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SOBRE A CIENCIA ‘worw.physicsplace.com ‘As manchas circuazes de luz rodeando Lilian Lee so imagens do Sol projetadas através de pe- quenas aberturas entre a folhas que extho acima del. Ourance um eclipse parcial, as manchas tm a forma de uma lua erescence. 'm primeiro lugar ciéncia é o corpo de conhecimentos que ‘descrove a ordem na natureza ¢ a origem desta ordem. Se- ‘gundo, cgncia é uma atividade humana dindmica que represen- taas descobertas, os saberes e os esforcos coletivas da raca humana — com a finalidade de reunir conhecimento sobre 0 ‘mundo, organizé-lo.e condensé-lo em leis teorias testavels. ‘A ciéncia tove inicio antes da histéria escrita, quando as pes soas comegaram a descobrir as regularidades e os relaciona- ‘mentos na natureza, tals como padres de estrelas no céu no- turno e padres de clima ~ quando a estacio. chuvosa come- «ava ou 08 das tornavam-se mais longos.A partir dessas regu- laridades, elas aprenderam a fazer previs6es, que thes davam al- ‘gum controle sobre o que as cercavarn. A. ciéneia tomou grande impulso na Grécia no terceiro e quarto séculos a.C.Espalhou-se pelo mundo mediterranico. 0 avango cientifico chegou quase a parar com a queda do Impé- rio Ramano no século quinto .C. Hordas barbaras destru am quase tudo em seu caminho quando se espalharam pela Europa e precederam 0 que veio a ser conhecide como a lda- de das Trevas, Durante esse tempo, os chineses e os polinésios estavam catalogando as estrelas @ 0s planetas,e as nagSes éra- bes estavam desenvolvendo a matemética ¢ aprendendo a pro- ddutir vidro, papel, metas e varios produtos quimicos. ‘A ciéncia grega foi reintroduzida na Europa através das in- fugncias Islamicas que penetraram na Espanha durante os sé- culos dez,onze e doze.As universidades emergiram na Europa durante 0 sécylo treze e @ introdugio da pélvora mudou a es- ‘rutura social e politica da regio no século quatorze. O sécu- lo quinze assistiu & arte e & ciéncia maravilhosamente mescia- as por Leonardo daVinci. © conhecimento cientifco foi favo- recido pelo advento da imprensa no século dezesses, © astrénomo polonés Nicolau Copérnico,no século de- zesseis, ausou grande controversia quando publicou um livro tem que propunha o Sol estacionérro e a Terra girando ao seu redor: Essas idéias entraram em conflito com a visio popular de Terra como © centro do universo, Também entraram em conflto com o¢ ensinamentes da Igreja @ foram banidas por 200 anos. © fsice Italiane Galleu Gallet foi preso por divulgar a teoria de Copérnico e por suas outras contribuig6es 20 pen: samento cientfico, Mesmo assim, os defensores de Copérnico foram aceitos um século depois. Esse tipo de ciclo ocorre era apés era. No inicio do sécu- lo XIX, gedlogos sofreram violentas condenagées por discor- darem do Genesis sobre a criagfo, Mais tarde, no mesmo sé culo, geologia foi aceita, mas as teorias evolucionarias foram condenadas ¢ seu ensino proibido. Cada época tem seus gru- pos de intelectuais rebeldes que sio condenados e algumas ve- 2es perseguidos, mas que mais tarde parecem inofensivos e froquentemente essenciais para a elevacio das condicoes hu- rmanas. "Em toda encruzihada da estrada que leva 20 futuro, ‘ada espiivo progressista enfrenta mil homens que guardarn 0 pasado” SS Medidas Cientificas As medidas so um indicador da boa cincia, O quanto vo- ‘eé conhece sobre algo depende de quato bem voré pode me- “deo. Isto foi claramente expresso pelo famoso fisico Lord Kelvin, no século dezenove: “Digo freqilentemente que “quando se pode medir algo ¢ expressé-lo em niimeros, alga ‘ma isa se conhece sobre ele, Quando nio se pode medi-lo, “quando nio se pode expressi-lo em niimetos, 0: conheci- “mento que se tem dele €estéril einsatisfat6rio. Ele pode até ‘ser am inicio para o conhecimento, mas ainda se avamgou “muito pouco em diregio ao estigio da ciéncia, seja ele qual for”. As medidas cientificas nao sGo algo novo, mas reme- ‘em aos tempos antigas, No terceiro sSculo a.C., por exem- plo, foram feitas medidas bastante precisas dos tamanihos da ‘Tera, da Lune do Sol, bem como das distincias entre eles, Tamanho da Terra (0 tamanho da Terra foi pela primeira ver medido no Exit pelo gedgrafo e matemstico Eratistenes, cerca de 235 .C. Eratéstenes calculou 0 comprimento da circunferéncia da “Terma da seguinte maneira: ele sabia que o Sol esté em sua posigto mais alts no eu a0 meio-dia de 22 de juno, 0 sols- Aico de vero, Nesse momento, a sombra de uina estaca ver- tical se apresenta com comprimento minimo. Seo Sol esti ver diretamente acima, a estaca no projetaré sombra algu- ‘ma, 0 que ovorre em Siena”, cidade ao sul de Alexandria. Eratdstenes descobriu que 0 Sol estava diretamente acima terminado de alguma outra maneira. Aristarcos encontrou ‘uma maneira de faz@-lo e props uma estimativa, Eis 0 que fer: Aristarcos observou a fase da Lua quando ela estava exatamente metade cheia, com 0 Sol senclo ainda vistvel no cu. Nesta situagio, ahuz solar devia estar incidindo sobre a Lara em Angulo reto com a linha de visio dele. Isso signit ccava que as linhas entre a Terra ¢ 2 Lu, ¢ entre a Terra e 0 Sol, centre a Lua e o Sol, formavam um triéngulo retangu- Jo (Figura 1.5). Didmetro do Lua. Didmetro damoeda _ idmetro lunar __1 Disténcia da moeda ~ Distancia lunar 1.4’ Um exercico com razdes. Quando 2 moeda“eclipsa” totalmente a Lun, entio 0 difmetro da moeda.pela distinc entre vo- ‘ee ea, igual a0-dimetro de Lua pela dstincia entre voce e a La (a figura no esti om escae). As medidas dio © mesmo valor de I/l 10 T0 Meia-Lua Terra JGURA 1.5. Quando a Lua aparece metade chela,o So 2 Lua e aTerraformam um triingulo retingulo (nfo est em escas). & hipotenu “£2 distincaTerra-Sol.Portrigonometra simples a hiporerusa de um triingulo retangulo pode ser obtda se voc® conhece o valor de umn z ‘nio-retos ¢ © comprimenta de um dos catetos.A dstinca Terra-Lua ¢ um eateto conhecida. Mega Angulo Xe voct calcula a 32. Fisica Conceital Um teorema da trigonometria estabelece que se voce conhece todos os Angulos de um triangulo reténgulo, mais 0 comprimento de um de scus lads, pode calcular 0 compri- ‘mento de qualquer dos outros lados, Aristarco sabia qual era a distancia da Terra a Lua, Naépoca da mei cle conhecia um dos ngulos, 90°. Tudo que ele tinha que fa zer era medir 0 segundo ngulo entre sua linha de visio pa- ra a Lua e a linha para o Sol. Entio, 0 tereeiro angulo, mui to pequeno, vale 180° menos a soma dos dois primeiros an gulos (a soma dos angulos internos de qualquer trdingulo & igual a 180. Meedir o ingulo entre as Finhas de visio para a Lua e pa- Fa Sol é dificil sem um moderne teodolito, Por cut lado, tanto 0 Sol como a Lua no so pontos, so relativamente grandes. Ele tinha que ditigir a visio para os seus centros (ou ambas as bordas) ¢ medir o Angulo entre eles ~ um din gulo grande, quase um ngulo-reto, mesmo! Pelos padrées modernos, stia medio foi muito grosseira. Ele mediu 87°, ‘quando o yalor verdadeiro era 89,8". Ele calculou que 0 Sol estivesse a uma distincia 20 vezes maior que a da Lua, quando de fato ele est 400 vezes mais distante que ela. AS- sim, embora seu método fosse engenhoso, suas medidas, oriundas desse método, nfo 0 eram, Talvez Aristarcos achasse diffil erer que 0 Sol estivesse to distante, “errando para menos”. NOs ndo sabemos. Hoje sabemos que o Sol esta a uma distancia média de 150,000.00 de quilémetros. Fiea um pouco mais préxima em dezembro (147.000.000 km) ¢ um pouco mais afastado em junho (152,000.00 km), 0 Tamanho do Sol Uma vez que se conhega a distincia até 0 Sol, a razsio 1/110 do didmetrovdistincia possibilita uma medida do didmetro