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rigues Pereira RTOPEDIA CRMMG MM. (a) Juiz (a) da Vara Civel de Pratapolis/MG eS Autor: Luiz Cartos de Paula Réu: Ita Seguros S/A Processo n°: 0025309-68.2011.8.13.0529 Belo Horizonte, 03 de maio de 2016. Senhor (a) Juiz (a), O Médico perito-assistente Dr. Cldudio Rodrigues Pereira vem tespeitosamente pedir a juntada de seu parecer técnico aos autos mencionados. Atenciosamente, feo Perito/CRM 30234/ASPJUDI 595 Médico Ortopedista P6s-graduacao em Pericia Médica Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Membro da Associagao dos Peritos Judiciais de Minas Gerais Preceptor da Residéncia Médica em Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitario So José da Fac. de Ciéncias Médicas MG Consultor em Ortopedia e Traumatologia Dr, Claudio Rodrigues Pe Pericia Médico-Legal Processo namero: 0025309-68.2011.8.13.0529 Autoridade Requisitante: Juiz da Vara Civel de Pratapolis - MG Autor: Luiz Carlos de Paula Réu: Itati Seguros S/A Médico Perito Oficial: Dr. Adauto Manfrim Mendes. Médico Perito Assistente do Autor: nao indicado. Médico Perito Assistente do Réu: Dr. Claudio Rodrigues Pereira. Data e Local da Pericia: dia 3 de maio de 2016, as 19:00 hora, na Rua Pontal, s/n, Bairro Santo Antonio, Pratipolis, Minas Gerais. I— IDENTIFICACAO DO PERICIADO: LCP., 51 anos (01/10/1964), masculino, casado, natural de Itai de Minas/MG, residente a Rua Corredor, 708, Bairro Cohab Itai de Minas/MG. Identidade:_M-3.427.960 SSPMG. CPE: 498.983.886-68. CTPS: 97994 série 587/MG. CNH: tipo “D”, emitida em 07/03/2013 € valida até 20/02/2018. Escolaridade: 1° gran incompleto (5* série). Profissfio: Operador de maquina (aposentado ha 11 anos). Il - HISTORICO OCUPACIONAL: 28/05/1984 a 01/06/1998: Cia. Cimento Portland Ita: Trabalhador Geral. 08/06/1998 a 09/02/2005: Cia. Cimento Portland Itai: Operador de ‘Miaquinas Pesadas I. Aposentado por invalidez pelo INSS em 09/02/2005, espécie 32 It - HISTORICO: Relata 0 Autor que apresentou dor cervical e lombar aproximadamente em 2002, procurou atendimento médico. Consultou na cidade de Ribeirao Preto. Foi indicado tratamento cirirgico. Operou em fevereiro de 2004 “Ze também em setembro de 2004 a coluna cervical por duas vezes. es Pereira ICA-ORTOPEDIA fini 3 Tinha perda de forga e movimentos da mao esquerda. Informa’\qit melhorou com cirurgia. Ficou licenciado pelo INSS por 1 ano e depo aposentou-se por invalidez, beneficio previdenciério espécie 32, em 09/02/2005. Hoje em dia tem mais dor lombar, optou-se por nao operar. Faz uso de medicagao em caso de dor. Tem como rotina diaria ficar em casa assistindo televisao, faz caminhadas. ‘Nao faz acompanhamento com ortopedista ha quase 10 anos. Apenas vai ‘no posto quando sente dor. Historia Pregressa: Ex-tabagismo, afirma etilismo social. Nega hipertenstio arterial ¢ diabetes. Nega outras patologias ou tratamentos cirargicos. Hist6ria Familiar: 2 filhos IV—EXAME FISIC © autor comparece ao exame pericial desacompanhado, trajando-se de forma adequada, deambulando sem dificuldades. Informando bem c¢ orientado no tempo e espaco. Audi¢&o social normal. Faioderma, corado, hidratado, afebril. Freqiiéncia cardiaca: 80 bpm; Pressdo arterial: 130 x 80 mmHg. Bulhas normorritimicas ¢ normofonéticas. Murmirio vesicular fisiolégico. Freqiiéncia respiratoria: 15 ipm. Postura ativa, sem dificuldades para retirar a roupa. Marcha normal. Membro superior direito dominante. Discreta