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O documento apresenta um resumo de dois textos:
1) "Maomé e Carlos Magno", de Henri Pirenne, que analisa a expansão do Islã e seu impacto na economia e sociedade do Mediterrâneo.
2) "The Carolingian Economy", de Adriaan Verhulst, que critica algumas visões de Pirenne e defende a existência de comércio na economia carolíngia.
O documento apresenta um resumo de dois textos:
1) "Maomé e Carlos Magno", de Henri Pirenne, que analisa a expansão do Islã e seu impacto na economia e sociedade do Mediterrâneo.
2) "The Carolingian Economy", de Adriaan Verhulst, que critica algumas visões de Pirenne e defende a existência de comércio na economia carolíngia.
O documento apresenta um resumo de dois textos:
1) "Maomé e Carlos Magno", de Henri Pirenne, que analisa a expansão do Islã e seu impacto na economia e sociedade do Mediterrâneo.
2) "The Carolingian Economy", de Adriaan Verhulst, que critica algumas visões de Pirenne e defende a existência de comércio na economia carolíngia.
Anlise comparativa dos textos Maom e Carlos Magno, de Henri
Pirenne e The Carolingian Economy, de Adriaan Verhulst (Mdulo III Economia e sociedades rurais)
Maom e Carlos Magno
No primeiro captulo, Pirenne prope analisar a expanso do Islo no Imprio Romano atravs da comparao com as invases germnicas. O Imprio construiu um muro contra invases de bandos nmades na rea da Sria, porm a proteo era fraca, j que o Imprio nunca considerou aquela rea crucial. Do mesmo modo, agiu o Imprio Persa. Ambos os imprios no empenharam grandes foras militares na fronteira com os berberes, porque ambos no deram devida ateno organizao que se deu sob a liderana religiosa de Maom. O autor prope o questionamento de por que os rabes foram bem-sucedidos na conquista, mesmo sendo menos numerosos do que os povos germnicos. A resposta dada que alm da confuso que reinava nos exrcitos bizantinos, o descontentamento religioso e nacional da Sria, e a fraqueza dos Persas, havia uma outra razo maior, de ordem moral: a nova f exaltada pelos rabes, em oposio falta de conflito religioso entre germanos e Imprio. Os rabes, contudo, no se opuseram cultura romana, mas a assimilaram, de certa forma. Era proposta a sujeio dos povos derrotados, e no a converso. As instituies existentes foram mantidas, eles apenas se instalaram como dominadores destas. Nenhuma fuso entre os povos pde ocorrer. As bases da sociedade civil foram transformadas, no entanto, j que a organizao passou a se dar tendo como base a religio islmica e o Alcoro. Para o autor, essa conquista quebrou a unidade mediterrnica que a cristandade havia construdo. Em seguida o texto narra as diversas lutas polticas que ocorreram durante mais de dois sculos em que o Imprio lutou para resistir aos ataques, muitas vezes
fazendo alianas, como a aliana com o Imprio Carolngio. O autor encerra o
captulo falando sobre a luta que ocorreu e m 916, quando Joo X, imperador da Itlia do Sul e da Constantinopla consegue forar Npoles e as cidades vizinhas a abandonar suas alianas com os rabes, e deste modo, derrota os invasores. No obstante, o Mediterrneo ocidental desprovido das terras da Espanha e da frica, que foram conquistadas nestes sculos de luta, torna-se um lago romano. O imprio franco sem marinha no tem poder, e seus interesses comerciais o fazem abandonar Bizncio e se aproximar dos muulmanos. Teria sido essa desero que causou a tomada de Siclia pelos serracenos, o que desconectou de vez Oriente e Ocidente. A frota bizantina conseguiu, porm, defender a Itlia, quando Bari reconquistada pelo imperador Baslio. Isso garantiu a segurana de Veneza, que obteve autonomia. Para o autor o rompimento da unidade mediterrnica que marca o incio da Idade Mdia. No segundo captulo o autor trata do enclausuramento do Mediterrneo Ocidental, em que o comrcio e a navegao so abandonados devido falta de frotas, principalmente aps o ano 650. O autor distingue bem a navegao de pessoas e a navegao de comrcio. Apesar de muitos peregrinos, eruditos e artistas transitarem para a Itlia, por exemplo, no existiam rotas comerciais de importao e exportao. utilizado o documento de Corbie, de 716 que seria o ltimo registro de especiarias orientais chegando em Provena. Depois do sculo VIII no se encontram mais produtos importados na Glia, e s voltam a aparecer papiro e especiarias no sculo XII com a reabertura do mar. O desaparecimento do ouro tambm apontado como consequncia do enfraquecimento do comrcio causado pelas conquistas rabes, j que graas a isso, a classe de mercadores desaparecera. O nico elo que resta para sustentar o comrcio so os judeus, o contato que subsiste entre Oriente e Ocidente.
