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SEGREDOS Por que 0 20 dicas para ter uma MEMORIA MAIS eave POTENTE sua mente? Terapias para lidar melhor om oO , MUDE SEUS HABITOS COM A PSICOLOGIA Como mudar habitos? epois de um dia cheio de compromissos, desafios € cobrangas, surgem diversas frustragdes. Mesmo. que inconscientemente, muitas pessoas acabam en- contrando uma forma de alivid-las: ha quem devore alguns pedacos de pizza a mais, outras consomem. diversos cigarros ou entio descontam toda a raiva que sentem do chefe justamente nas pessoas que mais amam. Bem no fundo, sentimos que essas atitudes fazem algum mal. Poem ser fisicos (final, todas as calorias da pizza vio aumentar a cintura), na satide (0s riscos de desenvolver um enfisema pulmonar 6 se multiplicam com tanta fumaga) ou no convivio social (a tensfo familiar pode chegar a um ponto insustentivel) ~as-vezes, tudo isso aparece ao mesmo tempo. Entio, chega um momento em que sentimos a necessidade de dar um basta nestas atitudes. Tudo isso porque, de tanto se repetirem em meio do cotidiano, elas se tornaram habitos. E sabemos que mudar um hébito no é moleza. ‘A boa noticia é que a psicologia conta com diversas formas de lidar com essas ages e oferece diversas “opedes interessantes para ajudara transformar habitos nada saudaveis para a mente. Vocé ird conferir essas solugdes na matéria de capa, a partir da pagina 8. Ainda nesta edigSo de SEGREDOS DA MENTE, se- lecionamos matérias para ajudar vocé a transformar sua vida (¢ a das pessoas a0 seu redor) de alguma ma- neira, Se sua meméria anda falhando, apresentamos 20 formas de fortalecé-la. Caso seu filho (ou dealgum. amigo) apresente o transtorno de déficit de atencio € hiperatividade, descubra algumas terapias para ajudar a lidar com a ctianga com 0 TDAH. E, se seu nivel de vicio em acessar o Facebook anda prejudicando outras £ atividades do dia a dia, preparamos uma matéria es- pecial para vocé passar a usar a rede social com mais | sabedoria. Afinal, acessar as redes com tanta frequéncia Sais ara eee eT Boa leitura! Ricardo Piccinato, editor ricardo.piccinato@astral.com.br 8 Como mudar habitos com a psicologia Eum grande desafio conquistar algo que queremos tanto — ainda mais quando implica uma mudanga de comportamento. Apesar de exigir um bom esforco, os psicdlogos podem oferecem uma grande ajuda para cumprir seus objetivos de vida 12 © Musicalidade © Memoria do bem turbinada Escutar misica éuma Conhega 20 formas atividade que vai além do diferentes de methorar Lager. Saiba como ela pode acapacidade de ajudar no aprendigado e em memorigacdo e recordar- tratamentos mentais se de tudo com mais facilidade © Pilulas da redagao © TDAH Confira o maior 0 deéficit de atencao e ‘mapa de regides hiperatividade atrapatha ae criado, © convivio social. Mas além de noticias e é terapic hé terapias que podem ‘outras novidades de gjudar a controlar a pesquisas cientificas imputsividade 22 © Sem dor £ possivel conviver melhor com esse incémodo. E seu cérebro tem uma boa responsabilidade nessa érdua tarefa © Facebook sem vicio Além de uma possivel dependéncia, exagerar no uso de redes sociais pode influenciar seus comportamentos 31 © Quando o teto nado é o Limite Pouco a pouco, acumutar objetos desnecessdrios passa de um hébito a um transtorno nao sé mental, mas para os famitiares também 28 © Destruigao interna Addepressao tira a disposicao e energia para encarar a vida. Porém existem formas de reverter esse distirbio da mente Pilulas....... REINS sa, Nouidades, descobertas e curiosidades sobre o funcionamento da mente humana >> Por que gritos despertam tanto nossa atencao? Para responder a essa pergunta, pesquisadores da Universidade de Psicologia e neurociéncia de Nova York realigaram uma pesquisa envolvendo videos de YouTube, filmes e 19 voluntérios. Primeiro, foi medido o tom dos gritos. Depois, foram comparados aos de uma conversa comum, observando ‘05 volumes e a reacdo das pessoas. ‘Ao analisar imagens do cérebro dos participantes, descobriu-se que os gritos no sdo interpretados como o restante dos baruthos. Eles passam pela érea das amigdalas, conhecidas como o processador de medo do cérebro. Ou seja, os gritos sdio considerados nao ‘apenas um som, mas um gatitho para.a ‘conscientisagao, segundo David Poeppel, neurocientista e responsdvel do estudo. —_ >> A relacao entre cérebro adolescente e esquigofrenia ‘Uma equipe do departamento de psiquiatria da Universidade de Cambridge, ‘na Inglaterra, identificou as éreas do cérebro que mais se alteram durante a adolescéncia, Segundo a pesquisa, que envolueu jovens entre 14 e 24 anos, 6reas associadas a processos de pensamento complexo e tomadas de decisio Go as que mais sofrem alteracdes. AAlém disso, descobriu-se uma ligacdo entre o desenvolvimento do érgao do adolescente e doencas como esquigofrenia, Para compreender a relacdo, imagine o cérebro como uma matha aérea global, formada por pequenos ‘aeroportos pouco usados e grandes centros de conexao, onde hd bastante tréfego. A medida que o tempo passa, os aeroportos menores vao aumentando e ficando mais movimentados. Uma estrutura parecida é usada pelo cérebro para coordenar pensamentos e aces — e, na adolescéncia, essa rede de grandes centros é consolidada e fortalecida. Ao analisar os genes envolvidos no desenvolvimento desses centros cerebrais, descobriu-se que sdo similares aqueles associados com algumas doencas ‘mentais, incluindo a esquigofrenia, A descoberta evidencia que diversos distirbios mentais podem se desenvoluer na adotescéncia, Por exemplo, maus tratos, abusos enegligéncia podem prejudicar o desenvoluimento de funcdes cerebrais durante essa fase da vida, contribuindo para o surgimento de futuros problemas mentais. nano Sutorstek mooie imagen watnon Fleer e054. Van san / Wasiegton Un y Moses! >> Mapa revela 97 novas dreas do cérebro HA mais de um século, cientistas tentam desvendar eidentificar as diferentes Greas cerebrais. Por exemplo, 0 alemao Korbinian ‘Brodmann jé havia dividido o cérebro humano em 52 regides diferentes, criando o primeiro “mapa do érgao. Agora, neurocientistas conseguiram mais avancos, segundo estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em San Louis (Estados Unidos), publicado na versdo on-Line da revista cientifica Nature. Os estudiosos conseguiram produgir diversas imagens que formariam algo parecido com um “mapa” do cérebro. Até entao, jG tinham sido identificadas 83 dreas do érgao. Este estudo aumentou 0 ntimero para outras 97. E um avango sem precedentes para a expansdo do nosso conhecimento do 6rgao eum verdadeiro marco para as neurociéncias.. Por dentro do “mapa” cértex, que constitui a parte mais externa do cérebro, é ‘esponsdvel pelos nossos sentidos e movimentos, além de estar relacionado com as emogdes, tomadas de decisdes e até nossa cconsciéncia, Foi essa a estrutura avatiada durante a pesquisa. Para conseguir criar esse mapa, especialistos de sete centros de pesquisa americanos e europeus figeram a andlise de imagens de ressondincia magnética e da atividade cerebral de 210 adultos. A andlise ocorreu enquanto os voluntérios fagiam tarefas como jogos de meméria e problemas matemiticos, medindo variagSes nos fluxos de songue ou a espessura do cértex em cada um detes. Depois, os resultados foram comparados com dados do Human ‘Connectome Project, que visa entender como os neurénios se conectam. Este projeto analisou os cérebros de 1.200 ‘candidatos ao realigarem atividades como teitura, jogos de Linguagem e contar histérias. Por Fim, todos esses dados foram sobrepostos, ¢0s cientistas conseguiram criar uma espécie de cérebro modelo. E esse o “mapa” cerebral, com as 180 éreas funcionais. Esse modelo pode facilitar cirurgias neurolégicas, por exemplo. ‘Além disso, Algheimer, autismo, esquigofrenia e deméncia, doengas e transtornos misteriosos ao othar da ciéncia, podem ser melhor desvendados. agen: Steck ages O comeco de uma noua era? Z Conguistar uma aires que tanto desgjamos é algo recompensa - mas é tkambem um enorme desafio, Explicamos por que é tio complicado modificar nossos habitos, e