PODER JUDICIRIO
TRIBUNAL DE JUSTIA
SFVC
N 70070191267 (N CNJ: 0229320-48.2016.8.21.7000)
2016/CVEL
DIVRCIO DIRETO. PARTILHA. REGIME DA COMUNHO
PARCIAL DE BENS. 1. Sendo o casamento regido pelo
regime da comunho parcial, todos os bens adquiridos a
ttulo oneroso na constncia da vida conjugal se comunicam
e devem ser partilhados igualitariamente, pois se presume
que a aquisio seja produto do esforo comum do casal.
Inteligncia dos art. 1.658 a 1.660 do CCB. 2. Considerando
que o imvel est registrado no nome do autor, que a r foi
revel e que foi juntada aos autos declarao dela informando
que no h bens a partilhar, deve ser o imvel e os bens que
o guarnecem excludos da partilha. Recurso provido.
APELAO CVEL
COMARCA DE VACARIA
A.F.S.
..
M.R.S.F.
..
APELANTE
APELADO
ACRDO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Stima Cmara
Cvel do Tribunal de Justia do Estado, unanimidade, dar provimento ao
recurso.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, alm do signatrio, os eminentes
Senhores DES. JORGE LUS DALL'AGNOL (PRESIDENTE) E DES.
LISELENA SCHIFINO ROBLES RIBEIRO.
Porto Alegre, 31 de agosto de 2016.
DES. SRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES,
Relator.
R E L AT R I O
1
PODER JUDICIRIO
TRIBUNAL DE JUSTIA
SFVC
N 70070191267 (N CNJ: 0229320-48.2016.8.21.7000)
2016/CVEL
PODER JUDICIRIO
TRIBUNAL DE JUSTIA
SFVC
N 70070191267 (N CNJ: 0229320-48.2016.8.21.7000)
2016/CVEL
VOTOS
DES. SRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES (RELATOR)
Estou dando provimento ao recurso.
Com efeito, irresigna-se o recorrente com a partilha de bens
determinada na partilha, alegando que foram eles adquiridos antes do
casamento, motivo pelo qual a recorrida no tem direito de meao.
Ora, sendo os litigantes casados pelo regime da comunho
parcial de bens, todos os bens adquiridos a ttulo oneroso na constncia da
vida conjugal devem ser partilhados igualitariamente, independente de qual
tenha sido a contribuio de cada cnjuge para a consecuo do resultado
patrimonial, pois se presume que a aquisio seja produto do esforo
comum do par, como se infere dos art. 1.658 e 1.660 do Cdigo Civil.
No caso, observo que a escritura de compra e venda do imvel
foi outorgada apenas em favor do recorrente (fls. 46/47-v), sendo crvel a
3
PODER JUDICIRIO
TRIBUNAL DE JUSTIA
SFVC
N 70070191267 (N CNJ: 0229320-48.2016.8.21.7000)
2016/CVEL