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Envehecimene& Sade Fatores determinantes do envelhecimento sauddvel Anies de enumeror os procedimentos alualnente reconhecidos como eficazes para manutengéio e/cu promogao do envelhecimento saudével cabe aqui fezer inicialmente uma identficagao mais objetiva sobre os dois fundamentas desta intervengao Envelhecimente: processo comnum praticamente a fodos 0 seres vivas que, no seu lranscorter, p;over ca modificagdes de ordem somética e psiquica que delerminam alerogées da relagdo do individue com © meio que 0 cerca. Confort, em 1979, conceituou © processo de envelhecimento como “a reduc dos mecanismos de manvlengo da homeostasia em con- digéo de sobrecarga funcional” (CONFORT, 1979}. Em sintese, o envelhecimento pode ser entendico como un processo de redugti da reserva funcional, sem comprometer, na quase fotalidade dos meca- nismos, a fungdo necessdria para as alividades do cotidiano, A existéncia de ume limitagdo funcional evidenle, mesmo em um nonagenério, deve ser entendida, portant, como o efeito de um processo fisiopatolégico (senilidade ou envelhecimento secun- dro, portanto de uma doenga mais do que uma evolugdo erribuivel ao proceso natural de envehe- cimento (senescEncia ov envehacimento pximario| Saudavel: airibuio de auem fem saide, terme ainda enlendido como “ouséncia de doencas” Assim fosse, conlando com as técnicas diagndsticas luis e com © aumento da expectativa de vida do ser humano, seriamos todos “condenados” a ndo ter saide, portanto seriamos considerados insanos i6 nos primeiras décadas de vides Facil 6 perceber que, & medida em que enve- Ihece, © homem vai acumulando doengas crénicas que faréo parte, com grande freqiéneia, do seu paiménio pessoal durante toda a existéncia. Por outto lado & absolutomente patente aue as doengas crénicas causem suas principais conseaténcias quando cursam de forma descontrolada ou des- compensada. H4, portanto, nilida diferenga enire © portader de hipertenstio arterial sistémica (HAS} "Wises «ot Th do Bp eGo Bn Se Gia Nowitds Chicos ontae so Madera so Urweadate de So Fa Coie vee te Bolsim do hutiie de Soe Wilson Jacob Filho! devidamente tratada e aquele que mantém niveis presséricos elevados, Assim, com intito fundamental de distinguit estas condigdes, a Organizacéie Mundial de Sade {OMS}, em 1947, definiv que “satde 6 um estado de pleno bem estar fsico, psiquico e social” (OMS, 1947). Resume, portanto, nesta frase, as condigdes cadequadas de vida para um ser humane em qualquer idade, cultura ou perfil sécio-econémico. No que diz respeito ao idoso, fica claro que este estado de saide deve coexist com a existéncia de uma ou mais doencas erénicas Estudos realizados no municipio de Sao Paulo revelaram que 78% dos idosos finha pele menos uma doenea erénica que necessitava de um trate mento medicamentoso, Estes dados sao compativeis, com os do Instituto Nacional de Saéde americano (NIH,2000), de que 3/4 da populago idosa americana tem pelo menos uma doenga crénica @ que destas, mais da metade (56%) tem duas ou mais doengas crénicas [BODENHEIMER; WAGNER; GRUMBACH, 2002) Tornasse necessdirio, portanto que haja « possibr lidade de minimizar os efeitos deletérios da doenca pola que possa ocorter para a maioria dos idosos uma perspective de experimentar um envelhecimento saudével Se por um lado isto 6 um anseio de odo individuo ee ‘almeja possuir sua autonomia ¢ independéncia lurante toda a vida, este também é uma necessidade as InsituigSes de Sade que entenclem ser imposst vel para qualquer tipo de economia ou de desenvok vimen‘o poltico social a manulengo da saide de uma populagdo exponencialmente crescente e com indices de comodidades muito elevados ‘Multas so, portanto, as estratégicas recomendadas pora a Promogéio do Envelhecimento Saudével. Em 1992 a OMS, por intermédio da Organizagéo