do Sol. Outra maneira de medir a razaio 1/110, além do mé: todo da Figura 1.4, 6 medir odiimetro da imagem salar pro- Jetada através de um faro de alfinete, Voee poderia tentar: faca win pequeno furo numa cartolina opaca e dcixe a luz so- Jar incidir sobre ela. A imagem arredondiada projetada sobre uma superficie abaixo & de fato uma imagem do Sol. Voc® verd que o tamanho da imagem niio dependeré do tamanho do furo, mas de quai afastado o mesmo esta daiimagem. Fu ros maiores tornam a imagem mais brilhante, néo maiores. F claro que se o furo for muito grande no se formar im gem alguma. Medigdes cuidadosas mostrario que a razio entre o tamanho da imagem e a distincia dela até o furo é 1/110 —amesma que a razio didmetro do Solidistincia Ter ra-Sol (Figura 1.6) E interessante que na hora de um eclipse solar parcial a imagem projetada pelo pequeno furo toma a forma cresce te ~ a mesma forma que apresenta o Sol parcialmente cobe to! Isso oferece uma maneira interessante de observas um eclipse parcial sem olhar diretamente para o Sol Jénotou que as manchas de luz solar que se enxergam nna chio, abaixo de drvores. so perfeitamente redondas ‘quando 0 Sol esté diretamente acima da cabega, e que se le . eB 8 gf f a > H wn “150.000.000%m" 11 FIGURA 1,6 Amancha arredondada de luz projeada através do ppequeno furo € uma imagem do Sol. Sua razio didmetrofdstancia & igual razio dldmeto do Soldstncio do Sok 1/1 10.0 didmetro de Sol 61/110 da sua distincia até a Terra, slargam em elipses quando o Sol esté baixo no o6v? Tais manchas so imagens do Sol, onde a luz brilha através de aberturas nas folhas, que so pequenas quando comparadas 3 distin até o cho abaino dela Uma mancha redonda com didmetro de 10 em foi projetada por uma aberara 110 x10 em aeima do cho, Arvores alts prodizem imagens grandes; drvores baixas produzem pequenas imagens. E na hora de um eclipse parcial do Sol, as imagens sto em forma crescente (Figura 1.8) FIGURA 1,7 Renoir Pintow com preciso te manchae de luz 0- lar sobre o vestida de sua modelo ~ imagens do Sol projetadas pe- Ine aberturasrelaia Imenee pequenas en- wea folhas FIGURA 1.8 As rmanchas de luz solar ‘em forma crescente so imagens do Sol du rante um eclipse solar parela ene RANE SRT Matematica: a Linguagem da Ciencia A ciéncia ¢ as condigées de vida humana avancaram significaivamente depois que a cigncia e a matemticainte- raram-se hd uns quatro sSculos. Quando as idsias da cién- tia si expressas em termos matemticos, elas nao s am- biguas. As equagoes cientificas provéem expressdes com- pacts das relacdes entre os conceitos. Nao possuem os d- plos significados que freqtientemente tornam confusa a dis- ‘uso de idéias em linguagem comum. Quando as dexco- hers sobre a natureza so expressas matematicamente, & mis cit comprové-las ow negé-las através de experimen- tos.A estrutura matemética da fisica esti evidente nas mui- tus equagGes que vocé encontrar ao longo deste livro. Elas so gus para 0 pensamenta, mostrando as conexées entre fosconceitos sobre a natureza, O método matemiético ¢ a ex- perimentagdo levaram a ciéncia a um enorme sucesso. 1 SU ARES SCPC 0 Método Cientifico O fisico italiano Galileu Galilei e 6 filésofo inglés Francis Bacon sio geralmente citados como os principais fundado- res do método cientifico — um método extremamente efeti- ‘yoem adquiri, organizar e aplicar os novos conhecimentos. Baseado no pensamento racional ¢ na experimentagio, este éiodo, introduzido no século dezesseis, funciona assim: *Fazemos disingio eure a esutura matmstica da Fisica ea préticn de res0- lagi de problemas raemstcos 0 foo da msioria dos eusos no conc mais Ohsereonitneto relanamentepequeno de problemas nos ais de pik, neste tivo, comparado com o-nmeno de exeticins.O Fisica Conc fun pe a compensa antes ds comput Capigulo I + Sobrea Ciéncia 33 1. Tdentifique uma questo ou um problems. 2. Faca uma suposigio culta ‘uma hipétese — em respos- 3. Faca uma previsdo das conseqiigneias que devem ser observaclas se a hipdtese estiver correta e que deveriam estar ausentes se a hipstese nao fosse correta, 4, Realize experimentos para verificar se as conseq cias previstas esto presentes. 5. Formule a lei mais simples que organiza os trés ingre- dientes — hipstese, efeitos preditos ¢ resultados experi Embora este método clissico seja poderoso, a boa cién- ccia nem sempre ¢ feita dessa maneira. Muitos avangos cien- tificos costumam envolver tentativa ¢ erro, experimentagiio sem uma hipétese clara, ou apenas mera descoberta aciden tal. Observacio disciplinada, entretanto, € essencial para perceber questdes pela primeira vez e dar sentido as evidén- cias. Mas mais do que um método particular, o sucesso da cigncia deve muito a uma atitude comum aos cientistas. ‘Tal atitude é a da investigacio, experimentagao e modéstia ~ a oa-vontade em admitir erros. |S A I A Atitude Cientifica £ comum se pensar num fato como algo imutavel e absolu- to, Mas em ciéacia, um fato é geralmente uma concordan- cia estreita entre observadores competentes sobre uma série de observagties do mesmo fendmeno. Por exemplo, onde foi ‘uma vez. fato que 0 universo era imutiivel ¢ permanente, ho: je € um fato que estd se expandindo e evoluindo. Uma hipé- {ese cientifica, por outro lado, é uma suposicao culta que so- tada pelos expe- ‘mente é tomada como factual depois de tes rimentos, Apds ser testada muitas e muitas vezes ¢ negada, uma hipotese pode tornar-se uma lei ou principio. Se as descobertas de um cientista evidencian uma con- tradigdo a uma hipstese, lei ou principio, entio deve ser abandonada dentro clo espirito cientifico ~ nao importa a re- putagao ow a autoridade das pessoas que a defendem (a me- fhos que a evidéneia negativa mostre-se errénea ~ como smplo, 0 filésofo grego altamen- te respeitavel Aristételes (384-322 a.C.) afirmava que um ‘objeto cai com uma velocidade proporcional ao seu peso, Esta idéia foi aceita como verdadeira por quase 2.000 anos, por causa da grande autoridade de Arist6teles. Galileu su- postamente demonstrou a falsidade da afirmativa de Arist6- teles com um experimento ~ mostrando que objetos leves ¢ pesados cafam da torre inclinada de Pisa com valores de ra pidez aproximadamente iguais. No espitito cientifico, um \inico experimento comprovadamente contedrio tem mais valor do que qualquer autoridacle, no importa sua reputa- ‘glo 00 0 ntimero de seus seguidores ou defensores. Na cién- 34° Fisica Conceltual cia moderna, argumentos de apslo & autoridade tém pouco valor Os cientistas devem aceitar descobertas experimentais ‘mesmo quando gostariam que fossem diferentes, Dever es- ‘forgar-se para distinguir entre o que véem e 0 que dese Ver, pois os cientistas, como as pessoas, «8m grande capaci- dade dle enganar a si mesmos". As pessoas tém sempre @ tendéncia de adotar regras, crengas, credos, idéias ¢ hipéte- ses, sem questionar profundamente a sua validade, e a man- {&-las por muito tempo apsis terem se mostrado sem signifi ado, falsas ou no minimo questiondveis. As suposigdes ‘mais difundidas sao frequlentemente as menos questionads. Muitas vezes, quando uma idéia é adotada, uma atengiio es- pecial é dada aos casos que parecem corrobori-la, 20 passo. ‘que aqueles casos que parecem refuti-la so distorcidos, de- preciados ou ignorados, Os cientistas usam a palavra teoria de maneira diferen: te 8 que é adotada no falar cotidiano. Na linguagem do coti- diano, uma teoria nao difere de uma hipdtese ~ uma suposi- ‘Go que ainda néo foi comprovada. Uma teoria cientifica, or outro lado, ¢ a sintese de um grande corpo de informa- (gBes que englobam hipéteses comprovadas e testadas sobre determinados aspectos do mundo natural. Os