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Prefeitura Municipal de Santos

ESTÂNCIA BALNEÁRIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
Equipe Interdisciplinar
HISTÓRIA e GEOGRAFIA

Equipe Interdisciplinar
Ensino Fundamental
Ciclo I
3ª. série
Santos
2005

1
O que vamos aprender?

1º Bimestre

• A pré-história de Santos.
• As nações indígenas que habitavam a
região e o planalto.
• Os municípios da Baixada Santista.
• O município de Santos (localização, limites
e Ilha de São Vicente).
• A chegada dos portugueses em terras
brasileiras.
• O povoamento da região.
• O Engenho dos Erasmos e o povoado do
Enguaguaçu.
• Área insular e área continental: zona rural e
urbana.

2
Santos, gosto de você...

Santos na fala das pessoas

Assim dizem de Santos ...

“Santos terra querida


Com as suas praias em flor
Praias cheias de vida
A vida cheia de amor”
( Hino a Santos/Osório Baroni )

“Sou muito ligado ao mar,


à coisa marítima.
Santos me enebria, é o meu Hawai,
ou o Hawai é minha Santos”
(Gilberto Mendes)

“Portas abertas para o mundo.


Porta da frente do Brasil.
Por onde entraram escravos e amantes,
Heróis errantes dos entes de nós.”
(Julinho Bittencourt)

“Eu não sei qual o maior dos seus encantos, só sei que sou
feliz por ser de Santos” ( Maria José Aranha de Rezende)

E você, o que diz de Santos? Faça aqui a sua frase e, depois,


mostre aos seus colegas.

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3
Quando pensamos em Santos, logo vem a imagem
da orla da praia , mas Santos é só isso?
Use desenhos, gravuras, fotografias ou poesias
para montar um cartão postal e mostrar a todos como
você vê Santos.

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Você pode imaginar como antigamente tudo era diferente?

Antigamente, tudo era uma imensa floresta. O local em que, hoje,


está a região da Baixada Santista , era coberto de vegetação de Mata
Atlântica, mangues e riachos.
Foi há muito tempo, antes dos avós dos seus avós e, antes, muito
antes mesmo.
A mata era habitada por animais como tatu, jararaca, araponga,
arara, sabiá, onças, macacos, porco-do-mato, inhambus, pacas. Nos
rios e nos mares, havia muitos peixes, golfinhos e baleias.

Observe a foto de Santos atual e escreva o que mudou na


paisagem.

Fonte: Prefeitura Municipal de Santos

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Velhos e novos habitantes do litoral santista

Todo mundo faz questão de falar nos primeiros habitantes do


Brasil: os índios...Mas pouca gente sabe que, milhares
de anos antes da chegada dos portugueses, o nosso
litoral era habitado por um povo pesqueiro que deixou
pistas do seu modo de vida. Eles eram chamados de
Sambaquieiros ou Homens de Sambaqui.
Sambaquieiros eram homens que viviam no alto
dos sambaquis. Sambaqui vem do tupi “tabaki”. Taba
significa marisco e Ki, amontoado. Um sambaqui é um
amontoado de mariscos, conchas e restos de alimentos.

Onde viviam?
Morando no alto (há sambaquis de até 30 metros de altura), os
homens tinham uma visão do que acontecia na região ao seu redor.
Em cima dos montes, eles montavam suas barracas com galhos,
faziam suas refeições, produziam instrumentos e esculpiam em
pedras.

Como viviam?
Os homens de sambaqui viviam da coleta de alimentos, da
pesca e da caça.
A fim de facilitar o trabalho da caça e pesca, eles construíam
inúmeros objetos como, por exemplo: pontas de flecha feitas com
ossos de tubarão e de macaco, como também esculturas de pedra
polida e lascada representando animais.

Como enterravam seus mortos?


Os sambaquieiros tinham como hábito enterrar seus mortos no
próprio sambaqui. Cada corpo era colocado em uma cova rasa e na
posição fetal – encolhido como se fosse um bebê na barriga da
mamãe. Depois era coberto de conchas e ossos.