No terceiro captulo o autor frisa o fato de as invases terem tornado o Ocidente
fechado, onde o Imprio lutava pela Siclia, pelo Adritico e pelas cidades do Sul, que resistiam salvando a Europa e o cristianismo. As Provncias Unidas, contudo, sob administrao bizantina, mantm comercio com o Levante, apesar de muitas vezes se voltarem para o Imprio Franco. afirmado que Veneza marcava o limite do Ocidente e o comeo de um outro mundo. Apesar da mentalidade mercantil ter desaparecido no mundo ocidental, ela se manteve em Veneza e em outros locais da Itlia Meridional. De forma contrastante, o Ocidente estava arruinado. No possuam frota martima para resistir aos piratas, os portos estavam abandonados. A economia se torna puramente rural, j que se encontram encurralados. A civilizao impelida para o Norte, e os povos germnicos, at ento inimigos, tm um papel positivo na reconstruo da civilizao europeia. A concluso mais uma vez a de que a tradio antiga foi quebrada porque o Islo destruiu a antiga unidade mediterrnea. The Carolingian Economy
Na introduo de seu livro, Verhulst parte das teorias de Pirenne para
expor suas crticas e teorias acerca da economia do Imprio Carolngio. A primeira questo proposta sobre a questo do comercio. Existia um comrcio de subsistncia ou eram de fato produzidos excedentes? Pirenne afirmava que tratava-se de uma economia fechada, baseada na agricultura, sem cidades, mercadorias ou comrcio, o abandono do uso do ouro apontado como um indicativo disso. O autor afirma que isso no deveria significar que no existia comrcio direto entre o mundo cristo e o rabe. Existia sim um comrcio, mas que no deve ter sua importncia exagerada, como afirmou F.L. Ganshof, que demonstra com bases documentais que existia relao entre Leste e Oeste atravs dos portos de Provena, mas num nvel baixo.
Anlise dos dois textos
As teorias de Verhulst se mostram em muitos pontos, distintas dos pontos de vista de Pirenne. Enquanto o segundo adota uma posio eurocntrica de defesa da cristandade e da civilizao ocidental em detrimento das invases de povos que, como ele prprio afirma possuam civilizao inferior (PIRENNE, 132), Verhulst faz um apanhado das teorias historiogrficas crticas das concepes de Henri Pirenne. Adrieen Verhulst usa, em sua bibliografia, por exemplo, o livro de Alfons Dopsch, que era contra as velhas concepes do sculo XIX, fazendo oposio direta Pirenne, quando exalta em sua obra o papel das cidades, do dinheiro, da troca que existia no territrio carolngio. Pirenne sofreu duras crticas devido sua posio em relao ao papel dos rabes, retratando estes com uma conotao extremamente negativa, em que eles foraram o mundo cristo a se retrair, acabando com o comrcio de produtos importados. A questo dos produtos importados outro ponto de divergncia. No texto de Verhulst questiona-se a afirmao de que no se encontravam mais produtos importados no Ocidente aps o sculo VII.