indicamos como a psicologia e@ oO nosso cérebro podemdar uma forga nessa hora ‘TEXTOE ENTREVISTAS VICTOR SANTOS DESIGN JOSEMARA NASCIMENTO ituagio 1: corpo comega a reclamar, as dores localizadas aumentam, e vocé se d conta de que esta sedentério hi anos. Situagdo 2: de repente, vocé percebe que o ‘timo curso que fez foi hd séculos, ou que jé saiu da escola/técnico/faculdade faz tempo e nao voltou aestudar mais. Situagio 3: vocé est comendo alguma guloseima bem, saborosa e, do nada, se da conta de que se alimentou mal a semana inteira —e que isso esta se refletindo nos quilos a mais que a balanga aponta. Nio tem jeito: em um dado momento da vida — na maioria das vezes sem que a gente queira, e de forma inesperada —nés temos um estalo que escancara que precisamos mudar certasatitudes e adquirir novos habitos. AAs razdes podem ser as mais diferentes possiveis, relacionadas ou nio com as que listamos no comeco dessa matéria. Mas esse pensamento sorrateiro apa- rece, muitas vezes, acompanhado da desesperadora situagio de que simplesmente nao sabemos o que fazer para mudar esse cenario e sair da tio falada e criticada “zona de conforto”, Porém, jé comegamos com uma noticia animador: 96 0 fato de ter tido esse estalo jé diz. muita coisa. Querer mudar é o primeiro passo. Os préximos nés apresentamos a seguir, e a psicologia tem muito a nos ajudar nesse processo desafiador, complexo, ¢ — pasme! — com- pletamente visvel de pér em pritica a partir de agora. Dois meses para mudar um habito? Um estudo que volta e meia chama a atencio dos interessados em mente ¢ cérebro foi desenvolvido no University College de Londres. Nele, fixou-se em 66 dias o prazo necessério para 0 eérebro adquirir novos habitos. “Essa pesquisa representou um acréscimo de peso ao estudo cientifico da mudanga de habitos”, des- taca o neurologista Martin Portner. “De acordo com co estudo, dois aspectos sio considerados fundamentais para a gestio da mudanca de habito pelo cérebi persistente repetico do hgbito novo e a presenga de situag6es facilitadoras”, diz. Ou seja: quer voltar a estudar inglés? Entio, além de criar um horério, instalar um local de estudo e insistir nisso, voce deve também separar os livros e deixi-los cem cima da sua mesa ou escrivaninha, criando, dessa forma, a situaco que vai facilitar para que vocé sente na cadeira e mergulhe firme nos estudos. “A presenga das situagées faclitadoras eas repetigBes permitem que © novo hibito seja considerado consolidado quando, a0 nao fazé-lo, a sua falta seja percebida”, sintetiza 0 especialista. Vale ressaltar que, no estudo indicado, alguns vo- Juntérios alcangaram a mudanga de hébito em I8 dias, outros, em 254. Por isso, focou-se na média de 66 dias para automatizar o cérebro a transformar suas atitudes, com margem de erro para mais ou para menos. O cérebro como aliado Assim como “zona de conforto”, a expressio “piloto automatico” é uma das mais amaldigo- adas quando tratamos de mudanga de habitos. “Quando persistimos em fazer a mesma coisa por muito tempo, nosso cérebro nio investe em criar novos circuitos de sinapses cerebrais, e nos tornamos cada vez mais automsticos”, esclarece a neurologista Vanessa Muller. “Infelizmente, agir no automético dé uma sensagio de que é mais ficil, econdmico e reconfortante”, complementa. Como 0 cérebro é a central controladora do corpo humano, precisamos dele na hora de esta- belecer essas novas prioridades de vida. E, para isso, contamos com um elemento fundamental: aneuroplasticidade. Trata-se da propriedade que esse 6rgio possui para formar novos neur6nios, ‘© que hi nio muito tempo era considerado impossivel. “Quando ‘ensinamos’ alguma coisa a0 cétebro durante alguns dias, isso pode gerar mudan- gas fisioldgicas novas, que levam a alteragdes anatémicas — inclusive 4 redugio de sinapses preexistentes ou mesmo ao estabelecimento de novas”, relata Vanessa. Assim, novos neurdnios io capazes de formar outros circuitos. “E. no- vos circuitos disponiveis formam novas ideias e comportamentos”, conclui Martin, A psicologia entra em cena ‘Noentanto, esse processo de ‘ensinar’ océrebro a transformar certos hdbitos demanda muitos esforgos. E é especialmente nesse momento que a psicologia pode nos ajudar. Segundo o psicdlogo Bayard Galvio, uma vez que a pessoa queira muar, “a psicologia clinica age em dois focos: entender os problemas que geram sofrimentos no paciente e auxilié-lona reflexio que pode levar i superaciio das causas do problema”. Existem algumas perguntas que dé para fazer sozinho mesmo, sem a ajuda de um terapeuta, e que ajudam a guiar essa busca. “Questione-se: ‘O que eu quero?’, ‘O que vou ganhar com isso?’ ‘Por que isso € tio im- portante para mim?”. Nesse momento, a pessoa acaba incentivada a se conectar com os seus valores, ¢ comega a mudar pela emogio e nio simplesmente pela razio”, ensina a psicéloga e coach Graziela Vanni. Sensacoes inevitdveis Di aquele friona barriga imaginar-se mudan- doalgum hébito. “E se der errado?”. “E muito dificil para mim”, “E se eu nio conseguir?”. Tudo isso pode passar pela cabega. Esses dilemas supercomuns constituem-se, nas palavras de Graziela, nas chamadas crengas limitantes. Basicamente, sio pensamentos que nos boicotam na hora de se renovar. Por trés deles, podem estar sentimentos que sio velhos conhecidos de todos nés, como o medo ¢ a ansiedade. ‘A questdo é que é supernormal ter medo ~ aliés, sem essa qualidade, sequer teriamos sobrevivido como humanos, pois nos coloca- riamos em risco a todo instante. Em relacio 3 ansiedade, a mesma coisa: ela é um estado de tensio ¢ expectativa diante de algo que ainda nio aconteceu, ¢ que prepara todo o corpo para encarar algum perigo. Ou seja, muito titil quando estamos prestes lidar com uma situagio realmente tensa. Porém, essas caracteristicas complica nossa vida quando os supostos perigos sio imaginérios — muitas vezes, sio as novidades que temos que encarar na hora de estabelecer uma renovagio nos habitos. “Para diminuir isso, sugiro fazer uma lista e identificar qual 0 problema. Se for um problema real, a pessoa poderd criar solugdes possiveis e colocar ago na coisa, Se for imaginario ou impossivel de resolver, é preciso aceitar ou tirar da cabega”, aponta a psicéloga e coach. Obstdculos pelo caminho Uma das maiores dificuldades nessa trajetéria rumo 20 fim da “zona de conforto” é que tem momentos que as coisas, simplesmente, nio dio certo. Pode ser algum acontecimento inesperado ou perda, ou ainda uma falha sua. ‘Mas essas situagdes também sio contornaveis, Sofreu uma perda terrivel e esta sem chao? Respire fundo, faca ‘uma autoavaliago ¢ veja quais coisas vai precisar lidar sozinho a partir de entio. E, sea dificuldade permanecer, no hesite em procurar ajuda profissional. Agora, em relagio ao fracasso, os especialistas reforgam que um ponto é fundamental: ele acontece e é inevitavel. “Nao se envergonhe de aceitar que vocé nao é capaz. de algo”, frisa 0 psicdlogo Bayard Galvio. Entio, se vocé esté fazendo um esforgo para estudar mais, mas pulou um dia no seu cronograma de estudos, releve e nio se puna por isso. “Falhou? Errou? Admita para si, arranque a mascara da perfeigio, pega desculpas ¢ erie um plano de ago para no mais errar’, resume Graziela. “Na primeira vez, talvez vocé chore ou se desespere, mas depois vai se acostumando e se acalmando até atingir a fase da aceitagio”, diz. or fim, os profissionais enfatizam como ¢ importante parabenizar-se a cada etapa conquistada, por minima que ela pareca. “No momento que cumpri-la, comemore, reforce para si mesmo que esti no caminho certo ¢ até se presenteie, se possivel”, sugere a psicdloga. ‘A cada novo habito que vocé busca e atinge, seja ele guardar menos emogdes negativas dos outros, estimular mais 0 intelecto ou praticar mais esportes, por exemplo, a sensacio é de que 0 peso das correrias do cotidiano se torna, aos poucos, mais leve. E essa sensagio de dever cumprido, por tabela, pode ser o empurrio que falta para um dia a dia mais feliz. “Questione-se: ‘O que eu wero?’, ‘0 que vou ganhar com isso?’, ‘Por que isso é tio importante para mim?’ Nesse momento, a pessoa acaba incentivada a se conectar com os seus valores e comega a mudar pela emogao, e@ nao simplesmente pela razdo” Graziela Vanni, psicdloga e coach a TDICAS PRATICAS Psicélogos e neurologistas listam alguns truques que vdo dar 0 empurrdo que falta para estabelecer novos hdbitos: ‘© Primeiramente, crie uma lista bem completa de todos ‘as coisas que deseja modificar em sua vida. Caso ela Fique muito grande, nao tem problema: essa fase serve ‘apenas para dar um norte. ‘© Concentre-se para mudar um hébito de cada veg. Nao queira abracar de uma veg tudo 0 que voc® listou, ‘ou seja, tenha foco. “Tentar mudar muitos hébitos ao ‘mesmo tempo fog com que sua energia se dissipe”, destaca o neurologista Martin Portner. ‘© Na hora de escother o que deseja transformar, pense ‘maquilo que vai fager bem. Essa mudanca pode trager ‘mais Felicidade e emogao a sua vida? ‘© Faca um Levantamento de recursos. “Trato-se de refletir sobre pessoas ou coisas que podem ajudar na conquista da sua meta’, aponta a psicdtoga e coach Gragiela Vanni. ‘e Nao tenha vergonha de pedir ajuda para conseguir — inclusive orientagdo profissional, se estiver complicado. Invista, também, na autossugestao: repita para si mesmo, todos os dias, o que é necessiirio realigar para chegar l6. ‘© Tenha consciéncia de que o processo ndo vai ser tranquito o tempo todo. Nos dias ruins (que sempre ‘aparecem), insista. “E a sua persisténcia nos dias ruins que determina o sucesso do seu esforco’, indica ‘neurologist. ‘© Por fim, uma dica fundamental. Apesar dos ‘esforgos e alguns sacrificios, ndo Leve tudo tao a ferro e fogo e tenha em mente que desvios de rota ds veges aparecem. “Use sua ginga e bom humor para encarar 0s resultados, e tente aproveitar ao méximo «a propria experiéncia da mudanca’, finaliga Martin. IFN ‘CONSULTORIAS Bayord Galuio,psicélogo cinco, hipnoterapeuta e palestrante, presidente do Instituto Milton H. Erickson, de Sdo Paulo (SP); ‘Grogiela Vanni, psiloga especiligada em teropia cognitivo-comportamentale coach; Martin Portner, neurologistae potestrante; Vanessa Muller, neurologist ediretora médicada VTM Neurodiagnéstico, no Rio de Janeiro (Ri). TEXTO JESSICA PIRAZZA/ ‘COLABORADORA ENTREVISTAS VITOR MANFIO/COLABORADOR, DESIGN KAREN ZANATA/ ‘COLABORADORA O habito de ouvir “ musica pode influenciar o cérebro de forma positiva, tanto no aprendigado quanto em tratamentos médicos inisica esta presente em nosso cotidiano desde épocas antigas, sendo usada de forma coletiva, individual, cultural, emocional, religiosa e até mesmo terapéutica. Hoje, imaginar-se sem miisica, seja no trabalho, no carro ou em momentos de diversio, é uma realidade distante. Além de divertir, algumas trilhas sonoras podem marcar momentos da nossa vida, sejam eles alegres ou tristes. De acordo com a musicoterapeuta Maria Isabel Sinegaglia, a inisica tem o poder de transpor barreiras emocionais ¢ organizar o interior do individuo. A seguir, reunimos as principais informagdes a respeito da eficiéncia da iisica para o aprendizado e para o tratamento de diversas disfungGes. Ritmo, harmonia e melodia Produzir musica é uma forma de arte remota, presente em praticamente todos momentos da hist6ria humana, Os primeiros instrumentos musicais descobertos, flautas ¢ tambores construidos com materiais rudi- mentares, datam de aproximadamente 40 mil a 70 mil anos atrés. “A mtsica faz parte de todas as culturas, pois é uma produgio prépria do homem, © homem é influenciado pela miisica e consequentemente a produz, seja usando a voz, instrumentos musicais ou o simples ato de batucar em alguma coisa com um objeto”, comenta o musicoterapeuta David Maldonado. O profissional destaca, ainda, que as composigdes podem estimular pontos pessoais apés passar pelo sistema de percepgio do cérebro. “Uma das areas mais acessadas € 0 denominado sistema limbico, uma regio no centro do cé- rebro que é responsavel pelo processamento das A miisica € capaz. de ativar emogoes primi aversiio € o prazer”. Amisica e 0 cérebro A relacio entre a miisica e 0 cérebro é longa. Segundo Felipe Viegas, professor € doutor em fisiologia geral da, “o processo de reconhecimento da misica € complexo e depende de miiltiplas regides encefilicas, sendo provavelmente um dos maiores estimuladores do nosso cérebro em termos de mimero de regides ativadas’. As miisicas possuem capacidade para aprimorar diversas fungdes do érgio, contribuindo para desenvolver éreas como emocional, motora, social, da linguagem, visual e a cognigio, que é a integracio de di- versas areas. Cmte treet TN etd Durante alguns ‘anos, acreditou-se nna historia de que ‘ouvir misica classica, ‘como as compostas pelo austriaco ‘Wolfgang Mogort, deixaria as pessoas mais inteligentes. Nao hé pesquisas ‘comprovando a total veracidade dessa afirmagao, ‘contudo David explica {que o resultado pode acontecer. “até certo ponto, a misica cldssica pode contribuirna inteligéncia eno ‘oprendigado. Isso se dé pela quantidade de informacées ‘que existem nesse estilo musical, e ‘ocaba estimutando ‘apercepeao.” 0 musicoterapeuta ressalta que as melodias ampliam ‘acapacidade de inteligéncia ‘eaprendigagem ‘Aquelas pessoas que esto mais envolvidas ‘com misica, ou seja, ‘que se dedicamao ‘oprendigado deum instrumento musical, & Leitura musical, entre ‘outras habilidades. “A musica fag parte de todas as culturas, pois é uma producdo prépria do homem. O homem a produg, seja usando a vog, instrumentos musicais ou ao batucar em alguma coisa com um objeto” David Maldonado, musicoterapeuta ‘Além dessa incrivel capacidade relacionada a diversas éreas, estudos ja comprovaram que a miisica aumenta o numero de conexdes cerebrais no corpo caloso —estrutura localizada na fissura que conecta os hemistérios ccerebrais direito ¢ esquerdo—, contribuindo para o progresso do intelecto. Terapia musical Além de entreter, as notas musicais podem ser grandes aliadas na prevengio. e tratamento de doengas fisicas, emocionais, psiquicas ¢ comportamentais. Essa medicina sonora é chamada de musicoterapia ¢ desenvolve nos pa~ cientes 0s sentimentos de alegria e de motivacio. “Aquelas pessoas que se encontram em uma situagio de vazio, de solidio, causada pela doenga ou por um momento, a misica dé sentido elas, transportando-as para outra realidade”, comenta o musicoterapeuta. A musicoterapia pode ser usada em diversas alas dos hospitais, como a pediatria, oncologia e traumas, por exemplo, Em clinicas, pode ser usada em casos de Alzheimer, Transtorno de Déficit de Atencio e Hiperatividade (TDAH) (confira mais na pagina 15), estresse, Transtorno do Espectro Autista e depressio (mais detalhes na pagina 30). Para participar do tratamento, nio é necessé- rio saber tocar nenhum instrumento musical ou possuir uma determinada idade, pois ee pode ser aplicado desde criangas até idosos. “Nas sessoes de musicoterapia, o terapeuta iré conduzir a pessoa a encontrar a sua propria musicalidade, ou seja, ele ajudars a pessoa a ter um relaciona- mento sadio com a miisica, conduzindo-a para os objetivos clinicos previamente estabelecidos”, completa David. A musicoterapia pode ser utilizada, também, em contextos escolares, empresariais ¢ governa- mentais, por exemplo. Segundo Felipe Viegas, as ‘melodias sio muito importantes nos tratamentos, se usadas corretamente. “A musica é um grande presente, com implicagdes na clinica média, na motivagio pessoal ¢ na interagio entre pessoas”, finaliza 0 professor. Beneficios do tratamento O tratamento coma musicoterapia pode resultar em diversas melhoras nos quadros dos pacientes. O musicoterapeuta David destaca alguns casos de tratamentos ¢ 0s beneficios realizados por eles: * Transtorno do Espectro Autista: “Por meio da misica, vemos, aos poucos, que os pa- cientes vio adquirindo maior expressividade, se organizando melhor, se acalmando e ampliando a atengio, o que resulta no processo de aprendi- zagem de novas capacidades.” ‘© Estresse: “A pessoa deve identificar a origem do problema e tomar algumas atitudes. que podem variar, como ficar em siléncio ou ouvir uma miisica boa de seu gosto que induza 6 relaxamento. Outra