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AS MUDANÇAS PROPOSTAS NO CÓDIGO

FLORESTAL BRASILEIRO

NOTA TÉCNICA E POLÍTICA

Responsáveis:
Gerson Teixeira1
Alessandra Cardoso2

Brasília, em 18 de junho de 2010

1. Considerações Políticas

Após vários meses de consultas, debates e estudos, o Deputado Aldo Rebelo


divulgou o seu Relatório ao Projeto de Lei 1876/99 e seus apensos, oferecendo
Substitutivo que reforma o Código Florestal (Lei 4.771/65).
O conteúdo da proposta não surpreendeu vez que confirmou posicionamentos
já antecipados pelo parlamentar. O que chamou a atenção no Relatório foi o
recurso a um alentado, cansativo e tortuoso esforço de erudição para tentar
convencer que a flexibilização da legislação ambiental sugerida pelo
Substitutivo atende a propósitos libertários, soberanos, sociais e
desenvolvimentistas do país.
Sob aplausos das lideranças mais conservadoras da bancada ruralista, o texto
do Relator abundou em citações de clássicos do pensamento socialista, entre

                                                                                                                         
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  – ex-presidente da ABRA (Associação Brasileira de Reforma Agrária)
 
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  Assessora do INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos)  

1  
 
filósofos, historiadores, sociólogos, poetas e romancistas para, dessas fontes
indefesas, extrair substrato de esquerda para respaldar a constituição de uma
base minimalista para a legislação ambiental brasileira.
Em caso de chancela pelo Congresso, e homologação pelo Presidente, a
proposição do Deputado Aldo Rebelo estará direcionada para um único
objetivo; desimpedir o terreno institucional das “cautelas ambientais” para a
expansão do agronegócio e, associadamente, da economia mineral. Em
particular, o Substitutivo visa a garantia dessas condições na grande fronteira
mineral e do agronegócio do Brasil: a Amazônia.
A este respeito, vale assinalar que na perspectiva dos setores produtivistas da
agropecuária são três os pontos tidos como asfixiantes para a plenitude da
capacidade produtiva primária do país, em especial, enfatizamos, na
Amazônia.
O primeiro refere-se à garantia da segurança jurídica para o empreendimento
empresarial no que tange à legalização da posse da terra. Isto vem sendo
buscado, na Amazônia, por meio da nova política de regularização fundiária
em execução via o programa Terra Legal. A exemplo das alterações ora
pretendidas na legislação ambiental, o programa de regularização fundiária
previsto pela Lei 11.952/09, tem efeitos nacionais, mas fundamentalmente
alcança a Amazônia. Da mesma forma, trata-se de legislação fortemente
permissiva aos interesses dos ruralistas e das mineradoras.
O segundo ponto considerado como trava estrutural ao desenvolvimento dessa
região, como de resto, de todo o país, está associado justamente aos efeitos
restritivos imputados à legislação ambiental. Ocorre que, por exemplo, o
Código Florestal já existe desde 1965, mas sempre foi desrespeitado
impunemente. À medida que os avanços na democratização do país e da
consciência ambiental da população não permitiram mais a continuidade do
desrespeito ostensivo e impune ao Código Florestal, os ruralistas passaram a
responsabilizá-lo pelos seus crimes fulminando a Lei como conspiratória
contra o desenvolvimento do Brasil.
O terceiro fator tido como impeditivo do projeto econômico para a Amazônia
são as deficiências de infra-estrutura. O PAC tem a missão de enfrentá-las
‘pavimentando e energizando’ as exportações de bens primários da região