Você sabia?
• O material do sambaqui tem muito cal, por causa da composição
das conchas e mariscos e foi usado pelos portugueses para
construções no litoral como capelas, fortalezas, casas de cadeia e
câmara etc.
• Que tal ver essas construções? Dica de passeio educativo:
Fortaleza da Barra e Engenho dos Erasmos.

6
E você, habitante do litoral, como vive?
Como os Homens de Sambaqui, você também vive no litoral paulista, no
estado de São Paulo, região Sudeste do Brasil.
Litoral é a porção de terra que acompanha a orla marítima.
Santos está localizada na parte central do litoral. Há as cidades que
fazem parte do litoral sul e as cidades do litoral norte. O que nos separa do
planalto é uma grande cadeia de montanhas que chamamos de Serra do Mar.

Fonte: DERSA

Vamos pensar e discutir com os nossos amigos.

9 Vivemos no interior do estado ou no litoral? Por quê?


9 Para irmos para a cidade de São Paulo, temos a
sensação de subir ou descer? Por quê?
9 Qual cidade do litoral você gostaria de visitar?
9 Quais as vantagens de se viver no litoral?
9 Por que todos os anos as cidades do litoral ficam
cheias de turistas?
9 Quais as vantagens e desvantagens do turismo?

7
Você ficou sabendo como era a vida dos Homens de Sambaqui, agora vamos
montar um?

Material : placa de isopor ou algo que sirva de suporte, gesso, areia da praia,
conchas, espinha de peixe ( lavada e seca), partes de bonecos pequenos
( cabeça, perna, braços etc ),gravetos, folhas secas e tudo o
que você imaginar que possa existir num sambaqui.
Como fazer: junte o gesso com água e misture bem até virar
uma massa homogênea, coloque a areia. Despeje a massa
no suporte e vá colocando os materiais selecionados. Seja
rápido, pois a massa seca muito rápido.

Desenhe, no espaço abaixo, um sambaqui:

8
Os nativos do nosso litoral - os tupi-guaranis

Há muito tempo atrás, antes da chegada dos portugueses, os


homens de Sambaqui entraram em contato com outros povos vindos
do interior, chamados ceramistas. Não sabemos ao certo o que
aconteceu, mas, possivelmente, os sambaquieiros foram dominados
por esses povos, chamados de “índios” que passaram a habitar toda
a costa brasileira.
Quando os portugueses chegaram, todo o litoral era habitado
por tribos de índios, cada uma pertencendo a nações de línguas e
hábitos diversos. De Bertioga até Cananéia, havia os tupiniquins,
guerreiros fortes e que se tornaram amigos dos portugueses. Dali
para o sul, estavam os guaranis, que, no Estado de São Paulo, eram
chamados de carijós e eram inimigos dos tupiniquins e dos
portugueses. Para o norte de Ubatuba, estavam os tupinambás,
ferozes inimigos dos tupiniquins e dos portugueses, e que, nessa
região, eram denominados tamoios.

Grupos Tupi-Guarani, no século XVI

Fonte:Manuela Carneiro da Cunha (org.) Histórias dos índios no Brasil. São Paulo,
Companhia das Letras, 1998, p. 384.

9
Da trilha dos tupiniquins até a Nova
Imigrante
Antigamente, esse lugar em que atualmente, está a ilha de São Vicente
era conhecida pelos índios como Guaiaó. Os índios tupiniquins não moravam
na ilha de Guaiaó; vinham apenas pescar, pegar sal e tomar banho de mar,
moravam no planalto onde é hoje Santo André e São Paulo.
A trilha dos Tupiniquim tinha início em São Vicente (Tumiaru, para os
índios), de onde se saía em embarcações até Piaçagüera de Baixo, em que,
atualmente, se localiza a cidade de Cubatão. Iniciava-se então, a subida pela
Trilha dos Tupiniquim. Serra acima, o trajeto seguia pelo vale dos rios Moji e
Quilombo, até chegar na serra de Paranapiacaba, no atual município de Santo
André.
Depois de um dia de marcha, chegava-se às nascentes do rio
Tamanduateí até o encontro com o córrego Anhangabaú, junto à colina em que
se localizava a aldeia Piratininga, do índio Tibiriçá. Neste local, em 25 de
janeiro de 1554, os jesuítas Manoel da Nóbrega, José de Anchieta, Manuel de
Paiva e outros 10 padres, depois de subirem pela Trilha, fundariam o Colégio
de São Paulo de Piratininga (hoje o Pátio do Colégio), núcleo inicial da vila que
daria origem à cidade de São Paulo