opgio para auxiliar no alivio é o paciente tocar algum instrumento, como a bateria.” * Transtorno de Déficit de Atengao € Hiperatividade (TDAH): “Além dos métodos terapéuticos, o paciente pode aprender a tocar algum instrumento musical, contribuindo no ‘tratamento.” ‘CONSULTORIAS Dovid Mortins de Almeida Maldonado, ‘musicoterapeuto, especialista em neuropediotria; Maria Isabel da Penha Sinegoglia, musicoterapeuta do Instituto 'MATOBA, em Osasco (SP): Felipe Viegas Rodrigues, doutor em Fisiologia geral pela Universidade de Séo Paulo e professor da Universidade do Oeste Paulista, em Presidente Prudente (SP) Comportamento alterado Entenda como o Transtorno de py ical mel Atencdo com Hiperatividade pode atrapathar o Bik sa e até mesmo a convivéncia social ba ere aay COLABORADORA ENTREVISTAS CAROLINA 7 rit Cen - COLABORADORA q N | ‘Zo conseguir manter a aten¢do em alguns eee ene emery entre algumas pessoas, assim como jj Reo eee En crc | = Oe encetay eee eet cere Pert eet en eater mtn Munem A sigla significa Transtorno de Déficit de ‘Atencio com Hiperatividade e, de acordo com Eyer SRD ete ate afeta, em média, de 3 a 5% da populagio infantil no pafs e em varias outras nagGes onde o trans- ee comet row ances) aprendizado intelectual e escolar, a disfuncio PEL Grete cere ences Bet Ere neces OR RSC Lon Ce a are eae ct) corretamente. A seguir, reunimos algumas in- sobre esse transtorno, seus sintomas Peet c ener aey Entendendo o TDAH eee RCO Seer etme einen atte neurotransmissor que se liga a uma regio do oérebro denominada cértex frontal. Essa dis- eve ce eer cette eases o tratamento, pode acompanhar o individuo por toda a sua vida. Para o professor de neuropsi- cologia Clay Brites, o TDAH é “o transtorno de desenvolvimento e de neurocomportamento mais comum da infincia, sendo caracterizado ee een ene rs hiperatividade e impulsividade”. ( distirbio, caracterizado por agitagio, in- Preeoe cnet rer tare rs atengio, pode ser causado geneticamente ou por psec Roca eet ery do, explica que “as criangas mais propensas sio Pet ube wer tc (Chr ceed uma carga hereditéria disso), as que tiveram baixa oxigenagio antes ou durante o parto e em eer cet et Sete tots podem ter gravidez de risco”. Fs Crete cuts Anterior a0 diagnéstico do profissional, al- guns sinais podem ser percebidos pelos pais e professores, em especial na fase infantil. “Os Pee nienete iat ace ance) “O TDAH é0 transtorno de desenvolvimento e de neurocomportamento mais comum da infancia, sendo caracterigado por um excessivo e nocivo déficit de atengao, hiperatividade e impulsividade” er eae cry Ro oR le CRETE cutZ Om petiriete Cc rurnenst re Cas iew tld Felicio, coordenador do curso de pos-graduasio fear ar Eee croes ‘Noentanto, deve ser consideradas as diferencas centre criangas agitadas ou que se comportam mal cecriangas com TDAH. “Comparadas as demais, Oe eset ees portamentos: ativas demais, impulsivas demais, desatentas demais para responder as exigéncias do seu meio”, explica a psicdloga Marilia Gurgel de Castro, Esse exagero deve ser percebido em Peete etc ees ety Sete tren tes Em geral, o cérebro humano amadurece até 0s 25 anos. Porém, quando acontece o transtorno, Set eer eee ee ane crianga pode demorar a desenvolver fala, a parte intelectual, além de ficar hiperativa e dispersa’, cexplica Victor Massena. Pua Petia stare ee ent hse tcaeben tater ' ‘em diferentes ambientes, procurar um especialista Pree tener ead i Peotone ier ete et ‘muito importante. “Deve-se esperar do psiquiatra Po RiorSentc ea elt Kero! eee ee territed Greeny cians eet ees Cenc receeani Deny Pee ee BUTTON Aciee Se a procura por tra- eee Ta Cnc Rcr tenis sibilidades de tratamento também em outras fases da vida. “O tratamento em Peet ees Pe eer eer Nor Cre eee terrae explica Thiago. O psiquiatra enfatiza, Perec eee tc y Pere acer neers Peete reece tate Peete ech trcts tren ee eet eer Serene ett cited Peed eens Ree my Veen Ponce ence ent aa profissionais com diferentes formagoes. O neuropsicélogo Clay Brites explica que “o tratamento é multidisciplinar e depende da idade, da intensidade dos sintomas e dos eee eee ec ee mentosas, psicocomportamentais, psicoe- ree eet esac rietiand caso de problemas motores e de linguagem associadas”, Para o psiquiatra Thiago Viei- ra, o tratamento medicamentoso deve ser receitado com cautela, acompanhamento Pinned ete Nee tet y ern ere er tse cent Bee Ccrd Rennes eons ert ences ed Bee eet ret a eT rere erence id Pes eee ee nonstate Ketch Perera ecneey Pee cet ert ere Peer trot one por isso, o uso pode ser feito sem grandes eee ree ets sensibilidade para determinado remédio”, explica Thiago. Corre rene errr prene esr tee anne nee eer tere eee reenter cen Prete tert areas Distirbios a Aprendigogeme Tronstornes de Atengd0 men erie pete errr oad eee eet Soide da Familia ecom estudos em Psicologia do ane rre neeny gl; Thiogo Blanco Vieira, mestre em Priquitria Se ere ren er et eens erent eet sn y a) SU ur} Cad pa es Dee een eat Ce Lory SG ted Cree eee rec ee nas ected Perey eu eared De eee Cee Peo acd ST LL) Cea Dee td Petree ue Oe terete ee ae PO eee) Peete ce sedar ou gerar sonoléncia. Nestes casos, modifica- se ou suspende-se a dose. ered ig Reed Cote et Coa ue re eer ee) Pe aS especialista aponta, ainda, Otet eeccr td remédio sao significativos ‘apenas duranteo primeiro Dat’ Cee eT Cree ey Peseta) Pers Ct ener Pn cere peered Cee cy Ca ead Cee ere Tec PU em) Peer id ere ea) eee etd cet ed Sere eee Cr Cees Poe iy TURBINAR a memoria O que fazer — e o que nao fazer — para ter as lembrangas sempre em mente ‘TEXTOE ENTREVISTAS NATALIA NEGRETTI DDESIGN JAMILECURY GANDARA E KAREN ZANATA/COLABORADORA ritmo acelerado da vida atual acaba refle- Para nao sentir tanto as influéncias da rotina agitada, tindo no funcionamento do organismo, _algumas atitudes fazem toda a diferenga quando o assunto acarretando alguns danos. “Estamos vivendo qualidade de vida e saiide. Sabendo-se que a boa memoria em uma sociedade extremamente ativa ¢ esta diretamente ligada a esses dois itens, é fundamental exigente. Isso € um dos motivos que leva buscar cuidar do corpo e da mente para levar lembrangas ao pensamento acelerado, o que acarreta inicialmente em por mais tempo. cansa¢o fisico ¢ mental e prejuizos na meméria”, afirma Confira, a seguir, algumas dicas para colocar e médica de familia Cristiane Gussi Baito. Recs ed Exercitar-se pelo menos 30 mimutos diariamente traz diversos beneficios & saide, entre cet eer re ere ee et atl Ce Econ banter Oran ot ot ech ror oy fe ee) ee er ee een ere ea eal Peter once htt on tient cetera terns Ie et eee eee oy et eee eee SEE NI my ad neurotrofic factor) ou fator neurol6gico derivado do cérebro, uma neurotrofina presente no hipo- CE Rogue eCopt ec Buta a te et CCC Tibet Co) ee oe eee core eer ect Ty isso, o “combustivel” desta méquina perfeita precisa ser o de melhor qualidade possfvel. “AlimentagZo leve ¢ equilibrada € extremamente necessdria para um sistema nervoso organizado. A memoria € um dos aspectos cognitivos do cérebro e, por isso, precisa de um sistema Bee P Rtn een ume ieee bol a Sao diversos os alimentos indicados para uma dieta saudével, mas, basicamente, o cardépio deve ser rico em frutas e vegetais. Eles colaboram para a protegio das células cerebrais, pois sio fonte de substéncias antioxidantes. Além disso, peixes no podem ficar de fora, jf que contém écidos graxos do tipo 6mega 3, uma gordura que melhora o desempenho cognitivo, O nutriente estimula a producéo Ce Bre Rea ee aS matéria-prima para a produgio de substincias protetoras do cérebro, Outra dica é 0 café, que por conter cafefna ajuda a manter o cérebro em alerta, facilitando a captagio de informagio. Em contrapartida, evite 0 excesso de carboidratos simples, como pies e massas, e acticar. Apesar de no infcio proporcionar uma sensacio de euforia, o consumo acaba gerando um estado de lentidio, Beba dgua Hidratar 0 corpo é outro item essencial para o bom funcionamento do orga- niismo, Paraisso,o indicado éin em torno de oito copos (250ml) do liquid por dia, A caréncia de égua leva i desidratagio, o que