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TEMPO COMUM. OITAVA SEMANA.

QUARTA-FEIRA

66. APRENDER A SERVIR


– O exemplo de Cristo. Servir é reinar.

– Diversos serviços que podemos prestar à Igreja, à sociedade, aos que estão ao nosso lado.

– Servir com alegria sendo competentes na nossa profissão.

I. O EVANGELHO DA MISSA1 narra o pedido que os filhos de Zebedeu


dirigiram ao Senhor para que lhes reservasse os primeiros postos no novo
Reino. Quando souberam desse desejo, os outros discípulos indignaram-se
contra os dois irmãos. O desgosto que experimentaram não foi provavelmente
provocado pela peculiaridade do pedido, mas porque todos se sentiam com
igual ou maior direito de ocupar esses postos proeminentes.

Jesus, que conhece a ambição daqueles que serão os alicerces da sua


Igreja, diz-lhes que eles não devem comportar-se como os reizinhos que
oprimem e subjugam os seus súbditos. A autoridade da Igreja não será assim:
pelo contrário, quem quiser ser grande entre vós seja o vosso servidor; e
quem entre vós quiser ser o primeiro seja escravo de todos. É um novo modo
de ser “senhor”, uma nova maneira de “ser grande”; e Jesus mostra o
fundamento dessa nova nobreza e a sua razão de ser: porque o Filho do
Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
redenção de muitos.

A vida de Cristo é uma constante ajuda aos homens, e a sua doutrina um


contínuo convite ao espírito de serviço. Ele é o exemplo que deve ser imitado
pelos que exercem a autoridade na sua Igreja; sendo Deus e Juiz, que há de
vir julgar o mundo, não se impõe, serve por amor até dar a sua vida por
todos2; esta é a sua forma de ser o primeiro.

Assim o entenderam os Apóstolos, especialmente depois da vinda do


Espírito Santo. São Pedro exortará os presbíteros a apascentar o rebanho de
Deus, não como dominadores, mas servindo de exemplo3; e o mesmo dirá
São Paulo, que, sem estar submetido a ninguém, se fez servo de todos para
ganhar a todos4.

O Senhor não se dirige, porém, apenas aos seus Apóstolos, mas aos
discípulos de todos os tempos. Ensina-nos que há uma honra singular em
auxiliar e assistir os homens, imitando o Mestre. “Uma tal dignidade exprime-
se na disposição de servir segundo o exemplo de Cristo, que não veio para
ser servido, mas para servir. Se, portanto, à luz da atitude de Cristo, se pode
verdadeiramente reinar somente servindo, ao mesmo tempo este servir exige
tal maturidade espiritual que se deve defini-lo precisamente como reinar”5.

Para se poder servir os outros digna e eficazmente, é necessário chegar a


um auto-domínio muito grande, que saiba ultrapassar as barreiras interiores
do egoísmo, os pruridos de independência e de superioridade em relação ao
próximo, as impaciências de quem só tem olhos e tempo para as suas
próprias preocupações... E tudo isto, só o consegue o homem espiritualmente
amadurecido, forte, enérgico. Daí que, paradoxalmente, servir seja realmente
reinar. Só quem é senhor – e não servo –, quem reina dentro de si mesmo, é
que pode servir.

II. A VIDA DE JESUS é um incansável serviço aos homens, tanto material


como espiritual: o Senhor atende-os, ensina-lhes, conforta-os..., até dar a vida
por eles. Se queremos ser seus discípulos, como podemos deixar de
fomentar essa disposição do coração que nos impele a dar-nos
continuamente aos que estão ao nosso lado?

Na última noite antes da Paixão, Cristo quis deixar-nos um exemplo


particularmente significativo de como nos devíamos comportar: enquanto
celebravam a Ceia, levantou-se, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-
a. Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e
a enxugar-lhos com a toalha com que se cingira6. Realizou a tarefa própria
dos servos da casa.

O Senhor “prega novamente com o exemplo, com as obras. Diante dos


discípulos, que discutiam por motivos de soberba e de vanglória, Jesus
inclina-se e cumpre com gosto o ofício de servo [...]. Comove-me esta
delicadeza do nosso Cristo. Porque não afirma: se eu me ocupo disto, quanto
mais não tereis vós que fazer! Coloca-se no mesmo nível, não coage: fustiga
amorosamente a falta de generosidade daqueles homens.

“Como aos primeiros doze, também a nós pode o Senhor insinuar-nos, e


nos insinua continuamente: Exemplum dedi vobis (Jo 13, 15), dei-vos
exemplo de humildade. Converti-me em servo, para que vós saibais, com o
coração manso e humilde, servir a todos os homens”7.

Para servir, devemos antes de mais nada entender o exercício da nossa


profissão, não apenas como um meio de ganharmos a vida e desenvolvermos
nobremente a nossa personalidade, mas como um serviço à sociedade, um
meio de contribuir para o seu desenvolvimento e para o necessário bem-
estar.

A essa intenção sustentada, devemos acrescentar um extraordinário


escrúpulo em trabalhar conscienciosamente, mediante o estudo profundo de
cada assunto, a diligência e o esmero na sua execução e o seu perfeito
arremate, tanto no conteúdo como na forma e nos prazos. Seria um logro à
sociedade oferecermos gato por lebre ou deixarmos as coisas mal resolvidas
e cheias de pontos fracos, pois não serviríamos os outros, antes lhes
carregaríamos sobre os ombros a tarefa de rever, consertar ou concluir aquilo
que não lhes competia e que lhes vai tirar tempo para as suas próprias
responsabilidades. Cometeríamos uma grave injustiça e seríamos um fardo
para os demais, não uma ajuda.