Fonte: A Trilha dos Tupiniquim (dos Goianases) e o Caminho do Padre Anchieta


Fonte: BUENO, Eduardo. Capitães do Brasil

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Agora, vamos fazer uma viagem comparando o presente com o
passado.
1- Observe o mapa:
a) Pinte a Ilha de São Vicente;
b) Passe o lápis sobre a trilha que sai de São Vicente até São
Paulo.
c) Complete a tabela, comparando a viagem do passado com a
do presente:

Passado Presente

Nome do
Caminho

Tempo de
duração da
viagem

Visitantes do
litoral

Objetivo da
viagem

Transporte

Condições
do caminho

Bagagem

11
Santos e a Baixada Santista
Você já aprendeu que nós vivemos no litoral de São Paulo.
No litoral paulista, a paisagem é caracterizada pelo ecossistema
do manguezal, da restinga e da Mata Atlântica.
Santos faz parte da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Observe o mapa abaixo e identifique os municípios que fazem
parte da Baixada Santista.

Fonte: IBGE

Crie uma legenda e pinte o mapa.

12
Procure, nos jornais e revistas da região, alguma reportagem
sobre a Baixada Santista e seus municípios e, em seguida, cole no
espaço abaixo.
Mostre aos seus amigos.

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Vamos ler? arara
jararaca
“A língua de um povo é o que dá o mandioca
nome
para todas as coisas. tapioca
Dá nome para o peixe. uirapuru
Dá nome para o pau. urucum
Nome para remédio. caju
Nome para plantação de roça. pipoca
Nome para água. amendoim
Nome para o Sol, nome para Lua. mangaba
Nome para estrela. milho(...)”
Nome para dança. jabuticaba
Dá nome para as pessoas. aipim
Dá nome para os espíritos. guaraná
Dá nome para tudo. araponga
É na nossa língua que a gente imbuía
canta. goiaba
É na nossa língua que a gente gambá
reza. peroba
É na nossa língua que os mais pinhão
velhos pirarucu
Contam as histórias dos antigos. açaí
É a nossa língua que a gente jambo
Combina para derrubar a roça. pitanga
Combina para caçar, combina para jacarandá
pescar, cupuaçu
Combina para fazer casa, combina anta
para fazer festa.
É na nossa língua que Os brancos
Se combina casamento. também usaram nomes
Só com nossa língua é que dá para indígenas para as
ensinar cidades e para os rios:
Para as crianças os costumes
dos antigos. Goiás
Os outros povos não sabem a Cuiabá
nossa língua. Guaratinguetá
O homem branco também não Guanabara
sabe a nossa língua. Ipiranga
Quando o homem branco chegou, Ipanema
Aqui tinha muita coisa que ele não Paraná
conhecia. Tapajós(...)
Só os índios que sabiam o nome
dessas coisas.
Então, os brancos aprenderam o Até nome de gente, os
nome que os índios sabiam. brancos aprenderam dos índios:
Aprenderam a falar: Iara Moema Ubiratã (...)
Jacaré
Surucucu PAULO, E. D. de, PAULA, L. G. de,
Tatu AMARANTE, E. História dos povos
Tamanduá indígenas – 500 anos de luta no Brasil.
Jabuti Petrópolis: Vozes, 1987. Pp.62-6

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Forme grupos com os nomes que os índios dão para as plantas e
animais.

Plantas Animais

Alguns lugares de Santos e da Baixada Santista têm nomes de origem


indígena, por exemplo : Enguaguaçu, Bertioga etc.
Procure outros nomes de lugares de origem indígena e seus
significados.

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1- O que você descobriu sobre a vida dos índios?
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2-Qual é a importância da língua para você?


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3-Leia o texto e descubra algumas diferenças entre o modo de vida


do indígena e o seu.

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Para ler e discutir com os seus Os alimentos recolhidos,


amigos e professor. mesmo que estejam estragados,
são levados às aldeias. Essas
Guaranis catam comida e latinhas ficam a menos de um quilômetro
no lixão de Mongaguá do lixão e, por isso, estão cheias
de ratos, baratas e moscas. Os
restos de comida alimentam
crianças famintas e que sofrem de
Crianças e adultos Guarani- muitas doenças por causa dessas
Nhandeva e Guarani-Mbyá, das condições de vida.
aldeias Itaóca e Aguapeú, catam Ao se alimentar dos restos
diariamente comida e latinhas no do lixão e ao mexer com cacos de
lixão municipal de Mongaguá, no vidro, ferro retorcido, plásticos
litoral sul de São Paulo. pontiagudos e lixo contaminado
As latinhas de refrigerante por produtos químicos, os
e de cerveja são vendidas a 70 Guaranis correm o risco de se
centavos o quilo no próprio lixão, ferir ou contrair doenças que
ligado às terras indígenas Guarani podem levar à morte.
de Itaóca e Guarani de Aguapeú.
Texto adaptado da publicação do ISA (Instituto Socioambiental)
(http://www.socioambiental.org). Originalmente escrito em 1999 por Mariana K. Leal
Ferreira,doutora em Antropologia Médica pela Universidade da Califórnia em Kerkeley, EUA.

16
No ano de 1500, há, aproximadamente, 500 anos atrás, um
pequeno país do continente europeu desafiou os mares, cruzando os
oceanos com a maior frota portuguesa montada até então –
composta por dez naus e três caravelas - com o objetivo de
estabelecer um posto comercial nas Índias e comercializar especiarias
- cravo, canela, pimenta, gengibre, açúcar, seda, ouro, prata e
pedras preciosas.
Antes, porém, de chegar às Índias, seu destino principal, o
navegador português responsável pela frota, mudou o trajeto a fim
de que pudesse confirmar a presença de novas terras.
Sabe-se que depois de 40 dias de viagem, numa quarta-feira,
22 de abril de 1500 chegaram à terra que chamaram de Ilha de Vera
Cruz, depois, Terra de Santa Cruz e, finalmente, Brasil.

Observe a charge abaixo:

Pense:

ƒ Na sua opinião, como foi o encontro dos índios com os


portugueses?
ƒ O que você imagina que os portugueses estão dizendo?

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Como Guaiaó tornou-se Ilha de São Vicente...

Depois da viagem de Pedro Álvares Cabral em 1500, o rei de


Portugal enviou ao Brasil várias expedições. Com o objetivo de
conhecer, explorar, defender e dar nomes à nova terra. A presença
de portugueses e espanhóis, na nossa costa, tornou-se constante
devido ao interesse pela procura de pedras preciosas, extração de
pau-brasil e comércio de escravos e animais silvestres.
Em 1502, uma dessas expedições chegou a Santos, era o dia
22 de janeiro, dia de São Vicente Mártir, ao avistarem o Estuário
confundiram-no com um rio e o batizaram de "rio" de São Vicente.
Com o tempo, o nome do "rio" foi transferido para Ilha de São
Vicente, para povoação e, posteriormente, para a vila fundada por
Martim Afonso.

Vamos pintar?

Fonte: www.canalkids.com.b

Que tal pesquisar os animais e alimentos trazidos pelos portugueses


para o Brasil e vice-versa?

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Observe o mapa , ele está representando o município de Santos
e os seus vizinhos.
Como você sabe, Santos tem sua zona urbana localizada na
Área Insular, ocupando parte da Ilha de São Vicente e a Área
Continental que é considerada zona rural.

Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Santos, 1991.

Identifique, pinte e uma construa legenda para:

Área Insular Municípios


vizinhos de
Santos.

Área Continental Oceano que


banha nossa
região.

