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Tribunal de Justiça de São Paulo - TJSP.

EMENTA: Prestação de serviços. Ação de cobrança.

1. Não há falar-se em indeferimento da inicial por ausência de juntada


de documento indispensável, quando essa própria seguradora não
nega o vinculo estabelecido através da emissão da apólice respectiva
e responsabilidade securitária.

Agravo retido Improvido.

2. Se só uma das corres (Martinelli), requer prova pericial e, ao


depois, celebra acordo com a autora, reconhecendo a sua
responsabilidade Integral até o valor da apólice por ela emitida, ó
justo que só ela fique responsável pelo pagamento dos salários do
perito, máximo quando depositou o valor dos salários provisórios, que
foram mantidos como definitivos em decisão irrecorrida; em
conseqüência, subsiste o pleito de exclusão dessa responsabilidade
pela corre ora apelante, Cia. Sulina.

3. Não se conhece do recurso de apelação manejado pela outra corro


Social Card, porque Interposto com manifesta Intempestividade,
ainda que se considere o prazo em dobro para recorrer.

4. Não conheceram do apelo da corro Social Card e, quanto aos


recursos interpostos pela corro Cia. Sulina, negaram provimento ao
agravo retido e deram parcial provimento ao seu apelo.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº


992.05.126031-9, da Comarca de São Paulo, em que são apelantes
CIA SULINA DE PREVIDÊNCIA E SEGUROS e SOCIAL CARD S/C LTDA
sendo apelado COOP COOPERATIVA DE CONSUMO.

ACORDAM, em 25ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça


de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "NÃO CONHECERAM DO
APELO DA CORRÉ SOCIAL CARD E, QUANTO AOS RECURSOS
INTERPOSTOS PELA CORRÉ CIA. SULINA, NEGARAM PROVIMENTO AO
AGRAVO RETIDO E DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO SEU APELO.
V.U", de conformidade com o voto do Relator, que integra este
acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores VANDERCI


ÁLVARES (Presidente.), MARCONDES D'ÂNGELO E ANTÔNIO BENEDITO
RIBEIRO PINTO.
São Paulo, 29 de abril de 2010.

VANDERCI ÁLVARES

PRESIDENTE E RELATOR

Recurso: Apelação com revisão Nº 992.05.126031-9

COMARCA: São Paulo

COMPETÊNCIA: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

AÇÃO:COBRANÇA

1ª Instância

Nº : 563145/2000

Juiz: LUIZ BEETHOVEN GIFFONI FERREIRA

Vara 18ª VARA CÍVEL

RECORRENTE(S): CIA. SULINA DE PREVIDÊNCIA E SEGUROS

ADVOGADO (S): JORGE PIRES DE CAMARGO ELIAS

RECORRENTE(S): SOCIAL CARD S/A LTDA.

ADVOGADO (S): MARCELO KUTUDJIAN

RECORRIDO (S): COOP COOPERATIVA DE CONSUMO

ADVOGADO (S): JATYR DE SOUZA PINTO NETO

INTERESSADO: MARTINELLI SEGURADORA S/A

ADVOGADO (S) GAMALIEL ROSSI SEVERINO/MARCELO ROSSI NOBRE

VOTO Nº 13.863/10.

1 . RELATÓRIO ESTRUTURADO

Inicial (fls. 02/11):

Síntese do pedido e da causa de pedir: A autora, pessoa jurídica sob a


forma de sociedade cooperativa, propôs a presente ação de cobrança
alegando que sua atividade é relacionada ao comércio varejista, e
celebrou com a ré Socialcard S/C Limitada contrato de "adesão de
supermercado e similares ao sistema socialcheque de alimentação",
pelo qual à autora incumbia a venda de alimentos, recebendo em
contrapartida o referido socialcheque (tickets), sendo que
posteriormente receberia o respectivo pagamento, com uma taxa de
participação de 2% cobrada pela requerida Ainda, foram celebrados
dois contratos de seguros, com a Martinelli Segurados S/A e Cia.
Sulina de Previdência e Seguros, precavendo-se a autora de eventual
inadimplemento. Porém, alega que a ré Socialcard S/C Limitada não
honrou o pagamento de várias guias, e do mesmo modo, as co-rés
seguradoras também se negam ao adimplemento. justificando a
presente cobrança no valor de R$ 205.730,97

Sentença (fls. 416/417):

Resumo do comando sentencial: Julga a ação procedente. A ré


Socialcard S/C Limitada é manifestamente inadimplente, não havendo
justificativa para tal, e a existência de seguro não elide sua obrigação
Com relação à ré Cia Sulina de Previdência e Seguros, das provas
juntadas aos autos, ficou evidente sua responsabilidade pelo valor
consignado na apólice Dessa maneira, condena as requeridas ao
pagamento do valor de R$105.730,97, já que a co-ré Martinelli
Seguradora S/A honrou seu contrato e pagou o valor de R$ 100
000.00.