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pelo Pacífico, via a articulação com as obras da IIRSA, notadamente na
conexão com o Peru.
Essas demandas nucleares da agenda da militância ruralista ganharam adeptos
em importantes setores do governo e da sociedade, inclusive na
intelectualidade de esquerda, à medida que, para além das motivações
seccionais dos ruralistas, tais medidas são instrumentais de pensamento
estratégico para o país, já em desenvolvimento.
Ocorre que prosperou no período recente atitude pragmática do Brasil diante
da divisão internacional do trabalho estabelecida, que reafirma a nossa
tradição primário-exportadora, enquanto fornecedores, na atualidade, de
proteínas animal e vegetal no caso das commodities agrícolas.
Ante essas circunstâncias, reforçada pela convicção sobre a irreversibilidade
da estrutura protecionista da agricultura (vide o ‘empacamento’ da Rodada
Doha, desde 2001), em atitude pragmática, sem ignorar a crítica histórica a
essa duvidosa vantagem comparativa do país, o Brasil tem adotado estratégia
para tirar o máximo proveito deste papel no plano global. Não é à toa o
estímulo massivo pelo BNDES para a constituição de empresas brasileiras do
agronegócio, chamadas de ‘classe mundial’, com o objetivo de disputar o
mercado agrícola internacional com competidores de qualquer porte.
Neste contexto, para garantir a ordem institucional perseguida, o Substitutivo
Aldo Rebelo propõe a descentralização de normas ambientais do país
extrapolando as condições jurídicas atribuídas às matérias objeto de
legislação concorrente, como é o caso da legislação ambiental. Uma tentativa
de generalização do Código Ambiental de Santa Catarina visando diluir a
capacidade de pressão da sociedade organizada pela preservação do meio
ambiente e, de outra parte, fortalecer o lobby corporativo do agronegócio e
das empresas mineradoras sobre os estados.
Na direção acima, a proposta isenta segmentos produtivos de
responsabilidades básicas com a preservação ambiental. Anistia delitos das
grandes mineradoras e latifúndios. É rico em dispositivos artificiosos que
sugerem virtuosismos onde há liberalidades perniciosas ao meio ambiente, e
transferem para o domínio privado, decisões sobre condutas ambientais que

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são inerentes ao poder regulador do Estado, entre tantas outras anomalias a
seguir comentadas.
A razão política para essa flexibilização das normas ambientais guarda estreita
semelhança com o caso da institucionalização dos transgênicos no Brasil. Ante
a frouxidão dos controles públicos que incentivaram a massificação do crime,
vale-se do chamado ‘fato consumado’ como justificativa para a sua
institucionalização. No caso do desmonte proposto para o Código Florestal, o
Relator foi particularmente pródigo no uso de robustas estatísticas, sem as
fontes, para argumentar sobre situações generalizadas de irregularidades
ambientais, cujos eventuais reparos resultariam em supostas instabilidades
sociais e imporiam riscos até para a segurança alimentar da população
brasileira - caso do arroz no Sul, por exemplo.
Com o respaldo desse conveniente ‘fato social’, o Relator utilizou com esmero
expedientes insubsistentes ou mesmo ardilosos para angariar apoio político à
sua proposta.
Apelou para discursos nacionalistas e xenófobos, pelos quais, as ONGs
ambientalistas que contestam a reforma do Código Florestal estariam a
serviço do protecionismo agrícola dos países ricos e, portanto, contra os
interesses nacionais. Tal discurso parece de todo grotesco, até porque são os
capitais externos que controlam, inclusive, a base primária do agronegócio no
Brasil.
Ao isentar os pequenos agricultores das reservas legais, além de visar a
cooptação desses setores, alinhando-os ao agronegócio, pretendeu rachar as
resistências à sua proposição, isolando e estigmatizando as entidades
ambientalistas e outras entidades da sociedade engajadas nas causas do
desenvolvimento sustentável.
Por fim, mas não por último, conforme assinalado, antes, articulou o discurso
da reforma proposta do Código Florestal aos imperativos do desenvolvimento
do país. Num momento em que o país volta a experimentar um ciclo
importante de crescimento após longos anos de estagnação este é um forte
apelo.
Inclusive, por conta desse fator, seria simplório e injusto o julgamento liminar
das atitudes do Relator como uma guinada ideológica para as hostes ruralistas

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ou como gesto de oportunismo eleitoreiro. É provável que as motivações do
parlamentar reflitam as influências do pensamento estratégico pregado pelo
ex-ministro Mangabeira Unger.
De todo o modo, se a proposição do Relator não está movida pela adesão aos
impulsos devastadores próprios da cultura do agronegócio, e sim, pelo
convencimento pessoal sobre a concepção desenvolvimentista pragmática, a
amenização do seu ônus político pessoal não altera os efeitos substantivos da
sua obra política.

