0 penilaian0% menganggap dokumen ini bermanfaat (0 suara)
52 tayangan5 halaman
O documento resume a evolução histórica do direito penal desde as suas origens até o século XX, destacando: 1) Na antiguidade, a vingança penal era exercida para satisfazer as divindades; 2) O direito romano introduziu a distinção entre crimes públicos e privados; 3) Na Idade Média, prevaleceu o direito consuetudinário germânico baseado em costumes.
O documento resume a evolução histórica do direito penal desde as suas origens até o século XX, destacando: 1) Na antiguidade, a vingança penal era exercida para satisfazer as divindades; 2) O direito romano introduziu a distinção entre crimes públicos e privados; 3) Na Idade Média, prevaleceu o direito consuetudinário germânico baseado em costumes.
O documento resume a evolução histórica do direito penal desde as suas origens até o século XX, destacando: 1) Na antiguidade, a vingança penal era exercida para satisfazer as divindades; 2) O direito romano introduziu a distinção entre crimes públicos e privados; 3) Na Idade Média, prevaleceu o direito consuetudinário germânico baseado em costumes.
O estudo do direito penal antigo de suma importncia. Tal estudo oferece
ao operador do direito uma melhor compreenso do direito vigente, como assim assinala CEZAR ROBERTO BITENCOURT: inquestionvel a importncia dos estudos da histria do Direito Penal, permitindo e facilitando um melhor conhecimento do direito vigente. A importncia do conhecimento histrico de qualquer ramo do Direito facilita inclusive a exegese, que necessita ser contextualizada, uma vez que a conotao que o Direito Penal assume, em determinado momento, somente ser bem entendida quando tiver como referncia seus antecedentes histricos.(BITENCOURT, 2012, p. 76).
Passaremos agora a anlise do direito penal antigo.
Direito Penal Antigo
Quando estudamos o direito penal antigo, percerbemos a forte presena do
elemento religioso. A vingana penal era exercida de acordo com a satisfao da divindade. Na antiguidade, quando o individuo transgredia a ordem penal, acabava por provocar a ira das divindades. Dessa forma, a vingana penal era exercida de tal forma a acalmar a divindade ultrajada pela prtica delituosa do infrator. A melhor doutrina costuma aceitar, quando se fala em direito penal antigo, a seguinte diviso: A vingana privada, a vingana divina e a vingana pblica. A vingana privada era aplicada como uma retaliao ao ato praticado pelo infrator, era uma forma de desagravar a entidade, como assevera CESAR ROBERTO BITENCOURT: O castigo aplicvel consistia no sacrifcio da prpria vida do infrator. Na verdade, a pena em sua origem distante representa o simples revide agresso sofrida pela coletividade, absolutamente desproporcional, sem qualquer preocupao com algum contedo de Justia.(BITENCOURT, 2012, p. 76).
Na fase da vingana divina a vingana era aplicada de forma a desagravar a
divindade agravada, era uma aplicada de um modo cruel. Um detalhe que chama a ateno do estudioso, e que o castigo era aplicado de acordo com a grandeza da divindade. Ou seja, quanto maior a divindade ultrajada, maior seria o castigo aplicado ao transgressor. No interregno entre o o perodo da vingana divina e da vingana pblica surgiram importantes figuras punitivas. Surge o Cdigo de Hamurabi, ou como tambm ficou conhecido, Lei de Talio. De acordo com os preceitos do Cdigo de Hamurabi, seria aplicada ao infrator, uma pena proporcional ao dano que foi causado, olho por olho, dente por dente. No estilo de vingana pblica, o poder de vingar-se foi transferido ao Estado. As caractersticas das formas de vingana tratadas anteriormente ainda persistiram, ou seja, o elemento religioso bem como a crueldade das penas ainda se faziam presentes. A nica diferena entre a forma de vingana pblica e as demais formas de vingana datadas daquela poca, era que a sano penal, na vingana pblica, visava tambm a segurana do soberano.
O Direito Penal Romano
inegvel a importncia do Direito Romano como fonte primria do Direito
Ocidental. Ao tocar o Direito Penal Romano, percebemos, de imediato, a grande importncia da Lei das XII Tbuas, que resultou da luta entre patrcios e plebeus. Essa lei inicia o perodo dos diplomas legais, impondo-se a necessria limitao vingana privada, adotando a lei de talio, alm de admitir a composio. Existia, em Roma, a distino entre o Crime Pblico e o Crime Privado. Os Crimes Pblicos consistiam em crimes de conspirao contra o Estado, eram verdadeiros crimes polticos. Os Crimes Pblicos eram julgados pelo Estado, ao contrrio dos Crimes Privados, que eram julgados pelo prprio particular ofendido. Os Crimes Privados eram crimes de ofensa contra o indivduo, tais como os crimes de furto, dano e injria.