pode dar a sensagio de cansago, dificultando a concentra Mantenha o check up em dia Acompanhar periodi- mente como anda a saiide é fundamental para saber como esté funcionando se corpo. Ficar atento a pequenas modificagdes na meméria é essencial para prevenir maiores problemas. Peete Anote Confiar na meméria — por mais afiada que ela seja - pode niio ser uma boa op¢iio, jf que todos estio sujeitos a lapsos de esquecimento. Usar agenda (fi do celular) ou bloco de anotagé portante para marcar os compromissos 10 correr o risco de deixar passar algo importante. Porém, 0 ideal €manter os lembretes sempre a vista, senio dé na mesma. Faca Listas Compromissos, compras... Seja qual for a ativi- dade, aslistassiouma ajuda @) tanto na hora de org zar o que € para fazer. O simples fato de descrevé-las ja é uma estratégia para memori Seja organizado Manter em ordem os lugares ‘em que permanece com mais frequéncia, como casa, carro e trabalho e ter 0 cuidado de guardar os objetos (6culos, carteira, celular, etc) sempre nos mesmos locais ajudam no jonamento da meméria PoC Tea) Pe cette ees h ta das, como ler, ir ao cinema e erty a rare NE one Eunos Cube ry BO BC RG Ob os Burnie ck eel ay ‘meméria. Uma dica € fazer resumos do que vocé Ié, pois, asim, Se eee et Se ane tenet nee ets Abuse de passatempos @ ha, caga-palavras, que Cruzadi opgdes sio mi uso de passatempos, pois desafiam a mente, e sio capazes de refinar a capacidade de atengao. O que vale no se fosse um miisculo! € treinar seu cérebro co Preste atencao G da merece sua total atengio. Muita coisa na cabeca diminui a assimilagi deixa passar dados que seriam rele~ vantes. Identifique as prioridades do momento e foque em sua execugio, desligando-se do resto. E claro, faca uma atividade por vez. “A dica principal é focar na conv leitura que esté fazendo sem pensar em mais nada, Isso dara chance para seu cérebro efetivamente registrar aquela informagio”, compartilha Cristiane. ida tarefa realiz: sa ou ‘Compreenda Memorizar ape- nas pela repeti- joéum grande erro, jé que voc’ fica sujeito 20s “brancos” ¢ a esquecer tudo de repente. O ideal é compreender © assunto ¢, assim, se situar em todo conceito ao redor do que vocé precisa saber sobre. abeca...As as, mas 0 que importa é fazer mpre que vocé aprender algo novo, procure ligar a alguma coisa que j conhega, pois isso facilita a memorizagio. A dica também vale para quando quiser lembrar de algum compromisso: associe imagens em torno do conteido. A técnica é chamada de regra mneménica e é usada, principalmente, por estudantes para decorar contiido de algumas matérias. Ao associar uma informacio dificil de ser memorizada a algo de mais facilidade, o cérebro cria conexdes que ajudam a reviver as lembrangas. Outro truque é associar a objetos: se vocé conheceu a Maria quando ela segurava um caderno, pense nela como Maria do Caderno. Par ngragado, mas funciona, E acredite: quanto mais absurdas forem as associagdes, mais facil de se lembrar delas. algo PUR CUT cy Veen eter ce ree te eee et ee reed eee) automético” e fazer tudo sem pensar direito, Para evitar esse problema, realize pequenas mudangas no seu dia a dia. Por exemplo: teste um novo caminho para ir ao trabalho, conhega ee eT ere ny ot tt tet es ety ee eee ence tte tonamente. Fazer as coisas de um jeito novo e diferente estimula nosso cérebro, enriquece as redes neurais, gera aprendizagem ¢ fortalece a meméria’, firma o médica e psicélogo Roberto Debski Medite uso de remédios sem A meditagio tem efeitos be- Pee cet eee néficos na melhora da con- trazer diversos problemas & sade, entre centragio e na memorizacio. eles, alguns ligados i meméria. Além disso, ‘Quem medita tem as fibras chamadas ax6nios, eee etrenet Continent que funcionam como conexGes entre diferen- afetar a capacidade de memorizagio, Con- tes pontos do eérebro, estruturadas de forma verse com seu médico a respeito. diferente. Sio essas mesmas conexdes que proporcionam um desempenho cerebral mais gil e que se desfazem diante de males como Alzheimer, ou mesmo naturalmente com 0 passar dos anos. Cuide do ambiente O local onde vocé faz. suas tarefas influencia bastante nos seus estimulos e como a memorizagio é feita. Assim, procure manter um ambiente organizado, silencioso iluminado. Isso serve para estudos, trabalho, leitura. Descanse O bom funcionamento cerebral depende do descanso fisico mental. Nao reservar um tempo para relaxar diariamente e tirar umas férias acaba gerando o cansago mental, resultando em lapsos de meméria Rabisque Sabe aquela mania que algu- ‘mas pessoas tém de rabiscar ‘um pedago de papel enquan to escuta alguém falar, seja no telefone ou em palestras? Trata-se de uma titica eficaz de memorizagio! Estudos indicam que rabiscar enquanto se recebe informages nao visuais Reviva as emocoes aumenta a capacidade da memoria, ‘Memeérias ligadas 3 emo- : 1 do sio mais facilmente fixadas. As emogdes posi tivas tém prioridade sobre as negativas em um fenémeno chamado meméria seletiv ee Por isso, sempre que possivel, recorde das pbs-groduada em geratria emedcine chinese: Roberto, boas coisas que viveu, reveja fotos ¢ remonte a aa et coos i Oe eet 0s momentos mentalmente. -— ear ei lt) s Saiba como sua mente pode ajudar a enfrentar esse mal que afeta boa parte das pessoas Pe et eae no ome Mn nent eset} dor é uma realida- cece ya tee brasileiros, entio, Pe as cientesatendidos em consultas ‘médicas citam como primeiro EraToeemene yeni? realizada em 2015 pelo Ibope Conecta em conjunto com Reenter eee etic brasileiros, trés possuem a rotina atrapalhada por algum tipo de dor. Nomeada de 4 dor no ee eset eee ay ees Penne ere ett Protege eee ec eee oy ey eee t certs atingindo mais de 40%. A pesquisa apontou, Pee Reg ce cerns as mulheres que a principal dor sentida pelos homens é nas costas. Embora essas dores atra~ palhem em diversas éreas do dia a dia, como no trabalho (63%), sono (32%), atividades domésticas. EON eee Monee necem ose as entrevistados optam por no fazer suas obrigagoes Peete keratin creates) Gita cee ta ete ernie ren ge e até o humor de quem convive com este mal. Ocaminho da dor Oy reek rant Boeri ten Oy extort tease er eg Comore Omi toa MEN To Meroe eres FOr Meer et encanto regio do cortex cerebral (a estrutura mais com- Pe Kokoro Ne ce re arr estruturas cerebrais. A médica especialista em tratamento de dores, Alexandra Raffaini, explica que “quando ocorre uma lesio, receptores cha- et ontrctes nee Ce Coote ty um disparo doloroso que é transmitido até a Sot hi aoe i ake ae Greco token eamco oer ae eet Resco oy Errenrnes Seeccsuc a ca Cena Ty eco er | pela sensacio de dor, independente da regio em que a lesio seja feita. “E no cérebro que a Prater cae cee eee temos a sensacio da dor. Isso tudo aconte SE eon Setar mer esse que o estimulo € reconhecido como doloroso”, Renee cette EN eee trea sea Troy oro yaa nner eer a ne Peete On eet ok nos Pere Ene ey a accra Tas se lembrangas negativas existirem. “Depois que Sete een ent ery Pers Ne ents reat eae dular a percepgio desse incomodo”, explicam a neurologista Marcela Jacobina e o neurocirurgio ‘Marcelo Amato. Trabatho em equipe Para que hajaa interpretagio da dor, uma grande variedade de neurotransmissores relacionados i transmissio dela esto envolvidos no processo. Os principais deles sio o glutamato, o aspartato, a substancia P (que age aumentando a sensacio Co encore Mets ert Peace Ker eet tteo ten cent Além disso, diversas dreas do cérebro também Pret eas eee ECT ne ty (responsivel pela transmissio de estimulos da medula espinhal), formagio reticular, hipotéla- Pen nem ces nena eens das emogdes e comportamentos sociais) e rea Perea en Creaeeerts ne iy ent PSN cece Carer yer renee ceresres ne a nt td Cre erect ene ecnte Le PVT eel Tee) Santen eo ees eet eee escent erie Neen Se ont eer} Pee non eee a seca PEC RO resins pode ser utilizada para tratar qualquer tipo de eee ones ae son Senora ee EEE Moe en ToRety een nes Go mrss Sree wc Mee eto emocional intensificando os sintomas”, explica psiquiatra e hipniatra Joao Cabral. Existem diversas técnicas de hipnose para Pont ae cae one ts