OMISSIVO – RESPONSABILIDADE SUBJETIVA - LOCAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO – OBRIGAÇÃO DE GUARDA E VIGILÂNCIA – INOCORRÊNCIA - RECURSO DESPROVIDO.
"1. O contrato de estacionamento de veículo nas áreas
denominadas “zona azul” não gera a responsabilidade de guarda e vigilância do Poder Público ou da empresa concessionária. Trata-se de simples locação de espaço público com a finalidade de controlar o estacionamento de veículos nos centros urbanos, proporcionando uma maior rotatividade das vagas e, por conseqüência, o atendimento de interesse público específico.
"2. Não demonstrado o dever de guarda e vigilância dos
veículos encontrados em via pública, bem assim a culpa do Poder Público, é de ser afastada a sua responsabilidade pelos danos resultantes do infortúnio." (AC n. 2008.012815-1, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, j. 14-4-2008).
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n.
2008.032337-3, da comarca da Capital (Unidade da Fazenda Pública), em que é apelante Eliane Daniela Rozwalka, e apelado a Município de Florianópolis:
ACORDAM, em Segunda Câmara de Direito Público, por votação
unânime, negar provimento ao recurso. Custas legais.
RELATÓRIO
Eliane Daniela Rozwalka ingressou com Ação de Indenização por
Danos Materiais em face do Município de Florianópolis, autuada sob o n. 023.07.122541-5, na Comarca da Capital, aduzindo que seu veículo foi furtado enquanto estava estacionado na "Zona Azul" (Rua Madalena Barbi), no dia 6-2-2007. Fundamentou o pedido na responsabilidade objetiva do réu; na configuração de relação de consumo entre o cidadão que faz uso das vagas de estacionamento submetidas ao sistema rotativo denominado "Zona Azul" e paga preço público e o ora demandado, que afastaria a cláusula de não indenizar (fls. 02-29). Ao receber a inicial, o douto Juiz a quo, fazendo utilizando o art. 285-A, do CPC, julgou improcedente o pedido (fls. 49-54), sob o fundamento que não há o alegado dever de indenizar, eis que não há correlação e proporcionalidade entre o preço cobrado e o prejuízo reclamado e porque a chamada zona azul não é serviço de estacionamento (que geraria o dever de guarda), mas mero exercício do poder de polícia, "que limita o tempo de estacionamento nas áreas centrais e movimentadas da cidade, limitando o direito individual de estacionamento nas vias públicas, em favor do interesse público consistente na melhor organização do trânsito nessas áreas" (fl. 49). Irresignada, Eliane Daniela Rozwalka interpôs o presente recurso de apelação cível onde reforça e renova os argumentos já expendidos na inicial (fls. 59-92). O Município de Florianópolis apresentou contra-razões às fls. 100-107. A Douta Procuradoria-Geral de Justiça, em parecer da lavra do Excelentíssimo Senhor Procurador de Justiça Doutor João Fernando Q. Borrelli, invocou o ato n. 103/04/MP e deixou de abordar o mérito da causa ( fls. 113/114 ). É a síntese do essencial.