fisicos, por ‘exemplo, falam na teoria dos quarks dos micleos atGmicos, ‘6s quimicos falam na teoria das Tigagdes metdlicas nos me- tas, ¢ biGlogos falam da teoria celular, As teorias cientificas no so imutiveis, ao contrério, clas sofrem mudancas. Blas evoluem quando passam por es- igios de redefinigo refinamento, Durante-os cem tiltimos, ‘anos, por exemplo, a teoria atGmica tem sido redefinida re- Petidamente toda vez. que se consegue uma nova evidéncia sobre 0 comportamento attimico, De maneira semelhante, ‘0s quimicos tém redefinide suas visOes da maneira como as moléculas se ligam, e os bidlogos tém refinado a teoria ce- lular, O aperfeigoamento de teorias é uma forga da ciéncia, ‘iio uma fraqueza. Muitas pessoas acham que & um sinal de fraqueza mudar suas opiniGes. Cientistas competentes de- vem ser especialistas em alterar suas opinives. Eles trocam de opinido, entretanto, somente quando deparam-se com s6- lidas evidéncias experimentais ou quando uma hipdtese conceitualmente matis simples forga-os a adotar um novo Ponto de vista, Mais importante que defender crengas, € me- horé-las. As methores hipsteses so aquelas mais honestus ‘em face da evidéncia experimental. Fora de suas profissGes, os cientisias nfo so inerente- ‘mente mais honestos ou éticos que # maioria dys pessoas. * Ponsm wapeloesfico tem vlor em cigniat Mas de um rssh exper ‘mena na Gécia madera contac uma tors acl, que aps ives ‘slo adcionalprovou-s era. Ito en alimentad sf ds cientstasem gue = deseriho coreta da natureza, no fil ds ents, envlvecencisio de x reso e economia de eas uma combinago que merece er cham Gebel Em am formaco ao € bastante estar steno outras peso feta fa ilo de bobo: mals impor ¢ estar aeno appr tenncie de engin « “Ma em suas profissdes eles trabalham em um meio que dt alto valor a honestidade: A regra que norteia aciéncia é ade gue todas as hipSteves devem ser testiveis ~ devem ser pas- siveis, pelo menos em principio, de serem negadas. E mais itmportante, na cidncia, que exista urn modo de provar aue ‘uma idgia estéerrada do que existir uma maneira de provar ser eorreta, Este ¢ um dos principaisfatores que distingue @ cigncia da nfo-cigncia. A primeira vista, isso pode soar es- tranho, pois quando nos perguntamos sobre s maioria das coisas, n6s nos preoeupamos em encontrar maneiras de re- velar se elas sto verdadeiras. As hipéteses ciemtiticas s20 di- fetentes. De faio, se vor# deseja descobrir se uma hipdtese -cientifica ou nao, veja se existe um teste para comprovar 4que €ertOnca. Se nao exisir teste algum para provar sua fal- sidade, entao a hipdtese é nio-cientifica. Albert Einstein pos {sso muito bem quando declarou que “nenhum ndmero de ‘experimentos pode provar que estou certo; um tinico expe- rimento pode provar que estou errado”. Considere a hipdtese do bidlogo Darwin de que a vida evolu de formas mais simples para mais complexas, Isso poxtetia ser negaco se os paleontologistas descobrissem que formas de vida mais complexas surgitam antes de suas con- trapartidas mais simples. Finstein crioa a hipétese de que a luz ¢ desviada pela gravidade. Isso poderia ser negado se a luz das estretas que passa muito préiximo ao Sol, e que pode ser vista durante um eclipse solar, nfo fosse desvinda de sua trajetdria normal. Como foi demonstrado, as formas de vida menos. complexas precederam suas contrapartidas. mais complexas, ea uz das estrelasdesviou-se ao passar perto do Sol, © que sustenta as afirmativas. Se e quando uma hipéte- se ou alegagio cientfica ¢ confirmada, ela éencarada come “ile como sendo um degrau para conhecimento adicional Considere a hipdtese “o alinhamento dos planetas no ‘céu determina a melhor ocasitio para tomar decisdes”, Mui- tas pessoas acreditam nela, mas tal hipStese € nio-cientifi- ca, Nao se pode provar que est errada, nem correta, Ela € ‘uma especulagdo, Analogamente, a hipdtese “existe vida in- tcligente em outros planetas em algum lugar do universo” no € cientifica. Embora possa ser provada como correta, pela verificagdio por um tnico exemplo de vida inteligente em algum outro lugar do universo, no existe maneira de se provar que ela esté errada se vida alguma for jamais encon- trada. Se procuréssemos nas regides mais longinquas do universo ao longo de eras e niio encontrdssemos vida, nio provar que ela nio existe “na préxima esquina” ppassfvel de ser demonstrada com certeza, mas. de ser negada nao & uma hipétese cientifica ‘dessas afirmativas so completamente razodveis € ‘mas estio fora do dominio da ciéncia, “Nenhum de nés dispde de tempo, energia ou recursos testar cada idia; assim, na maior parte do tempo, esta~ ‘nos baseando na palavra de algaém. Como descobrir apalavra a considerar? Para reducir a possibitidade de ‘s cientistas accitam somente a palavra daqueles cujas {eorias ¢ descobertas so testiveis — se nio na pri pelo menos em principio. Especulagées nio-testaveis ‘consideradas como “nio-cientificas”. Isto tem o efeito a prazo de incentivar a honestidade — as descobertas di- largamente entre colegas da comunidade cientiti- -caestio geralmente sujeitas testes adicionais. Mais cedo ‘ou mais tarde, erros (e fraudes) so descobertos: 0 pensa- ‘mento tendencioso é desmascarado. Um cientista desacredi- tado no consegue uma segunda chance dentro da comi dade cientifica, A honestidade, to importante para o pro= ‘gresso da ciéncia, torna-se assim um assunto de interesse proprio para os cientistas, Hé relativamente pouco logro ‘hum jogo em que todas as apostas so declaradas. Em cam- pos deestudo, onde-0 certo.e o erraddo nio si estabelecidos facilmente, a pressio para ser honesto ¢ consideravelmente menor, Teste a si mesmo Qual destas 6 uma hipétese cientfica? (2) Os étomos sio as menores particulas existences de maté- (b) © espaco & permeaco com uma esséncia nfo-detectivel, | © Albert Einstein foi o maior fisico do século vinte. Verifique sua resposta Apenas a hipétese a é cient- casporque existe um test para testa sus falsidade. A afirmagio ro apenas ¢ posivel de ser nezads, como foi de fato negra Nio.existe um teste para provar a falsidade da hiponess be ola & portant, nfo-cientifea.O mesmo vale para qualquer pri pio ou conceit para o qual nfo existe maneira, procedimento ‘ou teste pelo qual ele posta ser negado (se for errado).Alguns pseudocientistas e outros fingidores do seber nem mesmo se preocupam com um teste para verificar a posivelfalsidade de suas afrmativas.A afirmativacé uma que niko pode ser testada fen sua possivelfalidade. Se Einstein nfo tivesse sido © maior dos fics, como poderiamos sabé-o! £ importante notar que, coma o nome de Einstein geralmente é muito considerado, ele 0 preferido dos pseudoclentistas Assim, no deveriames fcar surpretos que © nome de Einstein. como os de Jesus ¢ outras fonts alamente respetadas, sia frequentemente mencionado por charles que querem emprestarrespeito asi mesmos ea seu pontos de vista. Em todos os campos, prudente ser c&t- ‘o.com aqueles que quorem dar eréito asi mesmos apelando pira.aautoridade de outros. Capitulo 1 + Sobre a Citncin 35 AAs idéias © conceitos mais importantes de nossa vida ‘cotidiana freqiientemente s80 nao-cientificos; sua veracida- de ou falsidade no pode ser determinada no laboratério. Curiosamente, parece que as pessoas acreditam honesta- mente que suas idgias sobre as coisas estejam corretas, ¢ quase todo mundo conhece pessoas que sustentam pontos de vista inteiramente opostos ~ logo. as idgias de alguns (ou de todos) devem estar incorretas. Como saber se vocé & ou nao um daqueles que sustentam crengas errdneas? Existe uum teste. Antes de estar razoavelmente convencido de que ‘wood estd certo acerca de uma idéia