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Manejo

Casco: o durão que requer cuidados – parte 2


Dando sequência ao artigo sobre casco no Bovinews 9 descreveremos sobre
laminite (bastante citada no artigo anterior) e manejo curativo e preventivo do casco.

O que é Laminite ?
É a inflamação não infecciosa do tecido sensitivo presente no interior dos cascos
(principalmente as vênulas e as arteríolas que irrigam o tecido córneo). Após o insulto da
laminite, o tecido que dá origem ao casco apresenta-se macio e predisposto a dano físico ou
a desintegração.
Embora o manejo nutricional influencie de maneira mais acentuada o
desenvolvimento da laminite, doenças infecciosas (mastite, metrite, etc.), ambiente hostil
(superfícies duras e ásperas, falta ou pouco uso da cama, falta exercício, etc.) e mesmo
características genéticas (condição corporal, estrutura de patas e pernas, etc.) podem,
separadamente ou de maneira associada, ocasionar problema no casco no animal. Portanto,
a laminite pode ser causada por diversos fatôres independentes, daí ser freqüentemente
denominada de síndrome.
O fator nutricional inicial associado ao desenvolvimento da laminite é geralmente
resultado de acidose ruminal. As causas mais comuns que desencadeiam o processo de
acidose ruminal em vacas leiteiras são:
. dietas com quantidades elevadas de carboidratos altamente fermentáveis no rúmen
. alimentos concentrados oferecidos isoladamente (dos volumosos) em quantidades
superiores a 3,0 kg/animal/refeição
. alimentos volumosos oferecidos em quantidade reduzida ou com tamanho de
partículas inadequado
Estas causas podem levar a redução significativa do pH ruminal, que perdurando
por períodos prolongados (geralmente acima de 3 meses) resultam em apetite errático,
perda de condição corporal, diarréia e finalmente laminite.
O aumento na quantidade de carboidratos fermentáveis fornecidos resulta, num
primeiro momento, no aumento na taxa de crescimento de todos os tipos de bactérias
ruminais. Como resultado deste fato, aumenta-se também a produção de ácidos graxos
voláteis (AGV), que vem acompanhado de uma leve redução do pH ruminal. Esta condição
ambiental em particular aumenta significativamente a taxa de crescimento da bactéria S.
Bovis em relação à outras bactérias. Como conseqüência temos o aumento da formação de
ácido láctico a partir de ácido acético e ácido fórmico, processo realizado por estas
bactérias em particular. Quando o acúmulo de ácido láctico excede a capacidade de
tamponamento ruminal, inicia-se a redução do pH de forma ainda mais acentuada. Se o pH
atingir valores inferiores a 4,7, a taxa de crescimento do S. Bovis diminui, criando
condições ideais para crescimento de um lactobacilo, o qual acelera a produção de ácido
láctico. Nesta condição de pH bastante ácido, há morte significativa de bactérias ruminais
gram negativas, com conseqüente liberação de endotoxinas. A vaca produz histamina em
resposta a liberação das endotoxinas e estas causam constrição e depois dilatação dos
capilares sanguíneos (vênulas e arteríolas) que irrigam o tecido queratogênico (tecido
córneo), chegando a causar o seu rompimento. Desta forma, além do comprometimento da
síntese de queratina (o que torna o tecido córneo mais macio e predisposto a dano físico)
ocorre também muita dor no local, daí a dificuldade do animal para andar.

A laminite pode ser dividida em três tipos diferenciados:


Laminite aguda: é uma condição que provoca fortes dores
Laminite crônica: ou “casco achinelado” é resultante de episódios prolongados de uma
laminite subclínica. Essa condição é caracterizada por um formato anormal dos cascos,
os quais passam a se apresentar largos e achatados.
Laminite Subclínica: forma de manifestação mais comum de laminite. Varia em
severidade de acordo com a influência dos “fatôres de risco”, dentre os quais o mais
importante é a nutrição. Os demais fatôres de risco, associados ao manejo e ao
ambiente, atuam exacerbando os efeitos de uma nutrição incorreta. Várias lesões estão
associadas a laminite subclínica, dentre elas a úlcera, o abscesso e o hematoma de sola.
Portanto, devemos agir preventivamente visando evitar o aparecimento de laminite
nos animais do rebanho, procurando evitar suas principais causas.

