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7/5/2015
O pacote maligno
O poder de demarcar terras
Esses
indgenas, territrios
parlamentares no
quilombolas e unidades de
querem aprimorar
conservao atribudo ao
Executivo pela Constituio no a Constituio, mas
por acaso, como se fosse um
dar um golpe nela
jogo de dados, em que a sorte
determina o resultado e tanto
faz. Foi atribudo por critrios claros, estudados em
profundidade, com o objetivo de reconhecer direitos e
proteger o interesse de todos os brasileiros. o Executivo
que tem a estrutura e as condies tcnicas para cumprir o
rito necessrio demarcao, desde equipes capacitadas
para fazer os estudos de comprovao da ocupao
tradicional at a resoluo de conflitos e a eventual
necessidade de indenizaes. Da mesma forma, bastante
bvio que a criao de reas de preservao so parte
estratgica da poltica social e ambiental de qualquer
governo.
Quando os parlamentares tentam tirar o poder de
demarcao do Executivo para entreg-lo a eles prprios, o
que esto tentando fazer no aprimorar a Constituio,
mas dar um golpe nela. Na prtica, a PEC 215 apenas a
pior entre as vrias estratgias em curso para acabar com os
avanos da Constituio no que diz respeito preservao
do meio ambiente e aos povos indgenas, aos quilombolas e
aos ribeirinhos agroextrativistas que o protegem.Na prtica,
se a PEC 215 for aprovada, o mais provvel a paralisao
do processo de demarcao de terras indgenas e
quilombolas, assim como a paralisao da criao de
unidades de conservao. nesse ponto que a PEC 215
passa a ameaar tambm o direito fundamental de todos os
brasileiros a um meio ambiente ecologicamente equilibrado
e, por extenso, ameaar o direito vida.
A PEC 215, a qual espertamente foram sendo juntados
vrios penduricalhos perigosos, tornou-se uma espcie de
pacote maligno. Ela tambm pretende determinar que
apenas os povos indgenas que estavam fisicamente em
suas terras na promulgao da Constituio de 1988 teriam
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Aderir ou pensar?
H muita terra para pouco ndio? No. Como costuma dizer
o socioambientalista Mrcio Santilli, h muita terra para
pouco fazendeiro. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, h
517 mil ndios aldeados em menos de 107 milhes de
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