VOTO
Compulsando os autos, tenho que o recurso não merece
provimento. Em que pese já ter votado em sentido contrário, após analisar detidamente a matéria me filio ao entendimento jurisprudencial amplamente majoritário neste Tribunal de Justiça e abrigado na sentença hostilizada. Adoto como razão de decidir excerto de voto prolatado pelo douto Desembargador Luiz Cezar Medeiros, no julgamento da Apelação Cível n. 2008.012815-1, em 14/04/2008, que passo a transcrever: "O caso vertente trata de furto de veículo em via pública. "Ora, é muito fácil perceber, ante a realidade atual, que o Estado não tem recursos suficientes para evitar todo e qualquer furto. Fosse isso razoável, prevaleceria a suposição de que toda e qualquer infração penal devesse ser obstada, sob pena de responsabilização do ente público. "Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello, essa conclusão conduziria a absurdos. “É que, em princípio, cumpre ao estado prover a todos os interesses da coletividade. Ante qualquer evento lesivo causado por terceiro, como um assalto em via
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pública, uma enchente qualquer, uma agressão sofrida em local público, o lesado poderia sempre argüir que o ‘serviço não funcionou’ ”, e buscar a reparação dos prejuízos (Curso de Direito Administrativo. 16 ed. São Paulo: Malheiros, 2003. p. 874). "Veja-se, pois, que não se pode alegar falha do serviço relacionado à segurança das pessoas e bens, uma vez que a atuação estatal foi compatível com as possibilidades e recursos disponíveis e, ainda assim, não pode obstar o evento danoso. "3 Ainda que, in casu, em seguimento à jurisprudência de parte deste Tribunal, se entendesse objetiva a responsabilidade civil do Município, a imputação aos apelados restaria afastada em virtude do rompimento do nexo causal, uma vez que o evento danoso decorreu de fato de terceiro. "Como é cediço, a responsabilidade civil objetiva, decorrente do risco administrativo, pode ser repelida, desde que se demonstre que o dano foi possível por culpa exclusiva da vítima, de terceiro ou que tenha resultado de caso fortuito ou força maior. Aliás, essa situação também se verificaria se fosse admitida a aplicação do Código de Defesa do Consumidor. "Nesse sentido, traz-se à colação a doutrina de Hely Lopes Meirelles: “O que a Constituição distingue é o dano causado pelos agentes da Administração (servidores) dos danos ocasionados por atos de terceiros ou por fenômenos da Natureza. Observe-se que o art. 37, § 6º, só atribui responsabilidade objetiva à Administração pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causam a terceiros. Portanto, o legislador constituinte só cobriu o risco administrativo da atuação ou inação dos servidores públicos; não responsabilizou objetivamente a Administração por atos predatórios de terceiros, nem por fenômenos naturais que causem danos aos particulares. Para a indenização destes atos e fatos estranhos a atividades administrativas observa-se o princípio geral da culpa civil, manifestada pela imprudência, negligência ou imperícia na realização do serviço público que causou ou ensejou o dano. Daí por que a jurisprudência, mui acertadamente, tem exigido a prova da culpa da Administração nos casos de depredação por multidões e de enchentes e vendavais que, superando os serviços públicos existentes, causam danos aos particulares. Nestas hipóteses, a indenização pela Fazenda Pública só é devida se se comprovar a culpa da Administração. E na exigência do elemento subjetivo culpa não há qualquer afronta ao princípio objetivo da responsabilidade sem culpa, estabelecido no art. 37, § 6º, da CF, porque o dispositivo constitucional só abrange a atuação funcional dos servidores públicos, e não os atos de terceiros e os fatos da Natureza. Para situações diversas, fundamentos diversos” (Direito Administrativo Brasileiro. 26 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001. p. 616/617). "Desse modo, mesmo sendo objetiva a responsabilidade do ente público, tem-se por não demonstrado o nexo causal entre a alegada conduta omissiva e os danos experimentados pela vítima, eis que estes decorreram de fato de terceiro, qual seja, furto por parte de ladrões que ainda não foram identificados pela polícia. "Em conclusão, não há meio de se atribuir ao Município a responsabilidade pelo evento danoso, principalmente porque, repita-se, a ele não poderia ser imputada a obrigação de vigilância, mas tão-somente a garantia da vaga pelo tempo estipulado no cartão de estacionamento. "4 O contrato foi celebrado entre a apelada e o Município de Florianópolis; este, como dito, locou àquela o espaço na área denominada “Zona Azul”.