Pan Americana de Saide [OPA] recomendou que a “Prer mogéo da Savde do Idoso seja realizada por ages inierdisciplinares’ e que “eslas ages sojam dirigidas, cespeciicamente, para reduzir, nesta populagaio, 0 isco de adoecer e de morer” [OPAS, 1992) 8lse47/AbsL_2009 27 Envelecimanio & Soide Estas recomendagées corroboram 0 nosso con- ceito de atuagao neste sentido identificande-o como Senecultura {lermo proposto em 1985), que ao nosso ver & “0 conjunto de agées infedisciplinares que contribuem efelivamente para Promogdo de Satde do Idoso” JACOBFIHO, 1998} Fica evidente que néo & possivel realizar esta proposta sem @ cooperagéo das diferentes areas protissionais envolvidas com o envelhecimento. Neste mister, © gerontélogo assume, muitas vezes 0 papel fundamental para a eficacia da intervencao. ‘Ao nosso ver “seria impossivel que um profis sional reunisse © conhecimento ¢ habilidade para ctender adequadamente o idoso” e que torna a promogdo do envelhecimento saudavel um desafio, interdiseplinar para os periodos presente e futuro VACOBFIHO, 1984}. Nao temo afirmar que, se 0 século XX caracter: zouse pela grande revolusdo etdiria da populagao do mundo, © século XXI seré caracterizado pela solugdo des problemas que este fenémeno determ nou. Para tal, muitas possibilidadesde atvagao em diferentes fases do desenvolvimento terdo que ser rapidamente implementadas No cenario atual, a populagdo que apresenta maior crescimento relative, soja nos paises desenvol vidos, seja nos em desenvolvimento, so os “muito idosos" (pessoas com 80 ou mais anos}. A titulo de exemplo, na década de 199] a 2000, esta faixa etéria apresentou, no Brasil (segundo o IBGE], um crescimento de 63% enquanto que a populagéio nestes 19 anos cresceu apenas 3% (IBGE, 1999; 2000}, Importante frsar que é exatamente nesta faixa etéria ue ocorem as maiores complicagdes das doengas crénicas mal cuidadas. Dados recentes da professora Lcbido (Projeto SABE, 2003) e da OMS revelaram que, denire os muitos idosos, haver incapacidade pora realizar todas as atividades de vida didria (AVD} superior a 75% © para as alividades inslrumentais IAND} de mais de 80% (|ABRAO; DUARTE, 2003}. Cabe ressaltar que estas limitagées tomam invigvel @ permanéncia destes octagendtios em seu meio ambiente se no houver a existéncia da figura do cuidador, elemento critico para a manutengao da integridade fisica e emocional deste longevo, mas que pode, em muitos casos inexistr, o que favorece «oped familiar pela institucionalizagéo. Acredito que estas consideragées iniciais possarn justficar a busca universal por solugdes que visern a prevencéio e/ou a recuperagdio da sadde com vistas « preservar a funcionalidade de quem envelhece. 28 alsn47/Abal 2009 Enutero adiante as agdes que vem sendo pro- posias nao apenas para atender as expectatvas manifestas pela OPAS de reduzir a morbi-mortalidade para tornar o envelhecimento uma fase inclvida no cendrio evolutivo do ser humano saudavel, 1. Avaliagao Global do Ideso (AGI): esto atitude, por muitos interpretada como procedimento puramente mecénico esta sendo entendida como uma importante ferramenta para atuar preventiver mente nos diferentes fatores de risco da satide do idoso. Em uma comparagée sobre a eficacia da AGI aplicada sistematicamente a uma populagao. americana, comparandora a um grupe-controle para © evenlo “institucionalizagéo", demonstrouse que houve nitida redugdo (28%) desta ocorréncia dentre 0 submetidos a AGI LUK; OR; WOO, 1998). A Imporncia deste impacto fo: comparada, pelos au» totes, ao uso de betarbloqueador no periodo apés © Infarto Agudo do Miocardio (IAM), que reduz risco de nove IAM em 26% dos casos e da terapia adjuvante & mastectomia por céncer de mama, que reduz a recidiva em 29%, Na AGI podem ser detec tadas muitas das particularidades que determinaréo m4 evolugdo futura. A funcionalidade dos