calosidade palmar. Antropometria Peso: 101Kg Altura: 1,79 m Avaliagao Postural Visiio Anterior: posigaio dos pés alinhados, halux alinhados, tibias alinhadas ¢ joelhos alinhados. Vistio Lateral: posigo dos joelhos alinhada, quadril alinhado, ombros alinhados, lordose lombar fisiol6gica, cifose toracica fisiolgica ¢ lordose cervical fisiologica, Visio Posterior: coluna alinhada, cintura escapular alinhada e cintura pélvica alinhada. Dr. Claudio Rodrigues Pereira 2A OPEDIA ey 56 Exame Articular Membros superior esquerdo: forga, reflexos, amplitude de movimentos das articulages, musculatura trofica ¢ testes especificos sem altcragdes, Membro superior direito: forga, reflexos, amplitude de movimentos das articulagées, musculatura tr6fica e testes especificos sem alteragdes, Membros inferiores: articulagdes com amplitude de movimento preservadas, forga preservada, auséncia de atrofias ou hipotrofias, reflexos preservados, auséncia de encurtamentos musculares e auséncia de discrepancia de comprimento. Coluna vertebral: todos os seguimentos sem alteragdo na amplitude de movimento. Cicatriz mediana cervical. Exames Complementares: 27/11/2003: Ressonancia magnética da coluna cervical: espondiloartrose cervical, hérnia de disco C5-C6, area de sofrimento medular de C5-C6 (miclopatia espondil6tica) 29/12/2003: Ressonancia magnética da coluna__ téraco-lombar: espondiloartrose téraco-lombo-sacra, protrusao discal L5-S1 16/02/2004: Ressonancia magnética da coluna cervical: espondiloartrose cervical com canal estrito em C5-C6 ¢ sinais de sofrimento medular. 10/11/2004: Ressondncia magnética da coluna cervical: estado pés- operatorio de artrodese C5-C6, Redugo volumétrica da medula espeinhal com drea de mielomalacia ao nivel de C6. 19/01/200: Ressonancia magnética da coluna _lombo-sacra: espondilolistese lombar com discos degenerados, hérnias discais L4-L5 e LS-S1 a direita. V—FUNDAMENTACAO CIENTIFICA: 1, Coluna Vertebral — Envelhecimento ou Degeneragio Kinoplich, J, ia Enfermidade da Coluna Vertebral, 2" Ed, Panamed Raitorial , Sio Paulo, pig 689 E evidente que as alteragdes ocorridas com o passar dos anos ¢ a degeneragio por alteragdes bioquimicas na intimidade de estruturas do disco intervertebral sto diferentes. Hi necessidade, entretanto, de maior nimero de dados para determinar as caracteristicas de ambos, Mesmo no disco de herniado, parece evidente que as alteragdes bioquimicas 0 predispdem para que a ago do fator trauma desempenhe o papel desencadeante da lesdo (8). 2) afirma que 70% a 80% dos pacientes com distirbios discais nao referem, no histérico, qualquer relacionamento com acidentes. 0 mesmo autor cita Eyre Brook (1952), que 36 encontrou esse relacionamento etiologico em 16 de uma série de 2 casos operados de hémia de disco; assim mesmo, em cinco casos a presenga de trauma foi minima. vi wokcore P. 300: Dr. Claudio Rodrigues Pereira Se PERICIA MEDICA ~-ORTOPEDIS. i RMMG— 20234 F congener Lan, Conventry e col. (6) observaram, num estudo detalhado, que em 11 discos da 5* década da vida, s6 4 estavam degenerados; depois da 7* década, em 27 discos, somente 13° tinham alteragbes. ‘Ja schmorl (35) verificou a seguinte freqiiéncia de degeneragdo em material de autopsia: entre 20-30 anos ~ 10%; entre 31-40 anos - 20%; aos 50 anos ~ 80% ¢ aos 60 anos - 90% dos casos, Friberg e Hirsch (13), estudando 3.672 casos de lombalgias, sob o ponto de vista clinico radiol6gico verificaram que a grande incidéncia