QUARTA-FEIRA
– Diversos serviços que podemos prestar à Igreja, à sociedade, aos que estão ao nosso lado.
O Senhor não se dirige, porém, apenas aos seus Apóstolos, mas aos
discípulos de todos os tempos. Ensina-nos que há uma honra singular em
auxiliar e assistir os homens, imitando o Mestre. “Uma tal dignidade exprime-
se na disposição de servir segundo o exemplo de Cristo, que não veio para
ser servido, mas para servir. Se, portanto, à luz da atitude de Cristo, se pode
verdadeiramente reinar somente servindo, ao mesmo tempo este servir exige
tal maturidade espiritual que se deve defini-lo precisamente como reinar”5.
Por outro lado, a figura de Cristo, que, no exercício da sua missão de dar a
conhecer o Pai, atende com solicitude os que se aproximam d’Ele e chega a
lavar os pés dos discípulos, deve ser um estímulo poderoso para não apenas
nos contentarmos com trabalhar honradamente e bem, mas para vermos
sempre o lado humano das pessoas a quem estamos ligados por vínculos
profissionais. Quantas vezes não tendemos a encarar os que trabalham às
nossas ordens como simples peças de uma engrenagem?
Recorremos a São José, servo fiel e prudente, que sempre esteve disposto
a sustentar a Sagrada Família à custa de inúmeros sacrifícios e que prestou
tantas ajudas a Jesus e a Maria. Pedimos-lhe que nos ensine a servir sem
pretender recompensa alguma de prestígio ou de vantagens pessoais, como
o Santo Patriarca não os teve: nem mesmo chegou a ver os frutos da sua
dedicação, já que não se fala mais nele a partir do começo da vida pública de
Jesus. A sua recompensa visível foi o sorriso de que o rodearam, até à morte,
Jesus e Maria. E, no fim, o abraço de Deus Pai.
(1) Mc 10, 32-42; (2) cfr. Jo 15, 13; (3) 1 Pe 5, 1-13; (4) cfr. 1 Cor 9, 19; (5) João Paulo II, Enc.
Redemptor hominis, 4-III-1979, 21; (6) Jo 13, 4-5; (7) São Josemaría Escrivá, Amigos de
Deus, n. 103; (8) Sl 99, 2; (9) Jo 13, 17; (10) cfr. São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 626.