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O gosto das bruxas

Era uma vez uma menina que estava presa na torre mais alta de um castelo.
Ela era um princesa, mas no lhe valia de nada, porque perdera os seus pais e
o reino, numa guerra que o dono do castelo, j se v, que ganhara.
Ainda era o tempo das fadas.
Por isso, a menina disse, para que as paredes ouvissem:
Se uma fada me salvasse, fosse boa, m ou assim-assim, eu repartia a
meias com ela o tesouro do meu perdido reino, que s eu sei onde est enterrado.
As paredes, toda a gente diz que tm ouvidos.
Estas ouviram, passaram palavra e da a nada uma velha fada apareceu na sala.
Vou dar volta tua vida disse a fada.
s uma fada boa? perguntou a menina.
Nem por isso respondeu a fada.
Era uma fada assim-assim e para provar que no era das melhores, mas
tambm no era das piores, imps, partida, uma condio.
Salvava a menina, mas, antes, ela tinha de adivinhar-lhe o nome.
E avisou logo que no tinha um nome muito mimoso.
Serafina disse a menina.

Nem pensar. No era Serafina nem Leopoldina nem Marcolina. Nem Eufrsia
nem Tomsia. Nem Quitria nem Pulquria. Nem Aniceta nem Eustquia nem
Teodsia nem Venncia nem Bonifcia nem Gregria. Nem sequer Capitolina.
A princesa esgotou os nomes mais esquisitos que conhecia. E a fada sempre
com a cabea a dizer que no. At que props o seguinte negcio:
Salvo-te, mesmo que no descubras o meu nome, mas fico com o tesouro s
para mim. Todinho!
A menina concordou. No tinha outro remdio.
Vai da a fada pronunciou umas palavras mgicas, e ela e a princesa
atravessaram as paredes da priso.
Uma vez em liberdade, a princesa ensinou o local onde estava escondido o
tesouro e pronto, a histria acaba aqui.
E o nome da fada-bruxa?
Tambm a menina quis saber.
Chamo-me Joaninha respondeu a fada-bruxa, baixando os olhos,
envergonhada.
Mas Joaninha um nome bonito estranhou a princesa.
Eu no acho disse ela. Gostava mais de ser Virgolina Zebedeia.
V l a gente entender o gosto das bruxas.

Antnio Torrado
www.historiadodia.pt

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