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Aula Nº 12 – Orçamento e Custo-


Padrão
Objetivos da aula:
O orçamento é uma importante ferramenta de planejamento por meio
do qual os objetivos da empresa são detalhados em números em toda a
extensão de suas operações.

É uma projeção das operações da empresa, visando aos seus objetivos.


O custo-padrão é o custo dos produtos considerado ideal para atingir
esses objetivos. Nesse contexto, orçamento e custo-padrão fazem sua
intersecção, são valores planejados para atingir objetivos empresariais.

O objetivo desta aula é, justamente, mostrar esse ponto de intersecção e a


forma de utilizar as informações por meio da contabilidade.

Tenha uma ótima aula!

Introdução
Aula 12 - Orçamento e Custo-Padrão
O planejamento orçamentário começou a ser difundido na década de 20,
mas, no Brasil, somente começou a ser introduzido no setor público por
força da lei 4.320 de 1964, sendo mais tarde introduzido, também, nas
empresas privadas.
O processo orçamentário compreende as técnicas de planejar, coordenar,
controlar e avaliar as operações de uma empresa, de acordo com objetivos
Custo Contábil

previamente estabelecidos.

O planejamento orçamentário, com sua associação ao custo-padrão,


constitui-se em ferramenta indispensável para que a empresa possa
controlar suas atividades em direção aos seus objetivos.

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O processo orçamentário deve envolver o máximo de pessoas dos


mais diversos setores da empresa. A espinha dorsal do orçamento é o
planejamento de vendas, que deve atender os objetivos da empresa,
considerados os fatores externos, como mercado, vida útil do produto,
concorrência etc. e fatores internos, como capacidade produtiva de curto
prazo e capacidade de expansão da empresa.

O custo-padrão pode, também, ser uma meta e, como tal, pode ser revisado
por ocasião do planejamento periódico da empresa onde devem ser
fixadas quantidades físicas pelo departamento de engenharia da produção
(matéria-prima ideal, tempo de mão-de-obra direta ideal, consumo de
energia ideal etc.).

Posteriormente, o departamento de contabilidade deve valorizar esses


padrões físicos em moeda corrente, transformando-os em custo-padrão.
Depois de aprovado o orçamento de vendas, faz-se a conversão para o plano
de produção, levando em conta a política de estoques e a capacidade de
produção para determinado tempo e considerando a opção de fabricação
escolhida pelo departamento de produção.

A partir do departamento de produção, é possível elaborar os demais


orçamentos com base no custo-padrão, como veremos a seguir.

1. Orçamento de matéria-prima baseado no custo- Aula 12 - Orçamento e Custo-Padrão


padrão
• Determinar a quantidade de matéria-prima exigida para atender
a produção, de acordo com a estrutura de produto estabelecida
pelo departamento de engenharia de produção, no qual são
considerados os padrões técnicos e as perdas naturais do processo
Custo Contábil

produtivo.
• Estabelecer políticas de estocagem de matéria-prima, considerando
as conveniências de compras, capacidade de estocagem da
empresa, facilidade de obtenção dos materiais no mercado, custos

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de estocagem, custos administrativos de compras e o prazo de


obsolescência.
• Elaborar programa de suprimentos, considerando as conveniências
de compras em termos de preço, prazo de entrega e demais
condições comerciais.
• Determinar o custo estimado da matéria-prima necessária para
a produção, valorizando as quantidades planejadas com base
em estimativa de custos unitários, utilizando-se de experiências
passadas e projetando-se aumentos de preços estimados com
base em inflação ou escassez do produto no mercado.

2. Orçamento da mão-de-obra baseado no custo-


padrão
• Estimar a quantidade de mão-de-obra necessária para a
produção planejada, utilizando o método de registro de tempos e
movimentos. O departamento de engenharia baseado em estudo
de tempos e movimentos estabelece tempo de mão-de-obra
padrão de fabricação de determinado produto. Esse tempo padrão
deve levar em conta o tempo de manutenção, carregamento de
máquinas etc.
• Estabelecer valores, projetando a taxa horária da mão-de-obra
direta, de acordo com a política salarial da empresa, incluindo os
encargos sociais correspondentes. A taxa horária é estabelecida,
Aula 12 - Orçamento e Custo-Padrão
dividindo-se o custo da mão-de-obra de cada departamento de
produção pelo número de horas disponíveis para a produção.
Produto A Produto B
Taxa padrão de tempo por unidade do produto
Departamento X 0,80 0,60
Departamento Y 0,60 -
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Departamento Z - 0,40
Taxas de custo de mão-de-obra previstas
Departamento X R$ 6,00 / hora
Departamento Y R$ 7,00 / hora
Departamento Z R$ 10,00 / hora

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3. Orçamento dos custos indiretos de fabricação


baseado no custo-padrão
É a projeção de gastos consumidos na área de produção não agregados
diretamente aos produtos, por exemplo, consumo de água, energia
elétrica, matérias de escritório, materiais de limpeza etc. É um orçamento
complexo pela dificuldade de atribuir quantidades definidas dos mais
variados tipos de gastos ao volume de produção que podem ser definidos
como:

• Custos Fixos – são incorridos, haja produção ou não. Dentro de certo


limite, independe do volume de produção e são compostos por
itens, como: depreciação, salários de supervisores de produção
etc. É um processo mais subjetivo, podendo ser baseado em
informações passadas ou em metas pré-fixadas.
• Custos Semivariáveis – são compostos por uma parcela fixa e uma
parcela variável, podendo ser estimados por regressão linear ou
por interpolação de dois pontos.