particular, deveria estar seguro de que entendeu as objegdes e as posicdes de seus adversérios mais articulados. Vocé deveria descobrir se suas pr6prias opinides sdo sustentadas pelo conhecimento ade- quaalo das idéias oponentes ou pelas falsas concepcaes de> las, Faca esta distinglo, vendo se voc® pode ou ndo enunciar as objegdes e as posigdes de seus opasitores, de forma que eles fiquem satisfeitos. Mesmo que consiga fazé-lo, voce no pode estar absolutamente certo de estar correto acerca de suas prdprias idéias, mas a chance de estar certo € consi- deravelmente maior se voc? passar no teste. Teste a si mesmo Suponha que darante uma discordin- «in entre duas pessoas. Ae B, vocé nota que a pessoa A repet- damente enuncia sev porto de vista, enquanto B enuneig ara mente tanto a sua prépria posislo: como a da pessoa A. Quem estaré provaveimente correto? (Pense, antes de ler 0 respasta aboot) Embora a nogio de ser familiarizado com os pontos de vista contrétios parega razodivel 4 maioria das pessoas pen- santes, a nociio oposta — protegendo-nos e a outros de idéias ‘contrrias ~ tem sido mais amplamente praticada, Temos si- do ensinados a desacreditar de idéias nao populares sem en- tendé.1as no contexto apropriado. Com uma visio retros- pectiva, podemos ver que muitas das ‘profundas verdades” peddeas-mestras de civilizagdes inteiras, eram meros reflexos dda ignorncia que prevalecia na época. Muitos dos proble- mas que impostunavam as sociedades provinham dessa ig- nordncia ¢ das falsas concepgdes resultantes; muito do que «ra sustentado como verdade simplesmente nd era verda- deito. Isto no & restrito av passado, Cada avango cientifico € necessariamente incompleto e parcialmente impreciso, pois o descobridor enxerga com 0s antolhos” de dia, € con- segue se livrar de uma parte, apenas, dos impedimentos. Ciéncia, Arte e Religido AA procura por ordem e significado no mundo em nossa vol- ta tem tomado diferentes. formas: uma é a ciéncia, outra é a = N.deT. Pegus de cour, onde outro material optco, colocalss do lao dos cthas de um caval, para limita seu campo de visio eevte que se ass, 36 Fisica Conceitual arte © outra ¢ a religido, Embora as rafzes de todas as ts re- ‘meta a milhares de anos, as tradigdes cientificas so relati- vamente recentes. Mais importante, os dominios da eigncia, da arte © da religido sie diferentes, embora elas com fre- agiiéncia se superponkam. A ciéncia esta principalmente en- ‘gajada em descobrir registrar fendmenos naturais, as artes dizem respeito d interpretacso pessoal e i expressio criativa a religido remete a origem, propésito e significado de w- do. ——— Verifique sua resposta Quem sabe com cerzeza! A Pessoa B pode tera perspicicia de um advogado. que pode sus- fentarvirios pontos de vista e ainda assim estar incarreto. NSo Podemos ter certaze acerca do“outro rapen”.O teste para cor- reco ou incorresao sugeride aqui nfo & um teste para os ou ‘70s, mas de wood para vocé. Ele pode auxiiar em seu desenvol- vimento pessoal. Quando voeé tenta articular a ids de seus antagonists, esteja preparado, como os cientistas, para aleerar suas opinides e descobrir evidéncias contrrias as suas proprias idles ~ evidéncia que pode modifcar seus pontos de vista, O se nos impérios Bizanti- nove Isimico, Diversos desse textos foram reintroduzidos na Eu- ropa durante 05 séeulos onze e doze, traduzidos para © Latimt. A ‘ere, forga cultural politicamente dominante na Europe ociden- tal, iicialmente proibia os trabathos de Aristtcles, mas depois sceitou-0s¢ incorporou-os& doutrina Crist dores até o século dezesseis que a Terra ocupava seu lugar apropriado, e desde que era inconeebvel uma forga eapaz dle mover a Terra, parecia completamente claro que a Terra realmente nfo se movesse Teste a si mesmo Nio é senso comum pensar que a Terra esteja em seu lugar apropriado, ¢ que seja inconcebivel ums ores cnn de mow como Artes stent 8 Ue a estea em repouso no universo? Copérnico e o Movimento da Terra Foi nesse clima que o astronomo polonés Nicolau Copérni- co formutou sua teoria do movimento da Terra. Copémico raciocinou que a maneira mais simples de explicar 0s mo} :mentos observados do Sol, da Lua e dos planetas no oéu era supor que a Terra circulasse em torno do Sol. Por anos ele {rabalhou sem tomar puiblicns sens pensamentos ~ por dias razies. A primeira era que ele temia a perseguigao; uma teo- ria tio completamente diferente da opiniso vigente seria certamente tomada como um ataque & ordem estabelecida, Nicolau Copérnica (1473-1543) 46 Fisica Conceal A segunda raziioera que ele mesmo tinha sérias dtividas so- bre a teoria; ele no conseguia reconciliat a idéia de wma ‘Terra em movimento com as idéias prevalecentes sobre © movimento. Finalmente, em seus Gltimos dias, incitado por amigos intimos, ele enviou seu De Revolutionibus para 0 impressor. A primeira e6pia de sua famosa exposigdo che- _gou a ele no dia de sua morte ~ 24 de maio de 1543, ‘A miaioria de nés sabe da reagdo da Igreja medieval & {dia de que a Terra se move em tomo do Sol. Comvo as opi- nides de Aristételes haviam se tomado uma parte significa- tiva da doutrina da Igreja, negé-las era questionar a prépria Igreja. Para muitos de seus lideres, a idéia de uma Terra mé- vel atentava nao apenas contra suas autoridades, mas contra (0s proprios alicerces da f6 e da civilizagao. Para methor ov pior, esta idéia nova era capaz de virar de cabega para baixo s concepgbes do cosmo —embora mais tarde a Igreja a tena abragado, | ceeeeeeerneenetmnetenemenenl Galileu e a Torre Inclinada Foi Galileu, o mais importante cientista do século dezesse- te, quem deu prestigio & opiniéo de Copémico sobre © mo- vimento da Terra. Fez isso desacreditando as idias de Aris- ‘ételes sobre 0. movimento, Embora nao fosse 0 primeito a apontar dificuldades nas concepgdes de Arist6teles, Galileu fio primeiro a forecer uma refutagio definitiva delas atra- vés da observagio e dos experimento Galileu demi facilmente a hipstese de Arist6teles 50- ‘bre a queda dos corpos. Conta-se que Galileu deixou cair da torte inclinada de Pisa vérios objetos com pesos diferentes comparou stas quedas. Ao contrério da afimiativa de Aris- alilew nasceo em Pisa, Ilia, no mesma ano em que Shakes- peare nasceu ¢ Michelangelo morreu. Estadou medicina na Universidade de Pisa e entéo mudow para a matemética. Cedo de senvolveu um interesse pelo movimento logo estava er confit. ‘com seus contemporiaens, que sustentavamn as ins aristotelicas sobre a queda dos corpos. Abundonou Pi para ensinar na Univer- Verifique sua resposta As concepcdes de Aristéesles ‘eram légicas ¢ consistentes com as ebservag6es cotidianas. As~ sim, menos que voce torne-sefamilarizado com a fisica que segue neste lo, as concepedes de Aristeles sobre © movi- meno so redimente o senso comum. Porém, quando adquirir informagio nova sobre as leit da natureza voc® provavelmente comprovaré que seu senso comm fol além do pensamento de Arsttele, {6teles, Galileu eomprovou que uma pedra duas veres mais pesada que outra no cafa realmente duas vezes mais répide. Exceto pelo pequeno efeito da resisténcia do ar, ele desco- briu que objetos de vérios pesos, solios a mesmo tempo, ‘caiam juntos e atingiam o cho ae mesmo tempo. Em certa ‘casio, Galileu presumivelmente teria atraido uma grande multidao para testemunhar a queda de dois objetos com pe- sos diferentes do topo da torre, A lenda conta que muitos, observadores desta demonstracao que viram 0s objetos ba terem juntos no chio zombaram do joven Galileu e conti- nuarara a sustentar os ensinamentos de Arist6teles eT Os Planos Inclinados de Galileu Arist6teles foi um astuto observador da natureza, e tratou ‘mais