elaboradas quando do seu aparecimento quer das que ele prprio criou. Estas bases so
portanto verificveis por vias puramente empricas (MARX e ENGELS, 1982, p.18).
E em nenhum momento, os pressupostos do mtodo Materialista HistricoDialtico elaborado por Marx e Engels distanciam-se da materialidade, pois parte das
premissas reais e no as abandona um nico instante. Estas premissas so os homens,
no isolados nem fixos de uma qualquer forma imaginria, mas apreendidos no seu
processo de desenvolvimento real em condies determinadas, desenvolvimento este
que visvel empiricamente (MARX e ENGELS, 1982, p.26).
O aspecto histrico tambm inerente ao mtodo Materialista HistricoDialtico, para o qual a cincia constitui-se na cincia da histria . Desta forma,
Apenas conhecemos uma cincia, a da histria. (...) podemos dividi-la em histria da
natureza e histria dos homens. Porm, estes dois aspectos no so separveis; enquanto
existirem homens, a sua histria e a da natureza condicionar-se-o reciprocamente
(MARX e ENGELS, 1982, p.18).
Enquanto mtodo que agrega e explora os componentes conflituosos da
sociedade capitalista, o Materialismo Histrico-Dialtico aponta possibilidades de
transform-la, atravs das lutas de classes, pois [...] a partir da luta de classes que se
do as condies mais favorveis para um conhecimento cientfico da realidade, da
verdade (LOWY, 1985, p.110).
As categorias da dialtica, historicidade e totalidade como algumas das
categorias presentes no mtodo Materialista Histrico-Dialtico, esto constitudas na
realidade concreta, estando presentes, portanto, nos fenmenos sociais, sendo um destes
fenmenos as polticas sociais, que na sua existncia so permeadas pelas trs
categorias citadas, inerentes ao Materialismo Histrico-Dialtico.
Desta forma, ao analisar as polticas sociais a partir do mtodo Materialista
Histrico-Dialtico, este pode [...] revelar a poltica social como parte da estratgia da
classe dominante, mais adequadamente da burguesia. Pode mostrar que esta estratgia
busca o controle do fluxo de fora de trabalho no sistema de posies desiguais,
existente na economia de mercado (VIEIRA, 1992, p.30).
No obstante, tais proposies se justificam, [...] em anlise onde o Estado seja
meio e fim, ao representar uma classe social; em anlise onde a teoria e a prtica sejam
Porm, o autor ressalta que A totalidade, (...) sempre relativa, embora possa
figurar em certo momento como totalidade autnoma, destinada a servir de campo para
uma investigao (VIEIRA, 1992, p.21).
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