Questão 1
Sobre um plano liso e horizontal repousa um sistema constituído de duas partícu- O
las, I e II, de massas M e m, respectivamente. A partícula II é conectada a uma I 90º
articulação O sobre o plano por meio de uma haste que inicialmente é disposta na y
posição indicada na figura. Considere a haste rígida de comprimento L, inexten- θ L
→
sível e de massa desprezível. A seguir, a partícula I desloca-se na direção de II com VB
x
→
velocidade uniforme VB , que forma um ângulo θ com a haste. Desprezando qual-
II
quer tipo de resistência ou atrito, pode-se afirmar que, imediatamente após a coli-
são (elástica) das partículas,
→
A) a partícula II se movimenta na direção definida pelo vetor VB.
B) o componente y do momento linear do sistema é conservado.
➯ C) o componente x do momento linear do sistema é conservado.
D) a energia cinética do sistema é diferente do seu valor inicial.
E) n.d.a.
Resolução:
Durante a colisão, a resultante externa sobre o sistema corresponde à força de tração na esfera II. Tal força tem a direção
e o sentido do eixo y indicado na figura.
Como na direção do eixo x a resultante externa é nula, conclui-se que houve conservação da quantidade de movimento do
sistema apenas nesta direção.
Sendo a colisão perfeitamente elástica, a energia cinética do sistema também é conservada.
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Questão 2
A partir do repouso, uma pedra é deixada cair da borda no alto de um edifício. A figura mostra a disposição das janelas,
com as pertinentes alturas h e distâncias L que se repetem igualmente para as demais janelas, até o térreo.
pedra
L
h 1ª janela
h 2ª janela
Se a pedra percorre a altura h da primeira janela em t segundos, quanto tempo levará para percorrer, em segundos, a
mesma altura h da quarta janela? (Despreze a resistência do ar).
A)
( L+h – )(
L / 2 L + 2h – )
2 L + h t.
D) 4( L + h) –
(
3( L + h) + L / 2 L + 2h –
)
2 L + h t.
B)
( 2 L + 2h – )(
2L + h / L + h – )
L t.
E) 3( L + h) –
2( L + h) + L /(
L+h – )
L t.
➯
C) 4( L + h) –
(
3( L + h) + L / L + h –
)
L t.
O intervalo de tempo t para percorrer a altura h da 1ª janela pode ser expresso por: t = tA – tB, sendo tA e tB os instantes
inicial e final para percorrer a 1ª janela.
2 2 2 2
Assim: t A = ⋅L e tB = ⋅ (L + h) ∴ t= ⋅ (L + h) – ⋅L
g g g g
Para percorrer a altura h da 4ª janela, temos:
2 2
t’ A = ⋅ (4L + 3h) e t’ B = ⋅ 4(L + h) ∴ t’ = t’B – t’A
g g
2 2
t’ = ⋅ 4(L + h) – ⋅ (4L + 3h)
g g
2 2
⋅ 4(L + h) – ⋅ (4L + 3h)
€ t’ g g
= 4 ⋅ (L + h) – 3 ⋅ (L + h) + L ⋅ t
Comparando-se t’ e t: = ∴ t ’
t 2 2 L+h – L
⋅ (L + h) – ⋅L
g g
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Questão 3
Variações no campo gravitacional na superfície da Terra podem advir de irregularidades na distribuição de sua massa.
Considere a Terra como uma esfera de raio R e de densidade ρ, uniforme, com uma cavidade esférica de raio a, inteira-
mente contida no seu interior. A distância entre os centros O, da Terra, e C, da cavidade, é d, que pode variar de 0 (zero) até
R – a, causando, assim, uma variação do campo gravitacional em um ponto P, sobre a superfície da Terra, alinhado com
O e C. (Veja a figura). Seja G1 a intensidade do campo gravitacional em P sem a existência da cavidade na Terra, e G2 , a
intensidade do campo no mesmo ponto, considerando a existência da cavidade. Então, o valor máximo da variação relati-
va: (G1 – G2)/G1, que se obtém ao deslocar a posição da cavidade, é
3
[
A) a / ( R – a) R .