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Três bairros da Área Continental de Santos possuem escolas
municipais: a Ilha Diana , Monte Cabrão e Caruara.
A área continental de Santos faz limite com os municípios de Cubatão,
Guarujá e Bertioga. No alto da Serra do Mar, com Santo André e Mogi das
Cruzes. Ela é quase seis vezes maior do que a parte insular, que tem 39,4
quilômetros quadrados.
Área Continental = 231,6 km² / Área de Preservação Ambiental = 150 km²
(55,71%)
Marque com X os bairros que possuem escolas na Área Continental?

http://www.investsantos.com.br/

20
Santos-ilha
Santos-continente
Na verdade, é tudo uma coisa só.
Vivemos na mesma cidade. No entanto, sabemos que nem todos vivem do
mesmo modo. Cada bairro tem as suas características de acordo com a paisagem
do local. Há crianças que vivem em locais movimentados, cheios de carros e
barulho e outras que vivem perto de rios, cachoeiras e morros.

E você? Em que área da cidade você vive?

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Qual é o seu bairro?

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Preencha a tabela com as características de cada lugar.

Área Área
insular continental

Moradia

Comércio

Trânsito

Meios de
transporte

Meio ambiente

Lazer

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MAPA 1

Capitania
de São
Vicente
Mapa de
João
Teixeira
Albernas -
1631

MAPA 2

Baixada Santista - Foto de satélite 2004/ www.brazilbrazil.com/ allsat.html

22
Ao observar as figuras da página anterior, você percebe que
elas são importantes documentos.

1-Que tipos de documentos você irá analisar?

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2-Em que época, cada uma das imagens foi produzida?

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3- Na sua opinião, como foi feito o mapa nº 1?


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4- E o mapa nº 2?

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5- Qual dos mapas está mais próximo da realidade?

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Antes da chegada de Martim Afonso...

A maioria das expedições, enviadas ao Brasil, abandonou


degredados, desertores e náufragos em nossa costa. Foram esses os
primeiros desbravadores da nova terra e responsáveis pelo
povoamento inicial de São Vicente a Cananéia. Ao serem deixados no
Brasil, esses portugueses fizeram alianças com índios, casando-se
com Índias e dando origem aos primeiros brasileiros.

Segundo o cosmógrafo Alonso de Santa Cruz, que passou por


aqui em 1530, São Vicente era apenas um lugarejo que, além das
“coisas da terra” (galinha, porcos, e hortaliças), contava com 10 ou
15 casas, uma delas feita de pedra, coberta de telhas, ostentando
uma torre para defesa contra os índios.
Cosmógrafo: aquele que conhece astronomia.
Ilustre o texto

24
Quando Martim Afonso chegou em São Vicente em 1532, enviado pelo
rei de Portugal, para tomar posse da Capitania de São Vicente, já encontrou
um povoado e um porto chamado Porto dos Escravos e todo o território de
São Vicente a Cananéia controlado por um degredado, possivelmente deixado
aqui em 1502, chamado Bacharel de Cananéia.
O Bacharel , como ficou conhecido, vivia entre os índios tupiniquins e
era um grande traficante de escravos indígenas de tribos rivais. Comercializava
qualquer tipo de material que viesse a atender às necessidades dos
navegantes vindos de todos os lugares do mundo: escravos, mantimentos,
pequenas embarcações etc. Com a chegada de Martim Afonso, o bacharel foi
obrigado a se refugiar em Cananéia, local de seu degredo. Além do Bacharel,
Martim Afonso encontrou outros portugueses vivendo aqui : João Ramalho e
Antônio Rodrigues. João Ramalho, já estava vivendo há muito tempo entre os
índios. Ele era casado com a índia Bartira, filha do grande líder tupiniquim,
Tibiriçá.

