carta a Justia, outros tars colocam a Fora. Como utilizo o de Marselha optei por sua verso. Eis aqui uma mulher assentada em uma poltrona de duas colunas. Ela veste tnica vermelha com um manto azul em cores proporcionadas. O amarelo tambm se apresenta no ouro da espada, da balana e da tiara em sua cabea. As colunas se nos lembrarmos da cabala judaica representam a da Graa e Misericrdia e a do Rigor. Dois princpios opostos e aqui perfeitamente equilibrados. H tambm outro par de opostos representado pela balana e pela espada: feminino e masculino em equilbrio. A balana pode representar o prprio equilbrio e a espada a capacidade de discernir, de discriminar. Lembremo-nos de Salomo e de seu clebre julgamento em que convoca duas mulheres pleiteando a mesma criana, a cort-la ao meio usando como instrumento uma espada. A mulher que se prope a abrir mo do inocente desde que no fosse ferido reconhecida como a verdadeira me. O julgamento foi feito. Os dois pratos foram avaliados, mas o julgamento no foi feito de acordo com o ego, no foi feito de acordo com a vontade de um indivduo, mas, segundo um propsito superior. A justia, aqui simbolizada pelo nmero oito, cuja forma se assemelha aos dois pratos da balana, nada mais do que a nossa conscincia avaliadora inspirada no sentido mais elevado. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz