CEL, DT e GIP
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À semelhança de qualquer terminologia, a
TLEBS é um documento normativo que visa
fixar as associações termo-significado, quando
os termos são utilizados em contexto de ensino
da gramática.
Como documento normativo, deve ser
entendido como ferramenta auxiliar do
docente.
TLEBS/DT é necessária, porque:
a) Há deriva terminológica.
Exemplos:
Predicado: apenas o verbo (manuais de 1º ciclo)
verbo e complementos
(algumas gramáticas)
verbo, complementos e
modificadores (outras gramáticas)
Exemplo:
Programas do 3º ciclo: complemento directo,
indirecto e complementos circunstanciais.
CNEB: complementos e modificadores.
c) Documentos de referência não continham
alguns termos que, entretanto, surgiram nos
programas.
Exemplos:
Pronome adjunto
Nome colectivo como especificidade da flexão em
número
Complemento circunstancial
Processos fonológicos classificados como exclusivos
da história da língua
e) Conceitos tradicionalmente associados a
determinados termos não permitiam identificação
clara de unidades linguísticas.
Exemplos:
Sujeito – quem pratica a acção
Tempos verbais – definidos em função do seu
significado
Verbo – palavra que denota acção
Vogais – conteúdo associado à escrita e não à
oralidade
Lista de conteúdos declarativos.
- Conteúdos de gramática são fixados pelos
documentos orientadores.
Documento a ser utilizado directamente com
os alunos.
- Ensinar gramática não é ensinar definições.
Gramática de referência do português.
- Nem todas as construções do português se
encontram no DT.
- Alguns exemplos: construções clivadas, todas as
orações subordinadas adverbiais, todas as
subclasses verbais, todas as características da
fonologia supra-segmental, todas as funções
sintácticas internas ao grupo nominal, todos os
processos de formação de palavras.
- Como terminologia, o DT inclui exemplos e não
listagens exaustivas.
Tratado de linguística.
Muitos dos termos mais operativos em
linguística teórica contemporânea não se
encontram no DT.
3 exemplos:
tempos verbais, funções sintácticas e orações
Ensino tradicional: presente é tempo do agora,
pretérito é tempo do passado, futuro é tempo
do futuro.
Níveis de informação são activados conforme necessário, em função da actividade que se desenvolve.
Algumas práticas identificadas no ensino da gramática
corpora linguísticos;
textos orais / escritos;
produções orais e escritas dos alunos;
construídos pelo professor!
Etapas da actividade pela descoberta
Percurso de uma oficina gramatical:
- Observação de dados;
- Comparação e sistematização de regularidades;
- Formulação de hipótese descritiva;
- Observação de novos dados;
- Confirmação/infirmação da hipótese;
- Treino com exercícios de identificação, produção,
classificação, (...);
Mobilização de conhecimento em situações de uso.
Pressupostos do laboratório gramatical
Há uma questão à qual se pretende responder.
Dados devem ser preparados.
Da consciência linguí
linguística ao conhecimento
metalinguí
metalinguístico
Juízo de gramaticalidade;
Manipulação de estruturas linguísticas
(deslocamento, supressão, substituição,
expansão) para eventual reconhecimento
de relações paradigmáticas;
Conhecimento e uso de conceitos e
termos gramaticais.
Mobilização de conhecimentos
Gramáticaserá aprendida de forma mais eficiente
se os conhecimentos gramaticais forem
mobilizados para a construção de outros
conhecimentos. Contudo, a mobilização pressupõe
aprendizagem prévia.
Exemplos de mobilização
Escrita:
- Entoação e leitura;
- Gestão da entoação na exposição oral;
- Controlo de registo – tomada de consciência das
marcas dos diferentes registos.
- Ritmo e leitura de poesia.
- Marcas linguísticas do oral formal.
- Actividades de escuta e registo das marcas
específicas do oral.
Desafios
Testagem de actividades do GIP (matriz).
Avaliação das nossas próprias actividades (ex. lista de
verificação GIP)
Adaptação de propostas do PNEP.
Pesquisa de propostas publicadas.
Trabalho de planificação para avaliação do risco de
“cronofagia”.
Aprofundamento de conhecimentos.
Criação e partilha de materiais.
jcosta@fcsh.unl.pt