Razões de Recurso (fls. 430/433)

Objetivo do recurso (Cia. Sulina de Previdência e Seguros):


Preliminarmente requer que seja provido o agravo retido para que a
ação seja extinta, já que falta à petição inicial a juntada da referida
apólice de seguros No mérito, pretende a reforma da sentença para
que seja escusada do pagamento de salários do Perito

Razões de Recurso (fls. 435/447)

Objetivo do recurso (Social Card S/C Ltda.): Insurge-se contra a r.


sentença, pretendendo o julgamento do agravo retido, para que seja
decretada a sua ilegitimidade passiva, alega ser necessário o
chamamento ao processo da Cia. Seguradora, pela apólice omitida, e
pretende denunciação da lide (questões de agravo retido) Além de
alegar sua impossibilidade de figurar no pólo passivo, e explicitar a
responsabilidade da seguradora pelo pagamento, já que existente a
garantia securitária. pleiteia a consideração do abatimento das taxas
administrativas pactuadas Aduz ainda haver excesso de cobrança da
referida apólice

É o sucinto relatório.

2. Voto.

2.1. PELO RECURSO DA SEGURADORA:


2.1.1. AGRAVO RETIDO:

Não há falar-se em indeferimento da petição inicial por não ter sido


agregada a cópia da apólice firmada com essa apelante.

Não nega essa Seguradora Companhia Sulina, a existência da apólice


nº 58789905064, bem como a sua vigência à época do indigitado
sinistro, bem como o valor da cobertura.

Chega às raias da litigância de má-fé a argüição de preliminar de


indeferimento da inicial, pela ausência da juntada de apólices que a
própria contestante tem em seu poder, ainda que por cópias.

Nega-se, pois, provimento ao agravo retido.

2 1.2. MÉRITO DA APELAÇÃO:

Tem razão essa apelante, quanto a sua exclusão da condenação,


apenas e tão somente com relação à participação nos salários do
perito.

A prova pericial foi requerida, SOMENTE, pela corre Martinelli


Seguradora S.A, e, com o acordo que ela celebrou com a autora COOP
(vide r. sentença em folhas 388), é de se lhe impor a responsabilidade
exclusiva pelo pagamento desses salários do perito.

Justifico: só ela, Martinelli, requereu perícia e, após constatada a


veracidade do pleito inicial, inclusive quanto ao valor almejado,
honrando o valor da apólice perante a autora, naquele acordo
firmado; assim, é de se lhe impor, com exclusividade, o ônus do
pagamento dos salários do perito.

Ela própria depositou os salários provisórios arbitrados a favor do


perito, Paulo Affonso Aranha (R$ 3.500,00 - três mil e quinhentos
reais), confirmados como definitivos na respeitável decisão em folhas
414 verso, sem nenhuma impugnação.

Assim, é de se excluir responsabilidade da corre Cia. Sulina, na


proporcionalidade de pagamento desses salários periciais.

E, SOMENTE PARA ESSE FIM É QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO AO


SEU APELO.

2.2. PELO RECURSO DA CORRE SOCIALCARD:

Não conheço do recurso de apelação interposto pela corre SOCIAL


CARD S/C LIMITADA (fls. 435).
A r. sentença hostilizada foi prolatada em 20 de setembro de 2001
(VIDE FLS. 417), PUBLICADA A 26 DE SETEMBRO DE 2001.

É certo que a autora COOP - Cooperativa de Consumo, brandiu


embargos declaratórios em 4 de outubro de 2001, REJEITADOS NA R.
DECISÃO LANÇADA EM 9 DE OUTUBRO DE 2001, PUBLICADA NO DIA
10 DE OUTUBRO, CONSIDERADAS INTIMADAS AS PARTES NO DIA 15
DE OUTUBRO DE 2001 (FLS. 422).

Ainda que se conte em dobro o prazo para interpor o recurso de


apelação (por existir litisconsórcio passivo com diferentes
procuradores), o apelo manejado pela corre SOCIAL CARD S/C
LIMITADA SÓ FOI PROTOCOLADO A PRIMEIRO DE FEVEREIRO DE 2002;
portanto, completamente a destempo, embora datado esse recurso
de 29 de janeiro de 2002, com recolhimento do preparo no mesmo
dia (vide fls. 435/436).

É que quando da publicação da sentença em 15 de outubro de 2001,


vigiam os Provimentos nºs 761/2001, 762/2001 e 764/2001, que
suspenderam os prazos processuais, em virtude da paralisação
parcial dos servidores da Justiça; MAS, COM O ADVENTO DO
PROVIMENTO Nº 765/2001, DATADO DE 6 DE DEZEMBRO DE 2001,
PUBLICADO NO DJE DE 10 DE DEZEMBRO DE 2001, PS. 227, FICOU
REVOGADA A SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS.

TEMOS, ENTÃO, NO CASO, QUE A PARTIR DE 11 DE DEZEMBRO DE


2001, INICIOU-SE O PRAZO PARA O RECURSO NESTE PROCESSO,
FLUINDO ATÉ O DIA 1º DE JANEIRO = 22 DIAS DE PRAZO: E, A PARTIR
DE 21 DE JANEIRO (Prov. 743/2000. só considerou de suspensão de
prazo o período de 2 a 21 de janeiro de cada ano), FLUÍRAM OS
DEMAIS 6 DIAS PARA SE COMPLETAR O TRINTÍDIO (PRAZO EM
DOBRO).COINCIDINDO O ÚLTIMO DIA DE PRAZO PARA ESSE

RECURSO A 29 DE JANEIRO DE 2002.

3. "Itis positis ", pelo meu voto, não se conhece do recurso interposto
pela corre Social Card S/C Limitada e, quanto aos recursos da corre
Companhia Sulina, nega-se provimento ao agravo retido e dá-se
parcial provimento ao seu apelo, apenas e tão somente para excluí-la
da condenação no pagamento dos salários periciais.

VANDERCI ÁLVARES

Relator

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