2. Análise das Principais Medidas do Substitutivo


A seguir, listamos e comentamos as principais medidas propostas pelo
Substitutivo com algumas estimativas dos impactos correspondentes.

I – Medidas que garantem uma redução imediata das exigências ambientais


atuais:
1) Desobrigação da manutenção de reserva legal pela pequena
propriedade. Com base nos dados de minifúndios e pequenas propriedades
rurais constantes das Estatísticas Cadastrais do Incra, esta medida implicaria
que imóveis que acumulam área de 113.168.506 hectares em todo o país
podem ficar livres da obrigação de manterem reserva legal.
Para uma simulação aproximada dos impactos dessa medida, considere-se que
pelo Censo Agropecuário 2006, a agricultura familiar (que não coincide com
pequena propriedade), dispõe de 8.119.041 hectares com matas nativas
declaradas como áreas de RL (reserva legal) e APP (áreas de preservação
permanente), no conjunto. O Censo não disponibiliza os números específicos
de APP e RL. Todavia, conforme veremos na sequência, cálculos a partir das
variáveis disponibilizadas pelo Censo permitem concluir que do valor conjunto
de APP e RL em escala nacional, em torno de 60% constituem RL, e 40%, APP.
Aplicando-se essas proporções sobre os números da agricultura familiar,
conclui-se que 4.871.425 de hectares (60% de 8.119.041) de matas nativas
registradas pelo Censo Agropecuário estariam ameaçadas de imediato pela
eventual transformação, em Lei, do Substitutivo.

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Na Amazônia, ainda segundo o Incra, imóveis que acumulam área de
33.695.025 hectares, entre minifúndios e pequenas propriedades, estariam
livres da obrigação de manterem reserva legal. Nesta região foram registrados
pelo IBGE nos estabelecimentos da agricultura familiar, 4.222.946 hectares de
APP e RL.
Aplicando a proporção anterior, tem-se que 2.533.768 hectares de RL
atualmente existentes na agricultura familiar na Amazônia estariam
automática e imediatamente ameaçados.
Comentamos, antes, sobre as reais motivações do Relator para tal expediente.
Os pequenos produtores que sabidamente utilizam práticas muito mais
próximas da responsabilidade ambiental por certo não reivindicariam tal
imunidade. Contudo, incumbe ao Poder Público a subvenção desses setores
pela preservação ambiental como ocorre em outros países. Isto poderá ser
viabilizado, entre outros instrumentos, com, a aprovação da legislação sobre
PSA (Pagamento sobre Serviços Ambientais);

2) Inclusão das APPs no cômputo das RLs. Por exemplo, se uma


propriedade que tenha a obrigação legal de manter 20% da sua área como RL,
tiver 10% deste imóvel com APP, a área efetiva de RL obrigatória passa a ser
de 10% do imóvel. O Substitutivo estabelece como condição para utilização
deste recurso a não liberação de novas áreas de mata nativa para ocupação.
Ou seja, a medida visa preferencialmente reduzir a conta das áreas de RL que
estão hoje ilegalmente desmatadas e ocupadas, premiando aqueles que
descumpriram a legislação ambiental. Isto não significa que aqueles
mantiveram a integridade da reserva legal não teriam benefícios. Pelo
contrário, conforme mostraremos adiante estes casos também seriam
beneficiados de várias maneiras.
À medida que é impossível sabermos o total exato das áreas de RL já
desmatadas, não se pode estimar os impactos reais dessa proposta.
De acordo com o IBGE, há no Brasil (posição de 2006), 93.982.304 hectares
com matas e ou florestas naturais. Nestas, estão incluídos 50.163.102
hectares de áreas destinadas à APP e RL, em conjunto.