estava entre os 31-40 anos para o homem ¢ 41-50 para a mulher, num periodo de plena atividade fisica. Nosse particular, observam esses autores: qualitativa e quantitativamente, as ‘modificagdes no colageno e no teor de polissacarideos tém que ser consideradas separadamente para explicarem-se as condigdes biofisicas tipicas do envelhecimento das mesenquimopatias, na degeneragao. Talvez 0 estudo detalhado das relagdes entre massas e quantidades dos varios constituintes dos tecidos, venha a ser um meio de classificar esses desordens. © aumento de duas vezes, da massa do niicleo pulposo com a diminuigo do seu contetido em agua, faz com que se torne mais s6lido, apresentando menor elasticidade Essas sio as condigdes iniciais, em que a fungo do disco como um todo jé comegou a deteriorar-se. Na maior parte das vezes, isso se dé simultaneamente com a ruptura do anulus (21); com a idade, a diminuig#o da substancia fundamental faz com que as fibras coligenas tornem-se menos hidréfilas (36) Naylor (39) sugere a seguinte seqiiéncia: i)despolimerizagdo dos polissacarideos do coligeno e do niicleo, devido a um fator no identificado, de origem metabdlica ou endécrina, que leva a 2) aumento do poder de absorgio de liquido, devido a um aumento de particulas osmoticamente ativas, resultando em 3) aumento de absorgao de liquido que vem através das cartilagens hialinas, produzindo um 4) aumento de tensdo intradiscal, Isso pode ser suficiente para produzir a herniag3o dependendo da integridade estrutural do anulus e de possivel somagao de fatores mecanicos. A pressio interna volta a normalizar-se quando as moléculas despolimerizadas sio removidas do disco por difusio ou por maturago de fibrilas de colégeno, que se realizam as custas desses polissacarideos. Assim, cada episédio seria acompanhado por uma posterior redugo dos polissacarideos ¢ com a formagdo de fibras colégenas, 0 justificaria a explicagdo da pequena freqiéncia da hémia de disco em pessoas idosas, quando a degeneragao discal é mais avangada. Fazendo-se uma comparago entre as alteragdes bioquimicas do envelhecimento ¢ as das degeneragdes discais, verifica-se que 08 polissacarideos alteram-se em ambos, porém no disco envelhecido diminui 0 total dos mesmos, mas nio tio acentuadamente quanto nos discos degenerados. O ceratossulfato é um componente que aumenta nos discos envelhecidos; nos herniados diminui ou fica estacionario. O sulfato de condroitina diminui nos discos de pessoas idosas © mais ainda em herniados. Nao ha divvidas de que o disco, para desempenhar as suas fungdes normais, deve receber alimento adequado. Na herniagdo ha mudanga radical do seu metabolismo, havendo evidéncias, pois de que as alteragSes patolégicas surjam mais depressa do que as modificagdes do envelhecimento(27). A distribuigdo de ceratossulfato ¢ feita em camadas mais profundas da cartilagem e do disco; a degeneragao, no sentido amplo, inicia-se devido as mas condigdes de alimentagao dessas células, mais do que a influéncia do fator idade. A relacio ceratossulfato/sulfato de condroitina € maior quando as condigdes de nutrigao sio ™L B, Funsion T6083 = B D307) Dr. Claudio Rodrigues Pereira a PERICIA MEDICA - ORTOPEDIA CRMMG — 39234 ‘ pobres (38). Confirmando este fato, Lehtonen e col. (27) verificaram ser essa realgao’ mais alta em discos herniados ha muito tempo antes da operagio ¢, portanto, com maior dificuldade de alimentagaio. © trabalho de Mitchel (30) sugere que