A
propsito,
quanto
ao
tpico,
resta
consolidado
na
jurisprudncia[8] que, dentre outros vetores de sopeso do dano
moral,
esto
razoabilidade/proporcionalidade,
capacidade
econmica das partes, grau de culpa do ofensor e a extenso do
dano.
Desta via, independentemente do carter autnomo desta nova
vertente, o que no se esmia nestes sucintos apontamentos,
possvel sua insero em dois dos vetores de mensurao do dano
moral: grau de culpabilidade e intensidade/extenso do dano.
Assim, ainda que, em geral, no ocasione a perda do tempo til, por
si sprima facie, o dano moral ao contrrio, por exemplo, de
outros novos danos extrapatrimoniais como a perda de uma chance
pode, sim, por certo, a depender das peculiaridades do caso
concreto, transpassar da barreira do mero aborrecimento para o dano
moral indenizvel como critrio que intensifica/macula o grau de
culpa do ofensor e a extenso do dano.
Nesse nterim, urge amealhar, sequencialmente, contemporneos
julgados dos tribunais de Justia de So Paulo de relatoria do
doutrinador e desembargador Srgio Shimura e do Rio de Janeiro,
a saber:
AO DECLARATRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DBITO
INDENIZAO POR DANOS MORAIS PRESTAES DO
FINANCIAMENTO DE VECULO PERDA DO TEMPO TIL
DO CONSUMIDOR (...) Mesmo seguindo a orientao do
banco, este deixou de dar baixa em seu sistema,
promovendo a cobrana da parcela que reputou como
inadimplida, alm de ameaar com a negativao e busca e
apreenso do veculo financiado
Danos morais
configurados Abuso na cobrana e negligncia do
banco na correo do sistema, gerando a perda do
tempo til do consumidor Valor da indenizao fixado
em R$ 8.000,00, que se mostra adequado ao caso em tela
RECURSOS DESPROVIDOS. (Relator(a): Srgio Shimura;
Comarca: Santos; rgo julgador: 23 Cmara de Direito
Privado; Data do julgamento: 17/02/2016; Data de
registro: 19/02/2016)
0434769-73.2014.8.19.0001 APELACAO. DES. NATACHA
TOSTES OLIVEIRA - Julgamento: 12/05/2016 - VIGESIMA
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