membros superiores avaliada: sistematicamente por um teste simples e pritico proposto por Guralnik {1995} revelou fortes indicios de quem, na evolugao, foi encaminhado a um em uma grande populagéo americana (GURALNIK; FERRUCI; SIMONSICK, 1995). Uma vez detectada a limitagdo, opte-se por qual medida seria a mais conveniente para eliminar o fator de risco ou reduzir a sua progressio. A titulo de exemplo, as fases iniciais da Doenga de Par rkinson ou @ sarcopenia acentuada poder, muitas ‘vezes, nao ser manifestas como sintorras e passarem desapercebidas ao olhar menos sensibilizado. Em uma AGI sislematica, esta limilagao tornar-se-4 evi dente € 0 tralamento seré iniciado precocemente, seja ele medicamentoso ou néo, Da mesma forma visdo, audigéo, equilibrio, cognigéo, humor, sono, autonomia e independéncia, estado nutricional contingncia urindtia e fecal, rede de suporte social, autoavaliagdo da sade, perspectivas futuras, enfin todos os parametros determinantes do “estado de pleno bemestar fisico psiquico e social” devem ser Conhecidos para que seja possivel, na cronologia indicada, intervir adequadamente, 2. Estimulo a atividade fisica regular: infelizmente, emoora tenhamos cada vez mais evr déncia a favor dos efeitos preventivas dos exercicios om relagdo aos principais fatores de riscos para as Belem do Insti de Side loongas comuns & segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo sedentarismo sendo incor potado aos habitos e costumes do homem moderne. Quem poderia supor, hé algumas décadas que leia- ‘mos que alvar conta 0 sedentarismo infanto-uvenil Estudos recenles demonsirom que a obesidade & muito mais uma condigéia de arividade de que de um aumento expressive da ingesiéo calérica. Ha nica cortelagao ente o peso corporal e 0 tempo em que © individuo permanece diante de uma ‘ela, soja ela de televistio ou de computador. Se isto 6 preo- cupanie enlre os mais jovens, & ainda mois enlre os idosos, pois esta progressiva redugdo de mobilidade que caracierizo os habitos da maioria das pessoas que envelhecem fornase um dos principais motives, para o incremento da sarcopenia e das limitagdes funcionais. Hé tanto interesse em modficar esta condigao de imobilismo que campanhas volladas para 6 estimulo 6 pratica de otividade F'sica regular estejam ocorrendo a nivel local ("Agia S60 Paulo") ou no mundo [Carta a Heidelberg], entte outs. O estimulo, porém, pare habilos de vida mais sedenié- rigs [elevadores, esteiras rolantes, contoles remotos, enlregas a domicilio, compras pela interne, rabalho © educagdo & distdncial sGo importantes opositores «i esta intengio. Saliente-se ue, para os idosos ha © agravante de encontrar os ambientes favoraveis para a prdlica de exercicios. Ao nosso ver, mais do que constuir opgSes apropriadas que dependam de recursos financeiros € politicos poucos disponiveis, ha que se “customizar” os ambientes jé existentes. Temos recomendade que idosos inleressados em iniciar um programa de atwvidades fisicas, fagam suas caminhadas em seguranga nas alamedas das gale- rigs e antes da abertura das lojas. Em mais de um deles [4 ocorreu, por iniciatva das empresas locais, a conltalago de um Professor de Educagao Fisica ou de uma Fisiolerapeuta para orientar os exercicios que precedem e sucedem 0 caminhade, Ooviamen'e néo 62a solugdo que nos satisfaz, mas 6 com certeza um asso importante da mobilzagao de um segmento fem busca de novas opg6es em favor dar sua sabe Deste ponto para a busca por exercicios mais espe cificos para cada demands ou necessidade, teremos um carinho bem mais curto e favorecido. Cabe aos plofissionais & responsabilidade de incenlivar com as evidéncias [6 sulicientemente disponiveis, que a atividade fsica faga parle do cotidiano de quem pretende ter um envelhecimento sauddvel. Em recente manifestagéio do professor Keneth Cooper, defensor contumaz