2
] R
3
B) (a/R) .
O a P
C) (a/R)2.
C
➯ D) a/R.
d
E) nulo.
Resolução:
Sendo g, a intensidade do campo gravitacional em P sem a existência da cavidade:
€
GM GρV G ρ 4 ⋅ π R3 4G ρ π
g1 = 2
= 2
= = R = KR
R R R2 3 3
Questão 4
Considerando um buraco negro como um sistema termodinâmico, sua energia interna U varia com a sua massa M de acor-
do com a famosa relação de Einstein: ∆U = ∆Mc2. Stephen Hawking propôs que a entropia S de um buraco negro depende
apenas de sua massa e de algumas constantes fundamentais da natureza. Desta forma, sabe-se que uma variação de massa
acarreta uma variação de entropia dada por: ∆S/∆M = 8π GM kB/c. Supondo que não haja realização de trabalho com a
variação de massa, assinale a alternativa que melhor representa a temperatura absoluta T do buraco negro.
A) T = c3/GM kB. C) T = Mc2/8π kB. E) T = 8π c3/GM kB.
B) T = 8π Mc2/kB. ➯ D) T = c3/8π GM kB.
Resolução:
Supondo-se que a temperatura absoluta do buraco negro seja constante, sua variação de entropia (∆S) em função de sua
1
variação de energia interna (∆U) é: ∆S = ⋅ ∆U
T
Substituindo-se, na equação acima, as expressões de ∆S e ∆U dadas no enunciado, segue:
1
∆S = ⋅ ∆U
T
∆M ⋅ 8π ⋅ G ⋅ M ⋅ k B 1 ∴ ⋅ c3
= ⋅ ∆M ⋅ c2 T=
⋅c T 8π ⋅ G ⋅ M ⋅ k B
▼
Questão 5
Qual dos gráficos abaixo melhor representa a taxa P de calor emitido por um corpo aquecido, em função de sua tempera-
tura absoluta T?
P P P
A) ➯ C) E)
0 T 0 T 0 T
P P
B) D)
0 T 0 T
Resolução:
A taxa de emissão de energia radiante (P) de um corpo é diretamente proporcional à quarta potência da temperatura abso-
luta do corpo.
Em símbolos: P = k ⋅ T4 (lei de Stefan Boltzmann)
0 T
▼
Questão 6
Uma certa massa de gás ideal realiza o ciclo ABCD de transformações, como P
mostrado no diagrama pressão-volume da figura. As curvas AB e CD são isoter- A
mas. Pode-se afirmar que
A) o ciclo ABCD corresponde a um ciclo de Carnot.
B) o gás converte trabalho em calor ao realizar o ciclo.
C) nas transformações AB e CD o gás recebe calor. D B
D) nas transformações AB e BC a variação da energia interna do gás é negativa.
➯ E) na transformação DA o gás recebe calor, cujo valor é igual à variação da ener-
gia interna. C
V
Resolução:
Como nos mostra o diagrama que acompanha a questão, a transformação de D para A é um aquecimento isométrico.
Logo: Q = ∆U 0
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Questão 7
Sabe-se que a atração gravitacional da lua sobre a camada de água é a principal responsável pelo aparecimento de marés
oceânicas na Terra. A figura mostra a Terra, supostamente esférica, homogeneamente recoberta por uma camada de água.
Nessas condições, considere as seguintes afirmativas:
I. As massas de água próximas das regiões A e B experimentam marés altas simultaneamente.
II. As massas de água próximas das regiões A e B experimentam marés opostas, isto é, quando A tem maré alta, B tem
maré baixa e vice-versa.
III. Durante o intervalo de tempo de um dia ocorrem duas marés altas e duas marés baixas.
Então, está(ão) correta(s), apenas Terra
A) a afirmativa I.
B) a afirmativa II. Lua
C) a afirmativa III.