com problemas que o cercavam do que com casos abs- tratos que no ocorriam em seu ambiente. © movimento sempre envolve um meio resistivo, tal como ar ou Sgua. Ele acteditava ser impossivel a existéncia de um vacuo e, por- tanto, no considerou seriamente o movimento na auséncia side de Poa © tomou-se um defensor da nova teoria de Cope. nico do sistema solar. Foi um dos primeiros a construir um teleseo> pio o primeiro a dirigi-o para o eéu notumo ¢ descobriras mon- tanhas ds Lua eas Ines de Jupiter. Como publicoa suas descober. tas em ltaliano.em ver do Latim que se esperava de um académien tio respeitivel, por causa da ento recente invengéo da impeenso, 28 él de Gulilew aleangaram wm grande nme de lecares. Los zo ele caiu em desgraga com a Tpreja e foi advertido ano ensinat ‘nem sustentar as opinites de Copémico. Manteve-se onze do po- blo por 15 anos e,entlo, desafiadoramente, publico suas abser- ‘ages e conchasdes, ue ecam contréras i doutrina da Freja. Ore sultado fo umn jolgamento onde fo considera culpade © depois do qual foi forgado a renepar suas descoberts. Ji velho, com sa ‘de eesprito abalados, foi sentenciado a pristo perpéua domestica, ‘Apesar disso, terminou seus estudos sobre ¢ movimento ¢ seus es critos foram contrabandeados da Walia e publicados na Holanda, Anteriormentedanificara 0s olhos observando 0 Sol através de seu lelesc6pio, 0 que 0 levou & cegucira aos 74 anos de idade, Gallen ‘morrow 4 anos mais tard, r meio interagente, Por isso era fundamental po |Aristoteles que sempre fosse necessério empurrar ou pu- ar un) objeto para manté-lo em movimento. E foi este prin- ‘bisico que Galileu negou quando afirmou que, se nio interferéncia sobre um objeto mével, este deveria r-seem linha reta para sempre; nenhum empurra0, pu qualquer tipo de forga era necesséria para isso. Gialileu testou sua hipstese fazendo experiéncias com 0 nto de diversos objetos sobre planos inclinados. Ele ue bolas que rolavaan para baixo sobre planos incli- tornavam-se mais velozes, enquanto que bolas que para cima, sobre um plano inclinado, tornavam-se yelozes. Disto ele conciuiu que bolas que rolasser um plano horizontal nfo deveriam tomar-se mais oa yelozes. A bola atingiria finalmente o repouso nio causa de sua “natureza”, mas por causa do atrito, Esta foi sustentada pelas observaciies de Galileu sobre 0 mento ao longo de superficies progressivamente mais Tpclinagio para bai Arapidez aumenta Tnclinagtio para cima - ‘Arapidez dim Sem inclinagéio - ‘Muda a ropidez? FIGURA 2.2 O movimento de bolas sobre diversos panos. Capitulo 2 + A Primeira Lei de Newton de Movimento -Inércia 47 Tisas; quando havia menos atrto, 0 movimento dos objetos persistia por mais tempo; quanto menor o atito, mais pr6xi- ‘mo de uma constante se tomava a rapide do movimento, Ele raciocinou que, na auséncia de atrito ou de outras forgas ‘opositoras, um objeto movendo-se ns horizontal continuatia ‘moyendo-se indefinidamente. Essa afirmativa era sustentada por um experimento di- ferente e outra linha de raciocinio: Galileu colocou dois de seus planos inclinados um de frente para o outro. Ble obser- ‘you que uma bola liberada do topo de um plano inelinado, a partir do repouso, rolava para baixo e entio subia © outro. plano inctinado até quase aleangar sua altura inicial. Racio- ‘cinou que apenas o atrito a impedia se subir até exatamente ‘a mesma altura, pois quanto mais liso era o plano mais pré- ‘ximo daquela altura inicial chegava a bola. Ele entio redu- Ziv10 angulo de inclinagao do plano de subida. Novamente a bola alcangava a mesma altura, mas teve que ie mais longe. Outras redugdes no valor do Angulo deram resultados simi- lares: para alcangar a mesma altura, cada vez a bola tinha ue ir mais longe, Ele entio pos a questi: “Se eu disponho de um plano horizontal, quo longe deve ir a bola para al- cangar a mesma altura?” A resposia Sbvie € “Para sempre ~ ela jamais alcangard soa altura inicial”.” Galileu analisou isso ainda de outra maneira. Como 0 movimento de descida da bola no primeiro plano é 0 mesmo ppara todos os casos, a sua rapide. quando: comega a subir 0 ‘segundo plano ¢ a mesma para todos 0s casos. Se cla move- se sob uma inclinagéo muito forte, rapidamente perde sua rapidez. Sob uma inctinagio menor, mais lentamente perde sua rapidez ¢ ola por mais tempo. Quanto menor for aincli- nagdo de subida, mais lentamente perder sua rapidez. No ‘caso extremo em que nao houver nenhuma inclinacio ~ ou seja, quando o plano for horizontal ~ a bola nao deveria per- der nenhiuma rapidez. Na auséncia de forcas retardadoras, a tendéncia da bola € mover-se etemamente sem tornar-se mais Jenta, A propriedade de um objeto tender a manter- em movimento numa linha reta foi chamada por ele de ine la Oconceito de Galileu de inéreia desacreditou a teria de Arist6teles do movimento. Aristoteles de fato nao reconhe- ‘cowa idéia de inércia porque deixou de imaginar como seria ‘© movimento sem atrito. Em sua experiéncia, todo movi- iment estava sujeito a resistencia e ele fez deste 0 fato cen- tral de sua teoria do movimento. A falha de Aristoteles em reconhecer 0 atrito pelo que ele €~ou seja, uma forga.como ‘qualquer outra — impediu 0 progresso da fisica por quase 2.001) anos, até a época de Galileu. Uma aplicagio do con- ceito de Galileu da inércia revelaria que nenhuma forga era necessfria para manter a Terra movendo-se para a frente. O caminho estava aberto para Isaac Newton sintetizar uma no- va visio do universo. ‘Retirado da drs dl Gien Didlogoe Sobre Duaa Novas Cenc, Fislea Conceitual Posigdio inicial FIGURA 23 Uma bola rolando para balxo.na rampa da esquerda, Posigéio Final Posigéo final Onde ¢ « posisai final? ‘tendea rolar para cima,na da dirt, a atngir a mesma aura com ‘We inciow sev movimento, A bola deve rola uma distncia maior quando 0 ngulo de incliagio da rampa da dreita for reduzido. Teste a si mesmo Seria correto dizer 10220 pela qual um objeto mével continua em ddo no atua forga alguma? Em 1642, varios meses ap6s a morte de Galileu, nasceu Isaac Newton. Quando tinha 23 anos, ele desenvolveu suas famosas leis do movimento, que suplantaram em definitive as idéias aristotélicas que haviam dominado © pensamento. ddas melhores mentes por quase dois milénios. Neste cupitu- Jonds trataremos da primeira lei de Newton, Ela € uma rea- firmagdo do conceito de inércia proposto anteriormente por Galileu. (As trés leis de Newton do movimento apareceram. primeiro em um dos mais importantes livros de todos os tempos, 0 Principia, de Newton.) Verifique sua resposta Em sentido restrito.nio. Nio _abemnos a razdo dos objeto perssticem em seus mavimentos ‘quando nenhuma forca asa sobre eles.Chamamos de inrcio propriedade que os objetos materaistém de comportarem-se dessa manera previsvel. Compreendemos muitas coisas edi ppomos de réculos e nomes para elas, Exstem muitas coisas que Fealmente nio entendemos,e temos rétuos enomes para esas coisa também A educagSo consist no tanto em adquitir nc ‘0s nome ¢ rtulos, mas em aprender o que nés compreende- ‘mos e o que nio compreendemes. Se net am Primeira Lei de Newton do Movimento A idéia de Aristiteles de que um objeto mével deve estar endo propelido por uma forga constante foi completamen- te virada do avesso por Galileu, ao estabelecer que na au- séncia de uma forga um objeto mével deverd continuar se rmovendo, A tendéncia das coisas de resist a mudangas no seu movimento foi o que Galileu chamou de inércia New- ton refinou a idéia de Galileu e formulou sua primeira lei, convenientemente denominada lel da inéreia, Do Principia de Newton’ ‘Todo objeto permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme numa linha reta,a menos que seja ‘obrigado a mudar aquele estado por forgas imprimidas so- bre ele. A palavra-chave nesta lei 6 permanece: um objeto pet- manece fazendo seja 0 que for, a menos que uma forga seja cexercida sobre ele, Se ele esté em repouso, ele permanece emeestado de repouso. Isto € ilustrado quando uma toalha de mesa é habilidosamente puxada de sibito por baixo dos pra- tos sobre uma mesa, deixando tais pratos em seus estados iniciais de repouso. Se um objeto est se movendo, ele per- ‘manece se movendo, sem fazer curva ou alterar sua rapider. Isto € evidente nas sondas espaciais que movem-se perma- nentemente no espaco exterior. As alterages no movimen- to devem ser impostas contra a tendéncia de um objeto em reter seu estado de movimento. Esta propriedade dos obje- tos de resistir a alteragdes no movimento é chamada de inéreia, Teste asi mesmo Um disco de hdquei: «0 golo acaba finalmente parando. Como: ria isso? Como Galileu e Neweon to? Como voce o interpretaria?