as diferengas bioquimicas em relagio aos polissacarideos so mais evidentes quando se comparam discos normais © degenerados do que entre um disco jovem ¢ um velho. A ruptura da ligagao polissacarideos-proteina uma evolugdo da idade; ja no disco patologica, isso ocorre mais rapido ¢ com maior intensidade. Naylor e col,(33), estudiosos desse tema, concluem que se tornou muito evidente que os faturos estudos do disco intervertebral correrio em paralelo com os da cartilagem, procurando-se, primeiro, entender o mecanismo de distribuigao e alteragao do tecido discal; segundo; descobrir como ocorre a proliferaco celular, ¢ terceiro verificar que parte do sistema reticulo-endotelial participa desses processos 2. Hérnia Discal - Fisiopatologia da lesio. Basile Jr., R et all, Coluna Tordcica ¢ Lombar: Sindromes Dolorosas, in Ortopedia ¢ ‘Traumatologia ~ Prinefpios e Pritica — 2° Ed, Artmed, Porto Alegre, pig. 11213. Paschall em 1930 demonstrou que o disco intervertebral do jovem apresenta 88% de seu contetido em agua, enquanto no adulto esta cai para 65%. Com a diminuigao da presséo de embebigdo do disco, maior pressao ¢ transmitida as fibras do anulo, o niicleo perde suas propriedades hidraulicas, de verdadeiro amortecedor das pressdes, ¢ as fibras do Anulo tornam-se mais suscetiveis de ruptura Na fase de degeneragio discal, entre 30 ¢ 50 anos de idade, é mais freqiiente a hérmnia discal, com a distribuigao das pressdes de forma desigual, e, apis esta fase, pela maior perda de agua do disco, o niicleo deixa de transmitir estas presses, diminuindo conseqilentemente a chance de ocorrer hémia. Além disso, o efeito da postura ereta, adotada pelo homem durante a evolugo, pode ser comprovado em trabalho experimental, no qual catos foram tornados bipedes através de amputacio de sua patas dianteiras e @ postura ereta ¢ pa resentar alter discais semelhantes ds do homem: ‘Outro dado interessante foi comprovado por Nachemson, em trabalho realizado na ‘Suécia, em voluntérios, no qual foi medida a pressfo intradiscal em diferentes posigdes, observando-se pressaio maior na posigo sentada, menor em decibito dorsal; quanto mais se inclina o tronco anteriormente, mais aumenta a pressio. E interessante salientar o levantamento de Hutle, de 1954, no qual é descrito que 63% da populagdo entre 45 e 50 anos tém ou jé tiveram ao menos um episédio de dor lombar ¢ 37% tém ou jé tiveram um episédio de dor irradiada para o membro inferior. Estes cuidados com o diagnéstico diferencial devem ser ainda maiores quando analisamos os dados observados sobre alteragSes nos exames de diagndsticos por imagem em pessoas assintomiticas: 24% de alterages em mielografia, 26% em ‘Tomografia Computadorizada e 28% em Ressondncia Magnética. Estes niimeros sto ainda mais impressionanies se forem apresentados por faixa etiria: abaixo dos 40 anos, Boden encontrou 22% de alteragdes discais e, acima dos 40 anos, observou 58% de casos de alterages discais em Ressonancia Magnética em pessoas assintomaticas. ‘com. bt Dr. Claudio Rodrigues Pereira PERICIA - CONSIDERACOE! 1—O Autor alega invalidez total e permanente devido alteragdes degenerativas em sua coluna vertebral. 2 — Diante o diagnéstico de alteragdes degencrativas em sua coluna foi submetido a tratamentos clinicos e cirirgicos protocolares que permitiram recupera¢do funcional satisfatoria. 3 — Os exames de imagens recentes demonstram claramente a origem degenerativas das alteragdes na coluna do Autor, ja devidamente tratadas e nao justificam limitagdes funcionais significativas. 