dos exercicios aerébicos no protegao do Bolsim do hutiie de Soe Envehecimene& Sade sisiema cardiovascular nas décadas de 70/80, hoje um proticante confesso dos exercicios resistidos, por entender que esta. composigao 6 a que melhor protege € recupera a [uncionalidade do idoso. Do alo dos seus 78 anos conclii “quem nao tiver tempo pare realizar alividades fisicas vai ler que enconlrar fempo para cuidar de suas doencas" 3. Mudansas de habitos deletérios ndo hé divide atvais quanto & importancia da interupgao de tabagismo em qualquer idade. Os eneficios sao evidentes a partir da ollava semana de abstingncia, Nao hé motivo, pois para se admit que © labagisme possa ser indiferente para quem fuma ha seis décadas, Enlendo que quem jusiifica ‘a manuteng&o por ser este "o seu Unico amigo” ou “o ilimo prazer que lhe resia” & portador de um distirbio afetivo sintomético & necessita ser tratado como fal Uma abordagem adequada nao sé inter romperdi a exposicaio ao téxico como propiciaré um retorno ao eauilbrio psiquico e ao convivio social independent de subterfogios prejudiciais a saddle. Da mesina forma se enconira o conhecimento sobre © alcoolismo. Especial alengdo deve ser dada a esta prética em idosos quando muitas vezes relo- mam ou se iniciam nesta condigéo como substitute dos seus desajusies psiquicos ¢ sociais. Por outro lado tem sido demonsirado que 0 uso moderado de bebidas alcodlicas em especial o vinho {mais ou menos 150 a 200ml dia) pode ser acompanhado de menor incidéncia de doengas cardiovasculares e neurolagicas. No nosso enlendimento, as conlro- vérsias com relagdo a ser este um fator causal ou meramenie mareador do equilibrio emacianal nem falta nem exagero} ainda nao nos permite identifcar sia prdlica com recomendavel. Devem ser enten- didas também como habitos deletérios, aquelas gue ocupam demasiado tempo no cotidiano das pessoas, Sao, em geral, atividades que impedem uma agradével distibuigéo dos papés profissionats, e socia's e que no futuro, quando interrompidas, vaio causar imporiante transtomo no estado de saide, conforme a detinigfio da OMS. Sao bons exemplos aqueles que se destinam, fundamentalmente, a um $6 objetivo profissional ou a cuidar de seus depen- denies {filhos ou parentes enfermos) 4. Adequasae nutricional: « longo tem po sabemos {mas pouco aplicamos) que ha uma necessidade nulricional para cada fase da vida ou cade condigao funcional. O envelhecimento & um dos grandes exemplos desta condigao. Alem de se tratar de um processo de heterogeneidade alse47/AbrL2009 29 Envelecimanio & Soide funcional, onde mesmo gémeos univitelinos que envelhecem em condigées diversos, tornarse-éo incomparaveis nas décadas ulus. Encontraremos em uma populagéo de mesma idade, ume grande game de situagdes em que a dieta deverd ser ‘adapiada, Com isto, quero enfalizar que nao existe ume "dicta ideal para 0 ideso”. Sao razoavelmente estudadas, quais as necessidades allmentares para cada componente e em que condigdes devem ser limitadas ou suplementadas. Nao raramenve, porém, encontramos, mesmo em ambientes funcionalmente financeiromente favorecids, a exisléncia de desnu trigdo protéica, porque forom oferecidos ao idoso nos dimes anes os “alimentos ma's leves” consi dos em gral de carboidratos. Fatores outros como a dentigGo, as possibilidades de comora e de preparo do almento, a necessidade de viver e de cozinhar sozinho, os distirbios de humor © as akeragées do aparelho digestivo, em meio aos efeitos deletérios de diminuigo do apeite, secrecdo de saliva e po: ladar criam um cendrio muito favorével ao prejuizo nuiticional, Dest condigéo para © comprometi mento da satide,o a evolugdo & certa e imediata ‘As conseqliéncias estruturais losteoporose, sarco: penia e alrofia do tecido subcutéinea) e funcionais limunidade, locoro¢ao, contrale da temperatura} sGo requentemente relacionadas