Diagnosticando as doenças do casco


- Atenção especial para os animais nos primeiros 60 dias de lactação
- Atenção especial para novilhas no período pré e pós-parto
- Observar as vacas durante o percurso até a sala de ordenha
- Examinar os animais que estiverem lentos durante a locomoção.
- Examinar os animais que apresentarem anormalidades na curva da lactação queda
inesperada da produção, ausência de pico de produção, etc.)

Manejo curativo dos cascos


A utilização de tacos de madeiras é um método de tratamento bastante eficaz para as
lesões na sola e que auxilia no retorno da sensação de conforto do animal. Esse
procedimento tem como objetivo elevar do nível do dolo à unha lesada, fixando-se um taco
de madeira na unha não acometida do casco. Essa prática apresenta as seguintes vantagens:
1. Aliviar a dor e o desconforto do animal
2. Possibilita maior duração da faixa e/ou medicamento utilizado na unha
acometida
3. Impede o desgaste da unha lesada no piso, favorecendo assim o crescimento do
tecido e aumentando a rapidez da cicatrização. Em média, um taco de madeira
dura de 10 a 20 dias e quando a lesão é grave e extensa, é necessária a
colocação de 2 ou 3 tacos subseqüentes.
O casqueamento e limpeza da lesão são, sem dúvida, muito importantes para a
recuperação do quadro; entretanto, o excesso de casqueamento pode agravar a lesão. Por
isso, o casqueador deve ter muita atenção ao casquear uma área lesada. Após o
casqueamento da lesão, a utilização de Iodo (2 a 5%) é uma medida recomendada.
O tratamento local (tópico) apresenta bons resultados na maioria das lesões,
principalmente na verruga de casco. As drogas que apresentam bons resultados são:
oxitetraciclina, lincomicina, sulfa e penicilina, devendo-se optar pela utilização de produtos
em pó na preparação das soluções (0,1%). Ainda neste sentido, produtos que contenham
zinco também auxiliam na recuperação e cicatrização das lesões. Após a aplicação do
antibiótico local, deve-se utilizar uma faixa para manter o produto em contato com a área
lesada. As faixas não devem permanecer por um período superior a três dias. Muitas vezes
a antibioticoterapia parenteral (ação sistêmica) é uma alternativa iminente. É comum a falta
de cuidados em relação à dose e ao período de tratamento da antibioticoterapia,
ocasionando uma baixa eficiência do tratamento.

Visão Geral dos tratamento a serem utilizados


Lesão Casqueamento Anti-sepsia Tratamento Fixação Aplicação de
Procedimento da Lesão local local com do taco Antibiótico
Antibiótico de madeira parenteral
Hematoma de Sola ---
Úlcera de Sola +++ +++ +++ +++ ---
Abscesso de Sola +++ +++ +++ +++ ---
Doença da Linha Branca +++
Erosão do Talão +++ +++
Verruga de Casco +++ +++ +++
Gabarro +++ ---
Podridão de casco --- --- --- +++
Unha “saca rolha” --- --- --- ---
Procedimentos para cada lesão:
+++ Sempre utilizar
- - - Utilizar apenas nos casos mais graves
Obs: no caso do gabarro e em situações mas graves, deve-se optar por um procedimento
cirúrgico.

Manejo preventivo e saúde do casco


O pedilúvio e o casqueamento preventivo são duas medidas profiláticas que devem
ser incluídas na rotina da fazenda dentro de um programa de prevenção de doenças do
casco. Não há a menor dúvida que a prevenção é muito menos onerosa do que o tratamento,
visto o eventual descarte de leite e animais por ocasião do diagnóstico do problema.
Os pedilúvios devem ser bem dimensionados para evitar o desperdício de produtos
químicos e proporcionar a passagem adequada de todas as patas do animal. Antes (2
metros) do pedilúvio devemos construir o “lava-pés”, para remoção das sujidades
grosseiras dos cascos. O local ideal para a construção do pedilúvio é o corredor de saída da
ordenha, que garante a passagem diária de todas as vacas em lactação.