4 — Ao exame clinico pericial nado se evidencia limitagdes funcionais significativas, estando a forga, o trofismo muscular, o reflexo e a sensibilidade preservados. 5 — Salienta-se que as aposentadorias concedidas pelo INSS sao passiveis de revisio reversibilidade a qualquer época e por interesse de qualquer uma das partes. 6 —O Autor nao apresenta também dependéncia de terceiros para realizar atividades autondmicas do cotidiano, tais como higiene, alimentagao, vestir entre outras, além de renovar sua CNH sem restrigao mesmo apés aposentadoria. Vil—CONCLUSAO: Os elementos acima analisados permitem concluir que o Autor nado apresenta limitagées clinico funcionais significativas que justifiquem invalidez funcional permanente total por doenca ou acidente. By. Ba Dr, Claudio PERICIAD VIII — RESPOSTAS AOS QUESITOS FORMULADOS: Quesitos do Autor Nao foram apresentados. Quesitos do Réu 1) Pelo contido nos autos pode-se informar se os deficitis funcionais encontrados na pericia sao decorrentes de doenga ou de acidente? Qual o tipo de doenga 0 Periciado ¢ portador? Resposta: Nao hd déficit funcional significativo. A afeceao do Autor é degenerativa, sem nexo acidentario. 2) Qual a data de constatagdio/ocorréncia do quadro clinico? Resposta: Exames e historico clinico remetem hd 2003. 3) Quais as sequelas sofridas pelo Periciado em virtude da referida doenga? Resposta: Nao hd déficit funcional significativo. A afecgdo do Autor é degenerativa, sem nexo acidentario, 4) O quadro clinico evidenciado na pericia ¢ permanente, irreversivel, ou temporario, passivel de modificagao para melhor através de tratamento médico? Resposta: Permanente. 5) E correto afirmar que o mesmo estaria totalmente incapaz, em carater definitivo, para exercer toda ¢ qualquer atividade que the pudesse proporcionar remunerago ou lucro? Resposta: Nao. 6) Os males constatados na pericia provocam no autor a perda permanente de sua existéncia independente, ou seja, o mesmo esta incapaz de praticar as atividades cotidianas como locomover-se, higienizar-se, comunicar-se, etc... sem a ajuda de terceiros? Resposta: Nao. Tenant Dr, Claudio Ro PERICIA MED oR mes Pereira 7) Considerando os danos fisicos sofridos pelo Periciado, queira por gentileza informar: a) 0 tipo de invalidez da qual 0 mesmo é portador (total ou parcial/temporaria ou definitiva) b) o grau de invalidez. (minimo, médio ou maximo); ¢) 0 (8) membro (s) lesado (s); d) o percentual de perda de cada membro (de 0 a 99%). Resposta: Ndo justifica invalidez. Nao hd alteragao funcional significativa. 8) De acordo com o regulamento do plano de beneficios da Previdéncia Social pode acontecer por vontade do proprio beneficidrio a reversibilidade legal da aposentadoria por invalidez? Resposta: Sim. 9) Considerando a reversibilidade da aposentadoria por invalidez da Previdéncia Social, ordenada pelo regulamento do Plano de Beneficios, permite-se admitir que existam incapacidade laborativa total ¢ permanente? Resposta: Nao. 10) O perito ja atendeu o autor como médico particular em outras oportunidades? Resposta: Nao. ( Dr he léudio Rodrigues Pereira Méitico Perito/CRM 30234/ASPEJUDI 595 Belo Horizonte, 03 de maio de 2016. EXMO Sr. Dr. JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE PRATAPOLIS — MINAS GERAIS PROCESSO: 0025309-68,2011.8.13.0529 REQUERENTE: LUIZ CARLOS DE PAULA REQUERIDO: ITAU