Encontre no caça palavras abaixo , as palavras em destaque no texto:

B A C H A R E L D E C A N A N É I A I A
D G K U Y G N B D E M T I B I R I Ç A O
S E R T I O P W C B N H Y U B I R I S U
à D H Y U I O Y U A W U I P A U T E E U
O B V X S D H M A R T I M A F O N S O O
V Q L J G F H Y L T Y R F D S E K C C U
I M D H F M A J O I A O R E I F E R R K
C A Z C X A M H J R D E T Y U I O A A Z
E A E J S E R A R A U T F E A S O V V F
N Q R T Y R I O P G D S A Y U I G O O B
T A W J L F S O Ç G D R T U T E D S S M
E D A Y T R E E E K U A Y L O T D R E U
E S J O Ã O R A M A L H O O L H F R Y H
A G T O F T U O K H F D S W X C B N N Y
T P O R T O D O S E S C R A V O S O S M

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Jornal Enguaguaçu
Sempre notícias quentinhas para
você!
Seção:

com João Ramalho

Extraordinário! promovê-la. Em tupi, discurso para os


João Ramalho fala de sua índios; em português, para os lusos.
vida entre os índios e o encontro Digo-lhes que os brancos ocupem o
com Martim Afonso. litoral, mas que deixem os índios
Qual é o seu nome? continuar nas suas fainas de pesca.
João Ramalho, por causa da Que uns não molestem os outros. Que
minha barba que sempre foi iniciem o escambo do que uns têm a
ramalhada, nasci em Portugal e mais e outros, a menos, e todos
cheguei a essa costa, em 1511. Não alcançarão seus proveitos.
sei ao certo, com tantos anos em cima Como foi o seu encontro com Martim
do lombo, a memória já me vai Afonso?
falhando. Ele estava interessado em
Como foi a sua chegada ao Brasil? conhecer o caminho que o levasse ao
Fui bem acolhido por Antônio Prata, no Reino Branco, levei-o até
Rodrigues, o degredado português a Piratininga para conhecer os domínios
quem todos chamam, ou chamavam, o de Tibiriçá, depois ele retornou e, com
bacharel de Cananéia, e que há muito a minha ajuda, de meus filhos e muitos
tempo vive entre os índios tupiniquins. outros tupiniquins. Ajudamos Martim
Como foi o início de sua vida? Afonso a construir um casario de
Fui apadrinhado pelo Bacharel e pedra e cal, e também a igreja matriz e,
casei-me com uma mulher nova e assim, romper a vila de São Vicente.
muito limpa, a filha do cacique Tibiriçá, Portugueses e tupiniquins ficam muito
um importante guerreiro indígena. felizes com o escambo, pois os
Bartira me deu muitos filhos. brancos estão muitos carentes de
Como foi a chegada de Martim mantimentos e, para os índios,
Afonso de Souza? ferramenta de ferro é algo milagroso.
O que mais eles gostam de trocar?
Eu estava com 40 anos e ouvi Martim Afonso de Sousa e os
que várias canoas grandes (assim os seus trocaram anzóis, cunhas e facas
índios chamam às naus)com homens por antas, cargas de milho, veados,
brancos a bordo, haviam fundeado cabaças de mel, ostras e patos.
junto à praia. Desci, rapidamente, à E você? Está feliz com a sua vida?
praia e encontrei Martim Afonso ,a Sim, tive uma vida muito longa.
quem el-Rei D. João III concedera Quase cheguei aos 100 anos, tive
donataria com cem milhas de costa e muitos filhos e mulheres. Também
todas as terras que houvesse dentro, ganhei muito com o comércio com os
limitadas, a norte e a sul, por duas índios inimigos que eram aprisionados
paralelas ao Equador. pelos tupiniquins e ,depois, vendidos
como escravos.
Qual foi a sua reação quando soube
que um outro viria tomar as terras?
Sou português, mas vivo entre
índios e sou um grande chefe
tupiniquim há muito tempo, por isso o
que me interessa é a paz e trato de

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1-Quem foi João Ramalho?

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2-Como era a vida de João Ramalho entre os índios?

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3- Como foi o encontro de Martim Afonso e João Ramalho?

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4- Na sua opinião,João Ramalho era amigo dos índios?Explique.

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5- Como era o relacionamento entre os índios e os portugueses?

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27
A fundação da Vila de São Vicente

Logo depois de chegar a São Vicente, adotar as medidas


necessárias para instalar a Vila: construção de igreja, a casa de
Câmara e Cadeia e o pelourinho, Martim Afonso passou a distribuir
terras para alguns homens que haviam viajado com ele e mudas de
cana-de-açúcar.

