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Questão de Geografia Política

A relação território e política é complexa porque remete à questão de interesses de


diversos atores sociais, interesses que se materializam sobre uma base territorial em
escalas diferenciadas. Sendo a “questão ambiental”(a relação sociedade x natureza)
essencialmente multiescalar, disserte sobre tal fenômeno apresentando a problemática
nas escalas local, regional, nacional e global, tomando como referência as forças
instituintes e os atores instituidos.
O desmatamento nos remete a alguns tópicos fundamentais para entendê-la como
problemática ambiental, já que é o próprio homem interferindo no meio ambiente. A
começar pela sobrevivência humana, pois, assim desde os tempos primórdios os seres
humanos produziram meios de subsistência, desenvolvendo-se na caça, pesca e o
extrativismo. Posteriormente, passou a utilizar a terra sem necessidade de deslocar-se, de
modo que, surgiam os primeiros passos para agricultura e pecuária. Daí, se pode ter uma
impressão do tratamento dado ao solo e, conseqüentemente, ao desmatamento da floresta.
Os povos Astecas, Maias e os demais povos ameríndios eram bem mais desenvolvidos do
que se imaginava, longe da imagem das trevas ou do atraso visto por muito tempo pela
historiografia.
Podemos citar em segundo lugar, o modelo de desenvolvimento econômico, isto é, a
industrialização e a urbanização. A Revolução Industrial na Inglaterra lançou novos
horizontes a economia vigente. O Capitalismo Industrial intensificou a exploração de
recursos naturais utilizados como matéria-prima. Então, o processo de industrialização
inicia uma nova modificação no meio ambiente e, infelizmente, trazendo mais pontos
negativos a positivos. Houve também uma necessidade de dar valor a terra, ou seja, a
geografia ganhou uma nova vertente com a geopolítica, principalmente no despertar de
sentimentos nacionalistas construído numa idéia de identidade nacional com a formação
dos Estados Nacionais. No final do século XIX, foi necessário incorporar no resgaste a
importância da geografia política. Desse modo, o espaço vivido “é sempre conflituoso, só
pode ser compreendido no contexto histórico das questões e das disputas de interesses pelos
agentes dos conflitos”, entra enfoque o Estado, território e sociedade (Castro, 2005).
Segundo a teoria de geografia política de Ratzel apresentada por Castro, tinha como
tarefa demonstrar que o Estado é fundamentalmente uma realidade que só se completa
sobre o solo do país. Este como instituições públicas, almeja por desenvolvimento,
apoiando normas, leis e regulamentos que afetam amplamente a vida social. Assim, os
Estados permitem a instalação de Indústrias onde desmataram mais de mil km² e com as
fábricas próximas as zonas urbanas, o crescimento populacional aumentava cada vez mais,
havendo necessidade de urbanização. Isso significa que as estruturas políticas tornaram-se
cada vez mais organizadas e complexas para controlar e até mesmo conduzir o meio social
e político em que se realizava a acumulação do capital em escala mundial, justamente pela
expansão do capitalismo mundial. Entretanto, a relação entre capitalismo e terrotorialismo,
essas lógicas submetiam o Estado a todos os desígnios da economia de mercado,
principalmente à sua vontade. Porém, a nova ordem é o contrário, o Estado é que sbmete o
capitalismo à sua vontade. Na verdade, há sempre uma reflexão conflituosa entre
capitalismo e política, de acordo com Iná Elias de Castro. Visto, assim, o desmatamento
numa escala global como fator preponderante dos paises industrializados, que após
esgotarem seus recursos naturais, por conseguinte, as florestas primárias, procuram os
paises mais pobres para se beneficiarem de seus recursos disponíveis.
Como escala regional e local que levou ao desenvolvimento da região Norte e a
capital amazonense podemos apontar a Zona Franca de Manaus, na qual é um exemplo real
deste desenvolvimento econômico com Indústrias de Base e de montadoras de automóveis
onde o governo de Manaus usava a propaganda “Manaus, cidade sorriso”. O Estado como
força instituinte utilizou políticas que permitiram o acesso de multinacionais na região, se
beneficiando do território e da mão-de-obra barata. Como consequência desse ato, houve o
êxodo rural, na verdade, um inchaço populacional. Pessoas oriundas de diversos Estados e
regiões migraram para Manaus, no intuito de prosperidade econômica. Mas, a cidade não
possuía estrutura para suportar a quantidade de pessoas que estavam migrando para ela. Os
primeiros impactos ambientais ocorreram com o aumento geográfico da cidade com
criações de bairros ou invasões/ocupações de terras, isso significa devastação florestal para
urbanização. Verifica-se que “os Estados podem ainda aumentar ou diminuir o sofrimento
das pessoas, graças a locação de recursos, graças a sua capacidade de proteger seus direitos
e de intervir nas relações sociais entre diferentes grupos” (Castro, 2005, p. 84).
Outro principio ativo do desenvolvimento econômico é a exploração de recursos
naturais. No caso do Amazonas, o Gasoduto (gás natural), assinado pelo presidente Luis
Inácio Lula da Silva e o Governador Eduardo Braga, vem trazer um novo ciclo econômico
e sob licença prévia ambiental concedido pelo INPA, está também aos cuidados da UFAM
em relação ao meio ambiente e social. Entretanto, a paisagem natural pode modificar-se
(Projeto iniciou em outubro de 2006) e a população rural/tradicional, ou forças instituídas –
“exercidas por atores sociais que se organizam para institucionalizar sua demandas nos
limites de um território legitimamente definido para estas decisões e ações, na escala local à
global (Castro, 2005) – sofreram com a construção do Gasoduto. Mas, a exploração de
recursos como água, petróleo, madeira e minerais provocam profundas mudanças no meio
ambiente. “O governo atual pretende ser um marco no rumo do desenvolvimento regional.
Elaborou um novo Plano Amazônia Sustentável (PAS), com o qual pretende superar a
polaridade conflitiva entre política ambiental e a de desenvolvimento” (Becker, 2005)
Como terceiro fator para o desmatamento são as queimadas que aceleram o
empobrecimento do solo. Pois, a agropecuária predatória que provocada pelas queimadas
impossibilitava o uso do solo por muito tempo, transformando-a, por fim, em campos de
pastagem. Entretanto, no caso do ribeirinho a técnica do corte-e-queima utilizado, acaba
fazendo parte do ciclo da natureza, ou seja, o caboclo/ribeirinho é realmente uma força
instituída como agente conservador da natureza. Pois, segundo Noda e Noda, “a agricultura
tradicional, na Amazônia, é praticada pela população rural denominada cabocla, resultante
da mescla entre população nordestina, descendentes de africanos e portugueses, que
migraram para esta região, e a população indígena” (1995, p.139). E a economia utilizada
por essa população tradicional caracterizava-se pela preservação dos recursos naturais para
sustentação do sistema. No entanto, existem vários conflitos agrários na Amazônia, que
tornam ou atribuem uma parte da população ribeirinha com “sem terra”, perante as políticas
governamentais e, assim, sugere ser um estado necessário da “sociedade democrática em
processo de modernização” (Oliveira e Guidotti, 2000).
E, finalmente, temos a construção de hidrelétricas que tem causado destruição de
matas e impactos ecológicos, sociais e econômicos, em qualquer aréa do país. A Usina
Hidrelétrica Balbina é um exemplo de fracasso cujas os atores sociais, as tribos indígenas,
foram desabitadas e grandes áreas florestais devastadas pela força das instituições públicas
existentes.
Atualmente, para solucionar o problema do desmatamento florestal é preciso
preservar e conservar o meio ambiente utilizando um modelo econômico capaz de propor
qualidade de vida sem afetar ou desequilibrar o meio ecológico. Uma política pública que
não afete desastrosamente a vida social como uma todo. Portanto, é possível amenizar o
desmatamento florestal, mas também existe dificuldade em não alterar a questão ambiental
com a economia vigente. A relação de sociedade e natureza possui, na verdade, um enorme
conflito para obtenção de um equilibrio constante, já que os atores sociais possuem
interesses distintos e a busca pelo controle e poder do território nos remete a uma questão
política, e porque não geografia política. Pois, o conhecimento do espaço é obtido através
da geografia e o uso da mesma nos revela conflitos e confrontos entre forças instituintes e
os atores instituidos como podemos observar. A medida da escala é observável melhor os
fênomenos políticos. “Na realidade, os fenômenos políticos não se confinam a uma ou
outra escala, mas ao contrário podem ser globais, também nacionais, regionais ou locais”
(Castro, 2005).

