c) Ponto de equilíbrio financeiro: os únicos custos e despesas fixos a serem


considerados são aqueles que serão efetivamente desembolsados no período de
análise, isto é, aqueles que onerarão financeiramente a empresa.

ANÁLISE DOS PONTOS DE EQUILÍBRIO E TOMADA DE DECISÃO

Os três pontos de equilíbrio fornecem importantes subsídios para um bom


gerenciamento da empresa. Assim, tem-se que:

a) O ponto de equilíbrio financeiro: informa o quanto a empresa terá que vender para
não ficar sem dinheiro e, conseqüentemente, ter que tomar empréstimos,
prejudicando ainda mais sua lucratividade. Se a empresa estiver operando abaixo
do ponto de equilíbrio financeiro, ela poderá até mesmo cogitar uma interrupção
temporária de suas atividades.

b) O ponto de equilíbrio econômico, por sua vez, mostra a quantidade mínima que a
empresa terá que vender para assegurar a rentabilidade real dada pela taxa de
mínima remuneração do capital investido.
A empresa que os utiliza deve ter sempre em mente que eles são apenas um
instrumento gerencial de apoio a tomada de decisão, não representado os custos
reais da empresa.

26
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

c) Finalmente, o ponto de equilíbrio contábil, utilizando-se para seu cálculo os custos


reais da empresa (os custos contábeis), representa o referencial da quantidade
mínima a ser vendida.

SIMBOLOGIA UTILIZADA PARA O PONTO DE EQUILÍBRIO

P = Preço de Venda
CV = Custos e despesas variáveis;
CVu = Custos e despesas variáveis unitários;
CF = Custos e despesas fixos;
Q = Quantidade produzida e vendida do produto;
MC = Margem de contribuição;
MCu = Margem de contribuição unitária;
CT = Custo total;
RT = Receita total;
Ro = Receita de equilíbrio;
PE = Ponto de equilíbrio.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS PONTOS DE EQUILÍBRIO

ÁREA DE RT
LUCRO
Y CT

PE
PE em
valor ÁREA
PREJUÍZO

CV
CT

CF

X
PE em
volume

FORMULAÇÕES

a) Ponto de equilíbrio em unidades físicas

PE contábil

27
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Q (c) = Custos Fixos + Despesas Fixas


Preço de venda - Custos e despesas variáveis

OU

Q (c) = CF + DF
MCu

PE econômico

Q (e) = Custos Fixos + Desp. Fixas + Retorno mínimo s/ PL


Preço de Venda - Custos e despesas variáveis

PE financeiro

Q (f) = Custos Fixos + Desp. Fixas - Deprec. + Amort. Financ.


Preço de Venda - Custos e despesas variáveis
b) Ponto de Equilíbrio Monetário

PE contábil

Ro (c) = Custos Fixos + Despesas Fixas


1 - Custos e despesas variáveis
Preço Venda Unitário

PE econômico

Ro (e) = Custos Fixos + Despesas Fixas + Retorno s/ PL


1 - Custos e despesas variáveis
Preço Venda Unitário

PE financeiro

Ro (e) = Custos Fixos + Desp. Fixas - Deprec. + Amort. Financ.


1- Custos e despesas variáveis
Preço Venda Unitário

6.2. MARGEM DE SEGURANÇA

A Margem de Segurança significa um risco para o Negócio / Empresa; este risco é


tanto maior quanto mais próximo se encontre o volume de vendas do Ponto de Equilíbrio.

28
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Este risco pode ser calculado e expresso pela Margem de Segurança, que tem a seguinte
fórmula:

Q.V. - Q.E.
____________
MS =
Q.V.

Nesta fórmula, os símbolos representam:

Q.V. = Quantidade Vendida


Q.E. = Quantidade de Equilíbrio

Sempre que o Negócio estiver operando acima do seu Ponto de Equilíbrio, o


numerador será positivo e menor que o denominador. Logo:

0 < MS > 1

Quanto mais próximo de zero estiver a Margem de Segurança, maior o risco de o


Negócio entrar em prejuízo caso não consiga o seu volume de vendas. Quanto mais
próximo de 1 a Margem de Segurança, menor este risco.

No exemplo do negócio A, o Ponto de Equilíbrio é 5.000 unidades. Portanto, se o


Negócio estiver vendendo 10.000 unidades, a sua Margem de Segurança será:

10.000 - 5.000
_______________ = 0,50
MS =
10.000

A Margem de Segurança, ainda na hipótese simplificada que admite os gastos


variáveis diretamente proporcionais ao volume de vendas e os gastos fixos constantes
embora o volume altere, pode assumir uma outra forma:

Margem Operacional
MS = _____________________
Margem de Contribuição

No exemplo do Negócio A, esta fórmula daria:

0,30
_______
MS = = 0,50
0,60

29
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CONTABILIDADE DE CUSTOS

EXERCÍCIO 01

Suponhamos que a empresa " COROA " comercialize um produto denominado


disquete, e tenha projetado para o mês os seguintes dados hipotéticos:

- Preço de venda unitário = $ 1.500,00;


- Despesas variáveis = 60% do Preço de Venda
- Despesas fixas do mês = $ 30.000,00

Pede-se:

1 - Cálculo do ponto de equilíbrio em unidade e valor.


2 - Representação Gráfica do ponto de equilíbrio.

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