4. Contabilização do custo-padrão
4.1. Forma simplificada
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• Debitar todos os custos (diretos, indiretos, fixos ou variáveis) à
conta de produção por seus valores reais.
• Transferir para os estoques, baixando da conta de produção, pelo
seu valor padrão.
• Se debitarmos na Produção valor real e creditamos valor padrão,
logicamente haverá um saldo, que será ajustado no final de cada
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período.
• Durante o período, o estoque de produtos acabados seria debitado
pelo recebimento dos produtos e creditado pela venda, ficando os
estoques assim avaliados durante o período.

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4.2. Exemplo

Para a produção de 600 unidades, a empresa incorreu nos seguintes custos,


que foram debitados à produção:
D – Produção em processo R$ 3.100.000
C – Estoque de Materiais Diretos R$ 1.500.000
C – Estoque de Materiais Indiretos R$ 100.000
C – Folha de Pagamento R$ 1.000.000
C – Estoque de Peças R$ 130.000
C – Energia Elétrica a Pagar R$ 270.000
C – Depreciação Acumulada R$ 100.000

Ao final do período, terminada a produção das 600 unidades, teríamos


D – Produtos Acabados R$ 2.820.000
C – Produção em Processo R$ 2.820.000

(pelo valor de 600 unidades ao custo-padrão de R$ 4.700/unidade)

A conta Produção em Processo foi debitada em R$ 3.100.000 pelos custos


reais e creditada por R$ 2.820.000 pelo custo-padrão. Esse saldo representa
a soma de todas as variações entre custos reais e custo-padrão (materiais,
mão-de-obra e custos indiretos): 600 u. x R$ 466,67/ u. = R$ 280.000.

Supondo, agora, que a empresa consiga vender 2/3 dos produtos


fabricados no período:
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D – Custo dos Produtos Vendidos R$ 1.880.000
C – Produtos Acabados R$ 1.880.000
(400 u. x R$ 4.700 / u.)

A conta Produtos Acabados recebeu um débito de R$ 2.820.000 e um


crédito de R$ 1.880.000, restando um saldo de R$ 940.000, que representa
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200 unidades x R$ 4.700.

É um processo simples que facilita a emissão de relatórios e os custos


reais não precisam ser apurados em cada mês, no entanto, para efeito de

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fechamento do Balanço Patrimonial, os estoques e o custo das mercadorias


vendidas devem ser ajustados a valores reais, ou seja, o saldo referente às
variações deve ser eliminado.

4.3. Tratamento Contábil das Variações

Suponha que terminou o período e a empresa precisa fechar o seu balanço,


mas não pode fazê-lo sem os valores reais. É muito simples, o saldo de R$
280.000 na conta “Produção em Processo” deve ser transferida, parte para
Produtos Acabados e parte para Custo dos Produtos Vendidos:

2/3 x R$ 280.000 = R$ 186.667 para CPV


1/3 x R$ 280.000 = R$ 93.333 para Produtos Acabados

D – Produtos Acabados R$ 93.333


D – CPV R$ 186.667
C – Produção em Processo R$ 280.000,00

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Produtos Acabados  R$ 1.033.333 / 200 unidades = R$ 5.166,66
C.P.V.  R$ 2.066.667 / 400 unidades = R$ 5.166,66

Agora, o balanço patrimonial pode ser publicado, pois atende aos


Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. Tanto o estoque quanto o custo
dos produtos vendidos estão ajustados a valores reais.
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Devem ser corrigidas, em primeiro lugar, as variações desfavoráveis de


valores maiores.

Como na empresa o volume de dados é muito grande, devemos


trabalhar o conceito de análise das variações de tempos em tempos e por
amostragem.

Síntese
Nesta aula, vimos uma pequena introdução ao orçamento empresarial
e estudamos as relações entre orçamento e custo-padrão. Você pode
perceber que não se trata apenas de controlar custos. Por meio dessa
ferramenta, é possível controlar o planejamento da empresa, monitorar o
cumprimento dos objetivos traçados.

Na próxima aula, iniciaremos o tema Custos para Decisão.

Até lá!

Referências
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos.
São Paulo: Atlas, 2005.
Aula 12 - Orçamento e Custo-Padrão
LEONE, George S. G. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas,
1997.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.


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