B A
D) as afirmativas I e II.
➯ E) as afirmativas I e III. água
Resolução:
Lua
Questão 8
Um balão contendo gás hélio é fixado, por meio de um fio leve, ao piso de um vagão completamente fechado. O fio permanece
na vertical enquanto o vagão se movimenta com velocidade constante, como mostra a figura. Se o vagão é acelerado para
frente, pode-se afirmar que, em relação a ele, o balão
A) se movimenta para trás e a tração no fio aumenta.
B) se movimenta para trás e a tração no fio não muda.
➯ C) se movimenta para frente e a tração no fio aumenta.
D) se movimenta para frente e a tração no fio não muda.
E) permanece na posição vertical.
Questão 9
Durante uma tempestade, Maria fecha as janelas do seu apartamento e ouve o zumbido do vento lá fora. Subitamente o
vidro de uma janela se quebra. Considerando que o vento tenha soprado tangencialmente à janela, o acidente pode ser melhor
explicado pelo(a)
A) princípio de conservação da massa. D) princípio de Pascal.
➯ B) equação de Bernoulli. E) princípio de Stevin.
C) princípio de Arquimedes.
Resolução:
O vidro da janela quebra devido à diferença de pressão do ar nas faces interna e externa.
É a equação de Bernoulli que relaciona a velocidade de escoamento de um fluido com a pressão no ponto.
▼
Questão 10
A figura mostra um sistema óptico constituído de uma lente divergente, com distância focal f1 = – 20 cm, distante 14 cm de
uma lente convergente com distância focal f2 = 20 cm. Se um objeto linear é posicionado a 80 cm à esquerda da lente diver-
gente, pode-se afirmar que a imagem definitiva formada pelo sistema
➯ A) é real e o fator de ampliação linear do sistema é –0,4. objeto
B) é virtual, menor e direita em relação ao objeto.
C) é real, maior e invertida em relação ao objeto.
D) é real e o fator de ampliação linear do sisetema é – 0,2.
E) é virtual, maior e invertida em relação ao objeto. 80 cm 14 cm
Resolução:
L1
Inicialmente, para L1 (f1 = – 20 cm), temos:
1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ∴ p’ = – 16 cm
f p p’ – 20 80 p’
– p’ (– 16)
A1 = ⇒ A1 = – ∴ A1 = 0, 2 80 cm
p 80
No sistema óptico apresentado, a imagem virtual formada por L1 torna-se objeto real a 30 cm de L2.
16 cm 14 cm
30 cm
80 cm
Questão 11
Num oftamologista, constata-se que um certo paciente tem uma distância máxima e uma distância mínima de visão dis-
tinta de 5,0 m e 8,0 cm, respectivamente. Sua visão deve ser corrigida pelo uso de uma lente que lhe permita ver com clareza
objetos no “infinito”. Qual das afirmações é verdadeira?
A) O paciente é míope e deve usar lentes divergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
B) O paciente é míope e deve usar lentes convergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
C) O paciente é hipermétrope e deve usar lentes convergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
D) O paciente é hipermétrope e deve usar lentes divergentes cuja vergência é – 0,2 dioptrias.
➯ E) A lente corretora de defeito visual desloca a distância mínima de visão distinta para 8,1 cm.
Resolução:
Os intervalos de visão nítida de uma pessoa com vista normal e do paciente são, respectivamente:
Vista
normal 25 cm Ponte remoto = ∞
O intervalo de visão do paciente evidencia que ele não consegue enxergar com nitidez objetos distantes, o que caracteri-
za a miopia.
Para o cálculo da vergência, o míope deve utilizar uma lente que, para objetos no “infinito”, forme uma imagem virtual
localizada no seu ponto remoto.
