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11º Congresso de Ciências da

Comunicação da Região Sul

Ensino de deontologia jornalística:


um olhar sobre os currículos
dos cem cursos mais antigos do país

Rogério Christofoletti (UFSC)


Esta comunicação científica...

Resultados parciais da pesquisa “Ensino de
Deontologia nos cursos superiores de
Jornalismo no Brasil: pedagogias,
metodologias e tecnologias", financiada pelo
CNPq com recursos do Edital Universal 2008

Projeto aprovado pelo CA de Educação!

Outros produtos (artigos e comunicações) abordam
outros aspectos do mesmo problema. Disponíveis
em outras fontes.

Pesquisa concluída, mas com novas questões
pendentes, ainda a serem trabalhadas...
As motivações da pesquisa

O ensino de jornalismo é pouco estudado e ainda
insuficientemente discutido no Brasil

Ensino de ética jornalística menos ainda

Importância da dimensão ético-profissional na
formação dos novos jornalistas

Ineditismo na abordagem no país

Tentativa de abrangência e representatividade na
amostra + enfoque nos professores

Motivações pessoais: campo de pesquisa e
docência nos últimos onze anos

Objetivo: mapeamento da área, compreensão das
dinâmicas e incentivo às discussões pedagógicas
Ensino de ética no Jornalismo

Presença e preocupação históricas

Bibliografia em expansão

Ausência de publicações específicas

Ainda pouca discussão em fóruns

Pouca articulação/diálogo nacional

Rara interlocução internacional

O paradoxo: o ensino de ética profissional
ao mesmo tempo em que é fundamental nas
formações, é pouco estudado ou discutido
As questões desta pesquisa

Como se ensina ética jornalística nos cursos
brasileiros?

Que disciplinas dão conta da dimensão
formativa ético-profissional?

Em que momento figuram nos currículos?

Em que base teórico-conceituais estão
assentadas?

Como sua posição nas matrizes curriculares
podem contribuir para uma formação ético-
profissional melhor dos futuros jornalistas?
Procedimentos metodológicos

Revisão bibliográfica. Um dado: bibliografia
cresce, mas historicizando e analisando
casos e condutas éticas. Não há discussão
sobre o ensino da deontologia jornalística

Definição da amostra: 100 cursos mais
antigos de Jornalismo no Brasil = cursos de
1947 a 1999. Abrangência geográfica (19
UF), regime (público x particular), tipo
institucional (Univ. + Fac. + Centros Univ.)

Análise documental de currículos, ementas
e projetos pedagógicos: presença da ética
A amostra: 100 cursos + antigos
CBM, CESPAR, CESUMAR, CRECIH, FAFICA, FCL, FCSH,
Feevale, FIC, FPM, FUMEC, Ielusc, IESB, IMESA, IMESB, IPA,
MSB, PUC-Campinas, PUC-Rio, PUCPR, PUCRS, PUCSP, UBC,
UBM, UCB, UCDB, UCS, UEPG, UERJ, UESB, UFAL, UFBA,
UFC, UFF, UFG, UFJF, UFMA, UFMG, UFMS, UFMT, USJT,
UFPE, UFPI, UFPR, UFRJ, UFRN, UFS, UFSC, UFSM, ULBRA,
UMC, UMESP, UnB, UNESA, UNESP, Uni-BH, Uniandrade,
UNIARA, UNICAP, UniCEUB, UNICRUZ, UNICSUL, UNIFAE,
UniFIAM-FAAM, UNIFIEO, UNIFRAN, UNIMEP, UNIMONTE,
UNINILTONLINS, UNIPLI, UNIS-MG, UNISA, UNISANTA,
UNISANTOS, UNISC, UNISINOS, UNISO, UNISUAM, UNISUL,
UNISUL, UNIT, UNITAU, UNITRI, UNIUBE, UNIVALE, UNIVALI,
UNIVAP, UNIVÁS, UniverCidade, UNOCHAPECÓ, UNOESTE,
UNORP, UnP, UP, UPF, USC, USM, USP, UTP, UVA
Resultados: divergência/dispersão
• A primeira dificuldade na análise das
matrizes curriculares: opacidade nos
conteúdos catalisada pela nomenclatura
• 58 diferentes títulos para a disciplina:
algumas tratam só e tão somente de ética
jornalística ou deontologia na área;
outras abrangem tudo isso e terceiras
apontam para entornos mais gerais,
como cidadania, filosofia e
responsabilidade social empresarial
Hibridismo e intersecção
• Em 57,5%, as disciplinas conjugam conteúdos de
ética, deontologia e legislação do setor: quase 3/5
• A formação ético-profissional ligada de alguma forma a
dispositivos legais, marcos regulatórios e jurídicos
• Assunção de um discurso legalista sobre a deontologia.
Ementas permitem entrever a naturalização de um
discurso muito mais normatizador e prescritivista
para a ética do que um incentivo à reflexão
• Variação nos títulos das matérias e larga ocorrência de
disciplinas híbridas não significam só a falta de
consenso de como se deve “ensinar” ética. Salientam
dispersão e confusão conceitual na mescla Direito e
Comunicação, Jornalismo e Filosofia...
Oferta e intensidade nos cursos
• Menos de um terço (31,5%) conta com disciplinas
específicas de deontologia
• Menos de um quinto dos cursos (18%) tem
disciplinas específicas de deontologia e com duração
mais efetiva: 4 créditos diários de aula
• Na maioria dos casos, “ensina-se” ética no meio dos
cursos de jornalismo.
• Em 63,7%, disciplinas localizadas no segundo ou
terceiro ano do curso, entre o 3º e o 6º semestre.
• Quase um quarto dos cursos (23,2%) oferece no
último ano (7º ou 8º semestre)
• 13,1% apostam na oferta no primeiro ano de
formação
A lógica na distribuição
• Essa distribuição parece sinalizar o
entendimento de que a discussão de dilemas
éticos e de casos de infração ético-moral no
jornalismo não devam ainda ser vivenciadas
pelos estudantes iniciantes, e que seria
necessário um processo de
amadurecimento para o enfrentamento desta
etapa formativa.
• Não é claro nos documentos o esforço de
que a ética profissional seja o eixo norteador
que atravessa e sustenta a formação.
Duração das disciplinas
• 55,4% dos cursos oferecem 4 créditos de
aula/dia
• 40%: disciplinas de 2 créditos
• 4,6% dos casos contam 3 créditos
• Depreende-se que disciplinas de 2 créditos
sejam disciplinas não essenciais, mas
acessórias, complementares.
• Identificada grande quantidade de cursos que
optam por oferecer “Deontologia do Jornalismo”
ou “Ética Jornalística” em 2 créditos.
• Fator que que ajuda a fragilizar a formação ético-
profissional.
Considerações finais
• Conteúdos de ética profissional não são
prioritários na formação dos jornalistas, pelo menos
conforme os currículos.
• Panorama das disciplinas deontológicas é
preocupante pelo reducionismo a que foram
confinadas.
• Não se quer uma uniformidade, nem padronização na
oferta e presença nos currículos. Mas as conclusões
deste estudo apontam para um ensino de ética
jornalística frágil, disperso, confuso conceitualmente,
de pouca intensidade e duração e de não
transversalidade: oferta protocolar?
Mais informações

Rogério Christofoletti
Departamento de Jornalismo – UFSC

rogerio.christofoletti@uol.com.br

http://twitter.com/christofoletti

http://monitorando.wordpress.com

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