SEGUROS S/A, ITAU PREVIDENCIA E SEGUROS Adauto Manfrin Mendes, médico, Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia_e Traumatologia e da Sociedade Brasileira _de Pericias Médicas ¢ Pés-graduado em Medicina do Trabalho, registrado junto 20 CRM-MG — 25113, nomeado por Vossa Exceléncia como perito judicial, vem muito respeitosamente apresentar o seu laudo pericial, na acdo epigrafe, nos termos seguintes, requerendo sua juntada aos autos. Coloca-se a disposigdo desse douto juizo para qualquer esclarecimento que se fizer necessério yvago St2e0 91/136/62 TRNTI-OH/ETDEVINAS UNAS (Assistente técnico n&o compareceu) Pratapolis, 03/05/2016 IDENTIFICACAO REQUERENTE: Data da pericia 03/05/2016 Tdade 31 anos Escolaridade Sa, série do easino fundamental Estado Civil Casado | Filhos 2 | CNH D Renovada em 03/2013 Profisstio Operador de maquina (aposentado ha 11 anos) Esta trabalhando Nao Calosidade Discreta calosidade | '‘Afastamento (INSS) Aposentado ha 11 anos IDENTIFICACAO DA DOENCA/LESAO/SEQUELA: Queixa principal “Cervicalgia hé +/-14 anos”. Refere que ha +/- 14 anos iniciou com Histérico da moléstia | cervicobraquialgia a esquerda, sendo inicindo | (sintomas) tratamento cm neurocirurgido. Foi submetido a tratamento cirirgico em fevereiro de 2004 ¢ setembro de 2005. Evoluiu com perda parcial de forga no membro inferior esquerdo. Atualmente com lombociatalgia dos membros inferiores, com piora & esquerda, com diagnéstico de Hémnia de | disco, em tratamento conservador. Faz caminhadas esporddicas. Nega outro servigo, mesmo doméstico. Nega acompanhamento —_ortopédico ou neurolégico, DOCUMENTOS MEDICOS (anexados aos autos ou apresentados na pericin médica); més/ano | folhas * Ae Exames Ressonancia magnética 01/2005 36 complementares : 11/2004 37 02/2004 58 12/2003 59 11/2003 60 Relatérios Folhas: 38/43, 48/50 EXAME FiSICO PA: 130x 80 mmHg. FC: 80 bpm. FR: 20 rpm. 7 \ Estado Geral: Periciado em Bom Estado Geral, corado, hidratado, * aciandtico e anictérico. Neurolégico: Orientado e consciente, pensamentos estruturados e discurso conexo. Romberg negativo, coordenag&io motora dentro dos limites da normalidade para idade. Térax: Coragéo: Bulhas normorritmicas, normofonéticas, Em dois tempos, sem sopro. Auséncia de estase jugular. Pulmdo: murmiirio vesicular fisioldgico, sem rufdos adventicios. Abdome: Piano, flécido, indolor & palpagiio, sem visceromegalias. Aparelho locomotor: Cervical: Movimentagiio (Flexo, Extenséo, Rotagdio e Lateralizagao): Cicatriz dorsal cervical. Movimentagio livre e indolor. Y Teste de Spurling: negativo. ¥ Teste de Apley: negativo. ¥ Membros Superiores: Reflexos, Forga muscular ¢ sensibilidade preservada, auséncia de limitag&o 4 abdugo, rotagdo e elevagdo. Auséncia de sinais inflamatérios. Ombros direito e esquerdo: v Testes realizado: Manobra de Neer ~ positive. Manobra de Hawkins - negative, Teste de Jobe - negativo . Teste de Yergason - negativo . Teste de Apley - negativo . Lombar: Movimentagdo (Flexo, Extensdio, Rotagdo ¢ Lateralizagao): dor leve aos movimentos. ; > Teste de Lasegue: negativo. & ae > Teste de Valsava: negativo. nV eb > Teste de Hoover: negativo. » Teste de Milgran: negativo. 