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"Em reforço ao aduzido, esse contrato cinge-se precipuamente à locação de espaço público; exigir a garantia contra furtos ou outros incidentes, conforme acentuado com propriedade pelo Doutor Juiz, seria ilógico e irrazoável ante a desproporcionalidade entre o preço cobrado e o benefício esperado. Demais disso, não só a lei regulamentadora como a própria essência da avença tácita afastam essa garantia e, portanto, aniquilam a pretensão da demandante. O sistema de estacionamento “zona azul” visa essencialmente a rotatividade dos veículos nos centros urbanos, não sendo diferente em Florianópolis. "A Lei Municipal n. 4.666/95 dispõe sobre a utilização do bem público de uso comum do povo para estacionamento Zona Azul, prevendo em seu art. 5º: “A cobrança de preço nas áreas de estacionamento tipo “Zona AZUL”, não acarretará para o município de Florianópolis, a obrigação de guarda e vigilância dos veículos, não respondendo, quanto a estes e seus usuários, por acidentes, danos, furtos, ou quaisquer outros prejuízos que deles venham sofrer” [grifou-se] "Da jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul extrai-se elucidativo precedente: “APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. FURTO DE VEÍCULO. INDENIZAÇÃO POSTULADA PERANTE A PERMISSIONÁRIA DOS SERVIÇOS QUE VISTORIAM A 'ZONA AZUL'. Os funcionários da empresa a quem foi concedido o serviço de vigilância da 'zona azul', ou 'área azul' têm, entre suas atribuições, somente fiscalizar o uso correto e adequado, do pagamento correspondente ao período em que se utiliza do estacionamento nas vias e logradouros públicos. Por evidente que não sucedem as milícias civis e militares nas atribuições específicas do dever de vigilância e segurança aos munícipes para lhes impor o dever de indenizar furto de veículos em via pública. APELO IMPROVIDO”. Do corpo do acórdão, por inteiramente aplicável ao caso vertente, destaca-se o excerto a seguir: “Já decidi questão análoga, AC nº 70004003745, ocasião em que citei parecer de lavra do D. Procurador de Justiça, Doutor Celso Tiberê Rodrigues Lobato, com o seguinte teor: ‘... A chamada "zona azul" não pode ser confundida com o contrato de garagem, visto que neste o garagista obriga-se à guarda e custódia de um veículo trazido por outra pessoa, denominada usuário, quando esta desejar, proporcionando um local para tal durante um certo tempo, mediante o pagamento de preço geralmente em dinheiro, enquanto aquela tem por finalidade assegurar maior rotatividade, possibilitando utilização por número mais elevado de veículos, sem obrigação de custódia e guarda. ‘Nesse negócio, não existe a figura do garagista, porque não há a
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obrigação de depósito, mas apenas é atribuído um local para a colocação do veículo do usuário em via pública, por tempo determinado, o qual assume todos os riscos representados pelo estacionamento em via pública. [...] ‘Destarte, não há responsabilidade civil por parte do Município em razão de o furto do veículo ter ocorrido quando estacionado em área azul, porquanto os estacionamentos em via pública servem apenas para proporcionar a rotatividade de veículos estacionados em via pública, em razão de dificuldades provocadas pelo aumento de frota de veículos, em contraposição com a escassez de espaços nas vias públicas, ao contrário do que ocorre em estacionamento em garagem, cuja obrigação é de resultado, em que se obriga de manter a coisa consigo durante certo tempo e restituí-la íntegra, sob pena de responder pelos danos e deterioração, salvo caso fortuito ou força maior’. “Com efeito: aos funcionários que atuam na denominada "zona azul", ou "área azul", está adstrito o dever de vigilância, especificamente, quanto ao uso