podem ser uma indugio direta para bloquear eee ee aot eee Peete aan Ty “E no cérebro que a informacdo ¢ detectada e@ processada; e entao temos a sensacdo da dor. Isso tudo acontece em uma fragdo de segundo, mas € no cérebro que o estimulo é reconhecido como doloroso” Alexandra Raffaini, médica especialista em tratamento de dores Curte navegar por horas no Facebook? Oe ae Entdo, tome cuidado! Além de tornar FARO usudrios dependentes, a rede social é pean cra capag de influenciar comportamentos aoe magosto de 2015, os administradores do Facebook divulga- ram os dados relativos 20 primeiro semestre. A mais famosa rede social do mundo contabiliza 1,49 bilhio de usuirios cadastrados. Levando em conta qu tivas apontam para u de um quinto da humanidade por Mark Zuckerberg. Se, em 2004, ano dk manter-se exclusivo aos alunos da Univer Unidos, 11 anos depois, uma hipoté China em nimero de habitantes. No Br dos 90 milhdes ~ quase a metade dos 204 milhdes de brasileiros, de estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistic mu pessoas, ceri 1s nimeros superam a casa ogo Shutescck mae Tek d eerste eg TE ery Cree poet eee ened Ce) eee ae} deve fazer uma reflexao Ds Coe teed cere) Crecis SO a et Ces explica a psicéloga Ce en) De eee Karina Rodrigues para Ce tea Sere Detcereet) Cred “convidem” vocéa Breer eee org (passeios, cinema, entre outros), tente destigar Creme at) Pere ey Crete re aad Ce + Verifique o que vocé enced eporqué. Cuidado com Ceo) Ce eens, Ree rs Oe ied ere ey er feud Ou seja, 0 Facebook ji se tornou parte significativa na vida de muita gente, aqui e li fora. Mandar mensagens a outros membros, publicar acontecimentos e pensamentos do seu diaa dia ou curtir um texto escrito por outra pessoa virou rotina~até mesmo um vicio, com gente sofrendo de abstinéncia quando nio est conectada. “O Facebook tem se tornado o grande ‘ditador’ da inchisio. As pessoas se expoem, fa- Jam do seu cotidiano e olham a vida dos outros 6 dia todo. E 4 também que as opinides em massa tém se formado. Até mentiras se tornam virais em poucas horas”, explica a mestre em neurociéncia Karina Rodrigues. E se vocé soubesse que, de alguma forma, a rede social pode estar manipulando suas ‘emogoes? Isso mesmo: os donos da pagina ja assumiram abertamente que, em um experimento secreto, conseguiram influenciar o estado de humor deaproximadamente 700 mil usustios. A partir daf, é impossfvel nao pensar no perigo que tamanho poder representa. O que vocé vé (e 0 que nao vé) Se vocé ainda nao acessa o Facebook e no sabe como funciona, uma forma de entender esta rede social é imaginé-la como um ponto de encontro entre perfis diversos (0 chamado ‘eed de noticias ou timeline). Cada pessoa tem 0 ‘seu mural virtual particular, em que é possivel publicar textos, imagens e videos. O contetido compartilhado pode tanto ser produzido pelo proprio usuario quanto compartilhado por meio de outras fontes. Tudo aquilo que alguém publica acaba sendo acessfvel a quem integra sua rede de amigos, e vice-versa ~ eventualmente, postagens de amigos dos amigos também despontam na timeline. Um fator importante desconhecido por uma parte dos presentes ali € que nem tudo que é publicado pelos seus contatos e paginas ‘em geral necessariamente aparece no feed de noticias. Até porque, imagine, nem haveria possibi- lidade para tanta coisa ao mesmo tempo! Pensando nisso, os desenvolvedores do site elaboraram um complexo sistema que “filtra” o contetido daquilo que chega até voc’. Trata-se de um mecanismo que funciona por meio de complexos algoritmos (uma sequéncia de instrugdes pré-estabelecidas)eseleciona o quejulga ser de interesse para cada perfil. Por isso mesmo, postagens de quem est na mesma cidade que voce cou tém mais amigos em comum acabam “furandoa fila” em sua timeline c tendo preferéncia. Tudo isso sob a justficativa de facilitara vida de quem acessa. O que vocé sente (e o que nao sente) A capacidade de tais algoritmos é tamanha que eles so capazes de reconhecer palavras € frases que denotam sentimentos diferentes como alegria ou tristeza. Foi a partir daf que perfis de 689.003 usurios foram manipulados, de modo que, em um espago de 20 dias, uma parte deles recebeu em sua timeline somente atualizagdes positivas, enquanto a outra foi “presenteada” com postagens predominantemente negativas. Tudo como parte de um experimento monitorado por pesquisadores das Universidades de Cornell e da California, ambas nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados em junho de 2014 no periddico cientifico norte-america- no Proceedings of the National Academy of Science. A conclusio? As publicagdes posteriores de quem {foi parte do experimento acabaram endossando os estados de humor a que foram intencionalmente expostos durante esse intervalo de tempo. Essa absor¢o comportamental pode ser ex- plicada pela falta de discernimento de muitos usuarios. “Assim como a pessoa posta s6 uma parte de sua histéria, ela no pensa que os outros também fazem isso. EntZo, hé essa impressio de que todosestio felizes ou tristes, viajando o tempo inteiro, namorando e com ou sem dinheiro. Com isso, muitos pereebem: ‘todo mundo tem tudo € “O vicio surge com a tentativa do individuo de preencher uma necessidade pelo sentimento de falta. Desta forma, o Facebook se torna uma ferramenta bastante atrativa, pois a pessoa consegue algum tipo de gratificacdo a todo instante” Beatrig Breves, psicéloga ager Shtertok mages eu nfo tenho nada”, exemplifica Karina. Tso quer dizer que as representagSes no im- bito digital nem sempre sto verdadeiras. “A rede social possibilita a interagio entre a realidade psfquica das pessoas sem que necessariamente a realidade objetiva se interponha, jé que tudo se passa de forma virtual, por meio da tela de um computador ou smartphone. Assim, é possivel criar personagens e dislogos falsos”, descreve a psic6loga Beatriz Breves. Além disso, 0 acesso a determinados contetidos pode influenciar diretamente no comportamento de cada pessoa. Provavelmente, isso ocorre pela repetigo de um mesmo tipo demensagem, “filtrado” pela rede social com base em visitas anteriores do proprio usuario. “Assim, se uma pessoa comega aver diversas afirmando que tal com- portamento ¢ inadequado, a tendéncia é, até pela falta de reflexio sobre as informagoes expostas, assimilar tal conduta como impropria”, comenta Beatriz. A profissional explica que, geralmente, no analisa-se as consequéncias e intengbes daquilo que € postado, ou sea, isto é feito sem se dar conta de que aquela postagem pode estar a servigo de algum tipo de manipulagio de comportamento. Por que vicia tanto? E queatire a primeira pedra quem nunca en- trou no Facebook s6 para se distrair por alguns minutos ¢ acabou perdendo a nogdo do tempo. Realmente,a rede social se tornou parte da rotina de muitos, principalmente apés a popularizagdo dos smartphones, ¢ apresenta-se como uma tentago em meio 3 rotina estressante. Apesar de ser uma villvula de escape para os problemas, algumas pessoas viram dependents por nio saberem utilizé-la da maneira adequada. *0 vicio surge como a tentativa do individuo de preencher uma necessidade pelo sentimento de falta. Desta forma, o Facebook se torna uma ferramenta bastante atrativa, pois a pessoa, além de ter acesso a rede a qualquer hora do dia ou da noite, ela curte e é curtida, troca postagens... Enfim, consegue algum tipo de gratificagioa todo instante”, ressalta Beatriz. Isto é, hi uma certa relago com o sistema de recompensi cerebral, pois acredita-se que ter algum tipo de beneficio ao utilizar a rede social. ‘Noentanto, nem sempre essa resposta éverdadeira. A principal questio é que nao se acaba coma falta, muito pelo contrétio: a cada ilusio de preenchi- mento, emerge uma falta real ainda maior. Assim, 1 pessoa vai necessitando compulsivamente cada vvez.mais aquilo na qual se viciou”,alerta Beatriz. ‘CONSULTORIAS Beatrig reves, mestreem pscologioe psiconalist; Karina Rodrigues, psicdogo, tropeuta emestre «em neurociéncios pelo Universidad de Jaén, na Espanha. ued Creag Peer ed rare ered Em primeiro ugar, Bead impedimento format- Ce