aos mecanismos fisiopatclégicos da quase totalidade dos doengas que acometem o idoso, Nao creio haver qualquer estratégia de prevengéo e/ov planejamento tere péutico, mormente em idosos, que possa prescindir do adequagio nuticional. Importante salientar que estas recomendagées, & semelhanca da atividade f sica, devem partir de um basal coum & maicria das pessoas mas deve atender és caractersticas indivi duais de cada idoso. Respeitar os valores culuras, habilos, preferéncias e condigSes econdmicos sso 2s particularidades que ‘denlficam 0 profissional capacitado ¢ aluar nesta loixa etaria. A opcdo de obter, da alimentagdo, uma interessante opcao de busco pelo prazer pode, muitas vezes, ser a porta inicial da solugdo de importantes conflitos sociais. Bom exemplo desta copacidade tem sido evider: ciada por estudos realizados com a introducao de animais domésticos na residéncia de quem vive sozinho ov em instivigdes de longa permanéncia {ILP], denominada Observerse, em conseqiléncia, incremento da condigéo nutricional |companhia pore comer e ter que preparor o alimento| e das atividades fisicas {ler que kevar 0 animal passear, G0 veterinario, ao | e da auto-estima, 30. als#47/Abel 2009 5. Postergar o inicio das doengas: esic 6 um dos aspeclos mois interessantes a ser inclido nite 0s individuos que visam o envelhecimento sav- davel. Se, por um lado, estamos cientes da grande probabilidade de sermos porladores de doengas eré- nicas na fase iniermedivia da vida, néo hé poraue esperélas passivamer’e para depois tratcrlas Quem melhor postulou esta possiblidade foi Fries (1 980] demonsiando ave o aumenio da expecialiva de vide de uma populagie enferma produz “aumento de vida com doenga” 0 que pouco contibui para o bemestar do individuo ou da sociedad. Por outre lado, os procedimenios que visam produzir os lalores de sco 18m por objetivo postergar 0 eparecimento das do- tencas nos geneticamente predisposios fezendo com que se manifestem mais fardiamente ou néo tenham @ possibilidade de se monifestar 3ons exemplos so © controle da obesidade nos pessoas de maior risco para diabete, a restigao de sal para os propensos a HAS ou uso de meias elésticas pare quem descende de porladores de varizes dos membros inferiores Assim podemos almejar em breve, quando puder mos detectar os determinantes genéticos para cada enfermidade, quais as principais estatégias @ que cada um deve aderi: Por enauanio nos valemos das informagées advindas dos anlecedentes familiares © do conhecimento sobre incidéncias e prevaléncia de cada enfermidade em cada fase da vida. Nem todos necessilam de tudo, mas a possibilidade de prevenir a ocorténcia precoce de uma enfermidade cénica ‘raré inigualavel beneficio quanto & possib idade das fuuras complicagées. Segundo Fries, mesmo quando ha alguma perda na expectative de vida total, a compressdo da morbidade tera grande beneficio na ampliagao do periodo de vida sem doenca © sem grandes limitagdes (FRIES, 1980}. 6. Uso criterioso de farmaces: infeliz mente, faz parte da cultura popular {e de muitos profissionais), que idosos tenham que tomar muito medicamento, Ha ainda quem acredite que quanto mais medicamentos ingeridos maior a possiblidade de saide. Ao contrério, dente os mecanismos mais importantes do comprometimento da saiide ce quem envelhece, a polfarmacia [uso de 3 ou mais drogas concomitantementel, € um dos mais infuentes. Em praticamente todos os estudos de risco para deter minagéo do prognéstico o nimero de medicamentos uiiizados mosta corelagtio com os piores resultados A reagdio adversa a medicamentos RAM] vem sendo Visa como um dos maiores agravantes do estado de Belem do Insti de Side saide do idoso, constitvindo uma importante causa de intemagéo prolongada e de mortalidade entre idosos, Em geral o olhar melhor sensibilizado para 08 possiveis fatores cavsais de cada