de área pública, da ocupação temporária dos espaços e do pagamento do valor correspondente ao tempo de utilização do estacionamento, dada sua natureza rotativa, que se destina a oportunizar a que maior número de munícipes use as vagas, especialmente em vias e logradouros públicos mais congestionadas pelo trânsito e que dificultam o acesso a sem número de endereços, caso não houvesse o referido disciplinamento. “No ponto, importante voltar a referir, a Lei Municipal n. 4.803, de 15-01-98, que instituiu as áreas destinadas a estacionamento por tempo limitado, não dispõe acerca de qualquer responsabilidade civil do concessionário dos serviços por atos ilícitos, até porque se trata de meros atos de gestão administrativa, que modo algum impõe o dever de vigilância contra possíveis furtos. “Assim vem decidindo esta Corte: ‘APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA DE DIREITO PÚBLICO. FURTO DE VEÍCULO. ÁREA AZUL. ROTATIVIDADE DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS JUNTO AO MEIO FIO. DANOS MORAIS. REQUISITOS ENSEJADORES À INDENIZAÇÃO. CONDUTA ILÍCITA INDEMONSTRADA. A denominada “área azul” não se caracteriza pelo serviço de guarda de veículos, pois conforme a Lei nº 8.133/98, que a regulamentou, esta apenas serve como meio de tornar rotativas as vagas oferecidas pela via pública junto ao meio fio, razão pela qual o furto ocorrido em sua área não pode ser atribuído à omissão da administração pública, o que exclui qualquer tipo de responsabilidade desta. Não pode a “zona azul” ser confundida com contrato de depósito em que o valor pago tem a finalidade de guarda do veículo.’ APELAÇÃO DESPROVIDA
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(AC 70011022589, DESA. MARILENE BONZANINI BERNARDI)” ‘RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. FURTO DE VEÍCULO EM ÁREA AZUL. ESTACIONAMENTO PAGO. Inexiste responsabilidade do município e da empresa concessionária, porquanto a prestação do serviço diz somente com o monitoramento da área destinada para estacionamento, garantindo o uso rotativo do mesmo. Não obstante haja relação de consumo entre o usuário e o serviço público, resta afastado o dever de guarda e conservação dos veículos estacionados na denominada “área azul”, razão pela qual não há proclamar-se responsabilidade civil por parte do Município. Sentença mantida. Apelo improvido. (Apelação Cível Nº 70010218857, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 12/05/2005)’ (AC/RS Nº 70013050158 DESA. ANA MARIA NEDEL SCALZILLI)”. "Diante disso, não há como albergar o pedido de reforma da sentença. O ente municipal e muito menos o IPUF não podem ser responsabilizados pelo furto, pois a lei e contrato os isentam dessa obrigação." Acrescento ainda os precedentes que seguem: "APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA – FURTO DE VEÍCULO – ESTACIONAMENTO TIPO "ZONA AZUL" – LOCAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA DE USO COMUM – PRIMAZIA DA ROTATIVIDADE DAS VAGAS DISPONIBILIZADAS – INEXISTÊNCIA DE COBERTURA SECURITÁRIA – DEVER DE GUARDA E VIGILÂNCIA AFASTADO – TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO INAPLICÁVEL – INCIDÊNCIA DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – CULPA INDEMONSTRADA – NEXO DE CAUSALIDADE ROMPIDO – AUSÊNCIA DE DANO MORAL – DECISUM MANTIDO – RECURSO DESPROVIDO. A cobrança pela locação de área pública para estacionamento de veículos tem por escopo tão-somente controlar a sua utilização, a fim de assegurar o acesso e uso a toda sociedade, indistintamente, impondo, para tanto, rotatividade nas vagas disponibilizadas". (Apelação Cível n. 2007.014056-3, da Capital, rel. Des. José Volpato de Souza, j. 18-9-2008) "AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – ESTACIONAMENTO DENOMINADO ZONA AZUL – FURTO DE VEÍCULO – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO INSTITUTO DE PLANEJAMENTO URBANO DE Florianópolis (IPUF) – RECURSO IMPROVIDO. As zonas azuis não configuram estacionamentos fechados explorados pelo município, não estando presente o dever de guarda e vigilância e, por conseguinte, a responsabilidade por eventuais danos causados aos veículos. A remuneração paga pelos usuários objetiva apenas suportar os custos do serviço prestado e a fiscalização exercida pelos monitores visa garantir o uso rotativo do estacionamento em via pública, visando