etd Cee ced ceed Ore ed emery Pred Certsc it nos termos de uso- Det ccd Ceres eet ee Cees Cet tr cd Ce et od Pree eects Seed enemy Cee estar conscientes de Preseieees ery Ones Teve quem cogitou Meret Peet en Caen) pee eee Cee ee) CT ed eee aad eee tC cet ec tipos de opinides indug rey Pere eee tr ee eee Curd Peed ety erry Onics ee ee Cen rc) emcee) Ce etd vida real, que tal? ors feel ete Um transtorno que é capaz de tirar toda asua disposigdo e energia de viver exige muita atencdo e cuidados. Saiba no que se constitui a depressdo e as possibilidades para sair desse dificil momento Ro rere Denman es Pra tN etait teedcen ri Ree ee eer) ADs erated OM Beno neon ur tet Ds be a depressio é aquele tipo de dis- Rraseee erences rc) Cee cate eee? Pee anc RE ee proximo, se vé tendo que encarar esse transtorno ior Sen eet et ares Fett me Peed eg eae NC ee ars em hipétese alguma, encaré-lo como “fraqueza” ou “falta de f€". A pessoa deprimida genuinamente sofre e necessita de ajuda profissional, relata. Assim como tudo o que envolve 0 nosso cérebro, estamos diante de um quadro complexo e dificil, eet rts Preset) De Mel c cg “A depressio € um transtorno da nossa vida emocional, e trata-se da doenga mental de maior incidéncia no mundo, podendo re eer tte rg suicfdio”, resume a psiquiatra Maria Cris pers O psiquiatra Sérgio Lima enumera alguns de seus principais sintomas: Deere teed Se eo * hipersénia (excessivas horas de sono ou Remenen eee | ee ee aid * dificuldade extrema de concentragio Deore neers ea eee ey eee en eterna pene nes ete ena One ea ees Nee Cee eee semanas e incapacita ou interfere na capa- cidade do individuo de realizar tarefas do cotidiano, pode ser que estejamos diante de ‘um quadro depressivo”, pontua o psicélogo Gases Comics m aris ee en eet) redor repararem nesses sintomas e buscarem Bones ener rye tae PMT Phe tg oer nen eet eer enc Cree eae ee ersten neurénios de todos os sistemas cerebrais —, num quadro de depressio, ocorrem Peete ecient ee ete CNet ee ate rene transmissores envolvidos sio a serotonina, Peer e tet rites es psiquiatra Maria Cristina De Stefano. O neurocientista Aristides Brito comenta que nee aren oe ete reenter er ey eyes eae Star eee ee ee eee eet een limbico, que cuida das emogdes. Durante a cere cere Tien eres eee rec iat Ee “Ou seja, esse transtorno acaba configura- Peter ar ete no cérebro, mas é muito mais do que isso”, relata Aristides. “Afinal, se relaciona com ee eer ea er cet Pee eee etn Peete nth tet et Pe eda og De acordo com os especialistas, esse Reece emer tr entre os fatores neurolégicos, ambientais Oe ci mene sactcom pero M ee rater OC afirmar esse determinismo genético, pois sabe-se que a influéncia genética é resultante cece ers Pee erento Pst poeta ueere ecu o mete tr erctied SOR ee onto e reese rcore tO cnet cece a Loney Netto e eee CTY revista cientfica Nature Genetics pode auxiliar eee in em eiet Setar tr econ nice eet ty ceuropeia — isso s6 havia sido observado uma Rea eet Dre meme eerste) nio tenha chegado a um consenso sobre a sua ‘causa, a depressio continua atingindo milhées no mundo todo ~ mais especificamente, 350 milhdes de pessoas. Por isso, todo cuidado € Rede en aon erent eee tos para dar a volta por cima sio muitas. ASPOSSIBILIDADES PARA SE RECUPERAR Caso o diagnéstico da depressao tenha sido efetuado, é importante, primeiro de tudo, que a pessoa esteja cercada de apoio de fami res e amigos. interessante é que existe ndo apenas uma, mas varias Luges no fim do tinel. Hé uma lista de possibilidades que podem dar uma forga para sair dessa. ‘Acompanhamento psiquiatrico “Trata-se dos médicos especialigados nas doencas emocionais e mentais, que podem ajudar de forma ‘adequada a recuperacdo da pessoa doente’, indica a psiquiatra Maria Cristina De Stefano. So esses profissionais que receitam antidepressivos, que talueg sejam necessdrios por um tempo para diminuir os sintomas mais graves e dar um ativio ao sofrimento. Psicoterapia “A psicoterapia, independente da linha terapéutica, tem sido fundamental na busca pelo autoconhecimento”, destaca o psiquiatra Sérgio Lima. Assim, a associagio desse método com tratamento medicamentoso pode ser muito mais eficag na tuta contra a depressao. Musicoteropia ‘Aeespecialista Maria Isabel da Penha Sinegaglia esclarece que a musicoterapia atua de forma efetiva na depressao. “O método trata as causas emocionais com sonoridades especificas para cada indi causas fisiolégicas sdo tratadas com sonoridades que promovem o aumento da axigenacao no sangue —e, ‘como resultado, auxiliam para uma maior oxigenagdo cerebral’, explica. ‘CONSULTORIAS Alex Machodo, professor do curso de psicologia da Faculdade Pitégoros, de Linhares (ES); Aristides Brito, rneuracientisto, coach e dtetor da Marca Pessoal Treinamentos, Herminio Menegugsi Jinior, professor do curso de Psicologia da Faculdade Pit6goras, de Linhares (5); Maria Cristina De Stefano, psiqulatr; Moria Isabel da Penha Sinegaglio, musicoterapeuto do Institute MATOBA, em Osasco (SP); Mauro Olivio Martinelli ortopedistae especalista em medicine esportiva do Centro de Qualidade 4e Vida, em Sao Paulo (SP); Rubenilde Coutinho, acupunturista do Centro Multdisciplinar Fluminense, no Rio de Janeiro (Ri); Sérgio Lima, psiquiatra edretor da Clinica Spatium, em Sao Paulo (SP) ‘Acupuntura De acordo com o acupunturista Rubenildo Coutinho, ‘@.acupuntura pode colaborar de duas formas no tratamento da depressaio. “Hé 0 mecanismo energético, no qual se promove ‘© equilibrio dos canais por onde a energia do corpo transcorre, eo fisiolégico, que se constitui na liberagdo desubsténcias analgésicas, anti-inflamatérias, relaxante muscular, e também uma aco moduladora sobre as ‘emogbes e distirbios emocionais", indica 0 profissional Tal ago auxilia contra a depressdo ea ansiedade porque stimula a producdo dos horménios da alegria e do bem- estar (serotonina e endorfina). Pratica esportiva ‘Todo mundo conhece os intimeros beneficios dos esportes, para a satide do corpo eo bem-estar. Para pessoas num ‘quadro depressivo, essas atividades esto mais do que recomendadas. “A endorfina, produgida pela hipéfise e ‘que promove no organismo efeito de bem-estar, methora, do humor e alegria, é liberada apés atividades fisicas”, explica o ortopedista eespecialista em medicina esportiva, Mauro Otivio Martinelli. 0 profissional também destaca ‘que, como as pessoas que se encontramnesse quadro geralmente esto paradas e sedentérias, a dica é comecar ‘com atividades leves e progressivamente ir aumentando —sempre, é claro, com acompanhamento profissional. Mao O teto na é o Limite Guardando objetos, na maioria das veges, ¢ desnecessdrios por todos os cémodos da casa, os acumuladores prejudicam a prépria vida ea de quem / estd ao seu redor ISTAS. ERICA AGUIAR DESIGN KAREN ZANATA/ ‘COLABORADORA PUD) etree one ci Coe ery fora ndo éamethor Renae iy Pye Crs tea eta eras Reece) Caeser Peete Pemet re Imagen Seaterstck ges ‘magine uma casa com dois quartos, uma cozinha, um banheiro ¢ uma sala, Aos poucos, normalmente, tais ambientes vo sendo ocupados por objetos, roupas e pa- péis de pouca utilidade. Porém, a cada dia, morador passa a guardar mais e mais coisas. A Jocomocio entre 0s cmodos fica dificil, ea rotina da casa se modifica. Como a cozinha esti ocupada, a pessoa deixa de cozinhar. O mesmo acontece com o banheiro: € possivel cuidar da higiene se hé um monte de caixas abaixo do chuveiro? A acumulagio compulsiva afeta por volta de 2% e 6% da populacio dos Estados Unidos e da Europa, de acordo com informagdes da S* edigio do Manual Diagnéstico e Estatistico de ‘Transtornos Mentais (DSM-5). Por dentro da acumulacao Armazenar uma grande quantidade de objetos desnecessirios pode estar associado a varios quadros psiquistricos e médicos. Segundo 0 psiquiatra Marcelo Queiroz Hoexter, a mani- festagio deste comportamento pode estar ligada a0 Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) propriamente dito, classificagio diagnéstica de colecionamento ou a outros quadros psiquistricos eneurolégicos como os depressivos, psicéticos ou até demenciais. Para o psicdlogo Joo