Trabalho 1
Em ensaio breve, relacione os poemas Ao Deus Kom Unik Asso, de Carlos Drummond de Andrade, e
Meu pai, de Charles Bukowski, ao texto A nova histria cultural Consideraes sobre seu universo
conceitual e seus dilogos com outros campos histricos, de Jos DAssuno Barros.
e do pr-alfabeto
Senhor do pio
E do cor-no-copo
Senhor! Senhor!
De nosso poema fazei uma dor
que nos irmane, Manaus e Birmnia
pavo e Pavone
pavio e povo
pangar e Pan
e R D Mi F Solapante salmoura
n'alma, cao podrido.
To naturalmente como se
Como ni
ou niente.
Se estou doente, devo estar doentes.
Se estou sozinho devo estar desertos.
Se estou alegre deve estar ruidosos.
Se estou morrendo, devo estar morrendos?
Cumpro. Sou
geral.
pouco?
Multi
versal.
nada?
Sou
al.
Dorme na tumba a cultura oral.
Era uma vez a cultura visual.
Quando que vem a cultural anal
na recompensa aldeia tribal?
O meio a mensagem
O meio a massagem
O meio a mixagem
O meio a micagem
A mensagem o meio
de chegar ao Meio.
O Meio o ser
Em lugar dos seres, isento de lugar,
Dispensando meios
de fluorescer.
Salve, Meio. Salve, Melo.
A massa vos sada
em forma de passa.
No quero calar junto do amigo.
No quero dormir abraado
ao velho amor.
No quero ler a seu lado.
No quero falar
a minha palavra
a nossa palavra.
No quero assoviar
a cano parceria
de passarinho/aragem.
Quero komunikar
em cdigo
descodificar
recodificar
eletronicamente.
Se komuniko
que amorico
me centimultiplico
scotch no bico
paparico
rio rico
salpico
de prazer meu penico
em vosso honor, Deus komuniko.
Farto de komunikar
Na pequenina taba
subo ao cu em foguete
at a prima solido
levando o som
a cor, o pavilho da komuniknsia
interplanetria interpatetal.
Convoco os astros
para o coquetel
os mundos esparsos
para a conveno
a inocncia das galxias
para a notcia
a nivola
o show de bala
o sexpudim
o blabladum.
E quando no restar
O mnimo ponto
a ser detectado
a ser invadido
a ser consumido
e todos os seres
se atomizarem na supermensagem
do supervcuo
e todas as coisas
se apagarem no circuito global
e o Meio
deixar de ser Fim e chegar ao fim,
Senhor! Senhor!
Quem vos salvar
de vossa prpria, de vossa terrbil
estremendona
inkomunikhasso?
Carlos Drummond de Andrade. In: As Impurezas do Branco. Editora Record, 2005.
Meu pai