manifestagéo clinica e do elenco de opedes néio medicamentosas disponiveis para controlélas acaba se traduzindo por uma prescrigao de poucos farmacos muitas ‘vezes refitando 0s excessos previamente utlzados Ao contidrio do que muito se advoga em relagdo a dificuldade que idosos teriam em modificar seus sos € costumes, o refirada de boa parte dos med camenlos nao sé traz beneficios farmacodinamicos come também financeiros e berestar individual. Recomendarse que qualquer profissional utilize seus conhecimentos pora incentivar o paciente a conversar sobre a real necessidade dos medicamentos com quem os prescreveu. Todos (exceto talvez a industria farmacéutica] sere privilegiados com afitudes como esta, Atengao especial deve ser dada ao uso de me dicamentas que vise retardar ou inibir 0 processo de envelhecimento. Atingem o dpice ao preconizar a “medicina antienvelhecimento". Nao ha, até o momento, qualquer indicio minimamente convincer te de que alguma substéncia possa interferir nessa evolugao. Temos, pois, a obrigacao de argumentar enfoticamente contra estas propostas porque, alm de deletérias & satide e ds finangas de quem as utiliza, desviam, muitas vezes os recursos necessdrios ou a credibilidade das outras agées que, comprovador mente, contibuem para o envelhecimento saudével. 7. Compensar as limitagées: infelizmenie no momento alual ainda é maior 0 contingente de pessoas que procura o profissional de sade para Corrgit um problema ja manifesto. Na maior parte das vezes sao limitagaes ja evoluidas © agravadas por complicagées delas decorrentes. Mesmo assim, muita héi para ser feto para que estas se torem o menos incapacitante poss'vel e para que evalua com a minima gravidade. Esta é uma das interes santes oportunidades para atvar no individuo € no meio em que vive, pots havera um grande elenco de possibilidades para intervir adequadamente nos dois setores, Se por um lade ha possibilidade de minimizar de milliplas maneiras a magnitude da limitagao hé equivalente perspectiva de adaptar o ambiente as remanescentes. Um bom exemple disso sG0 08 possib lidades de atuagéo junto a um pacien- to. com um declarado prejuizo motor decorrente de um quadro neurolégico [Doenga de Parkinson ou Acidente Vascular Encefélico}. Aliado a toda gama Bolsim do hutiie de Soe Envehecimene& Sade de interengaes medicamentosas, fisioterapéuticas, hutricionais, fonoaudiolégicas, psicolagicas , tercr pSutico ocupacionais que passa ser beneficiado, a adaptagdo de ambiente em que vive e das pessoas que o cercam pare: a sua nova realidade seré fune damental para que tenha o maximo de autonomic e independéncia que sua condigao funcional possa the permitic Entendo, pois, que "o envelhecimento saudével decorre da menor prevaléncia de doengas crdnicas e/ou das suas conseqiéncias funcionais" 8. Prevenir acidentes e traumas: nosic mesma linha de atuagdo no individuo, no ambiente nos faites /cvidadores, ver a questao de como teduzir as lesdes externas. Estas vém constituindo em um componente cada vez maior das morbimortal- dades de idosos. Ao contrétio dos mais jovens em que as lesdes exteinas decorem fundamentalnente de acidentes de transitos e/ou da violéncia, dentre 108 idosos predominam os acidentes domésticos en especial as quedas, Especial atengao deve ser dada 105 fatotes que aumentam a sua incidéncia, pois suas complicagées incluem além de fraturas e de hema- toma subdural crénico, a cada vez mais estudada "Sindrome Pas Queda" que modifica completamente 1 dinémica do ides sem que sua causa seja fre qientemente compreendida. Séio hoje reconhecidas como medidas de maior protegdo contra as quedas, co fortalecimento da musculatura dos membros inferio- res e a eliminacdo dos obstaculos domésticos como tapotes, degraus, pontos de mé ikiminacao, objetos intertompendio o fuxo e escadas sem corrimao, entre outros. Uma vez