1 1 1
De acordo com a equação dos pontos conjugados: = +
f p p'
1 1 1 1
Com p tendendo ao infinito, = 0 e, portanto: = =
p f p’ (– 5)
1
∴ C= = – 0,2 dioptrias
f
Com a lente corretiva, o ponto próximo do míope é deslocado, de modo que a imagem virtual deste ponto se forme a 8 cm
de seu globo ocular. De acordo com a equação dos pontos conjugados:
1 1 1 1 1
= +
p p’
⇒ – 0, 2 = +
f p (– 8 × 10– 2 )
∴ p = 8,1 cm
Isto é, a distância de visão mínima distinta do míope passa para 8,1 cm.
m m m
A A A
➯ A) C) E)
m m
A A
B) D)
Resolução:
A presença do filtro em uma das fendas impõe que:
1º) as franjas claras, correspondentes às interferências do tipo construtivas, terão intensidades luminosas inferiores às
do experimento original;
2º) as franjas escuras, correspondentes às interferências do tipo destrutivas, não terão intensidades luminosas nulas.
A presença da placa, que altera a fase de uma das ondas luminosas, provoca o deslocamento dos máximos (franjas claras)
e mínimos (franjas escuras) em relação às suas posições no experimento original.
A alternativa que contempla essas modificações é a A.
▼
Questão 13
Quando em repouso, uma corneta elétrica emite um som de freqüência 512 Hz. Numa experiência acústica, um estudante
deixa cair a corneta do alto de um edifício. Qual a distância percorrida pela corneta, durante a queda, até o instante em
que o estudante detecta o som na freqüência de 485 Hz? (Despreze a resistência do ar).
A) 13,2 m B) 15,2 m C) 16,1 m ➯ D) 18,3 m E) 19,3 m
Resolução:
Como a fonte sonora (“corneta elétrica”) se afasta em linha reta do observador, esse passa a ouvir um som de freqüência
v ± v OBSERV.
cada vez menor, obedecendo à equação: f APAR. = 0 × f REAL
v 0 ± v FONTE
Sendo v0 a velocidade do som no local, 340 m/s, vOBSERV. = zero, e os sinais duplos considerados positivos quando as veloci-
dades se orientam do observador à fonte.
340 ± 0
Assim, temos: 485 = × 512
340 + v
De onde: v ≈ 18,93 m/s
Como o movimento da corneta é retilíneo e uniformemente variado (“queda livre”), vale ainda a relação:
v2 = v02 + 2ah ⇒ 18,932 ≈ 0 + 2 ⋅ 9,8 h ∴ h ≈ 18,3 m
Resolução:
I. Afirmativa falsa: ondas mecânicas longitudinais, como o som, não polarizam.
II. Afirmativa falsa: interferência e difração ocorrem também em ondas longitudinais, como o som.
III. Afirmativa falsa: ondas eletromagnéticas são transversais.
→
IV. Afirmativa falsa: a componente do vetor campo elétrico E de uma onda não polarizada, perpendicular à direção de
transmissão do polarizador, é absorvida por este.
▼
Questão 15
No Laboratório de Plasmas Frios do ITA é possível obter P1
filmes metálicos finos, vaporizando o metal e depositando-o
b
por condensação sobre uma placa de vidro. Com o auxílio do P2
dispositivo mostrado na figura, é possível medir a espessura
e de cada filme. Na figura, os dois geradores são idênticos, de
f.e.m. E = 1,0 V e resistência r = 1,0 , estando ligados a dois
eletrodos retangulares e paralelos, P1 e P2, de largura b = 1,0cm
e separados por uma distância a = 3,0 cm. Um amperímetro e
ideal A é inserido no circuito, como indicado. Supondo que
após certo tempo de deposição é formada sobre o vidro uma a
camada uniforme de alumínio entre os eletrodos, e que o vidro
amperímetro acusa uma corrente i = 0,10 A, qual deve ser a
espessura e do filme? A
(resistividade do alumínio ρ = 2,6 × 10–8 ⋅ m). E
r
E
r
A) 4,1 × 10–9 cm
B) 4,1 × 10–9 m
➯ C) 4,3 × 10–9 m
D) 9,7 × 10–9 m
E) n.d.a.