Referências bibliográficas:

BECKER, Bertha, Geopolítica da Amazônia. Estudo Avançados 19(53), 2005.

BENTES, Dorinethe dos Santos/ ROLIM, Amarildo Rodrigues. O Amazonas no Brasil e no


Mundo; Manaus-Am: Mens’sana, 2005.

CASTRO, Iná Elias de. Geografia e política. Rio de Janeiro, Bertrano Brasil, 2005.

ELIAS, Solange & CIDADE, Tereza. Governo quer Gasoduto pronto em 2006. Amazonas
hoje. Manaus, edição 02, ano 1, abril/maio de 2004.

Informativo PORANTIM, publicação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), órgão


anexo a CNBB.

NODA, Hiroshi e NODA, Sandra (1995). Produção agropecuária. In: educação ambiental,
IBAMA, Manaus – AM.

OLIVEIRA, José Aldemir de. GUIDOTTI, Humberto (organizadores). A Igreja arma sua
tenda na Amazônia. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2000.
ESPECIALIZAÇÃO EM GEOGRAFIA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

GEOGRAFIA POLÍTICA

Manaus – Am
2006/2
CARLA CRISTINA VASCONCELOS BATISTA

QUESTÃO: Geografia Política

Trabalho realizado para obtenção de


nota parcial na disciplina Geografia
Política ministrada pela Profº Dr
Ricardo Nogueira, para a turma de
Especialização em Geografia da
Amazônia Brasileira.

Manaus – Am
2006/2

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