mais cabe a todos os profissionais cenvolvidos com a satde do idoso atentar para as aidaptacdes do individuo a seu ambiente em prol de uma convivéncia mais protetora 9. Manutengao dos papéis sociais: o envelhecimento 6 muitas vezes caracterizado pela perda de papéis e conseqiente redugtio da aut estima. Assim ocorte com o profissional quando se posenta ou com a me que nao & mais tesponsdvel pelo cuidado dos filhos. Um dos grandes agravantes do “pleno estado de bem estar Fico, psiquico e social” 6 a falta de perspective ou de abjetivos que possam motivar aquele que envelhece. Para tal a diversidade de atuagéi e a busca por novas identi dades funcionais tem se mostrado muito eficientes. O cesfimulo para que o exercicio da cidadenia seja mane tido em qualquer idade & um dos instruentos mais vilizados em comunidade onde o idoso apresenta melhor Qualidade de Vida. Continuar a se manifestar lse47/AbrL_2009 3) Envelecimanio & Soide pelo voio, opinando nas reunides de condominio ou nas discuss6es familares, contibuindo para as tomer das de decisio ov para a execusdo de trabahos adequadamente escolhidos sao exemplos importa: tes da manutencde da cidadania e da ampliagéo do desempenho social, Se howve, no passado, © conselo dos ancidos ov © senado romano para permilr que os rarissimos idosos pudessem contribuir pora o sociedade dos mais jovens, haveremos de criar espagos para que esta grande populagéo de idosos que se agigania a cada momento posse ser inclida na comunidade & qual pertence 10. Ampliacao da rede de suporte social: mesmo quando livermos, em futuro prdximo, a aplicar do de grande parte destas medidas de Promoséo do Envehecimento Saudavel, haveré um momento em aue 0 idoso fornarse-é mais limitado e dependente Ge outrem, Nesta fase da vida, serdo de grande valia todos os lagos afetivos e sociais que culivou durante © sue exisiéncio, Seré impactanie em qualquer fase desta evolugéo, mas principalmenie na etapa mais avangada, que hajam pessoas interessaclas em tomar este periodo 0 mais confortével possivel, Surpreende- se, em geral, quem dele participa, com a quantidade de agées simples e protetoras de bermestar que se pode incluir nesta fase da vida. Estudos muito bem conduzidos tém demonsirado que a magnitude da Rede de Suporte Social tem sido um dos fatores mais relevantes na Qualidade de Vida do idoso no extrem da sua longevidade. Com esta explanagao sobre o tema limitada pelo lempo e pelas condi¢des emocionais em que foram escitas, fica claro, espero eu, que a Promogao do Envelhecimento Saudével seja uma das grandes, se no a maior, proridade para as Insituigdes de Sade no transcorrer deste século, pois sua implementagéo implica em cuidar de todas as condigdes de saide do ser humano desde « sua concepeao, visto que cada posso precedente fo! e seré fundamental na condigo posterior do individuo que envelhece. Na sua mais recente reunido sobre o tema [GE NEBRA, 2002}, a OMS manifestouse a respeito das politicas de saide objetivando o envelect mento ativo e propés, como diteirizes, ages que vao desde © cuidado da gestante pare propiciar © melhor desenvolvimento intra-uterino do futuro idoso até o estimulo para que este, nas fases mais, ovangada de sua vida, possa fazer uso dos instru mentos que a sua comunidade tem a lhe oferecer (oms, 2002) 32. als47/Abel 2009 Envelhecimento Saudével , pois, ume tarefa pore toda a vide. Bibliografia BODEN-EIMER, T.; WAGNER, EH.; GRUMBACH, K. Inpror ving Primary Care fr Paien's wih Chronic hess, Journal of he American Medical Association, v.288, 2002. p 17759) CON'ORI, A. The biology of senescence. his Edition New York, Ekevier, 1979. p. 27-42 FRIES, JF’ Aging, natvral death, and the compression of mor bidity New Englan Journal of Medicine, 203, 1980 p.130-136 GURAINIK, |. M.; FERRUCIL, SIMONSICK EM. 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