Resolução:
No esquema a seguir, substituiu-se a placa metálica por um resistor R.
R
i=
∑ε
∑R
0,10A 2
0, 10 =
2+R
A
1Ω 1Ω
R = 18 Ω
1V 1V
ρl
Aplicando-se a 2ª lei de Ohm para a película metálica: R =
A
a ρ⋅a
R =ρ⋅ →e=
e⋅b R⋅b
2, 6 × 10–8 10–2 ⋅ 3
e= ∴ e = 4, 3 × 10–9 m
18 × 10–2
Resolução:
• Capacitores isolados, inicialmente carregados com mesma carga.
Q1 = Q2
C1U1 = C2U2; como U1 = 2 U2 ⇒ C2 = 2 C1 (Alternativa A: falsa)
• Como o dielétrico e as características geométricas dos capacitores não se alteram, suas capacitâncias permanecem
constantes. (Alternativa B: falsa).
• Devido à ligação dos pontos N e O, ambos devem adquirir mesmo potencial.
(Alternativa C: falsa).
• As ligações sugerem um paralelo para os capacitores, logo:
CEQ = C1 + C2
CEQ = C1 + 2 C1 ⇒ CEQ = 3 C1 (Alternativa E: falsa)
2Q 2
U EQ = ⇒ U EQ = C1 (Alternativa D: verdadeira)
3 C1 3
▼
Questão 17
→
Na figura, uma barra condutora
→ MN (de comprimento
→
l, re- B N
sistência desprezível e peso Pb ) puxada por um peso Pc , desloca-
-se com velocidade constante → v , apoiada em dois trilhos condu-
tores retos, paralelos e de resistência desprezível, que formam
um ângulo θ com o plano horizontal. Nas extremidades dos tri- →
v
lhos está ligado um gerador de força eletromotriz E com resis- E
tência r. Desprezando possíveis atritos, e considerando que o sis-
tema está imerso em um→campo de indução magnética cons-
r M
tante, vertical e uniforme B , pode-se afirmar que →
Pc
A) o módulo da força eletromotriz induzida é ε = Bl v senθ. θ
B) a intensidade i da corrente no circuito é dada por
Pc senθ/(Bl).
➯ C) nas condições dadas, o condutor descola dos trilhos quando i Pb/( Bl tgθ ).
D) a força eletromotriz do gerador é dada por E = r Pc senθ/(Bl) – Blv cosθ .
E) o sentido da corrente na barra é de M para N.
Resolução: y
As forças atuantes na barra MN estão assinaladas na figura.
A direção e o sentido da força magnética são obtidos pela regra N x
prática da mão direita.
Na direção y, temos: T = Pc
Fmag
N + Fmag ⋅ senθ = Pb ⋅ cosθ →
θ
N + B ⋅ I ⋅ l ⋅ senθ = Pb cosθ →
Pb cos θ – N θ
I= .
B l senθ θ Pb
Questão 18
Experimentos de absorção de radiação mostram que a relação entre a energia E e a quantidade de movimento p de um
fóton é E = pc. Considere um sistema isolado formado por dois blocos de massas m1 e m2, respectivamente, colocados no
vácuo, e separados entre si de uma distância L. No instante t = 0, o bloco de massa m1 emite um fóton que é posteriormente
absorvido inteiramente por m2 , não havendo qualquer outro tipo de interação entre os blocos. (Ver figura). Suponha que
m1 se torne m’1 em razão da emissão do fóton e, analogamente, m2 se torne m’2 devido à absorção desse fóton. Lembrando
que esta questão também pode ser resolvida com recursos da Mecânica Clássica, assinale a opção que apresenta a relação
correta entre a energia do fóton e as massas dos blocos. m m
1 t=0 2
A) E = (m2 – m1 )c2.
Fóton
B) E = (m1’ – m2’ )c2
C) E = (m2’ – m2 )c2/2.
➯ D) E = (m2’ – m2)c2.
E) E = (m1 + m1’ )c2.