O Direito Penal Germnico
O Direito Penal germnico, em suma, caracterizou-se como um direito
consuetudinrio, baseado exclusivamente em costumes. Nesse perodo, ainda era utilizada a distino entre Crime Pblico e Crime Privado. Nos crimes ditos pblicos, qualquer cidado era legitimado para aplicar uma sano de vingana ao infrator. J nos crimes ditos privados, o infrator era entregue a famlia da vtima, para que esta tomasse as providncias necessrias, ou seja, ficava ao arbtrio da famlia ofendida a sano ser aplicada ao infrator.
O Direito Penal Cannico
O ponto mais marcante do Direito Penal Cannico, como haveria de se
esperar, a influncia marcante da doutrina crist. Em linhas gerais, o Direito Cannico contribuiu profundamente para o surgimento das primeiras ideias referentes a reforma do delinquente.
A Escola Penal Clssica - Perodo Humanitrio (Sculo XVIII)
No perodo humanitrio, muitos pensadores se colocaram contra as
penalidades cruis que eram empregadas contra os infratores. Esses pensadores pensavam o Direito Penal de uma forma humanizada e mais racionalizada. Surge nesta poca a tese de que a pena no deve servir como um tormento eterno para o apenado. A pena seria, de acordo com essa corrente de pensamento, um meio de corrigir o esprito humano que fora corrompido pela prtica do delito e de os outro indivduos afastados da prtica de crimes. Entre esses pensadores, destacamos Cesare de Beccaria, Jonh Howard e Jeremias Bentham. As ideias de Beccaria so baseadas nos postulados de autores como Rousseau, Montesquieu, Locke e Voltaire. Os postulados de Beccaria so de fundamental importncia para o surgimento da Escola Clssica de Criminologia e da Escola Clssica de Direito Penal.
Em sntese, Beccaria defendia a tese de que melhor prevenir o crime do
que punir. Em sua obra mais famosa, intitulada Do Delito e das Penas, o referido autor formula uma teoria baseada na racionalizao e na humanizao das penas, traos marcantes da ideologia iluminista, reinante aquela poca. J Jonh Howard contribuiu com sua teoria para extinguir o conceito vingativo e retributivo da pena. Howard defendia que as penas privativas de liberdade deveriam ser cumpridas em estabelecimentos especiais. Este terico ingls nunca concordou com a situao deplorvel em que se encontravam as prises inglesas. as penitenciarias, segundo Howard, no deveriam ser terrorificas, mas sim, deveriam oferecer condies de higiene, alimentao e assistncia mdica aos apenados. Bentham, ressaltava, assim como Beccaria, a importncia da preveno do delito. Bentham tambm preocupava-se com a estrutura dos estabelecimentos penitencirios. Para o autor, as condies deplorveis das prises daquela poca favoreciam a contaminao do corpo e da alma. Os delinquentes tenderiam, dessa forma, a deixar a priso e cometer novos delitos. No seu famoso pantico Bentham defendeu qual seria o modelo ideal de estabelecimentos penitencirios.
Escola Penal Positiva (Sculo XIX)
A Escola Penal Positiva colocava o criminoso como centro das investigaes
biopsicolgicas. Os tericos que mais destacaram-se nesse perodo foram Cesare Lombroso e Enrico Ferri. Segundo a perspectiva de Lombroso, o indivduo nasceria com uma disposio natural para o crime. Para o referido autor o criminoso teria caractersticas fsicas e psicolgicas que possibilitariam sua identificao. Vale ressaltar ainda que Lombroso defendeu a preveno do crime, atravs da iluminao pblica, educao e policiamento ostensivo. Enrico Ferri tambm defendia um ponto de vista parecido com o de Lombroso. Segundo Ferri, o criminoso era determinado por fatores antropolgicos,
fsicos e sociais. Ferri ainda classificou os criminosos em Natos, Loucos, Habituais,
Ocasionais e Passionais.
Escola Penal Tcnico-Jurdica (Sculo XX)
A Escola Penal Tcnico-Jurdica foi uma reao a Escola Positiva. A doutrina
Tcnico-Jurdica defendia que o Direito Criminal deveria restringir-se apenas ao direito positivo vigente. O Direito Criminal seria aquele que estaria expresso na lei, devendo o jurista preocupar-se apenas com ele.