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à conferência do "ticket", para verificação do tempo de permanência máxima dos veículos estacionados". (Apelação Cível n. 2008.039754-3, da Capital, rel. Des. Sérgio Roberto Baasch Luz, j. 10-9-2008) "RESPONSABILIDADE CIVIL. FURTO DE VEÍCULO. ESTACIONAMENTO ROTATIVO "ZONA AZUL". O contrato de estacionamento de veículo nas áreas denominadas “zona azul” não gera a responsabilidade de guarda e vigilância do Poder Público ou da empresa concessionária. Trata-se de simples locação de espaço público com a finalidade de controlar o estacionamento de veículos nos centros urbanos, proporcionando uma maior rotatividade das vagas e, por conseqüência, o atendimento de interesse público específico. Não demonstrado o dever de guarda e vigilância dos veículos encontrados em via pública, bem assim a culpa do Poder Público, é de ser afastada a sua responsabilidade pelos danos resultantes do infortúnio. (AC n. 2008.012815-1, da Capital, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros)". (Apelação Cível n. 2007.017420-3, da Capital, rel. Sônia Maria Schmitz, j. 10-9-2008) "ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO – FURTO DE VEÍCULO ESTACIONADO EM "ZONA AZUL" – INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL – LEI QUE AFASTA EXPRESSAMENTE O DEVER DE GUARDAR E VIGIAR – RECURSO NÃO PROVIDO. (Apelação Cível n. 2008.002685-7. Rel. Des. Luiz Cézar Medeiros. julgado em 19.03.2008)". (Apelação Cível n. 2007.039791-1, da Capital, rel. Des. Jaime Ramos, j. 24-7-2008) "ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. FURTO DE VEÍCULO ESTACIONADO EM ÁREA DENOMINADA ZONA AZUL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ENTE PÚBLICO. OBRIGAÇÃO DO INSTITUTO DE PLANEJAMENTO URBANO DE Florianópolis – IPUF – QUE SE RESUME AO DISCIPLINAMENTO DO TEMPO DE USO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DESTINADOS AO ESTACIONAMENTO. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE O FATO E O DANO. DEVER DE INDENIZAR NÃO CARACTERIZADO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO". (Apelação Cível n. 2008.029387-4, da Capital, rel. Des. Vanderlei Romer, j. 15-7-2008) "AGRAVO INOMINADO (ART. 557, § 1º, DO CPC) – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – FURTO DE VEÍCULO ESTACIONADO EM ÁREA DENOMINADA “ZONA AZUL” – OBRIGAÇÃO DE GUARDA E VIGILÂNCIA DO PODER PÚBLICO – INOCORRÊNCIA – INAPLICABILIDADE DO ART. 37, § 6º, DA CF/88 – PRECEDENTES – RECURSO DESPROVIDO". (Agravo (§ 1º art. 557 do CPC) em Apelação Cível n. 2007.030982-0/000100, da Capital, rel. Des. Rui Fortes, j. 20-5-2008)
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Por tais razões, não há como albergar o pedido de reforma da sentença.
DECISÃO
Ante o exposto, nos termos do voto relator, por votação unânime,
negaram provimento ao recurso interposto. O julgamento, realizado no dia 10 de fevereiro de 2009, foi presidido pelo Exceletíssimo Senhor Desembargador Cesar Abreu, com voto, e dele participou o Excelentíssimo Senhor Desembargador Newton Janke. Pela Douta Procuradoria-Geral de Justiça, lavrou parecer o Excelentíssimo Senhor Procurador de Justiça Doutor João Fernando Q. Borrelli. Florianópolis, 20 de fevereiro de 2009. Cid Goulart RELATOR