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O documento discute as hipóteses atuais sobre os mecanismos envolvidos nos transtornos afetivos, focando nos neurotransmissores e neuroreceptores. Aponta que as teorias anteriores sobre carência de neurotransmissores deram lugar a hipóteses sobre desequilíbrio entre sistemas de neurotransmissão e desregulação dos neuroreceptores. Atualmente, a ênfase recai sobre os neuroreceptores como estruturas plásticas que regulam a atividade dos neurotransmissores.
O documento discute as hipóteses atuais sobre os mecanismos envolvidos nos transtornos afetivos, focando nos neurotransmissores e neuroreceptores. Aponta que as teorias anteriores sobre carência de neurotransmissores deram lugar a hipóteses sobre desequilíbrio entre sistemas de neurotransmissão e desregulação dos neuroreceptores. Atualmente, a ênfase recai sobre os neuroreceptores como estruturas plásticas que regulam a atividade dos neurotransmissores.
O documento discute as hipóteses atuais sobre os mecanismos envolvidos nos transtornos afetivos, focando nos neurotransmissores e neuroreceptores. Aponta que as teorias anteriores sobre carência de neurotransmissores deram lugar a hipóteses sobre desequilíbrio entre sistemas de neurotransmissão e desregulação dos neuroreceptores. Atualmente, a ênfase recai sobre os neuroreceptores como estruturas plásticas que regulam a atividade dos neurotransmissores.
acetilcolina) e neuropeptdeos (somatostatina, vasopresina, colecistocinina, opiides endgenos, etc) continuam se relacionando atualmente, de uma forma direta ou indireta, na patogenia dos Transtornos Afetivos.
Entre essas substncias, aquelas que parecem continuar mais implicadas
em investigaes so os neurotransmissores noradrenrgicos e, sobretudo, a serotonina, ainda que o modelo baseado na carncia dessas substncias tenha cedido terreno a teorias baseadas no desequilbrio entre os sistemas de neurotransmisso e na desregulao dos neuroreceptores, os quais comandam a atividade desses neurotransmissores. Portanto, hoje em dia a tnica das hipteses recai sobre os neuroreceptores, os quais, ao invs de estruturas rgidas, passam a ser considerados estruturas plsticas que se adaptam e respondem homeostasia orgnica e s alteraes dos neurotransmissores.
Existem dados sugestivos de que as alteraes do sistema de
neurotransmissores podem ocorrer como conseqncia de mudanas no nmero e/ou na sensibilidade dos neuroreceptores pr e ps-sinpticos no Sistema Nervoso Central, sem que haja, obrigatoriamente, uma alterao na quantidade do prprio neurotransmissor. As hipteses baseadas na "deficincia" de neurotransmissores tm sido, pois, substitudas por hipteses mais enfocadas nos neuroreceptores.
Estas novas hipteses sugerem que a Depresso poderia estar relacionada
mais uma desregulao da sensibilidade do neuroreceptor do que com deficincias do neurotransmissor, e que a demora dos efeitos teraputicos do tratamento antidepressivo estaria relacionado com alteraes na sensibilidade dos neuroreceptores dependentes do tempo de uso dos medicamentos. Outra idia a de que os neuroreceptores, por serem protenas, tm sua quantidade aumentada ou diminuda apenas por sntese ou degradao e, ao tratar-se de um processo que consome tempo, este poderia ser a causa da lenta ao teraputica dos antidepressivos.
Os neuroreceptores tm como misso, receber mensagens qumicas
especficas e traduzi-las nas correspondentes respostas neuronais pssinpticas. Acredita-se que a superfcie externa do neuroreceptor serve para reconhecer e unir-se ao neurotransmissor, enquanto a superfcie interna efetua as alteraes intracelulares esperadas. Cada neuroreceptor tem no mnimo dois componentes, um de reconhecimento e outro efetor (superfcie externa e interna, respectivamente), e existe um conjunto mais o menos complexo de componentes intermedirios em dependncia do tipo de neuroreceptor. Seriam os neuroreceptores, mais que os neurotransmissores, que
determinariam qual neurotransmissor atuar sobre a clula e, curiosamente,
se essa ao ser excitatria ou inibitria.
Ainda sobre neuroreceptores e ao dos antidepressivos, tem-se suposto
que os antidepressivos tricclicos inibem imediatamente o mecanismo de recaptao de noradrenalina e/ou de serotonina pelo neurnio pr-sinptico, o que originaria um aumento da disponibilidade desses neurotransmissores (noradrenalina e serotonina) para serem captados pelos neuroreceptores ps-sinpticos. Como resposta, estes neurnios ps-sinpticos acabam por reduzir o nmero de seus neuroreceptores e, muito possivelmente, tambm da sensibilidade e atividade deles (dowm regulation).
A correlao encontrada entre a dowm regulatiom dos neuroreceptores pssinpticos e a resposta clnica aos antidepressivos provavelmente um dos poucos dados que sugerem um papel direto do sistema noradrenrgico na depresso.
Descobriu-se tambm a existncia de auto-receptores inibidores no
neurnio pr-sinptico, o qual se estimularia com o aumento na concentrao do neurotransmissor no espao intersinptico e inibiria a liberao do mesmo neurotransmissor pelo neurnio pr-sinptico (dai o nome auto-receptor).
Enfim, as hipteses da desregulao no nmero e na sensibilidade do
neuroreceptor sugerem que, em sntese, as deficincias funcionais na neurotransmisso podem ocorrer mesmo com nveis normais de neurotransmissores, e no tm sido conclusivos os estudos para identificar uma clara evidncia entre as deficincias catecolaminas e indolaminas nos pacientes depressivos.