Resolução: L
E
De acordo com a equação de Einstein (E = m ⋅ c2), a massa do fóton é dada por: mfóton =
c2
Portanto: m’2 = m2 + mfóton
E
m ’2 – m2 =
c2
E = (m ’2 – m2) ⋅ c2
▼
Questão 19
Resolução: €
(I) Errada: independentemente da intensidade luminosa do feixe incidente, não haverá efeito fotoelétrico, caso a freqüência
da luz incidente esteja abaixo da freqüência de corte.
(II) Errada: a quantização do momento angular orbital do elétron de massa m em uma órbita de raio r e velocidade v é dada
nh
por mvr = , onde n é um número inteiro positivo.
2π
(III) Correta: apesar de alguns fenômenos quânticos serem explicados pelos aspectos corpusculares, e outros pelos aspectos
ondulatórios, a descrição completa de um sistema quântico exige os dois aspectos, sem a existência de contradições.
(IV) Correta: a natureza complementar do mundo quântico se refere à dualidade partícula-onda. O princípio de Heisenberg se
refere à incerteza da simultaneidade de determinação da localização e da velocidade de uma partícula-onda devido à inte-
ração entre o observador e o sistema. Assim, a natureza dual da matéria é confirmada pelo princípio da Incerteza.
Resolução:
Representando-se esquematicamente o átomo de hidrogênio:
–e
2
v Felét elétron
RC = m
r núcleo
k ⋅ e2 m v2 +
2
= r
r r
+e
ke2
= r ⋅ v2 = constante I
m
Utilizando-se o princípio da conservação de energia, a quantização do momento angular, e sendo a força elétrica a resul-
tante centrípeta, obtém-se:
rn = n2 ⋅ r0
Para o 1º estado excitado, n = 2.
r2 = 22 ⋅ 5,3 ⋅ 10 – 4 m = 21,2 ⋅ 10 – 4 m
De acordo com a equação I , ao quadruplicarmos o raio, a velocidade fica reduzida à metade. Dessa maneira:
∆s 2 π r2
v= =
∆t T
2 ⋅ π ⋅ 21, 2 ⋅ 10–4
1,1 ⋅ 106 = ⇒ T = 1,21 ⋅ 10 –15 s
T
1 revolução —— 1,21 ⋅ 10 – 15 s
n —— 10–8 s
∴ n ≈ 8 ⋅ 106 revoluções
Questão 21
m
Na figura,→o carrinho com rampa movimenta-se com uma aceleração →
constante A . Sobre a rampa repousa um bloco de massa m. Se µ é o A
coeficiente de atrito estático
→
entre o bloco e a rampa, determine o inter-
valo para o módulo de A , no qual o bloco permanecerá em repouso α
sobre a rampa.
Resolução:
Assinalando-se as forças e/ou suas componentes pertinentes ao estudo
na situação de aceleração máxima.
Sendo a resultante (R = mA) horizontal e para a direita, temos:
eixo x: µ ⋅ N ⋅ cos α – N ⋅ sen α = mA. y
eixo y: µ ⋅ N ⋅ sen α + N ⋅ cos α = mg Ncosα
Dividindo membro a membro as equações e efetuando as devidas transformações N µNsenα
algébricas e trigonométricas, obtemos: µN = AMAX
E
α
g (µ – tgα) α
A=
(1 + µ tgα) Nsenα µNcosα x
(µ – tgα)
Portanto: 0 A g α
(1 + µ tgα)
mg
Resolução:
(A) (B) (C) (D) (E)
45º
30º
v v’ v
h h’
De (A) para (B), sistema conservativo: εmA = εmB⇒ mgh = 1 mv2 ∴ v = 2gh 1
2
L
com h = (2 – 2) 2
2
1
De (C) para (D), sistema conservativo: εmC = εmD⇒ m (v’)2 = mgh’ ∴ v’ = 2 gh’ 3
2
L
com h’ = (2 – 3) 4
2
De (B) para (C), sistema isolado (choque): (Qsist)B = (Qsist)C
m
mv = MV – mv’ ⇒ V =
(v + v’) 5
M
De (C) para (E), o bloco de massa M realiza um movimento uniformemente variado com aceleração dada por:
(µ ⋅ N)
a= – ∴ a = – 0,3 g
M
V2
Portanto: 0 = V2 – 0,6 ⋅ g ⋅ d ∴ d= 6
0, 6 g
Substituindo (1), (2), (3), (4) e (5) em (6) e fazendo as devidas simplificações:
d=
10 m 2
⋅ 2 ⋅ L ⋅
3 M
4– 2 –
2
3
+ (2 – 2 )(2 – 3)
m2
d ≈ 2,74 ⋅ ⋅L
M2
€
▼
Questão 23
€ Calcule a variação de entropia quando, num processo à pressão constante de 1,0 atm, se transforma integralmente em vapor
3,0 kg de água que se encontra inicialmente no estado líquido, à temperatura de 100°C.