(Pense, antes cadantel) de. O cig em ings fo taduzido do Lat Newton nascew promaturamente © quase nfo sobreviveu no de 1642, 0 mesmo ano da morte de Galles, O lugar do nas- ode Newton foi a casa de fazenda de sua me em Wools Ingloterra.O pai morrer alguns meses antes do nascimen- fewioa, e ele eresceu sob os cudados de sua nie ede sua Jo cranga, do evelou qualquer snal de brilhoe na ida 4 anos e meio oi retirulo da escola para trablhar na fazen- sue mle, Como fezendeiro, ele revelou-se um fracasso, pre= eco livtos que tomava emprestado de tm vizinh farma- 0. Lim te pereebea © potencial acadmico do vem Isuac e W-0 ir estudar na Universidade de Cambridge, o que ele cinco anos, raduando-se sem qualquer distingo particu- peste infestou Londres, ¢ Newton retirou-se para a fa- de sua mie ~ mas desta vez para contnuar os estidos. Na fi ‘com a idade de 23 anos, ele estabeleceu os aliceres para 0 dho que o tomar imortal. A visdo da queda de uma magi 20 ‘consierar que a forga da gravida se estenda até {emis além, ¢formulou a lei da gravitagto universal (que mais tarde demonstrou; invenrou 0 céleulo, wna ferramenta matemiticaindispensivel i cigncia;estendeu o trabalho de Galileu jou as ts leis fundamentais do movimento; formulou a da natureza da Juz mostrou com prismas que a luz branca posta de todas as cores do arcofrs. Foram seus experimen- com prismas que primero o tormaram famoso. ‘Quando 8 peste code, Newton retarnon a Cambridge ¢ logo peleceu sis propria seputago como matemitico de primeira Seu professor de matemstica renunciow em sew favor & ot foi escolhido professor Lueasiano desta diseiplina. Ble © posto por 28 anos, Em 1672 foi eleto para # Royal So- yonde exibiu 0 primo felescopio refletor do mundo, O ins ainds pode ser visto, preservado na biblioteca da Reyal ‘Society em Londres coma inscrigSo:“O primero telescdpiorafle We © disco desliza até parar porque ele busca 0 seu lugar priado © 0 seu estado natural,o de repouso.Galteu ¢ New~ ‘provavelmente diriem que, uma vez posto em movimento, 1 disco continuaria. que 0 que impede seu movimento ro 6 a sua natureza ou o seu lugar apropriado, mas o que enfrenta, Esse atrito € pequeno, comparado com ‘existente entre o mesmo disco e um piso de madeira, ¢ Capitulo 2 ~ A Primeira Lel de Newton do Movimento Inércia 49 fentado por Si Isaac Newton, ¢ consruide por suas préprias smios Somente quando Newton estavs com 42 anos que comegou 2 cesereyer o que & geralmente aceito como o mai ivrocfemiticojé escrito, 0 Principia Mathemavica Philosophie Naturalis, O lito {oj excrto em Latim e teminado em 18 meses. Aparece impres: ‘soem 1687 e no fo impresso em Inglés até 1729, dois anos de- pois de sua morte. Quando perguntaram-Ihe como fora eapaz de fazer tantas descobertas, Newton respondeu que enconirou suas solugGes nio por ums iluminagdo stbita, mas depois de pensar ne~ Tas duramente por muito tempo, até resolvé-Ias. Com a idue de 46-anos, sexs esforgos afastaraam-se um pow ‘coda cigncia quando fo eleito para o Parlamento. Compareceu is esses por 2 anos e jamais fe um discurso. Certo di ele lexan to-see eas eaiu em siléncio para ouvir o grande homer. © fa- Jade Newton foi muito breve; ele apenas regnisitou que uma jane- Tesfosse fechada por causa de ums comente de a. ‘Um afastamento maior de seu trabalho em ci8ncia acontecen ‘quando foi excolhido como guardio e depois mesire da casa da ‘oeda, Newton renuncioa a sou cargo de professor dirigiu seus esforgos para melforar grandemente o$ abalos da casa da moe ds, pare constemagio dos falsificadores, que prosperavam naque- In época. Ele manteve seu lbgar na Royal Society e fo eleito pre- sient, ¢ desde entfo foi resletn todos ox anos pelo resto de sua vida. Com widade de 62 anos, escreveu a obra Optics, que nsu- miu seu trabalho sobze a lz. Nove anos mais tarde escteven a se- gunda edigto de seu Principia Embora qo cabelo de Newton tenha se tomado grsalho a partir ‘dos 30'anos, ele manteye-s cheio, longo e ondulado por toda sua Vida, e diferente mente de outros em seu empo ele io usava pero- rompe.o barbante de baixo? forga resultante. Por exemplo se voo8 e um amigo puxam uum objeto num mesmo sentido com foreas izuais, as foreas dos dois se combinam para produzir uma forga resultante das vezes maior do que uma tinea forga. Se cada um de voces puxar com gua forgas em sentidos opostes, a forga resultante € nula. As forgasiguai, mas orientadas em sent ddos opostos, cancelam-se mutuamente. Uma delas pode ser considerada a negativa da outrac elas somam-sealgebrica- mente para dar um resultad que € zero ~ uma forga resul tant nla {A Figura 2.5 mostra como as forgas se combinam para produzir uma forga resultant. Um par de forgas de 5 new- tons, aplicadas no mesmo sent, produzem tuna orga re- sultante de 10 newtons. Se estzo em sentidos contréris, foxya resultante entio & zero. Se 10 newtons sao-exercidos para a drcitae 5 newtons para a esquerda, a forga resultan- te de 5 newions estar para a direta. As forgas esto repre- sentadas por setas, Uma quantidade ta como ¢ una forga, que possui tanto valor como direcio e sentido, & chamada de uma quantidade vetorial. Quuntidades vetoriis podem ser representadas por sets cujo comprimentoe cuj diregao re- Figura 2.4 Exomplos de inéreia. presentam o valor ea dirego da quantidade (saiba mais so- bre vetores no capitulo 5). A Condicao de Equilibrio Se voe® amarcar um barbante ao redor de um pacote de act- car de I quilogramae suspendé-1o por um dinamdmetro (Fi- gura 2.6). a mola dentro dele se esticard até que a escala ‘marque L quilograma-forga. A mola eticada est submetida uma “forca de estiramento” chamada fensdo. A mesma es- cla écalbrada num laboratéivio de ciéncias para marcar 9,8 newtons, Tanto quilograma-forga como newton sao unida: des de peso, que por sua vez so unidades de forga. O pace- te de agicr 6 atraido pela Terra por uma forca gravitacional dd 1 quilograma-forga ~ eouivalente 29,8 newtons. Suspen- dda 0 dobro dessa quantidade de agioar e a eseala marcard 19,6 newtons. ‘Observe que sio das foreas agindo sobre 0 pacore de aglicar — a forga de tensio para cima e o peso para baixo. ‘Como as duas forges agindo sobre 0 pacote so iguais € Foe BN 5N FIGURA 2.5 Forga Resulance Capitulo 2 + A Primeira Lei de Newton do Movimento —Inércia 51 joer sluno de ensno meio, meu orientador educaconal onsslhourme a note aan de cifnciae mateméica em ‘eodso, a concentrate no que pareeia meu dom part ret seyuiscaconselho. Nes época eva interensado em desert rasdehistrias em quadrinhos em boxcar, atvidades em que no anseui qualquer sucesso. Depis de um peodo no exército, tn ‘ei minhe sore como pinto de pains, os invernos selados de Boson drigiram me parao