Por outro lado, a figura de Cristo, que, no exercício da sua missão de dar a
conhecer o Pai, atende com solicitude os que se aproximam d’Ele e chega a
lavar os pés dos discípulos, deve ser um estímulo poderoso para não apenas
nos contentarmos com trabalhar honradamente e bem, mas para vermos
sempre o lado humano das pessoas a quem estamos ligados por vínculos
profissionais. Quantas vezes não tendemos a encarar os que trabalham às
nossas ordens como simples peças de uma engrenagem?

A vida familiar é outro lugar excelente para manifestarmos o espírito de


serviço num sem-fim de detalhes que ajudam imperceptivelmente a fomentar
um convívio grato e amável, em que Cristo está presente. Não é verdade que,
quando se ausenta um membro da família que vive esse espírito sem chamar
a atenção, se nota um vazio de alegria, de expansão, de bom humor?

Esses pequenos serviços em que procuramos adivinhar os desejos dos


outros e dar-lhes pequenas alegrias são, além do mais, um meio de nós
mesmos não cairmos no aburguesamento e de crescermos na vida de união
com Deus, que vê o que se passa em segredo. Daí a felicidade de quem
procura fazer felizes os outros. O segredo da nossa própria felicidade tem
uma única condição: que nunca a procuremos, isto é, que a procuremos para
os outros, esquecendo-nos de nós mesmos, com humildade de coração e
delicadeza humana.

III. NÃO PODEMOS IMAGINAR o Senhor de cara fechada, queixoso,


quando as multidões o buscam ou enquanto lava os pés dos discípulos. Ele
serve com alegria, amavelmente, em tom divinamente cordial.

Assim devemos nós fazer ao cumprirmos os nossos deveres e no nosso


relacionamento: Servi o Senhor com alegria8, diz-nos o Espírito Santo pela
boca do Salmista. O Senhor promete a alegria, a felicidade, a quem serve;
depois de lavar os pés dos discípulos, afirma: Se aprendestes isto, sereis
felizes se o praticardes9.

Talvez seja esta a primeira qualidade de um coração que, tendo-se dado a


Deus, procura continuamente ocasiões – às vezes, muito pequenas – de se
dar aos outros. Aquilo que entregamos com um sorriso é como se adquirisse
um valor novo e se apreciasse em dobro. E sempre que se apresenta a
oportunidade ou o dever de prestarmos um serviço em si desagradável e
incómodo, devemos pedir com as palavras daquele universitário que assistia
os doentes de um hospital e que um dia, ao ter de lavar um vaso sanitário
bastante repugnante, dizia baixinho: “Jesus, que eu faça boa cara”!10

Devemos prestar atenção e ajudar os outros sem esperar nada em troca,


sabendo que todo o serviço amplia o coração e o enriquece. E, em qualquer
caso, recordemos que Cristo é “bom pagador” e que, quando o imitamos, Ele
tem em conta o menor gesto, o menor auxílio que tenhamos prestado.
Sentimo-nos bem pagos com o seu olhar.

Examinemos hoje se temos e manifestamos uma clara disposição de


serviço no exercício da nossa profissão, se realmente servimos a sociedade
através dela – não remota e indirectamente, coisa que pode esconder muitas
artimanhas do egoísmo e da vaidade, mas de modo imediato, sem segundas
intenções. De maneira particular, este espírito deve pôr-se de manifesto nas
situações em que se exerce um cargo de responsabilidade, de autoridade ou
de formação.

Vejamos ainda se procuramos evitar habitualmente que os outros nos


prestem serviços não estritamente necessários ao desempenho do nosso
cargo e que nós mesmos poderíamos realizar. Devemos ter uma atitude muito
diferente da daqueles que se valem da sua autoridade, prestígio ou idade
para pedir ou, ainda pior, para exigir que os sirvam, que os rodeiem de
atenções e facilidades que seriam intoleráveis mesmo do ponto de vista
humano.

Recorremos a São José, servo fiel e prudente, que sempre esteve disposto
a sustentar a Sagrada Família à custa de inúmeros sacrifícios e que prestou
tantas ajudas a Jesus e a Maria. Pedimos-lhe que nos ensine a servir sem
pretender recompensa alguma de prestígio ou de vantagens pessoais, como
o Santo Patriarca não os teve: nem mesmo chegou a ver os frutos da sua
dedicação, já que não se fala mais nele a partir do começo da vida pública de
Jesus. A sua recompensa visível foi o sorriso de que o rodearam, até à morte,
Jesus e Maria. E, no fim, o abraço de Deus Pai.

(1) Mc 10, 32-42; (2) cfr. Jo 15, 13; (3) 1 Pe 5, 1-13; (4) cfr. 1 Cor 9, 19; (5) João Paulo II, Enc.
Redemptor hominis, 4-III-1979, 21; (6) Jo 13, 4-5; (7) São Josemaría Escrivá, Amigos de
Deus, n. 103; (8) Sl 99, 2; (9) Jo 13, 17; (10) cfr. São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 626.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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