Depois de ter visto como so as oscilaes amortecidas, agora voc pode facilmente entender as oscilaes foradas. Aqui vou ignorar a dissipao e apenas
introduzir uma fora oscilante ao sistema massa-mola. A equao ao longo do
eixo x ca assim, por exemplo,
m
d2 x
dt2
kx + F0 cos (t) ,
onde m > 0 a massa do bloco que est preso mola de constante elstica
k > 0 e F0 R a amplitude da fora externa oscilante aplicada ao bloco de
massa m ao longo do eixo x. A fora aplicada com uma frequncia angular .
Como usual, vou denir a frequncia natural do sistema massa-mola como
r
0
k
m
e, portanto,
d2 x
dt2
F0
cos (t) .
m
= 02 x +
Seja
z
x + iy,
F0
cos (t) ,
m
= 02 x +
pode ser obtida tomando a parte real de ambos os membros da seguinte equao
diferencial da varivel complexa z :
d2 z
dt2
= 02 z +
F0
exp (it) .
m
F0
exp (it) .
m
dz
+ i0 z
dt
i0
d2 z
dz
dz
i0
i2 02 z,
+ i0
dt2
dt
dt
dz
+ i0 z
dt
dz
+ i0 z
dt
isto ,
d
dt
dz
+ i0 z
dt
i0
=
d2 z
+ 02 z.
dt2
dz (t)
+ i0 z (t) .
dt
F0
exp (it) ,
m
F0
exp (it) .
m
Essa equao diferencial de primeira ordem, sendo possvel resolv-la com uma
s integrao. Antes de prosseguir com a integrao, entretanto, convm notar
que podemos multiplicar ambos os membros dessa equao por exp (i0 t) :
exp (i0 t)
df (t)
i0 exp (i0 t) f (t)
dt
F0
exp (it) exp (i0 t) .
m
= i0 exp (i0 t)
df (t)
d
+ f (t) exp (i0 t)
dt
dt
F0
exp [i ( 0 ) t] ,
m
F0
exp [i ( 0 ) t] ,
m
que bem fcil de integrar. O resultado da integral dos dois membros dessa
equao
f (t) exp (i0 t)
F0
exp [i ( 0 ) t] + C1 ,
im ( 0 )
F0
exp (it) + C1 exp (i0 t) .
im ( 0 )
dz (t)
+ i0 z (t)
dt
e, usando o resultado acima para f (t) , resolvemos mais uma equao diferencial
ordinria de primeira ordem:
dz (t)
+ i0 z (t)
dt
F0
exp (it) + C1 exp (i0 t) .
im ( 0 )
dz (t)
+ i0 exp (i0 t) z (t)
dt
F0
exp [i ( + 0 ) t] + C1 exp (2i0 t) ,
im ( 0 )
isto ,
d
[exp (i0 t) z (t)]
dt
F0
exp [i ( + 0 ) t] + C1 exp (2i0 t) .
im ( 0 )
F0
C1
exp [i ( + 0 ) t] +
exp (2i0 t) + C2 ,
im ( 0 ) i ( + 0 )
2i0
C1
F0
exp (it) +
exp (i0 t) + C2 exp (i0 t) ,
im ( 0 ) i ( + 0 )
2i0
isto ,
z (t)
F0
C1
exp (it) +
exp (i0 t) + C2 exp (i0 t) .
m ( 2 02 )
2i0
Re [z (t)] .
Assim,
x (t)
C1
F0
cos (t) + Re
exp (i0 t) + C2 exp (i0 t) .
=
m ( 2 02 )
2i0
cos (0 t) + i sen (0 t)
e
exp (i0 t)
cos (0 t) i sen (0 t) ,
e obtemos
C1
Re
exp (i0 t)
2i0
=
Re
C1
[cos (0 t) + i sen (0 t)] ,
2i0
isto ,
C1
Re
exp (i0 t)
2i0
iC1
C1
Re
cos (0 t) +
sen (0 t) ,
20
20
ou seja,
Re
C1
exp (i0 t)
2i0
Re (iC1 )
Re (C1 )
cos (0 t) +
sen (0 t) .
20
20
Como
Re (iC1 )
Im (C1 ) ,
vem
Re
C1
exp (i0 t)
2i0
Im (C1 )
Re (C1 )
cos (0 t) +
sen (0 t) .
20
20
Analogamente,
Re [C2 exp (i0 t)]
isto ,
Re [C2 exp (i0 t)]
ou seja,
Com isso, podemos escrever
Re
C1
exp (i0 t) + C2 exp (i0 t)
2i0
= a cos (0 t) + b sen (0 t) .
Im (C1 )
+ Re (C2 )
20
b =
Re (C1 )
+ Im (C2 ) .
20
F0
cos (t) + a cos (0 t) + b sen (0 t) ,
m ( 2 02 )
e
dx (t)
dt t=0
0.
x (0)
F0
+a
m ( 2 02 )
e
dx (t)
dt t=0
F0
,
sen (t) a0 sen (0 t) + b0 cos (0 t)
2
2
m ( 0 )
t=0
isto ,
dx (t)
dt t=0
= b0 .
e
dx (t)
dt t=0
resulta em
x (0)
F0
+ a = 0,
m ( 2 02 )
isto ,
a
F0
m ( 2 02 )
e
dx (t)
dt t=0
= b0 = 0,
ou seja,
b =
0.
F0
F0
cos (t) +
cos (0 t) ,
2
2
m ( 0 )
m ( 2 02 )
isto ,
x (t)
F0
[cos (t) cos (0 t)] .
m ( 2 02 )
F0
cos (t) cos (0 t)
=
lim
.
m 0
( 2 02 )
Como esse limite est indenido, podemos utilizar a regra de l'Hpital para
obter:
lim
=
lim
( 2 02 )
)
,
isto ,
lim
=
lim
t sen (t)
t sen (0 t)
=
.
2
20
Portanto,
lim x (t)
F0
t sen (0 t) .
2m0
Veja que a amplitude desse movimento cresce com o tempo ao mesmo tempo
em que oscila. S para ter uma ideia de como o movimento ressonante aumenta
de amplitude, z o grco da gura abaixo para a funo
g (t)
t sen (2t) .
Maneiro, no ?