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Fazendo os cálculos requeridos com as demais variáveis apresentadas pelo
IBGE chega-se à conclusão que a área de RL corresponde a cerca de 60% dessa
área, em torno de 29.180.333 hectares, e 40% seriam área de APP: 20.982.769
hectares.
Com base nesta aproximação, e apenas para fins didáticos de compreensão da
medida, no limite, teríamos uma anistia das áreas de RL ilegalmente
desmatadas nas reservas legais, que poderia alcançar até 20,9 milhões de
hectares. Ressalve-se que estamos desconsiderando as áreas dos pequenos,
desobrigadas de RL, e ressaltando, ainda, os problemas de confiabilidade dos
dados declaratórios do Censo.
Na Amazônia, há 25.932.381 hectares de áreas com RL e APP. Aplicando-se os
cálculos anteriores, teríamos área de RL = 15.559.429 hectares e de APP =
10.372.952. Repetindo a hipótese adotada antes, teríamos, então, que na
Amazônia, a área anistiada variaria na faixa dos 10,3 hectares.  

3) redução para 15 metros da área de preservação obrigatória às


margens de cursos d´água de menos de 5 metros. No atual Cód.
Florestal a margem obrigatória é de 30 metros para cursos d´água com menos
de 10 metros. Não se dispõe de informações sobre áreas margeadas por cursos
d´àgua, muito menos estas áreas estratificadas por largura dos cursos.
Contudo, em que pese a aparente razoabilidade técnica da proposta, é válido
supor sobre o impacto significativo desta medida em termos de redução de
APP em todo o Brasil.

II – Medidas que levam à redução das exigências ambientais via


descentralização da legislação.

1) Possibilidade de os estados reduzirem em até 50% as faixas


marginais de APP. Esta redução poderá ser feita por legislação estadual
concorrente fundamentada em estudos técnicos. Uma vez reduzida, esta área
menor é que seria efetivamente considerada para fins do Programa de
Regularização Ambiental – PRA previsto pelo Substitutivo. O PRA incluiria
medidas (altamente subsidiadas, como veremos) de recomposição de áreas de

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APPs já cortadas pela metade. Legalmente, instituído o PRA, no horizonte de
05 anos, que é o prazo dado de moratória da supressão de florestas nativas,
novas áreas que hoje são de APP estariam legalmente disponíveis para
ocupação.
Como já dito, no Brasil os cálculos aproximados mostram a existência de
20.982.769 hectares de APP, nos dias atuais (posição 2006). É de se supor que
com esta proposta de redução, 50% desta área passariam a estar desobrigada
de manutenção da vegetação nativa.
Observe-se que, num primeiro momento, computa-se a APP na RL. Depois, se
reduz a APP em 50%.

2) Possibilidade de os estados da Amazônia Legal aprovarem legislação,


amparada em Zoneamento Ecológico-Econômico, visando a redução das
áreas de RL. A redução prevista é para até 50% nas áreas de formação
florestal (onde hoje são 80%) e para até 20% nas áreas de formação savânica
(onde hoje são 35%). Neste caso, o texto não condiciona explicitamente a
redução à não incorporação de novas áreas para exploração agropecuária. Ou
seja, aprovada a redução e transcorrido o prazo de 05 anos de moratória para
o desflorestamento (que poderão por ato dos governos estaduais e DF ser
estendido por mais 5 anos), as áreas de RL na Amazônia Legal poderão ter sua
vegetação legalmente diminuídas na proporção de 30% para áreas de florestal
e 15% para áreas de sanava. No caso do bioma Amazônia, poderemos ter a
liberação para desmatamento legal, de 4.667.829 hectares.  
A proposta em apreço do Substitutivo aplica, para os setores da média e
grande propriedade da Amazônia, o que a legislação atual prevê para os
pequenos, os quais, como vimos, passariam a ser liberados de manterem RL.  

III – Regularização ambiental.


