nos momentos de perigo que a luminescncia tende a desaparecer. Tornase um lampejo fraco, disposto em um horizonte praticamente sepultado.
Nesses momentos, os mortos se parecem mais mortos, e se amontoam por
sobre as runas daqueles tmulos que foram esquecidos pelos seus vivos. Por isso, em uma caminhada, o tempo escrutina as vielas imveis do cemitrio. Em movimento, os passos resgatam os mortos do esquecimento mas que, ainda assim, resistem ao tempo. Todavia, em meio as rachaduras de concreto e mrmore possvel entrever um brilho mais intenso, condensado, capaz de provocar um incndio ou imploso. Nesse relmpago, o caminhante se reconstitui; percebe naquilo que permanente a inevitabilidade do transitrio, enquanto h tempo. Por isso, preciso viver por aqueles que j no podem mais faz-lo.