BRASÍLIA/VARGINHA
JULHO/2009
INTRODUÇÃO
(COFINS) é definida pelo artigo 3º da Lei 9.718/98, que indica como tal o faturamento
ou receita bruta da empresa, assim compreendida a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, salvo as exceções que passa a indicar expressamente nos parágrafos e
incisos seguintes.
COFINS.
produto, dele não podendo ser descontado para nenhum efeito tributário, nem mesmo
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“Súmula 94 – A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de cálculo do FINSOCIAL.”.
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Aparentemente pacificada, ante insistentes apelos de que o conceito
do Código Tributário Nacional, a questão foi reaberta pelo Supremo Tribunal Federal
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mercadoria. Admitir o contrário é querer, como salientado por
Hugo de Brito Machado em artigo publicado sob o título
‘COFINS – Ampliação da base de cálculo e compensação do
aumento de alíquota’, em ‘Contribuições Sociais – Problemas
Jurídicos’, que a lei ordinária redefina conceitos utilizados por
norma constitucional, alterando, assim, a Lei Maior, e com
isso, afastando a supremacia que lhe é própria. Conforme
previsto no preceito constitucional em comento, a base de
cálculo é única e diz respeito ao que fatura, ao valor da
mercadoria ou serviço, não englobando, por isso mesmo,
parcela diversa. Olvidar os parâmetros próprios ao instituto,
que é o faturamento, implica manipulação geradora de
insegurança e mais do que isso, a duplicidade de ônus fiscal a
um só título, a cobrança da contribuição sem ingresso efetivo
de qualquer valor, a cobrança considerado, isso sim, um
desembolso.”
Para dar cumprimento a este conselho, nosso primeiro passo é fazer a distinção
entre o significado da expressão comercial “faturar”, dessa outra que realmente nos
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“Faturar” é uma expressão comercial, consagrada no artigo 219 do Código Civil
contabilidade, sendo assim sendo definido, segundo o site “Portal da Classe Contábil”
(www.classecontabil.com./palavra.php?id=295):
25-26; RIBEIRO, 1996. p. 159), verificamos que se trata de termo em franco desuso,
por uma razão que é o fulcro para compreensão das razões da divergência com o
entendimento acima esposado pelo Exmo. Sr. Ministro: a expressão “faturamento” não
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Art. 219 – Nas vendas em grosso ou por atacado, entre comerciantes, o vendedor é obrigado a
apresentar ao comprador por duplicado, no ato da entrega das mercadorias, a fatura ou conta dos gêneros
vendidos, as quais serão por ambos assinadas, uma para ficar na mão do devedor e outra na do
comprador. Não se declarando na fatura o prazo do pagamento, presume-se que a compra foi à vista. As
faturas sobreditas, não sendo reclamadas pelo vendedor ou comprador, dentro de 10 dias subseqüentes à
entrega e recebimento, presumem-se contas líquidas.
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Já o segundo, que claramente é o adotado pelo Ministro Relator, é o de receita
líquida de vendas e serviços, que se assemelha ao descrito no item anterior, mas exclui
a tributação incidente.
conceito de faturamento quando o definiu, para efeitos tributários, como a renda bruta
9.718/98). Ele apenas escolheu dentro dos limites semânticos abrangidos por esta ora
vetusta expressão aquele que mais lhe convinha, ou seja, o de receita bruta de vendas, a
que a questão é bem distinta daquela com a qual o Sr. Ministro estabelece analogia, eis
“faturamento”.
CONCLUSÃO
Nacional, tinha duas escolhas possíveis de base de cálculo, fazendo sua escolha de
da palavra faturamento (receita líquida de vendas, sem impostos), olvidando que ela
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também é utilizada nos meios privados para expressar contabilmente a receita bruta de
ADC nº 18, observando-se, como destaca o pedido do Requerente, assim como nosso
trabalho, que também a expressão receita bruta está contida no conceito científico de
século XIX, que está sendo utilizado como fundamento para determinar a exclusão do
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
20 jul. 2009.
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7. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula 94 de Jurisprudência.
http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?
http://redir.stf.jus.br/estfvisualizadorpub/jsp/consultarprocessoeletronico/ConsultarP
rocessoEletronico.jsf?
tipoConsulta=PROC&numeroProcesso=18&siglaClasse=ADC>. Acesso em 23 de
jul. 2009.
10. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 19ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.
12. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
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SITE: (www.classecontabil.com./palavra.php?id=295)
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