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Cenas Da Vida Pós-moderna. Intelectuais, Arte E Vídeo-cultura Na


Argentina

A autora interroga-se sobre o lugar da arte na cultura globalizada contemporânea


nesta nossa civilização. Civilização que, nas palavras de Sarlo, tranca artistas em
guetos esnobes ou faixas de mercado especializadas. O conceito e as práticas da
cultura universal foram tomados pela mídia, pelo ritmo da diversão incessante.
Os artistas não produzem apenas uma arte própria, mas o que interessa a seu público
consumir.

Existe uma ambigüidade do pós moderno no sentido de estender e descontruir valores


modernos. Verificamos então que o esforço de recuperar um lugar autônomo e
privilegiado para a arte em relação à cultura, é um esforço discursivamente articulado.
Articula-se uma defesa da permanência da importância dos intelectuais no contexto
político-pedagógico contemporâneo. Político-pedagógico, no lugar de simplesmente
político-cultural. A necessidade mesma de uma pedagogia escolar, em contraste ou
como complemento à pedagogia da mídia.

A arte, na formulação de Beatriz Sarlo, seria a prática da produção do sentido. Seria


então uma força contraposta ao esvaziamento de sentido provocado pela hegemonia
do mercado, que transforma todo e qualquer objeto simbólico em bem de consumo.
Mas há também um certo sentido no mercado, a começar pelo próprio sentido do
mercado, as vendas.

Mas a ordenação prévia do sentido pelo mercado é aparente ou parcial. O que o


mercado faz é instrumentalizar ou ideologizar o sentido, disfarçando monopólios
econômicos, que são também monopólios de poder, sob a falsa afirmação de uma
abstrata equivalência geral de valores. A arte produz sentido contra o esvaziamento do
sentido pelo mercado ou contra o sentido falso que ele coloca no lugar daquele vazio.
O objeto de arte seria aquele capaz de por si romper o fluxo das imagens
compensatórias da diversão e da informação, com intensidade formal, temática,
moral.

Para a autora, a escola é a instituição capaz de compensar as exclusões sociais feitas


pelo mercado, é um contrapeso à cultura pedagógica midiática. Em suas palavras,
constituiria um espaço vital de redistribuição simbólica. Supõe-se que essa escola seria
pública e neutra, portanto estatal. Parece que ao Estado cabem as tarefas da
redistribuição e ao mercado aquelas relacionadas com a criação. O mercado cria
riqueza, concentrando-a. O Estado a redistribui. Assim, o mercado seria um espaço
possibilitador de criação de recursos culturais, seria uma força legitimadora, mesmo
que apenas virtual, da hipótese de transgressão lucrativa. E o Estado seria o
administrador da criação do mercado.

Ela afirma que hoje as pessoas pertencem mais aos bairros urbanos. As distâncias se
encurtaram, não só porque a cidade deixou de crescer, mas porque as pessoas já não
se deslocam por ela, de ponta a ponta. E nessa nova configuração urbana, reina
absoluto o shopping center, que passou a ser o novo local para compras de produtos e
serviços, entretenimento e refúgio. "Como numa nave espacial, é possível realizar ali
todas as atividades reprodutivas da vida: come-se, bebe-se, descansa-se, consomem-
se mercadorias e símbolos segundo regras não escritas, porém absolutamente claras,
afirma Sarlo.

Ninguém sabe mais sobre os shoppings do que os adolescentes que podem praticar ali
liberdade de trânsito e exibição, apoiados nesta desordem sem controle. As marcas e
etiquetas que constituem a paisagem do shopping substituem o elenco dos velhos
símbolos públicos ou religiosos que entraram em declínio.

Beatriz define que a moda serve para captar as mudanças mais insignificantes do ar
dos tempos. E deve ser maleável o suficiente para nos permitir jogar com seus
mandamentos sempre efêmeros. A idéia do traje como diferenciação entre as tribos
culturais se desenvolve em todas as suas peripécias.

A juventude é um território onde todos querem viver. A cultura juvenil, como uma
cultura universal e tribal ao mesmo tempo, constrói-sena escola.

O mercado ganha relevo e corteja a juventude, depois de instituí-la como protagonista


da maioria dos seus mitos.

A debilidade do pertencimento a uma comunidade de valores e sentidos é compensada


por um cenário mais abstrato, porém igualmente forte: a insistência de um imaginário
sem asperezas, brilhante, assegura que a própria juventude é a fonte dos valores com
que esse imaginário interprela os jovens. O círculo se fecha de modo quase perfeito.

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