Dimensões do “lava-pés” e pedilúvio


“Lava-pés” Pedilúvio
Comprimento 2 metros 2,5 a 3 metros
Largura 70 a 75 centímetros 70 a 75 centímetros
Profundidade 20 centímetros 20 centímetros
Inclinação do Piso 2% (em direção ao ralo) 2%(em direção ao ralo)
Diâmetro do ralo 4 polegadas 4 polegadas
Obs: - a lâmina d’água deve ser de, no mínimo, 20cm

Os produtos químicos mais utilizados para solução de pedilúvios são o formol, o


sulfato de cobre e o sulfato de zinco. O formol (anti-séptico, adstringente e germicida
potente) é o produto mais recomendado, pela sua ação mumificante que endurece o casco,
além da ação bactericida e fungicida. O sulfato de cobre é um produto que apresenta bons
resultados, mas a principal limitação é a sua baixa resistência à presença de matéria
orgânica, que o inativa após a passagem de 50 animais pela solução. O sulfato de zinco é
uma solução menos potente contra germes. As concentrações recomendadas são 5% para o
Formol, 5% para o sulfato de cobre e 10 % para o sulfato de zinco. Os produtos não devem
ser misturados na mesma solução.

Para que o uso de pedilúvio seja realmente eficiente, é fundamental que o produtor
não procure economizar na renovação da solução utilizada. No caso do uso de formol 5%,
recomenda-se trocar a solução a cada 300 passadas. Ou seja, num rebanho de 100 vacas
ordenhadas 3 vezes/dia, haveria a necessidade de trocar a solução de formol todos os dias.
No caso do sulfato de cobre 5% e sulfato de zinco 7%, a troca deve ser a cada 50 passadas.
Ou seja, no exemplo acima, haveria de trocar 6 vezes/dia. Uma maneira prática é notar, no
caso do uso do sulfato de cobre, se todos os animais estão com as patas azuladas,
principalmente os últimos a utilizar o pedilúvio. Economizar na solução utilizada, trocando-
a menos vezes do que a recomendação ideal, leva muitas vezes a se duvidar da eficácia do
produto e/ou pedilúvio, o que não é verdade quando se compara com o uso correto desta
importante prática de manejo.
A freqüência de utilização dos pedilúvios depende da incidência de lesões no casco,
devendo ser diária ou em até duas a trê vezes por semana. Em grandes confinamentos em
Free stall a necessidade do pedilúvio é significativamente maior.
Avalie o produto utilizado no pedilúvio da seguinte forma:
1. podridão dos cascos: 2 a 3 dias após o início do tratamento em pedilúvio não
deve permitir o aparecimento de novos casos
2. verruga de cascos: 5 a 6 dias após o início do tratamento em pedilúvio não
deve permitir o aparecimento de novos casos
O casqueamento preventivo é essencial no período de secagem e deve ser uma
rotina na fazenda. Visa melhorar os aprumos dos animais e também manter a
integridade dos cascos no pós-parto.

Em linhas gerais, o casqueamento preventivo é constituído de quatro cortes:


1. Aparar as pinças das unhas maiores que 7,5 cm de comprimento
2. Rebaixar a pinça para que o animal se apoie mais na sola que no talão
3. Abrir o espaço interdigital, para facilitar a saída de sujidades
4. Alinhar os talões para que tenham a mesma altura.

LITERATURA CONSULTADA:
1. Atlas Casco em Bovinos (Renata de Oliveira Souza Dias e Antônio de Pinho Marques
Jr.)
2. From nutrition to laminitis – acidosis is the missing link. James E. Nocek (Feed Mix
– Vol 9 No 1 2001)
3. How to manage your footbath. Shirley Roenfeldt (Dairy Herd Management /
September 1995)

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