No horizonte de 05 anos a União, ou os Estados, terão Programas de
Regularização Ambiental – PRA, nas áreas de suas jurisdições. Estes programas
se encarregarão de criar mecanismos e condições facilitadas para que os
proprietários e possuidores de imóveis que não possuírem as áreas devidas

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(depois de todas as reduções) de APP e RL possam regularizar sua situação
ambiental. Para isto deverão no caso das áreas de APP, recompor a vegetação
No caso das áreas de RL, a regularização poderá ser feita por três
mecanismos:
i) recomposição, no período de até 30 anos podendo intercalar espécies
nativas e exóticas. A possibilidade de recomposição com espécies exótica
atende, como é sabido, ao lobby do agronegócio da Amazônia, especialmente
dos setores ligados ao dendê, carvão vegetal e celulose.
ii) compensação, que pode se dar por vários mecanismos: comprando Cota
de Reserva Ambiental – CRA; arrendando área de RL de outra propriedade ou
área sob regime de Servidão Ambiental; doando ao poder público uma área
localizada em unidade de conservação não regularizada; ou ainda,
contribuindo para um fundo público para preservação ambiental. Enfim,
poderá tomar a decisão que obviamente implicar em menor custo.
iii) simplesmente permitir a regeneração da área.,
O X da questão: por efeito cumulativo das medidas de flexibilização previstas
no Substitutivo, supõe-se que a obrigatoriedade da regularização ambiental
incidirá somente sobre aquelas áreas remanescentes das medidas de
flexibilização do cálculo de APP e RL.
Ou seja, tomando-se o exemplo de um imóvel em área de floresta na
Amazônia teríamos como área objeto da regularização aquelas restantes das
reduções (resguardadas as condicionalidades já registradas): 15 metros de
margem de APP, se a mesma estiver preservando cursos d´água com menos de
5 metros de largura + redução de até 50% para cada faixa de área de APP +
redução para até 50% da área de reserva legal.
Com isto, reduzem-se as áreas de APP e RL, e ampliam-se, na mesma
proporção, na maior parte dos casos, as áreas para exploração agrícola ou
pecuária.
Além disto, na definição do PRA e dos seus mecanismos estão embutidas
possibilidades de socialização dos custos da regularização daquilo que sobrar
de APP e RL (depois das flexibilizações propostas), vejamos:
i) Enquanto não criado e efetivado o programa as áreas ilegalmente
desmatadas de APP e RL poderão permanecer em uso para agropecuária e,

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também, os detentores dos imóveis poderão suspender os compromissos
assumidos junto ao poder público de regularização ambiental.
ii) O programa “exime áreas rurais consolidadas das medidas previstas
para recuperação de APP”.
iii) O programa deverá disponibilizar recursos públicos para garantir os meios e
estímulos necessários para a regularização. Ao proprietário desmatador
caberá uma “contribuição” (possivelmente diminuta), proporcional ao seu
dano em extensão e dano ambiental. Ou seja, parte do ônus (tão maior
quanto maior o poder de barganha dos ruralistas) recairá sobre o Poder
Público.
Entre os estímulos previstos no PRA estão: i) suspensão das autuações e
multas por infrações ambientais já havidas (até 22 de junho de 2008); ii)
conversão das multas, que vierem a ser aplicadas entre a publicação da lei e a
adesão do proprietário/possuidor ao programa, em serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente;

IV – Medidas adicionais
Para finalizar, o substitutivo prevê estímulos adicionais para premiação
também daqueles que mantiveram a integridade da reserva legal nos termos
da lei atual, por meio de programas do Poder Público de pagamento por
serviços ambientais.
Ou seja, reduzidas as áreas obrigatórias de RL por meio das várias medidas de
flexibilização já tratadas, toda a área que daí sobrar e que estiver coberta
com mata nativa poderá se converter em Cota de Reserva Ambiental –
CRA, e ser transacionada com estímulos fiscais e creditícios.
Entre os incentivos econômicos para estimular a constituição de Cotas de
Reserva Ambiental estão: crédito rural subsidiado; limite maior de
financiamento; redução do Imposto de Renda-IR para investimentos que visem
ampliar áreas de floresta passíveis de constituição das CRA; redução do IR
referente ao ganho de capital com a comercialização das CRA; isenção do IR
decorrente da sua cessão onerosa.

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