Dado: calor€de vaporização da água: Lv = 5,4 × 105 cal/kg.
€ Resolução:
Q m⋅L
A variação de entropia ∆S numa transição de fase a pressão e temperatura constantes é dada por: ∆S = =
T T
€ que:
Em m = 3 kg
cal J
L = 5, 4 × 105 = 5, 4 ⋅ 4, 2 × 105
kg kg
T = 100ºC = 373 K
J
∆S ≈ 1, 8 × 104
K
▼
Questão 24
A figura mostra um recipiente, com êmbolo, contendo um volume inicial Vi de gás ideal,
inicialmente sob uma pressão Pi igual à pressão atmosférica, Pat. Uma mola não defor-
k
mada é fixada no êmbolo e num anteparo fixo. Em seguida, de algum modo é fornecida ao Pat
gás uma certa quantidade de calor Q. Sabendo que a energia interna do gás é
U = (3/2)PV, a constante da mola é k e a área da seção transversal do recipiente é A,
determine a variação do comprimento da mola em função dos parâmetros interve-
nientes. Despreze os atritos e considere o êmbolo sem massa, bem como sendo adiabáti-
Pi Vi
cas as paredes que confinam o gás.
Resolução:
123 123
Pi = Pat (1)
Para o gás do recipiente, tem-se: Situação inicial
Vi
kx
Pf = Pat + (2)
A
Situação final
Vf = Vi + A ⋅ x (3)
A: área do êmbolo
A Pat 123
Pi Vi Pf Vf
2
∆U = Q – τ, sendo:
τ = Pat(Vf – Vi) + 1 kx2
2
3 1
Então: 2 (PfVf – PiVi) = Q – (Pat∆V + 2 kx2) (4)
Substituindo-se (1), (2) e (3) em (4) e fazendo-se as simplificações, tem-se: 4kAx2 + (5PatA2 + 3kVi)x – 2QA = 0
Questão 25
Num barômetro elementar de Torricelli, a coluna de mercúrio possui uma
altura H, que se altera para X quando este barômetro é mergulhado num
líquido de densidade D, cujo nível se eleva a uma altura h, como mostra a figu-
ra. Sendo d a densidade do mercúrio, determine em função de H, D e d a altura
do líquido, no caso de esta coincidir com a altura X da coluna de mercúrio. h
X
Hg
PA = PB H
Patm
Patm = dHg (I)
A B
Hg
PC = PD
Patm + Dhg = dxg
X
Dhg – dxg = – Patm (II) h
C D
Hg
Questão 26
Uma onda acústica plana de 6,0 kHz, propagando-se no ar a uma velocidade de 340 m/s, atinge uma película plana com
um ângulo de incidência de 60º. Suponha que a película separa o ar de uma região que contém o gás CO2, no qual a veloci-
dade de propagação do som é de 280 m/s. Calcule o valor aproximado do ângulo de refração e indique o valor da freqüên-
cia do som no CO2.