Martim Afonso mandou construir no centro da ilha, atualmente


no sopé do morro da Caneleira (no bairro da Vila São Jorge) um
engenho de cana-de-açúcar. Mais tarde, ficou conhecido como
Engenho dos Erasmos, recebendo o nome da família holandesa que o
adquiriu

A partir do quadro “Engenho de moagem de Cana”, de


Benedicto Calixto, que está no Museu Paulista. Discuta:

1-O que os homens estão fazendo?


2-Qual é a mão-de-obra utilizada?
3-Para que a cana-de-açúcar foi plantada no Brasil?
4-O que produzimos com a cana-de-açúcar?

28
Como teria sido a fundação de São Vicente por Martim Afonso
de Souza, em 1532? Será que foi realmente assim?

Identifiquem quais detalhes fazem parte da obra de


Benedito Calixto.

29
O povoado do Enguaguaçu

Observe este detalhe da tela Casa do Trem e Outeiro de


Santa Catarina na obra de Benedicto Calixto.

O povoado do Enguaguaçu começou a se desenvolver junto ao


sopé do outeiro de Santa Catarina, onde Luís de Góis mandou
construir uma pequena capela em homenagem à santa.
Brás Cubas resolveu então transferir o antigo porto que ficava
na Ponta da Praia para o Lagamar do Enguaguaçu, atual Centro de
Santos, pois o lugar era mais seguro para os navios. Em 1543,
construiu o primeiro hospital do Brasil: A Santa Casa da
Misericórdia.

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Na imaginação do artista Jucimário, o Povoado do Enguaguaçu era
assim...
Vamos pintar o riacho Duas Pedras, o pelourinho e a capela de Santa
Catarina e imaginar como era a vida nessa época.

Escreva o que você faria se morasse em Santos nessa época.

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Música para você cantar com seus amigos e a
professora.
Ver as Índias em outro lugar
Pindorama, Pindorama Deu chabu, deu azar
É o Brasil antes de Cabral Muitas naus não puderam voltar
Pindorama, Pindorama
É tão longe de Portugal Mas enfim, desconfio
Fica além, muito além Não foi nada ocasional
Do encontro do mar com o céu Que Cabral num desvio
Fica além, muito além Viu a terra e disse “Uau”!
Dos domínios de Dom Manuel Não foi não, foi envio
Foi um plano imperial
Pra aportar seu navio
Vera Cruz, Vera Cruz Num país monumental
Quem achou foi Portugal
Vera Cruz, Vera Cruz Ah! Álvares Cabral
Atrás do Monte Pascoal Ah! El Rei Dom Manuel
Bem ali, Cabral viu Ao índio do Brasil
Dia 22 de abril E ainda a quem me ouviu
Não só viu, descobriu
Toda terra do Brasil Vou dizer, descobri
O Brasil está inteirinho na voz
Pindorama, Pindorama
Mas os índios já estavam aqui Quem quiser, vai ouvir
Pindorama, Pindorama Pindorama está dentro de nós
Já falavam tudo em tupi
Só depois, com vocês
Que falavam tudo em português Ah! Álvares Cabral
Só depois, com vocês Ah! El Rei Dom Manuel
Nossa vida mudou de uma vez Ao índio do Brasil
E ainda a quem me ouvir
Pero Vaz, Pero Vaz Vou dizer, vem ouvir
Disse numa carta ao rei É um país muito sutil
Que no altar, sob a cruz Quem quiser descobrir
Rezou missa o nosso Frei
Mas depois de seu Cabral Só depois do ano 2000
Foi saindo devagar Fonte: CD Canções Curiosas
Do país tropical Produzido por: Sandra Peres e Paulo
Para as Índias encontrar Tatit

Para as Índias, para as Índias


Mas as índias já estavam aqui
Avisamos “Olha as índias”
Mas Cabral não entende tupi
Se mandou para o mar

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ANDRADE, Wilma T. F. Presença da Engenharia e Arquitetura –
Baixada Santista .São Paulo:Nobel, 2001.
__________Santos – um encontro com a História e Geografia.
Santos: Leopoldianum Editora Universitária, 1992
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