7 > Membros Inferiores: Reflexos, Forga muscular ¢ sensibilidade~- preservada, auséncia de limitagdo a abdugdo, rotag&o ¢ elevagao. Auséncia de sinais inflamatérios. auséncia de edema. Atividades da vida didria (AVD) Entende-se como atividades da vida didria (AVD) ou_ atividades da vida cotidiana (AVQ) aquelas que so comuns, no dia a dia, para todas as pessoas. Quase que de forma universal, utiliza-se a listagem de AVD, proposta pela Associagaio Médica Americana em 1994: + Atividades ow/e autocuidado (vestir-se; comer e higiene pessoal): normal + Outras atividades da vida didria: ‘Comunicagaio: normal Atividade fisica: normal Intrinseca (levantar-se; vestir-se; reclinar-se): normal Funcional (carregar; erguer; empurrar): normal Funcdo sensorial (ouvir, ver. cheirar, degustar): normal Fungées manuais (pegar, segurar, apertar): normal Transporte (refere-se A capacidade para utilizar os meios de transporte): normal Sono: normal Atividades sociais e de lazer: normal KNAAAAG KN HIPOTESE DIAGNOTICA Heémia de disco lombar. QUESITOS RECLAMADA (ITAU SEGUROS S/A, ITAU PREVIDENCIA E SEGUROS) (fs. 127/128) 1. Doenga. Hétnia de disco cervical e lombar. 2. Desde 2003 (atestado médico — fl. 37). 3. Cicatriz dorsal cervical. 4. Permanente. 5. Nao. 6. Nao. 7.a. Total e definitiva. b. Médio. c. Coluna cervical ¢ lombar. d. 100%. 8. Sim. 9. Sim. 10. Nao. ANALISE A Hémia de Disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posig&io normal e comprime as raizes dos nervos que se ramificam a partir da medula espinhal ¢ que emergem da coluna espinhal. Esse problema é mais comum nas regides lombar e cervical, por serem Areas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. Os discos intervertebrais sdo estruturas em formato de anel ou discos localizadas entre as vértebras que formam a coluna espinhal. Os discos so constituidos por tecido cartilaginoso e eldstico e tem como principal fungi evitar 0 atrito entre uma vértebra e outra, mas permitindo o movimento entre elas. A hémia de disco acontece com o desgaste desses discos, causado pelo seu uso repetitivo. Na hérnia de disco, parte de um disco sai de sua posigéo normal € passa a comprimir as raizes dos nervos, causando pressdo sobre elas e, consequentemente, dor. O desgaste pelo tempo é a principal causa de uma hérnia de disco, mas forgar os misculos das costas para levantar peso excessivo pode ser um desencadeador deste problema. Mais raramente, um acidente ou injitia pode também levar ao surgimento de uma hémmia de disco. Uma pessoa pode ter uma hérnia de disco ¢ nem se dar conta disso. Mas na maioria dos casos o paciente sente dores insuportdveis. A dor é mais concentrada nas regides lombar e cervical da coluna. ke CONCLUSAO Periciado aposentado, com Hérnia de com moderado acometimento funcional 1c0 cel ical e lombar, riz dorso cervical), com movimentagio livre e indolor da coluna cervical e ombros e dor & movimentacao da coluna lombar, sendo considerado incapaz para a fungao habitualmente desenvolvida. Por conceito, nfo prenche critérios para classificé-lo como invalido total e permanente por doenga. ) .dauto Manfrin Mendes CRM 25113 — Pratapolis, 03/05/2016 CERTIDAO DE LICACAO Certifico que a intimagao do despacho retro foi disponibilizada no Diario Oficial Eletronico n.178 do dia 30 de setembro de 2016 e publicado no dia 03/10/2016. 00049 - 0025309.68,2011.8.13.0529 Embargante: Itaik Seguros $/A e outros; Embargado: Luiz Carlos de Paula Vista ao autor. Prazo de 0005 dia(s). Para ciéncia e manifestagao quanto 20 laudo pericial. Adv - Marcos Leonardo Braga, Sergio Botrel Vilela, Dyeison Gabriel de Carvalho Pratapolis, 03 de outubro de 2016. (tae O Of. de Apoio Judici

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