fAR = 6 kHz
Resolução: N
O esquema ao lado representa a questão proposta. vAR = 340 m/s
Nesta figura, adotamos:
3 60º
sen60° = ≈ 0, 87 AR
2
CO2
E aplicando-se a Lei de Snell, de acordo com a qual:
r
0, 87 340
= , vCO = 280 m/s
senr 280 2
Questão 27
Uma flauta doce, de 33cm de comprimento, à temperatura ambiente de 0ºC, emite sua nota mais grave numa freqüência de
251Hz. Verifica-se experimentalmente que a velocidade do som no ar aumenta de 0,60m/s para cada 1ºC de elevação da tem-
peratura. Calcule qual deveria ser o comprimento da flauta a 30ºC para que ela emitisse a mesma freqüência de 251Hz.
Resolução:
Considerando-se a flauta doce como um tubo aberto, temos, para o caso do som mais grave:
λ = 33 cm Sendo v = λ ⋅ f, segue:
2
1442443
V0°C = λ0°C ⋅ f
V0°C = 0,66 ⋅ 251
θ = 0ºC
∴ V0°C = 165,66 m/s
f = 251 Hz
Questão 28
Em sua aventura pela Amazônia, João porta um rádio para comunicar-se. Em caso de necessidade, pretende utilizar célu-
las solares de silício, capazes de converter a energia solar em energia elétrica, com eficiência de 10%. Considere que cada
célula tenha 10 cm2 de área coletora, sendo capaz de gerar uma tensão de 0,70 V, e que o fluxo de energia solar médio inci-
dente é da ordem de 1,0 × 103 W/m2. Projete um circuito que deverá ser montado com as células solares para obter uma
tensão de 2,8 V e corrente mínima de 0,35 A, necessárias para operar o rádio.
Resolução:
• A potência elétrica disponível em cada célula será Pc = η ⋅ P, em que η é o rendimento.
1 × 103 W 1 m2
→ P = 1W
P 10 × 10– 4 m2
Pc = 0,1 ⋅ 1 W → Pc = 0,1 W
• A intensidade de corrente máxima em cada célula será:
0,1 1
imáx = Pc → imáx = ∴ imáx = A
U 0, 7 7
Serão necessárias n linhas em paralelo. A intensidade de corrente necessária é i = 0,35 A. Temos:
1
η⋅ = 0,35 → η = 2,45
7
Sendo n um número inteiro, adotamos n = 3 linhas.
• Para obter-se uma ddp de 2,8 V, associaremos, em cada linha, m células de 0,7 V.
2,8 = m ⋅ 0,7 → m = 4 células
O circuito montado está apresentado a seguir.
i ≈ 0,12A células
solares
i ≈ 0,12A
i ≈ 0,12A
0,35A
rádio
▼
Questão 29
Rs
Um gerador de força eletromotriz ε e resistência interna r = 5 R está r = 5R R1
ligado a um circuito conforme mostra a figura. O elemento Rs é um
2R
reostato, com resistência ajustada para que o gerador transfira máxi-
ma potência. Em um dado momento o resistor R1 é rompido, devendo
ε
a resistência do reostato ser novamente ajustada para que o gerador
R 2R
continue transferindo máxima potência. Determine a variação da
resistência do reostato, em termos de R. R
6R
R 2R
Rs Rsi
2R
R 2R
R
6R ↔ 15R
7
R 2R
15 R 20 R
5 R = R Si + → R si =
7 7
Fim:
Rsf Rsf
2R
2R
R
6R ↔ 30R
11
R 2R
30 R 25R
5 R = R Sf + → R Sf =
11 11
25 R 20 R 45 R
∆RS = R Sf – R Si → ∆R S = – ∴ ∆ RS = –
11 7 77
▼
Questão 30
Resolução:
Conforme a situação descrita no texto, a carga deve ficar sujeita a ação de força elétrica e magnética, de modo que:
ω RC = Felét – Fmag
U
E =
R mω R = qE – qvB
2
L
v = ωR
qU
Felét Fmag mω2R = – qωRB
L
LωR
U= (mω + qB)
q