Alexandre Borba, © primeiro trago da acumulagio & quando a pessoa comega a juntar coisas que nio possuem_ tanta relevncia para quem est observando a situago do lado de fora. “A pessoa pode guardar um ingresso de um show que foi, tudo bem. Depois, comeca a juntar coisas que, apés uma anilise, nao tém tanto sentido”, explica. Mas 0 que provoca esse comportamento? Andlise neural No cérebro desses individuos, alguns circuitos funcionam de uma forma fora do usual. “E.como se diferentes regides do érgio se comunicassem de uma outra maneira”, elucida Hoexter. Jase sabe que o distuirbio da acumulagio esta vinculado a alterages dos mecanismos cere- brais de tomada de decisio. “Essas ferramentas complexas tém como base neural um grande conjunto de estruturas cerebrais, como regides especializadas dos lobos frontais, incluindo as. regides orbito-mediais e dorso-laterais, além de outras estruturas, em particular o giro cingulo”, pontua o psiquiatra Rodrigo Pessanha. EToc? ‘Ao longo da histéria da psiquiatra, aacumulagio compulsiva recebeu diversas denominagdes, por exemplo, Sindrome de Didgenes ¢ Disposofobi: ‘No entanto, “recentemente, a Associago Psiqui- ‘atrica Americana (APA) definiu critérios mais precisos para a identificagao desta condigdo em seu sistema de diagnéstico, o DSM-5. Anterior- mente, acreditava-se que esse distuirbio era, na verdade, uma forma modificada do Transtorno. Obsessivo-Compulsivo (TOC), caracterizado por rituais e comportamentos estereotipados, além de pensamentos intrusivos e repetitivos”, esclarece Pessanha. Entretanto, a acumulagio excessiva ainda pode ser um sintoma do TOC. Segundo Hoexter, esse comportamento nada mais é do que colecionar determinadas coisas de maneira excessiva com 0 objetivo de aliviar o pensamento de que algo ruim pode vir a acontecer. Assim, o individuo pode guardar jornais ¢ revistas por mais de 20 anos como forma de amenizar a ideia de que algo muito terrivel pode ocorrer num futuro préximo. ‘Mas os psiquiatras comecaram a notar que uitas pessoas "comegavam a acumular coisas indteis em algum momento com uma sensacio de prazer. Nio era para aliviar nada’, acrescenta Hloexter. Dessa forma, a psiquiatria passou a definir que, se hi a intengo de aliviar um pensamento, nada mais 6do que um sintoma do TOC (estima-se que 18% a 40% da populagdo com o transtorno sofra coma acumnulagio) Por outro lado, sea pessoa sente prazer em guardar objetos desnecessirios, 0 ‘comportamento diagnosticado como Transtorno de Colecionamento. Sem energia para se relacionar Além de transformar os cmodos da casa ou do apartamento em lugares bem diferentes a0 entulhar objetos, os acumuladores tendem a ser confusos e indecisos. “Uma pessoa com sinto- mas de acumulador tende a ter uma fala meio desnorteada, nao segue um foco especifico”, acrescenta Borba. O individuo também nao assume que esta sofrendo e $6 se dé conta do que esté acontecendo porque as pessoas ao seu redor esto ficando tristes por ele. E assim, comeca a querer mudar ou vai se isolando cada vez mais. Por isso, os familiares e pessoas proximas sio os primeiros a procurarem psiquiatras ou psicdlogos para lidar, O acumulador também vai se desgastando a0 ter mais trabalho para realizar tarefus dentro de [E&Y casa, Nacozinha, se o comodo estiver abarrotado ae 7 7 deobjetos, fica mais dificil preparar umalmocodo fa pear s ; e que seestivesse vazia. Dessa maneira,oindividuo [i que eet 3 gasta mais energia para fazer uma simples tarefa : Pere doméstica. Por conta deste gasto desnecessirio, ECan " t f oacumulador nem tem orcas para se relacionar ? com outras pessoas, desenvolvendo a tendéncia de permanecer isolado. Pessanha ressalta que anegacio ouadificuldade social, psicoterapia cognitivo-comportamental, além de medicamentos em reconhecer sua prépria condigio tambémsio _ antidepressivos”, explica Rodrigo Pessanha. No entanto, de acordo com elementos caracteristicos da sindrome, além da Marcelo Hoexter, o tratamento (que é basicamente o mesmo para 0 TOC) recusa em aceitar a ajuda de terceiros. apresenta piores respostas em acumuladores que também possuem 0 transtorno obsessivo. Pessanha ressalta que se trata de um transtorno neuropsiquistrico que Os acumuladores podem apresentar falta de vem despertando interesse crescente na comunidade cientifica, pelo de- higiene e cuidados com o corpo, usando diversas _safio em descobrir suas causas ¢ estabelecer um protocolo de tratamento. camadas de roupas ¢ um vestuétio inapropriado Segundo o especialista, “hé um longo caminko pela frente” para o clima, Além disso, a sujeira pode provocar feridas, infecgbes dermatol6gicas ou urindrias e oxdores ncdmodos. Ainda deixam dese alimentar SpysyuroRg io direito e podem ter sérias caréncias nutri panic pachons Jia falta de cuidados eo receio em trocar 0s Marcelo QueegHoexter, objetos de lugar e limpé-los podem auxiliar na Pssitrana Programa jonais. a Ge Transtorno Obsesivo disseminagio de parasitas. De acordo com Ro- Ggmputswodolettatede drigo Pessanha, “a autonegligéncia habitacional _Psiquiatria (Ipq) do Hospital das Clinicas da Universidade pode ser caracterizada por domicilios marcados por abandono externo, higiene habitacional precéria, observivel acumulacio de objetos e/ou. gowre s digo do Monuot sujeira (que pode inutilizar um cémodo), cenério _Diagndstcoetstatistco de de extrema desordem mesmo nos locais mais Tonstornos Mntais (05M). utilizados, mau odor derivado de alimentos em putrefagio, presenca de excrementos, acimulo de animais domésticos mal cuidados e presenga de infestagio por roedores ou insctos”, E como € possivel chegar a essa situago? Grandes quantidades de papéis ¢ objetos (principalmente em locais escuros) costumam atra animais asquerosos ¢ 0 ambiente se torna propicio para o aparecimento de insetos. {e So Paulo (USP; Rodrigo Pessanha, psiquatra Nio existe um teste especifico para diagnosticar a acumulagio compul va. Assim, €feita uma anilise clinica, conversando com o paciente ¢ seus res. O tratamento deve “envolver me- didas de suporte fan Fique por dentro Obras para vocé se aprofundar em Tereenaro aa DESIGN KARENZANATA/ alguns assuntos desta edi¢ao sii . Nouropsicologia f we . a PRO, - tpelcieate f 8 MEMORI. NEUROPSICOLOGIA EM MUSICA, MENTE E Iwan Igquierdo AGAO- ENTENDENDO EDUCACAO Editora Artmed (2011) APRATICA Keith Swanwick Clarice Peres e Rachel Editora Auténtica (2014) tuén Izquierdo € um Schlindwein-Zanini médico e neurocientista Editora Wak (2016) Oreconhecido argentino, pioneiro no especialista em estudo da neurobiologia Aneuropsicologia pode educacdo musical pela da memoriae do contribuir em diversas Universidade de Londres ‘aprendigado. Nesta reas, como na saiide, na (Inglaterra) enfatiga a reedicdo do tir, foram educagao, no campo juridico, importdncia da utitigagao acrescentados capitulos entre outras, Nessa obra, da misica e das artes em sobre a persisténcia ‘as especialistas falam geral no desenvolvimento das memérias de longa sobre a atuacao prética da da mente, Na obra, é ‘duragao; evocacao, neuropsicologia baseada ‘apresentada uma teoria ‘extingao e reconsolidacdo ‘academicamente. Séo de educagdo musical das memérias, além abordadas a relagdo dessa por meio de uma andlise das deméncias. Escrita ciéncia com a atengao ea das bases cognitivas de maneira clara, a meméria, acriatividade, 0 e psicolégicas da obra consegue oferecer ‘utismo, aneuropsicologia experiéncia com a misica, respostas ds perguntas do idoso e as deméncias, O Livro é especialmente mais frequentes do a reabilitacao infantil, 0 voltado para profissionais publico em geral sobre Transtorno do Déficit de que trabatham com a ssa incrivel habitidade do Atencio e Hiperatividade educagdio de ovens, além cérebro humano. (TDAH), entre outros assuntos. de interessados no tema. ‘es gi Reta one es ee at a fsmuouroets ANER ie nee fodnonmnepeatiitt iy a a os oro » patron omen TOR DE REA GLO 7 sates mente LCDADE Cnt on lat nl pachinstaleni MARKETING Cat flo oguutalnent SEROS CRAIC Gato Ss sige FUMAMCERG cee cs Pe ENOREGOS EUR ara 15 CF a1 a Cael. 3 ae

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