sul, para a oma Miami, Frida, 14, ‘0m 26 anos de dade, conseyui um erspreyo pintando painsis de lnincios¢conheci meu mentor intelectaal, Burl Grey. Como eu, Bar jamais avi estudadofscano ensino médio. Mas cle era um _gaixonao pea cicia em geal epartihava sta pit através de _uitasquesses que propunha quando pintivarnos juntos Lenbro-me de Bur pergustando-me sobre as tenses nas cor és que sustentavum © andaime onde estévamos. O andaime era simplesmen rs pes tabua horizontal suspense por um par de ‘ordas, Burl tangeu a conta na extremidade doandaime que estava ‘mais préxima dele epediv-me para fazer o mesmo com acorda que esta mais prxima de mim. Ele estava comparando a tenses ua ues cords ~ para ver qual era mai. Burl era mais pesado que agua época,¢ schava que a tensdo em su conda era mst, ‘Como tina corda de violio mais frtementeesticad, a cord mais tensionada tania um som de maior altura. A descoberts de que a cords de Bur tangs um som mais alto pareciarazosvel porque 2 sua cor era que suportava uma carga maior. ‘Quando caminhei nx diregio de Burl para pegur emprestado tum de seus pinedis, ele perguntou-me se as tenses nas cordas ha- ‘iam mudado. A tensio em sua cordn aumentou quando eu cheguei mais pert? Ele concordava que devia ser assim, pois ento uma ‘parte ainda maior da carga sera sustentads pela corde de Burl. B Sobre a minha corda? Sua tersdo teria diminuid? Nix dois concor- ‘damos que sim, pois ela agora estaria sustentando a menor parte x ‘carga toa Bu no tina conseignein de ue estava diseutindo fs Burl ev nos tilizamos do exagero para apoiar nosso racioet- aio (exatamsente come fazem os fisicos). Se ambos fiedssemos mam das extremos do andaim e nos inelinéssemos para fora, ers fil Jmaginaro outro extremo do andaime elevando-se como sexttemi- dude de uma gengorra ~ com a cord oposta tomando-se frouxa. [io haveria,emtao, ensto alguma na corda. Entio raciocinamos ‘que a tensio em minha corda graduslmente diminuira quando eu ‘caminhasse na diregio de Burl, Foi diverido propor exsas questes «verse conseguirfamos responds, ‘Uma qustio que no consegiamos resp ras a dim aii na eas da minh cord quand cv caminhaya para long dca, seis 0 no compensida exatamente por um aumento en- slo da sorda de Burl. Por exemple, e minha conda sofesse uma Aiminuigho de 50 newton, sera que a coda de Burl experimenta- Fis um aumento de 50 newton? O ganbo sri de exaamente 50 [NTE sefosse, no sera sso uma grande coineidéncia? No soabe _ resposta por mais em an, a que o estima de Burl elton no abandono de minha dedicagia integral a pinnrae no ingreso raunivenidade para aprender mais sobre aciencia [eu prem que quaker objeto em repous0, somo o anda ‘me de pinta pine de anéncios em que rabalhara com Bud, éd- to estar em equilito, Isto 6, rods as forgas que atuam sobre cle expilibram-se para resularem zero. Assim, a8 frgasapontando aa cima forecias pels cons de sustentgo do arsine de to.compersavam n0ss0s pesos mais peso do andaime. im ganho de 0 N em uma corda seria acompanhado pela perda de 50 ‘Nem ovr [Narre esta histGrie veridicn para fazer notar que @ nosso pen: samento € muito diferente quando existe uma regra para guié-lo. Enxergamos a natureza de maneima diferente quando conhecemos sas Fes. Sem as leis da fsica, tendemos a ser supersticiosos ¢ a cenxorpar magia onde ndo existe, De maneira absolutamente mara- vilhosa, eada coisa esté conectada a qualquer outra coisa por um ‘nimero surpreendentemente pequeno de leis, de uma maneira gra- ciosamente simples. As leis da natureza sto 0 objeto de estado da, fisica * Estou em debit eterno com Burl Grey pelo estinalo que me proporcio- nog, pois quando vole 27 wma educa formal esta enustsmado. Pend const com Burl por 40 an. Um aluso meu no Explorataium de San Francis, Jayson Weehter, qe er um detesive pater, loeaizou-a fem 1998 e nos ps em comtato.Aamizadereaovow-e novamenteretom- ‘mos nossusanimadas convesas, 52 Fisica Conceitual FIGURA 2.6 A tensio orientada para cim2.no barbante, em o mesma valor que 0 peso do pacote,e assim aforga resulta & mur be Copostas, elas se anulam. Daf o pacote permanece em tepou- Quando.a forga resultante sobre alguma coisa 6 nula, di- zemos que ela esti em equilibrio mecanico’. Usande nota- flo matemiética, a condigio de equilfbrio é dada por EF=0 © simbolo ¥ significa “a soma vetorial de” eF significa “forcas, 2s quais sio grandezas vetoriais. As leis dizem que 8 forgas agindo para cima sobre umm objeto devem ser com- pensadlas pelas outras que agem para baixo ~ para que & so- ‘ma vetorial seja nula. (Quantidades vetoriais levam em con ta o sentido: assim, se atuam para cima as forgas so +, se para baixo, sio—, € quando adicionadas de fato acabam sub- aindo-se.) Na Figura 2.7 vemos as forgas envolvidas com o andai- ‘me que Burl e Hewitt usam para pintar paingis de antincios. ‘A some das tensdes orientadas para cimia ¢ igual 8 soma dos pesos mais © peso do andaime. Note como os valores dos dois vetores orientados para cima igualam os valores dos trés vetores orientadios para baixo, A forga resutante sobre o-andaime € zero, e assim dizemos que ele esté em equili- brio meciinico. *eremos no Capo qe uma ute condi para have equitro mec ico ¢ que tye sua mo, FIGURA 2.7 A soma dos vetores orientados para cima iguni a soma dos vetores orientados para balxo,e © andaime se encontra fem equilibria, Teste a si mesmo Considere a ras arglas 1, Seela se pendura de modo que sey peso sea iqualmented vidido entre os dois ais. como as et tense duas cordas de sustentacdo se comparamn co 2. Suponha que ela se pendura de modo. que a metade de seu peso & sustentado querda. Como 2 leitura da tensio na da direita se compara com o peso da ‘Considere um livro colocado em repouso sobre uma mesa. Ble estdem equlfrio. Que forgas tam sobre olvro? Uma dela € ssueln devido A grevidade — 0 peso do liveo, Uma. vez que 0 liv est em equilibria, deve haver outa fora ntuando sobre ele para tomar nua a resultant ~ uma forga reniada par cima eopasia for da gravdede. a mest. de exerec essa frga arn ima, Noe a chamazemos de for ga: de apoio. Esta forga de apoio orienta para cima fe- Gflentemente chamat de forga normal, deve se igoalar a0 peso do livro™, Se atribuimos o sinal positivo a forga orien- toa para cima, endo peso € negalivo, eos dois soma ‘at orga ata em Angulo ete com a superficie, Quando diet “pores 5 queremos dizer “em ingulereto cone por so que esta orca ¢ dena- ins na fogs normal, Capitulo 2 + A Primera Lei de Newton do Movimento —Inércia 53 resullar zero, A forga resullante sobre o livro é nula. ‘maneira de expressar a mesma coisa é EF = 0 Para compreender melhor que a mesa empurra o livro ‘para cima, pense em colocar © mesmo livro sobre um tra- Yesseiro. O livro comprimird o travesseiro para baixo. O Vi- ‘yo permanece estacionsrio porque 0 travesseiro, a0 ser ‘comprimido, empurra o livro de volta para cima. Com 0 ‘ampo de uma mesa rigida acontece 6 mesmo, mas no é perceptivel [FIGURA 2.8 (Esquordi) A mesa empurrao livro para cima com a mesma forga com que a gravidade pura o liveo para baixa. (Direita} | famola empurra sua mio para cima com a mesma forca com que ‘wet empurrou-a para bao, ‘Como outro exempto, compare 0 caso do livro sobre a mesa com 0 caso de uma mola comprimida (Figura 2.8) Empurre a mola para baixo e voc¢ sentiré que ela empurra a 09 soe aforga de rexinténciaserodinamie. Sea queda €niforme, ‘om nenhum aumento dingo ma rapier, eno « pa “gedit cats em ego ginimica, Como se compara s Toes do peso eda fora de eisai? Antes do tempo de Galil ¢ Newton. alguns acaémicor eri tos pensavam que uma pers stad do topo de wn alo aso de dm navio em movimento cara verscalmenee atingivia © comes un Gstincn tr do mas iva pel que omic Davoreriaenguanto a peda estava ainda. luz da soa com proensio da primeira ei de Newton, oq ve pense isso? Como Tera gir uma ve ada 2 hors pred dodo oe ted wa casa movers em diego a voc awa apie linear ‘qe promavelmente € moe do que 1.00 K/h (a pide ext —E—————E uucmecrinimeecemmmnaatsseamemeel Aceleracao Podemos alterar a velocidade de alguma coisa mudando a rapidez de seu movimento, ov madando sua directo ou mu dando ambos, upidez.e dirego. O quai rapidamente mula a velocidade chama-se aceleragio: _variagio da velocidade Aceleragao = see = intervalo de tempo Estamos todos familiarizados com a aceleragiio nam au- tomével. Ao dirigir, costumamos nos referir a ela informal- ‘mente como “pé na tébua” ou “pisa fundo”, ea estamos ex- perimentando quando somos jogados para a parte traseira do carro. A idgia-chave que define a aceleragio € variagdo. Suponha que estejamos dirigindo e que em 1 segundo au- ‘mentamos uniformemente nossa velocidad de 30 quilome- tros por hora para 35 quilémetros por hora, e daf para 40. quilometros por hora no segundo seguinte, depois para 45 quilémettos por segundo durante o préximo segundo e as- sim por diante, Estamos variando nossa velocidade em 5 quilémetros por hora a cada segundo. Essa mudanga na ve- locidade € o que chamamos de aceleragio, FIGURA 3.4 Dizemos que um corpo estéacelerado enguanto hhouver uma variogo em seu estado de movimento, 2 Yatepodevesiade | SEMI sy Titervalo de tempo a.aceleragio € de 5 quilémetros por hora por do para 5 krivh -s), Observe que a unidade jcomparece duas vezes: uma na-unidade de veloci- para.ointervalo de tempo em que ocorreu a vee . Note também que a accleragio no & fag total da velociclade; ela ¢ igual & taxa de ‘tempo, ou variaedo por segundo, da veloci- aceleragdo aplica-se tanto para diminuigao co- nento na velocidade. Dizemos que os freios do emplo, produzem grandes valores de acelers- ‘sto, uma grande diminuigo por segundo do carro. Com freqiiéncia também chamamos leragio. Experimentamos uma desaceleracio. demos a ser jogados para a frente no carro. acelerados sempre que nos movimentamos nu- curva, ainda que nos movamos com uma rapi- ‘porque nossa diregdo est mudando ~ daf que de esté madando também. com velocidade constants”. os crros possuem 2 mesma rapide, mas suas velo- so opostas porque eles estio se movendo er sen invariével no velocimetro:de urn carro indica uma constante, mas nido uma velocidade constante, pois pode nio estar se movende a0 longo de um cami- retlineo, caso em que ele esta acelerand. determinado carro pode sair do repouso e atingir 90 hem 10 segundos. Qual é a sua aceleracio? um carre aumenta sua rapide de 60 km/h para 65. uanto uma bicicleta vai do repouso para 5 kami. lstingdo entre velocidad e rapidez, e definimos a edo como sendo a taxa com que varia a velocidade, do as mudancas tanto na rapidez como na di s urn que tenha ficado de pé num Onibus lotado tou a diferenga entre velocidade e aceleragio. pelos efeitos de uma estrada sacolejante, voc’ con- mn pé no Gnibus sem fazer qualquer esforgo adi- cele se move com velocidade constante, nao impor- pido ele eja. Vocé pode atirar uma moeda para ci- Capitulo 3 + Movimento Retiines 63 ne a 1 FIGURA 3.5 Uma ripida desaceleragio ¢ sentda pelo motorista, _que 6 jogade para frente (de acordo com a primeira lat de New- on} ma e apanhé-la de volta em suas méos, da mesma maneira ue faria se 0 Gnibus estivesse parado. Apenas quando o 6ni- ‘bus aeclera — toma-se mais rapido, mais lento ou fz curva ~€ que vocé experimenta dificuldades Em boa parte deste livro estaremos tratando apenas do, movimento ao longo de uma linha reta. Quando € este 0 ca- 0, € comm se usar 0s termos rapidez e velocidade indife- rentemente. Quando nio esti variando a diregdo da veloci dade, a aceleragio pode ser expressa como a taxa com a qual varia a rapides. Aceleragio (20 longo de uma linha ret) = “ets. rapide, Verifique suas respostas 1. Sua aceleragio éde 9 kv. A rgorsesa seria a sua acele ragio média, pols pode ter ocorride varlagBes na sua taxa de crescimento dt rapidez 2. As aceleragBes do-carro e da bicicleta sio 38 mesmas:2 kemirs. variagho da velocidade _ 65k /h— 6Okm /h Tneerale de tempo 2s Skah 23 varlagho da velocidade _ AcslettOncon = “Taeeralo de tO Ska {h= Okan «Skt 25s 25s AEIEIO any = 2kmih-s = km/s Embora as velocidades envolvides sejam completamente dife- rentes, as texas de vatiagio da velocidade sio as mesmas. Eis porque as aceleragdes sio iguais. 64 Fisica Conceitaa! Teste a si mesmo 2 Quem tem a maior 1.000km/h para 1,005 km/h que vai de zero a5 kmh em | se A Aceleracdo nos Planos Inclinados de Galileu Galileu desenvolveu o conceito de aceleragdo em seus expe- Fimentos com planos inclinadas. Ele estava interessado na queda de objetos, e como Ihe faltavam instrumentos preci- sos para medir tempo, usou planos inclinados para tornar ¢efetivamente mais lentos os movimentos acelerados € assim poder investigé-los mais detalhadamente, Galileu descobriu que uma bola rolando para baixo de un» plano inelinado tomnar-se-4 mais répida na mesma quan- tidade em sucessivos segundos de duracdo: isto é bola ro- lara com aceleragio constante. Por exemplo, uma bola ro- lando para baixo de um plano inctinado nium certo angulo podia aumentar sua rapidez de 2 metros por segundo a cada segundo de ser movimento, Este ganho por segundo & a sua aceleracio. Com esta aceleragao, sua velocidade instantanea em intervalos de 1 segundo cada &, entdo, 0, 2, 4,6, 8, 10 assim por diante, em metros por segundo. Poxle-sc ver que a rapide7 instantanea ou a velocidade da bola, em qualquer FIGURA 3.6 Quanto mais inctinads for arampa,maior seria aceleragSo , dda bola. Qual sera sua aceleracio se ramps for vertical? instante de tempo apés ela ter sido solta a partir do repouso, € simplesmente igual A sua aceleragio multiplicada pelo tempo : ‘Velocidade adquirida = aceleragio x tempo Se substituimos a aceleragio da bola nesta relacdio, pode- ‘mos ver que ao final de | segundo a bola estaré viajando a 2 ‘metros por segundo; ao final de 2 segundos, estar viajando 24 metros por segundo; ao final de 10 segundos, estard a 20 ‘metros por segundo e assim por diante, A rapidez instanti- nea ou a velocidade em qualquer instante de tempo é sim- plesmente igual & aceleragio multiplicada pelo mimero de ‘segundos durante os quais ela foi acelerada, Galileu descobriu que as aceleragdes eram maiores ‘quanto mais inclinadas eram as rampas usadss. A bola pos- sui uma aceleragdo méxima cuando a rampe € vertical. Nes- teas a aceleragio torna-se igual aquela de um objeto em queda (Figura 3.6), Sem importar 0 peso ou 0 tamanho, Ga- lileu descobriu que todos os objetos caem com a mesma aceleragdo invaridvel, desde que a resisténcia do ar seja pe- quena o bastante para que possa ser desprezada. Verifique suas respostas 1. Zero, pos sun velocidad nfo varia 2. Ambos ganar 5 kan mas skate consegue iso em um décimo do tempo. Ele tem, portanto, maior aceleragio, de fato dez veres maior. Um eilule ripido mostrard que & actlerago do aeroplano vale 0.5 kr enquanto que do skate mis lento,rale km/s elocidade e aceleragio s80 dois conceitos muito diferentes. Ser capaz de cstingihe € Inuito importance Queda Livre Qudo Rapido {As coisas caem por causa da forga da gravidade. Quando um objeto esté caindo sem enfrentar qualquer impedimento = sem atrto, ar ou qualquer outro — ele esté num estado de ‘queda livre. (Iremos considerar os efeitos da resistencia do ar sobre a queda dos corpos no Capitulo 4.) A Tabela 3.2 mostra os valores instantaneos da rapidez de um corpo em

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